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segunda-feira, 11 de março de 2019

NOVA - E PERIGOSA - FALHA DE SEGURANÇA NO GOOGLE CHROME


QUEM SABE POUCO FALA MUITO E QUEM SABE MUITO FALA POUCO.

Interrompo a sequência sobre o acesso desmedido ao HDD para alertar os usuários do Chrome — atualmente o navegador mais popular entre internautas de todo o mundo, inclusive do Brasil — para uma vulnerabilidade no leitor de PDF do software, que cibercriminosos vem explorando com o fito de obter acesso remoto a computadores que rodam o browser do Google.

A falha afeta um componente do Chrome chamado FileReader — interface de  programação padrão que permite que as aplicações web acessem conteúdos de arquivos armazenados no computador — e põe em risco a segurança de máquinas com sistemas operacionais Windows, MacOS ou Linux.

Detalhes só serão divulgados quando a correção for aplicada à maioria dos navegadores instalados, mas o Google recomenda aos usuários que atualizem o programa para a versão 72.0.3626.121, na qual a brecha em questão, descoberta no final do mês passado, já foi devidamente corrigida.

Normalmente, o Chrome é atualizado automaticamente, mas não custa você conferir se a versão instalada no seu PC é a mais recente. Para isso, basta acessar o menu no navegador, no alto do lado direito da tela, e clicar em Ajuda > Sobre o Google Chrome — e proceder à atualização, se necessário.

quinta-feira, 7 de março de 2019

CONTROLANDO O APETITE DO CHROME — CONCLUSÃO


O INFERNO ESTÁ VAZIO. TODOS OS DEMÔNIOS ESTÃO AQUI.

Depois de destronar o Netscape Navigator na Primeira Guerra dos Browsers e reinar absoluto por mais de uma década, o MS Internet Explorer foi deposto pelo Chrome, que desde 2012 é o queridinho dos internautas — segundo dados da Statcounter Global Stats, em janeiro deste ano o browser do Google contava com 82,65% da preferência dos usuários tupiniquins, contra 5,3% do Safari e 4,4% do Mozilla Firefox. De uns tempos a esta parte, porém, a concorrência acirrada entre os principais navegadores levou seus desenvolvedores a oferecer basicamente os mesmos recursos, o que torna a escolha do programa uma questão de preferência pessoal do usuário.

Mas nem tudo são flores nesse jardim: todos os browsers são vorazes consumidores de recursos do computador, e o apetite do Chrome é ainda mais pantagruélico, o que aporrinha usuários de máquinas com pouca memória RAM. A cada atualização, o Google jura ter resolvido o problema, mas, como não é isso que a gente nota no uso diário, vale a pena fazer alguns ajustes para tornar o navegador menos guloso :

Digite chrome://settings na barra de endereços do Chrome e tecle Enter. Role a página até o final e clique em Avançado. Sob Privacidade, desmarque todas as caixas de verificação assinaladas, com exceção dos itens Usar um serviço de previsão para carregar as páginas mais rapidamente e Proteger você e seu dispositivo de sites perigosos (se você acha importante contar com o auxílio de um corretor ortográfico, marque a caixa Utilizar um serviço na Web para ajudar a solucionar erros de ortografia). Mais abaixo, sob Rede, clique no botão Alterar configurações de proxy… e, em Configurações de LAN, desmarque todas as opções assinaladas, clique OK em ambas as telas e reinicie o navegador.

Desative (ou exclua) extensões desnecessárias. As extensões (ou plugins) ampliam as funcionalidades do navegador, mas consomem muita memória, sem mencionar que algumas são instaladas à revelia do usuário (de carona com freewares descarregados da Web por exemplo) e podem comprometer a segurança do sistema. Então, digite chrome://extensions na barra de endereços do Chrome, pressione a tecla Enter e faça uma faxina em regra.

As abas desobrigam o usuário de abrir várias instâncias do navegador ao mesmo tempo, mas manter muitas abas abertas pode acarretar lentidão e até travar o navegador. Se você tem alguma dificuldade em se policiar, instale a extensão The Great Suspender, que monitora o uso das abas em tempo real e coloca em animação suspensa as que estão inativas. Depois de instalar esse complemento, reinicie o Chrome e clique no ícone que será exibido à direita da barra de endereços. No menu suspenso, clique em Configurações, ajuste o tempo de inatividade e reinicie o navegador — o intervalo padrão é de uma hora, mas você pode escolher algo entre 20 segundos e 3 dias (eu sugiro 5 minutos).

