TRANSPORTAI UM
PUNHADO DE TERRA TODOS OS DIAS E FAREIS UMA MONTANHA.
Quem usava computadores nos anos 1990 deve estar lembrado do
sucesso retumbante do Win 3.11 (que
na verdade era uma atualização da versão 3.1),
lançado em 1993. Naquela época, o Windows
ainda era uma interface gráfica que rodava no MS-Dos ― ele só passou a ser o sistema operacional propriamente
dito dois anos mais tarde, com o lançamento do festejado Win95. Assim, que aparecia na tela quando ligávamos o computador
era o prompt do DOS; para carregar o
Windows, era preciso digitar win na linha de comando e pressionar a
tecla Enter.
Ao contrário do que muitos podem imaginar, o Win 3.11, embora fosse bastante limitado (em comparação com as versões
posteriores), era um programa “ágil”. Mesmo com as configurações de hardware
modestas daquela época ― processadores operando na casa das centenas de
megabytes, assessorados por uma quantidade ridícula de memória RAM (tipo 4 MB) e HDs de capacidades inferiores à
de um CD ―, as tarefas eram executadas rapidamente. O que não chega a espantar,
considerando que os arquivos de instalação do DOS mais os do Windows cabiam
numa dúzia de disquetes (cada disquinho
comportava 1.44 MB de dados).
Observação: A título de comparação, o Windows 3.x era composto por algumas centenas de milhares de linhas
de código, contra 40 milhões do Windows 7 e mais de 2 bilhões do Google.
Fato é que o Windows
evoluiu significativamente ao longo do tempo e das diversas edições lançadas
desde então. E a despeito de a finalidade precípua de um sistema operacional ser
funcionar como ponte entre o hardware e o software e dar suporte aos
aplicativos, a Microsoft recheou o
seu com componentes destinados as mais diversas tarefas (de processadores de
texto e calculador a jogos e ferramentas de manutenção). Se somarmos a isso o bloatware
adicionado pelos fabricantes de PCs e a penca de aplicativos que os próprios
usuários instalam a posteriori, fica fácil entender porque continuamos
reclamando da lentidão do computador.
Esses “extras”, somados a configurações que privilegiam a
aparência e outras perfumarias ― em detrimento do desempenho ―, são os maiores
responsáveis pela lentidão do aparelho. Isso sem mencionar os milhares de itens
desnecessários (arquivos temporários, vestígios de aplicativos desinstalados,
pastas vazias, etc.) vão se acumulando no HD com o passar do tempo e o uso
normal da máquina, as indefectíveis entradas inválidas no Registro
(a espinha dorsal do Windows) e a
inevitável fragmentação dos dados. Por essas e outras, para resgatar o
desempenho original do computador, somos obrigados, de tempos em tempos, a
formatar a unidade do sistema e reinstalar o Windows “do zero”.
Uma reinstalação resgata o “viço” do sistema (e melhora
significativamente a experiência de uso do computador como um todo), mas dá
trabalho, toma tempo e demanda reconfigurações e reinstalações (de
atualizações, aplicativos, etc.) aborrecidas. Isso sem falar que sempre
acabamos perdendo alguma coisa, por mais que mantenhamos backups atualizados de
nossos arquivos pessoais.
Infelizmente, não é possível evitar a reinstalação do
sistema, mas podemos ao menos adiá-la por anos a fio, desde que realizemos
procedimentos de manutenção preventiva (assunto abordado em dúzias de postagens
aqui no Blog) e tomemos algumas providências simples, como as que serão
sugeridas e comentadas a seguir. Acompanhe.
― Inibir a
inicialização automática de aplicativos que pegam carona com o Windows:
Todo aplicativo ocupa espaço na memória de massa do computador (HD ou SSD) e, quando em execução,
também na memória física (RAM). O
ideal é manter em execução somente aquilo o que é estritamente necessário,
evitando o desperdício de recursos (notadamente memória e ciclos de
processamento da CPU). Via de regra, o antivírus é o maior responsável pelo
consumo de recursos, mas não devemos desabilitá-los (por razões óbvias). No
entanto, programinhas que usamos apenas eventualmente podem ter a inicialização
inibida sem problema algum ― a não ser, talvez, uma demora um pouco maior para
abrir, quando precisarmos deles.
Boas suítes de manutenção (como o Advanced
System Care e o CCleaner, por exemplo) facilitam o gerenciamento
da inicialização, mas nada impede que você o faça usando os recursos nativos do
Windows. Para tanto, dê um clique
direito num espaço vazio da Barra de
Tarefas e clique em Gerenciador de tarefas. Na tela do gerenciador, clique
na guia INICIALIZAR (oriente-se pela figura que ilustra esta
postagem) e, na lista dos aplicativos, desative aqueles que você acha
dispensáveis (basta dar um clique direito sobre o item supérfluo e, no menu
suspenso, clicar em Desabilitar).
Só tome cuidado para não desativar programas necessários,
como o antivírus ou o aplicativo de firewall, por exemplo, bem como drivers
e outros componentes essenciais (que não aparecem nessa lista, e sim na que é
exibida quando clicamos nas abas Processos
e Serviços, mas isso já é outra
conversa).
Continuamos na próxima postagem.
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