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quarta-feira, 22 de maio de 2019

COMPUTADOR, SMARTPHONE, WINDOWS E UM POUCO DE HISTÓRIA — Parte 2


O INÍCIO É O CAMINHO DO FIM.

Depois que decidiram seguir caminhos diferentes, IBM e Microsoft buscaram, cada qual à sua maneira, desenvolver um sistema operacional que rompesse com as limitações do DOS. Mas a estrela de tio Bill brilhou mais forte: a arquitetura aberta se tornou padrão no mercado e o Windows, o SO para PCs mais popular em todo o mundo.

O Apple Macintosh foi criado para ter um sistema revolucionário, com interface gráfica, para o qual diversas empresas — inclusive a Microsoft — foram convidadas a desenvolver aplicativos. Porém, devido à arquitetura fechada, ao software proprietário e ao preço elevado, ele acabou se tornado um “produto de nicho”.

Antes das edições NT e 95, o sistema operacional da Microsoft era o MS-DOS. O Windows não passava de uma interface gráfica que a gente acessava digitando win no prompt de comando e pressionando a tecla Enter. No início dos anos 1990, Linus Torvalds lançou a primeira versão do Linux e abriu seu código para que outros programadores pudessem colaborar — note que Linux não é Unix, mas um núcleo de sistema operacional que, combinado com o GNU, forma o GNU/Linux, e que tanto o GNU quanto o Linux foram criados com o objetivo de serem mais simples que o Unix, mas compatíveis com a maioria dos aplicativos Unix, mas isso é outra conversa.

Os principais sistemas usados atualmente em servidores, desktops e laptops são o Windows, o Mac OS e as distribuições GNU/Linux. Nos smartphones e tablets, o Android lidera com larga vantagem sobre o iOS (75% a 23%). Symbian, BlackBerry e Windows Mobile tiveram seus 15 minutos de fama, mas não foram além disso — a Microsoft chegou a comprar a finlandesa Nokia, em 2013, quando viu que empurrar seu sistema móvel para fabricantes de smartphones que já haviam optado pelo Android era perda de tempo, mas nem assim a coisa foi adiante.

Como vimos no post anterior, o computador levou milênios para evoluir do rudimentar ábaco até os primeiros mainframes, mas bastaram poucas décadas para a computação pessoal se tornar realidade e encantar os consumidores domésticos, embora os primeiros PCs custassem caro e não passassem de meros substitutos da máquina de escrever, da calculadora, do baralho de cartas e, mais adiante, dos consoles de videogame. A partir de então, em apenas 30 anos, a evolução tecnológica fez com que desktops e laptops diminuíssem de tamanho e de preço e que seu poder de processamento e gama de recursos e funções crescessem em progressão geométrica. E daí foi um passo até surgirem os smartphones hoje tão “indispensáveis” que a gente se pergunta como conseguiu viver sem eles durante tanto tempo.

Chamamos computador a qualquer dispositivo eletrônico capaz de manipular informações sob a forma de dados digitais. Apesar de realizar cálculos monstruosos em frações de segundo, esse prodígio da tecnologia moderna só é capaz de “entender” linguagem de máquina enormes sequências de zeros e uns , já que tudo o que ele processa, lê e grava (de letras, símbolos e algarismos a músicas, imagens, vídeos e instruções operacionais) é representado através da notação binária.

bit (forma reduzida binary digit, a menor unidade de informação que um dispositivo computacional consegue manipular) só é capaz de representar dois estados opostos aberto o fechado, ligado ou desligado, verdadeiro ou falso etc. , que, por convenção, são expressos pelos algarismos 1 e 0. Para economizar tempo e espaço, quem quiser saber mais pode clicar aqui para acessar uma abordagem mais detalhada, em linguagem simples e de fácil compreensão. E o resto fica para o próximo post. Até lá.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

AINDA SOBRE A PRAGA MULTIPLATAFORMA QUE AFETA WINDOWS, MAC OS E LINUX...

A ESPERANÇA É UM MAL QUE NO MAIS DAS VEZES SERVE APENAS PARA PROLONGAR NOSSO TORMENTO.

