UM PLANO QUE NÃO ADMITE MUDANÇAS É UM
PLANO QUE NÃO PRESTA.
A segurança
é um hábito e, como tal, deve ser cultivada. A internet é um terreno inóspito, e
o conhecimento e a prevenção são fundamentais para que o atravessemos incólumes.
Dito isso, vamos à notícia preocupante (mais uma de muitas, como bem sabe que
ainda tem estômago para assistir ao noticiário):
Processadores da Intel da última década são passíveis de uma falha de
segurança que coloca dados do usuário em risco.
A falha em
questão remete a um erro de design que permitiria a um cibercriminoso visualizar
blocos de memória protegidos pelo sistema operacional e, portanto, acessar
informações confidenciais do usuário da máquina vulnerável, como senhas e
outros dados pessoais/confidenciais. Ela está presente em processadores Intel, independentemente da geração, e
incide diretamente na relação entre o chip e o kernel (núcleo) do sistema operacional, seja ele o Windows, o Mac OS ou o Linux ― embora
cada qual tenha seu modelo próprio de kernel, todos são vulneráveis).
Observação: Um sistema computacional é composto basicamente de dois segmentos
distintos, mas interdependentes ― o hardware
e o software ―, sendo o kernel a “ponte” ― ou elemento de
ligação ― entre ambos. É ele quem “reconhece” os componentes de hardware, quem
gerencia os processos, os arquivos a memória e os periféricos, quem decide
quais programas em execução devem receber a atenção do processador, e assim por
diante.
Até agora, sabe-se apenas que CPUs da Intel permitem que softwares maliciosos
enxerguem dados mantidos em caráter protegido pelo kernel em alguns pontos da memória do computador. Dessa forma, um
malware desenvolvido para explorar a brecha poderia ter acesso a um conjunto de
informações importantes do usuário e do computador. Tanto a Intel quanto a Microsoft, a Apple e as
comunidades GNU/Linux estão trabalhando numa solução para o problema, mas o que se
obteve até agora tende a comprometer o funcionamento dos chips, resultando numa
redução de 7% a 30% no desempenho, dependendo do modelo de processador e do
tipo de atividade realizada durante a medição.
A correção só poderá ser procedida mediante um redesenho da
forma como sistemas operacionais trabalham com as áreas protegidas da memória
em que o kernel reside durante a
operação de processos, ou seja, tornando o próprio kernel e esses espaços de memória invisíveis ao processador.
Máquinas com processadores da AMD
não foram afetadas, há informações de que CPUs ARM, usadas em smartphones e tablets, podem apresentar falha
similar.
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