Temas e outras firulas são “bonitinhos”, mas não têm utilidade prática e consomem mais memória. Se você tem menos de 6 GB de RAM, clique em Configurações > Temas e restabeleça a configuração padrão do Chrome. Aproveitando o embalo, pressione Ctrl+Shift+Del e faça uma faxina no cache do navegador (repita essa operação semanalmente).

Lentidão, instabilidade e travamentos frequentes são problemas que podem ser resolvidos mediante a desinstalação e reinstalação do Chrome, mas, antes de partir para o tratamento de choque, digite chrome://settings na caixa de endereços, role a tela até o final, clique em Avançado e em Restaurar configurações para os padrões originais. Reinicie o browser e veja como ele se comporta.

Por último, mas não menos importante: um recurso que pouca gente conhece é o Gerenciador de Tarefas do Chrome, inspirado no recurso homônimo do Windows (que muita gente também desconhece). Com o navegador aberto, tecle Shift+Esc para convocar o Gerenciador e visualizar os processos executados em segundo plano. Para identificar os itens mais gulosos, você pode organizar a lista por memória, CPU ou rede (dê um clique direito na barra que fica logo acima da lista de processos para adicionar outras categorias). Para encerrar alguma aba ou extensão que esteja detonando os recursos do sistema, selecione o item malcomportado e clique em Encerrar processo.

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

AINDA SOBRE O MODO NARRAÇÃO NO FIREFOX E A CONTRAPARTIDA DO CHROME


QUANTO MENOS PENSAM, MAIS OS HOMENS FALAM.

O modo de leitura do Firefox funciona direitinho, inclusive na opção “modo narração”, que lê em voz alta o conteúdo das páginas. O problema é achar páginas que lhe ofereçam suporte — além do conteúdo do site da Fundação Mozilla, desenvolvedora do browser da raposa, deu para contar nos dedos as páginas compatíveis que consegui encontrar quando eu testei o recurso para escrever o post anterior. Felizmente, o plugin Read Aloud resolve esse problema — para instalá-lo, abra esta postagem no seu Firefox e clique aqui.

O Chrome lê textos das webpages nativamente, dispensando a instalação de plugins. Ou deveria. Em tese, bastaria clicar no trecho selecionado e ativar ou desativar o comando de leitura, mas no meu navegador (versão 71.0.3578.98/64-bit), o comando em questão não aparece nem com reza brava.

Felizmente, também nesse caso há uma extensão que supre essa lacuna. Para adicionar o Speakit (esse é o nome da dita-cuja), é só abrir esta postagem no Chrome e clicar aqui.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

MODO DE LEITURA NO FIREFOX


A INJUSTIÇA QUE SE FAZ A UM É UMA AMEAÇA QUE SE FAZ A TODOS.

O Google Chrome é o navegador mais popular entre os internautas do mundo inteiro, mas o Mozilla Firefox também é muito legal. Aliás, a escolha do navegador, de uns tempos para cá, tem mais a ver com as preferências pessoais do usuário do que a diferenças entre os recursos dos principais programas.

O browser da raposinha é recheado de recursos e funções que a gente não usa por simples desconhecimento. Um deles é o modo de leitura, que remove elementos desnecessários das webpages — tais como botões, anúncios e imagens de fundo — e altera o tamanho, o contraste e a apresentação do texto para aprimorar a legibilidade.

Se uma pagina estiver disponível no modo de leitura, o ícone respectivo aparecerá na barra de endereços (oriente-se pela figura 01 que ilustra esta postagem). Clique nesse ícone, e ele ficará azul, indicando que o recurso está ativo, e repare que uma barra vertical com quatro botões será exibida no canto esquerdo da página (figura 02). O primeiro botão serve para encerrar o modo leitura, o segundo permite ajustar as fontes, e o terceiro — que eu considero a “cereja do bolo” — dá acesso ao modo narração (figura 03).

Clique no ícone do modo narração para abrir os respectivos controles, que são bastante intuitivos: o botão play faz com que o Firefox leia em voz alta o conteúdo da página, os botões avançar e voltar alternam entre os parágrafos e o botão deslizante ajusta a velocidade da leitura e dá acesso a algumas (poucas) opções de voz.