Como vimos no post anterior, o Windows e o Linux são mais susceptíveis ao Cross RAT porque trazem o Java pré-instalado ― no Mac OS, o download e a instalação são feitos por demanda do usuário. Se você não faz ideia do que sejam kernel e Java, acompanhe uma breve explanação.

kernel é o “núcleo” do sistema operacional, que é responsável, dentre outras coisas, pela intercomunicação entre o hardware (parte física) e o software (parte lógica) do computador. Cabe a ele gerenciar a máquina e permitir que os aplicativos sejam executados e façam uso dos recursos de hardware disponíveis.

Observação: De certa forma, as atribuições do kernel se confundem com as do BIOS (sigla de Basic Input-Output System), mas o primeiro é parte do sistema operacional (software-mãe), ao passo que o outro é um programinha de baixo nível gravado num chip de memória persistente integrado à placa-mãe do computador. Quando o PC é ligado, o BIOS realiza o POST (auto teste de inicialização), executa o BOOT (mais detalhes nesta postagem), localiza o kernel, carrega-o numa área protegida da memória e dá sequência à inicialização do sistema operacional.

O Java é uma linguagem de programação desenvolvida pela Sun Microsystems na década de 90. O que a torna popular (e, consequentemente, insegura, como veremos mais adiante) é o fato de os programas escritos nessa linguagem serem executados numa Java Virtual Machine. Isso permite aos desenvolvedores criar aplicativos capazes de rodar tanto no Windows quanto no MAC ou no Linux, desde que a JVM esteja instalada.

Sobre a questão da segurança, o problema não está na linguagem em si, mas no plugin ― também chamado de extensão ou add-on ―, que serve para ampliar os recursos e funções de determinados aplicativos como navegadores de internet.

Amanhã a gente continua. Até lá.

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segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

FALHA DE SEGURANÇA NOS PROCESSADORES INTEL PÕE EM RISCO DADOS DOS USUÁRIOS

UM PLANO QUE NÃO ADMITE MUDANÇAS É UM PLANO QUE NÃO PRESTA.

A segurança é um hábito e, como tal, deve ser cultivada. A internet é um terreno inóspito, e o conhecimento e a prevenção são fundamentais para que o atravessemos incólumes. Dito isso, vamos à notícia preocupante (mais uma de muitas, como bem sabe que ainda tem estômago para assistir ao noticiário): 

Processadores da Intel da última década são passíveis de uma falha de segurança que coloca dados do usuário em risco.

A falha em questão remete a um erro de design que permitiria a um cibercriminoso visualizar blocos de memória protegidos pelo sistema operacional e, portanto, acessar informações confidenciais do usuário da máquina vulnerável, como senhas e outros dados pessoais/confidenciais. Ela está presente em processadores Intel, independentemente da geração, e incide diretamente na relação entre o chip e o kernel (núcleo) do sistema operacional, seja ele o Windows, o Mac OS ou o Linux ― embora cada qual tenha seu modelo próprio de kernel, todos são vulneráveis).

Observação: Um sistema computacional é composto basicamente de dois segmentos distintos, mas interdependentes ― o hardware e o software ―, sendo o kernel a “ponte” ― ou elemento de ligação ― entre ambos. É ele quem “reconhece” os componentes de hardware, quem gerencia os processos, os arquivos a memória e os periféricos, quem decide quais programas em execução devem receber a atenção do processador, e assim por diante.

Até agora, sabe-se apenas que CPUs da Intel permitem que softwares maliciosos enxerguem dados mantidos em caráter protegido pelo kernel em alguns pontos da memória do computador. Dessa forma, um malware desenvolvido para explorar a brecha poderia ter acesso a um conjunto de informações importantes do usuário e do computador. Tanto a Intel quanto a Microsoft, a Apple e as comunidades GNU/Linux estão trabalhando numa solução para o problema, mas o que se obteve até agora tende a comprometer o funcionamento dos chips, resultando numa redução de 7% a 30% no desempenho, dependendo do modelo de processador e do tipo de atividade realizada durante a medição.

A correção só poderá ser procedida mediante um redesenho da forma como sistemas operacionais trabalham com as áreas protegidas da memória em que o kernel reside durante a operação de processos, ou seja, tornando o próprio kernel e esses espaços de memória invisíveis ao processador.
Máquinas com processadores da AMD não foram afetadas, há informações de que CPUs ARM, usadas em smartphones e tablets, podem apresentar falha similar.

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quarta-feira, 17 de junho de 2015

SOBRE O WINDOWS 10 E SEUS PREDECESSORES RECENTES (continuação)

NÃO É O DÓLAR QUE ESTÁ FORTE, É O GOVERNO QUE ESTÁ FRACO.

Escolher um novo sistema (ou uma nova versão do mesmo sistema) é uma consequência natural da evolução tecnológica ─ não fosse assim, ainda estaríamos digitando WIN+ENTER no prompt de comando para carregar a jurássica interface gráfica baseada no MS-DOS que atendia pelo nome de Windows. Mas nem por isso é uma decisão que deva ser tomada de afogadilho.

Para quem tem um PC muito rodado, é melhor aguardar o lançamento do Windows 10 e, quando a poeira baixar, partir para uma máquina novinha em folha, de configuração compatível com as exigências dos sistemas e aplicativos atuais e com o mais novo rebento da Microsoft pré-instalado de fábrica.

Já se sua máquina em uso “abrir o bico” antes disso, o jeito será substituí-lo por outra que traga o Windows 8.1, pois a maioria dos fabricantes deixou de incluir o Seven em seu leque de opções (embora ainda existam licenças em OEM disponíveis no mercado). De qualquer forma, como dito alhures e repetido no post anterior, o upgrade para o Ten será gratuito pelo prazo de um ano a contar do seu lançamento comercial, no final do mês que vem.

Observação: Até algum tempo atrás, a gente comprava um PC com o Eight e podia solicitar o downgrade, mas acho que essa festa acabou quando versão 8.1 entrou em cena. Agora, a não ser que encomendemos a montagem da máquina a um integrador independente, dificilmente encontraremos aparelhos sem sistema operacional, ou com o FREE DOS ou uma distribuições Linux, como era comum até o final da década passada opção que seria vantajosa para quem dispõe de um DVD do Windows (note que licenças OEM tornam o sistema parte integrante do computador, não sendo possível, portanto, utilizar o mesmo key code para ativá-lo em outro aparelho.
    
Ao contrário do que muita gente imagina, existe vida inteligente fora do Planeta Microsoft. Então, não deixe de considerar a possibilidade trocar seu PC com Windows por um iMac ou MacBook, ou mesmo experimentar o Linux Ubuntu, dentre outras distribuições consideradas amigáveis para quem está tendo seus primeiros contatos com o software livre. 

Observação: A verdade é que a Microsoft desenvolveu o Eight pensando principalmente em aumentar sua pífia participação no segmento de smartphones e tablets, e o resultado foi uma interface pouco amigável para a turma do teclado e mouse. Depois de 18 meses gritando aos quatro ventos as virtudes do seu (então) mais recente rebento, e vendo que ele não decolava nem com reza brava, a empresa disponibilizou um Service Pack com novas funcionalidades e elementos de design que o tornaram mais fácil de usar em computadores convencionais. 

O Windows 10 deverá contar com uma interface amigável e ainda fácil de usar, dispensando o aborrecido período de adaptação. As atualizações/correções críticas serão implementadas automaticamente, e a nova Central de Ações concentrará as mensagens numa única janela, facilitando a ação imediata do usuário. O Project Spartan propiciará uma navegação mais aprimorada do que o longevo MS Internet Explorer, permitindo, dentre outras coisas, que o internauta escreva diretamente nas webpages, leia artigos sem distrações e salve seus favoritos para acessá-los offline. O HoloLens dará vida a um mundo de hologramas de alta definição, fazendo com que o conteúdo digital pareça tão real quanto os objetos físicos da sala. O XBOX virá integrado nativamente ao sistema, e a Loja do Windows 10 oferecerá centenas de milhares de aplicativos, incluindo jogos, músicas, vídeos e uma nova versão do Office. É esperar para ver.