Para que esse recurso funcione, você precisa ativá-lo. Com o navegador aberto na página desejada, clique no menu Exibir (se a barra de menus estiver oculta, pressione a tecla ALT para que ela apareça) e acesse a opção Entrar no leitor (alternativamente, pressione a tecla F9, que produz o mesmo resultado). Se essa opção não for exibida, é porque a página visitada não está disponível para acesso no modo leitura. Enfim, nada é perfeito.

Observação: Claro que você pode contornar esse problema adicionando a (excelente) extensão Read Aloud — abra esta postagem no Firefox e clique aqui para incluir o plugin no seu navegador.

Era isso, pessoal. Espero ter ajudado.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

CORRETOR ORTOGRÁFICO — MS WORD E GOOGLE CHROME


O BRASIL É O PAÍS DO FUTURO. MAS PARECE QUE ESSE FUTURO NUNCA CHEGA.

Revisar o texto antes de enviar um email ou disparar uma mensagem pelo WhatsApp é fundamental. Na pressa, porém, nem sempre nos damos a esse trabalho. O corretor ortográfico seria uma mão na roda se não tivesse mau hábito de fazer alterações descabidas, que podem mudar totalmente o sentido da frase. E o pior é que só nos damos conta dessas mudanças depois que clicamos em “enviar”.

Os corretores comparam as palavras digitadas com o conteúdo de seu “dicionário” (banco de dados). Via de regra, basta dar um clique direito sobre um termo assinalado para acrescentá-lo a esse dicionário, evitando que ele volte a ser marcado como erro. O problema é que, por pressa ou desatenção, acabamos adicionando palavras grafadas incorretamente, e aí o assistente deixa de nos alertar para o erro.

Para corrigir isso no MS Word, podemos abrir o dicionário personalizado e excluir o termo que acrescentamos por engano, desde que ele figure na lista. Se, por alguma razão, ele não estiver presente, o jeito será recorrer à autocorreção: com o arquivo de texto aberto, clicamos no menu Arquivo e depois em Opções > Revisão de Texto > Opções de autocorreção. Na janelinha seguinte, selecionamos a aba Autocorreção e, sob a opção “Substituir texto ao digitar”, digitamos a palavra grafada incorretamente no campo Substituir e a palavra correta no campo Por.

O Google Chrome — a exemplo de seus principais concorrentes — dispõe de um corretor ortográfico que funciona mais ou menos da mesma maneira. Se for preciso reverter uma inclusão indevida, porém, é bem mais fácil: basta digitar chrome://settings/editDictionary na barra de endereços do browser, localizar o item desejado na lista de palavras personalizadas e clicar no “X” que aparece à direita, no final da linha. Simples assim. 

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

AINDA SOBRE O GOOGLE CHROME TOOLBOX


AQUELE QUE LÊ MAUS LIVROS NÃO LEVA VANTAGEM SOBRE AQUELE QUE NÃO LÊ LIVRO NENHUM.

Como vimos na postagem anterior, se você usa o Chrome e já teve o desprazer de encerrar uma sessão de navegação quando pretendia apenas fechar a aba ativa, deve ter percebido que, diferentemente de seus concorrentes, o navegador do Google não avisa que há outras abas abertas quando você clica no X vermelho para encerrar a sessão de navegação, e nem permite incluir essa funcionalidade mediante uma simples reconfiguração.

A boa notícia é que um plugin (ou extensão, como queira) chamado Chrome Toolbox faz isso e muito mais, pois permite deixar até dez comandos do Chrome configurados em um menu suspenso e de fácil acesso. A má notícia é que ele foi removido da Chrome Web Store em 2015, quando a empresa lançou a versão 45 de seu festejado navegador e suprimiu o suporte ao NPAPI (tecnologia necessária para applets em Java).

O plugin em questão ainda pode ser baixado do site do Baixaki, que dá detalhes sobre a instalação, configuração e outros que tais. Mas para que o troço funcione, é preciso instalar outro plugin (clique aqui para mais informações e download).

Observação: Eu não experimentei, de modo que não posso dizer mais do que já disse. Se você quiser tentar, faça-o por sua conta e risco. Se houver algum problema, basta desinstalar a extensão ou, em último caso, reinstalar o Google Chrome.