Abraços a todos e até amanhã. 

segunda-feira, 22 de abril de 2013

SKYDRIVE – Espaço para backups e muito mais


Confesso que quase comi bola e escrevi “skydive” (pára-quedismo free-fall, no qual o privilegia-se a queda livre retardando ao máximo a abertura do pára-quedas), mas como tudo acontece "entre nuvens", o erro seria justificável J
Falando serio agora, falta de espaço não é mais desculpa (como foi no tempo dos frágeis e miseráveis disquetes de 1.44 MB) para você não fazer backups de seus arquivos importantes, pois, além dos populares CDs/DVDs, existem pendrives de grande capacidade e HDs externos (USB) que já não custam os olhos da cara.
Isso sem mencionar os serviços de "armazenamento na nuvem", disponibilizado em modalidades pagas e gratuitas, dentre os quais destaca-se o SkyDrive, da Microsoft, que oferece recursos de segurança de alto nível (criptografia, redundância, etc.), permite uploads de até 100 MB de cada vez e 7 GB de espaço gratuito (se isso não for suficiente para você, basta pagar uma taxa anual de U$10 para adicionar 20 GB). Há versões para Windows, Mac, Windows Phone, iPhone e iPad e Outros telefones; para dicas de uso, clique aqui).
Outras opções populares são o DROPBOX, o GOOGLE DRIVE e o SUGARSYNC. O primeiro – um dos precursores em seu segmento – oferece apenas 2 GB de espaço gratuito, e seu plano pago mais barato (10 GB) custa U$ 9.99/mês. Já o segundo – o mais recente – oferece 5 GB de espaço gratuito e planos pagos a partir de U$ 2.49 mensais (25 GB). No terceiro – o menos conhecido – a franquia também é de 5 GB,  mas os planos pagos partem de U$ 4.99 por mês (30 GB).

Abraços e até mais ler.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A evolução dos computadores...

Atendendo a uma sugestão apócrifa deixada no post do último dia 9, vou dedicar algumas linhas à evolução dos computadores, começando por definir “informática” como a ciência que visa ao tratamento da informação mediante o uso de equipamentos e métodos da área de processamento de dados – até porque processar dados é o que o computador faz ao arquivar, gerenciar e manipular informações.

Reza a lenda que tudo começou com o ábaco – geringonça criada há mais de 3.500 anos no antigo Egito –, cuja desenvoltura na execução de operações aritméticas seria superada somente no século XVII pela Pascalina, desenvolvida pelo matemático francês Blaise Pascal e aprimorada pelo alemão Gottfried Leibniz, que lhe adicionou a capacidade de multiplicar e dividir. Mas o “processamento de dados” só tomaria impulso dois séculos mais adiante, com o Tear de Jacquard – primeira máquina mecânica programável –, que serviu de base para Charles Babbage projetar um dispositivo mecânico capaz de computar e imprimir extensas tabelas científicas, que serviu de base para Herman Hollerith construir um tabulador estatístico com cartões perfurados. (Depois de diversas fusões e mudanças de nomes, a empresa de Hollerith viria a se tornar a International Business Machine, mais conhecida como IBM, mas isso já é outra história).
 
Lá pelos anos 30, Claude Shannon aperfeiçoou o Analisador Diferencial (dispositivo de computação movido a manivelas) mediante a instalação de circuitos elétricos baseados na lógica binária, ao mesmo tempo em que o alemão Konrad Zuze criava o Z1 (primeiro computador binário digital). Com a deflagração da Segunda Guerra Mundial, a necessidade de decifrar mensagens codificadas e calcular trajetórias de mísseis levou potências como os EUA, Alemanha e Inglaterra a investir no desenvolvimento de computadores como o Mark 1, o Z3 e o Colossus. Aliás, foi com o apoio do exército norte-americano que pesquisadores da Universidade da Pensilvânia construíram o ENIAC – portento de 18 mil válvulas e 30 toneladas –, que produziu um enorme blecaute ao ser ligado, em 1946.

Observação: Apesar de consumir 160 kW/h, o ENIAC só conseguia fazer 5 mil somas, 357 multiplicações ou 38 divisões simultâneas por segundo – uma performance incrível para a época, mas que qualquer videogame dos anos 90 já superava “com um pé nas costas”. Para piorar, de dois em dois minutos uma válvula queimava, e como a máquina só possuía memória interna suficiente para manipular dados envolvidos na tarefa em execução, qualquer modificação exigia que os programadores corressem de um lado para outro da sala, desligando e religando centenas de fios.

Em 1947 surgiria o EDVAC – já com memória, processador e dispositivos de entrada e saída de dados –, seguido pelo UNIVAC – que utilizava fita magnética em vez de cartões perfurados –, mas foi o transistor que revolucionou a indústria dos computadores, notadamente a partir de 1954, quando seu custo de produção foi barateado pela utilização do silício como matéria prima.
 
No final dos anos 50, a IBM lançou os primeiros computadores totalmente transistorizados (IBM 1401 e 7094) e uma década depois a TEXAS INSTRUMENTS revolucionou o mundo da tecnologia com os circuitos integrados (compostos por conjuntos de transistores, resistores e capacitores), usados com total sucesso no IBM 360 (lançado em 1964). No início dos anos 70, a INTEL desenvolveu uma tecnologia capaz de agrupar vários CIs numa única peça, dando origem aos microprocessadores, e daí à criação de equipamentos de pequeno porte foi um passo: em poucos anos surgiria o ALTAIR 8800 (vendido sob a forma de kit), o PET 2001 (lançado em 1976 e tido como o primeiro microcomputador pessoal) e os Apple I e II (este último já com unidade de disco flexível).

O sucesso estrondoso da Apple despertou o interesse da IBM no filão dos microcomputadores, levando-a a lançar seu PC (sigla de PERSONAL COMPUTER), cuja arquitetura aberta e a adoção do MS-DOS da Microsoft viriam a estabelecer um padrão de mercado.

De olho no desenvolvimento de uma interface gráfica com sistema de janelas, caixas de seleção, fontes e suporte ao uso do mouse – tecnologia de que a XEROX dispunha desde a década de 70, conquanto só tivesse interesse em computadores de grande porte –, a Apple fez a lição de casa e incorporou esses conceitos inovadores num microcomputador revolucionário. E a despeito de a IBM pressionar a Microsoft no sentido de não atrasar o lançamento de sua interface gráfica para rodar em DOS, a Apple já estava anos-luz à frente quando o Windows 2.0 chegou ao mercado.

Muita água rolou por baixa da ponte desde então. Em vez de aperfeiçoar o PC de maneira a utilizar o novo processador 80386 da INTEL, a IBM preferiu lançar o PS/2, com arquitetura fechada e proprietária. Mas a Compaq – que já vinha ameaçando destronar a rival – convenceu os fabricantes a continuarem utilizando a arquitetura aberta. Paralelamente, o estrondoso sucesso do Windows 3.1 contribuiu para liquidar de vez a parceria Microsoft/IBM, conquanto ambas as empresas continuassem buscando desenvolver, cada qual à sua maneira, um sistema que rompesse as limitações do DOS. Depois de uma disputa tumultuada entre o OS/2 WARP e o Windows 95 (já um sistema operacional autônomo), a estrela de Bill Gates brilhou mais forte, e o lançamento do Win 98 sacramentou a Microsoft como a “Gigante do Software”.

O resto é história recente: a arquitetura aberta se tornou padrão de mercado; o Windows se firmou como o SO mais utilizado em todo o mundo (a despeito da evolução das distribuições LINUX e dos fãs da Apple/Macintosh); a evolução tecnológica vem favorecendo o surgimento de dispositivos de hardware cada vez mais poderosos – e propiciando a criação de softwares cada vez mais exigentes –; a INTEL e a AMD continuam disputando “a tapa” a preferência dos usuários pelos seus processadores (agora com 2, 3, 4 ou mais núcleos); memórias SDRAM de 64/128 MB cederam lugar para 2 ou mais GB DDR2 ou DDR3; placas gráficas de última geração permitem jogar games radicais, assistir a filmes em alta definição e com efeitos 3D, e por aí vai. 

Tenham todos um ótimo dia.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Segurança é um caso sério...

Pergunte a um “nerd” qual a melhor solução de segurança para seu PC, e ele lhe dirá: “mude para o Linux”.
Essa é apenas uma das muitas anedotas que correm no âmbito da TI, mas, convenhamos, a coisa faz sentido – até porque a enorme popularidade da Microsoft torna seus produtos um “prato cheio” para hackers, crackers e aparentados, daí o desfile sem fim de correções desenvolvidas pela empresa.
Bugs e falhas de segurança não são exclusividade do Windows, Office, Internet Explorer e outros programas da Gigante do Software: segundo a Secunia, os produtos da Apple apresentam mais vulnerabilidades do que quaisquer outros. No entanto, ainda que não sejam inexpugnáveis (até porque nenhum software é 100% seguro), as distribuições Linux costumam dar bem menos dor de cabeça a seus usuários.
Segundo Linus Torvalds – criador do Linux –, diante de uma quantidade suficiente de olhos, todos os bugs vêm à tona. E como todos os usuários do sistema têm acesso ao seu código-fonte, é natural que as falhas sejam descobertas e corrigidas mais rapidamente do que as dos produtos Microsoft, cuja equipe de desenvolvedores segue listas de prioridades e só divulga os problemas depois de descobrir a solução – propiciando, assim, a ação dos cybercriminosos. Demais disso, ainda que o bom senso recomende operar o Windows com uma conta limitada, a maioria dos usuários acessa o sistema como administrador, estendendo seus plenos poderes aos malwares que recebem. Já a turma do Pingüim, por sua vez, começa com contas de baixa prioridade, e mesmo que o sistema seja comprometido, a praga não terá o acesso “root” necessário para causar grandes estragos (sem mencionar que as nuances das diversas distribuições reduzem sensivelmente os riscos de disseminações virais em massa).

Observação: Vírus e worms normalmente se espalham mediante engenharia social – isto é, tentando levar os usuários a fazer algo que não deveriam. Basta receber um e-mail com um anexo malicioso e uma linha de assunto provocante ou pornográfico, por exemplo, para muita gente abrir sem pensar. No Linux, como a maioria dos usuários não tem acesso “root”, a possibilidade de danos reais é sensivelmente reduzida, já é preciso ler o e-mail, salvar o anexo, atribuir-lhe permissões e só então rodar o executável.

Para o Windows, o que não falta aqui no Blog são dicas de segurança, a começar pela tradicional recomendação no sentido de manter um antivírus responsável ativo, operante e atualizado. No entanto, segundo o Blog de segurança Krebs on Security, muitas dessas ferramentas não se valem do ASLR e do DEP (tecnologias criadas pela Microsoft para evitar que softwares maliciosos tenham acesso a seções estáticas da memória do sistema). É o caso do AVAST Home Edition, do AVG Internet Security 9.0, do BitDefender Internet Security 2010, do ESET Smart Security, do F-Secure Internet Security, do Norton Internet Security 2010, do Panda Internet Security 2010 e do Trend Micro Internet Security 2010. A exceção fica por conta do Microsoft Security Essentials, embora no McAfee Internet Security e nos antivírus Avira e Kaspersky as tecnologias em questão sejam utilizadas por alguns executáveis de seus executáveis.

Durma-se com um barulho desses!

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Curiosidades...

... Que fundador do Hotmail investiu 300 mil dólares para criar o site – o primeiro a oferecer acesso a uma caixa de e-mails de qualquer computador – e, dois anos mais tarde, vendeu sua criação à Microsoft por 400 milhões de dólares?

... Que a Xerox, além de inventar a fotocopiadora, foi responsável pela criação do primeiro software com interface gráfica (com ícones e janelas) e do mouse, mas que os diretores da empresa não acharam a idéia boa?

… Que um cara chamado Jobs comprou o software da Xerox, fez alguns aprimoramentos e lançou o revolucionário Macintosh, com SO de interface gráfica (Mac OS)?

... Que ntre os especialistas que ajudaram Jobs a desenvolver o novo software, havia um rapaz de nome William Gates?

... Que esse jovem aprendeu tanto sobre a interface gráfica que, quando o Macintosh foi oficialmente lançado, a Microsoft já estava vendendo versões piratas do sistema, no Japão, batizadas como Windows?

Passemos agora à nossa tradicional piadinha:


Era uma vez um homem perfeito, que se casou com uma mulher perfeita, formando, assim, um casal perfeito. Certa noite de Natal, transitando por uma estrada deserta, o casal perfeito viu alguém no acostamento, pedindo ajuda. Esse alguém era nada mais nada menos do que Papai Noel, cujo trenó havia enguiçado.
Não querendo deixar milhões de crianças decepcionadas, o casal perfeito se ofereceu para ajudá-lo a distribuir os presentes. O bom velhinho entrou no carro e lá foram eles. Infelizmente, o carro se envolveu em um acidente e somente um dos três ocupantes sobreviveu.
Pergunta:
Quem foi o sobrevivente do trágico acidente? A mulher perfeita, o homem perfeito ou o Papai Noel?
Resposta: A mulher perfeita sobreviveu – na verdade, ela era a única personagem real dessa história, já que, como se sabe, Papai Noel e homem perfeito não existem. (Se você é mulher, a piada acaba aqui; os homens podem continuar lendo).
Agora, se Papai Noel não existe, e nem homem perfeito, fica claro que quem dirigia era a mulher, o que explica o acidente... (Se você é mulher e leu até aqui, fica provada mais uma teoria: mulheres são curiosas, metem o bedelho onde não são chamadas e são incapazes de seguir instruções.

Bom final de semana a todos.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Ainda os Navegadores...

Pegando um gancho na postagem anterior, não custa lembrar que tanto o Firefox quanto o Chrome, o Opera e o Safari são excelentes alternativas para quem não gosta ou está tendo problemas com o browser padrão do Windows (conforme a gente já comentou em outras oportunidades, notadamente no post de 16 de março último). Entretanto, a despeito da profusão de recursos incorporados a cada nova versão desses programas, talvez o aspecto mais importante seja a velocidade com que eles conseguem abrir as páginas, e cada fabricante puxa a brasa para a sua sardinha utilizando metodologias distintas e apresentando resultados nem sempre confiáveis – talvez o melhor seja escolher uma das opções e testá-la pessoalmente durante alguns dias.
A título de curiosidade, vale mencionar que o surgimento dos browsers foi o grande responsável pela popularização da Internet entre usuários leigos em programação. As versões para Unix surgiram em 1991, mas foi o Netscape Navigator, lançado em 1994, o primeiro a exibir textos e imagens postadas em websites (ele dominou o mercado até 1997, quando foi desbancado pelo IE4). Em 1998, a Netscape fundou a Mozilla (desenvolvedora do Firefox, que hoje é o principal concorrente do IE); em 2003, a Apple criou o Safari (que ganhou posteriormente uma versão compatível com o Windows, mas cuja participação no mercado ainda é inexpressiva); no ano passado, o Google lançou o Chrome, e a Microsoft, visando recuperar sua participação no mercado, atualizou o IE para a versão 8 – segundo a empresa, o navegador mais rápido, estável e seguro já construído. Acredite se quiser.
Para concluir, resta mencionar que existem outros programinhas bem simpáticos, embora menos conhecidos. Um deles é o Maxthon, que a despeito da interface um tanto confusa, exige pouco do processador e é repleto de funções muito interessantes (mais informações e download em http://superdownloads.uol.com.br/download/129/maxthon-combo/). Outro bom exemplo é o SlimBrowser, que é muito rápido e traz verificador ortográfico e tradutor online embutido, além de bloqueador de anúncios e uma função interessante para lidar com múltiplas abas: pode-se visualizar todas as páginas da web abertas em janelas separadas, na posição vertical ou horizontal, e movê-las e redimensioná-las (mais informações e download em http://superdownloads.uol.com.br/download/85/slim-browser/).
Bom dia a todos e até mais ler.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Windows7 x Mac OS X

Na postagem da última quinta-feira, eu dediquei algumas linhas ao Windows 7 – cujo lançamento oficial está previsto para o final do próximo mês, mas que já vem sendo disponibilizado pela Microsoft para quem se interessar em fazer uma “prévia”. Particularmente, eu continuo gostando muito do XP, embora as análises da crítica especializada sugiram que o “Seven” deverá cumprir as promessas que o Vista deixou em aberto.
A propósito, a PCWorld publicou recentemente um artigo assinado por Mitchell Ashley, da Network World/EUA, que atesta a superioridade da mais nova versão do Windows em relação ao Mac OS X Snow Leopard (confira as ponderações do articulista no excerto transcrito mais adiante). Vale salientar que eu pretendo conhecer melhor esse sistema – que conquistou meu filho durante sua estada na Europa a ponto de fazê-lo abandonar o Windows e engrossar o “time da maçã” –, mas ainda não consegui “confiscar” o note durante o tempo necessário (risos).
Enfim, segundo o articulista norte-americano, a Apple deverá repensar sua estratégia de marketing: no tocante à facilidade de uso, as diferenças entre o “Seven” e o Mac OS X são inexpressivas (muitos usuários optam por um PC com Windows devido ao custo mais baixo e à liberdade de escolher peças de diferentes fabricantes para montar a máquina). Quanto ao desempenho, Mitchell diz que ainda não fez um comparativo, mas adianta que o novo Windows gerencia melhor a memória e é mais rápido – inclusive na inicialização e no desligamento –, além de suportar os dispositivos de hardware mais avançados do mercado. Já no que concerne à segurança, a do Mac NÃO É melhor; o Windows é alvo de mais ataques pelo fato de estar presente na casa da maioria das pessoas, mas a Apple já liberou, num único dia, 18 conjuntos de correções de segurança.
É esperar para ver.
Bom dia a todos e até mais ler.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Apple, Speedy e Humor de sexta-feira

A grama do vizinho parece sempre mais verde, mas as aparências enganam.
Muitos usuários acham o Windows uma "colcha de retalhos” e só não migram para o Mac OS X devido ao elevado preço dos computadores da Apple. Todavia, o Mac também não é perfeito, haja vista o “pacotaço” de correções que a empresa liberou no último dia 13, envolvendo quase 70 falhas identificadas em diversos componentes do sistema (que passou para a versão 10.5.7), bem como no Safári, no iChat e no Adobe Flash Player.
A quem interessar possa, a lista completa e os endereços para download estão disponíveis no centro de suporte da Apple (http://support.apple.com/kb/HT1222).
Já o Speedy voltou a apresentar instabilidades e a deixar os clientes do Estado de São Paulo sem acesso à Internet no início desta semana. O Procon-SP enviou uma notificação pedindo esclarecimentos, e a Telefonica disse que vai ressarcir os usuários afetados no valor proporcional as período em que o serviço ficou inacessível (equivalente a 9 horas). Com esta pane, são três falhas em menos de um ano, e os especialistas dizem que a falta de investimento e a excessiva terceirização podem ser a razão desses problemas.

Passemos agora à nossa tradicional piadinha de sexta-feira:

Precisando fazer um espermograma, o velhinho foi à farmácia, comprou um potinho e, chegando em casa, tentou com a mão direita, com a esquerda, com as duas, e nada! Então, ele chamou sua mulher, que também tentou com a mão direita, com a esquerda, com as duas - e até com a boca -, mas também não logrou êxito.
A mulher então chamou a vizinha, que também tentou com a mão direita, com a esquerda, com ambas as mãos e, muito sem graça, pediu licença para tentar com a boca... E nada!
Não se dando por vencida, a vizinha chamou sua filha de 18 anos - uma menina encantadora - e mais uma vez as tentativas se repetiram (mão direita, esquerda, as duas, a boca, e nada...).
Cabisbaixo, o velhinho voltou à farmácia e disse ao balconista:
- Dá pro senhor trocar por outro, porque lá em casa ninguém conseguiu abrir este potinho?


Bom final de semana a todos.