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terça-feira, 23 de outubro de 2018

SOBRE O GOOGLE CHROME TOOLBOX


O SOCIALISMO É UM SISTEMA QUE SÓ FUNCIONA NO CÉU, ONDE NÃO PRECISAM DELE, E NO INFERNO, ONDE ELE JÁ EXISTE.

Google Chrome desbancou o Internet Explorer em 2012 e desde então conta com a preferência da maioria dos internautas do mundo inteiro, debalde os esforços da Microsoft para popularizar o EDGE e de existirem alternativas excelentes a esses programas, como o Firefox, o Opera e o UC-Browser.

Diferentemente do que ocorria até poucos anos atrás, hoje em dia a escolha do browser tem mais a ver com a preferência pessoal dos usuários, já que a maioria das opções se equivale na oferta de recursos e funcionalidades. Isso não significa que os programas sejam absolutamente idênticos, naturalmente: veja, por exemplo, que o Chrome não exibe uma caixa de diálogo informando que há mais de uma aba aberta quando a gente clica no X vermelho para encerrar a sessão. Isso pode parecer algo de somenos, mas não é.

As abas foram implementadas inicialmente no Firefox, embora alguns afirmem que elas já existiam no pré-histórico NetCaptor — do qual a maioria dos usuários jamais ouviu falar. Mais adiante, esse recurso foi adotado pelos principais navegadores, o que é bom, pois permite acessar múltiplas página simultaneamente sem que seja preciso abrir duas ou mais instâncias do programa.

A questão é que, por desatenção, é comum encerrarmos o browser em vez fecharmos somente a aba ativa, e aí o conteúdo carregado nas demais se perde. Para piorar, nem sempre uma consulta ao histórico de navegação resolve, já que o Chrome pode estar configurado para apagar automaticamente os rastros de navegação no momento em que é fechado — isso sem mencionar que algumas ferramentas de segurança também se incumbem de realizar essa faxina.

O fato é que a caixa de diálogo retrocitada tem sua utilidade, ms por alguma razão o Google parece não pensar assim. A boa notícia é que a extensão Chrome Toolbox supre essa deficiência. A má é que ela foi removida do Chrome Web Store em 2015, quando do lançamento da versão 45 do Chrome, que deixou de suportar o NPAPI — tecnologia necessária ao funcionamento dos applets escritos em Java. Mas vamos por partes.

Se você preza a sua privacidade, mas nunca se lembra de apagar seu histórico de navegação, talvez seja prudente configurar o browser para fazê-lo automaticamente. Do ponto de vista da segurança, porém, faz mais sentido usar um bloqueador de anúncios — seja o que integra nativamente o navegado, seja os que são providos por algum plugin. Até porque, a rigor, apagar o histórico evita apenas que outras pessoas que tenham acesso ao seu computador bisbilhotem seus hábitos de navegação.

ObservaçãoSites de notícias e provedores de conteúdo não apreciam o uso de bloqueadores, mas é inegável que essa medida represente uma camada adicional proteção, já que inúmeros malwares e scripts maliciosos são distribuídos meio de anúncios. 

Feita essa ressalva, vejamos como configurar o apagamento automático no Chrome

— Abra o navegador e clique nos três pontinhos (no canto superior direito da janela) para ter acesso ao menu de configurações.

— Role a página até o rodapé e clique na opção Avançado.

— Em Privacidade e segurança, clique na setinha à direita de Limpar dados de navegação, vasculhe as opções sob os menus Básicas e Avançado e faça os ajustes desejados marcando (ou desmarcando) as respectivas caixinhas de verificação.

— Reinicie o navegador e repita os passos anteriores para verificar se a nova configuração foi efetivada.

Continuamos na próxima postagem. Até lá.

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quarta-feira, 15 de agosto de 2018

NAVEGADORES, CONSUMO DE MEMÓRIA E OUTROS BICHOS


A DISCRIÇÃO É A MELHOR PARTE DA CORAGEM.

Até a virada do século, quando a maioria de nós usava a nada saudosa conexão discada, longas sessões de navegação ficavam restritas às madrugadas, feriados e finais de semana, quando a tarifação das ligações telefônicas era mais camarada. Hoje, a despeito de as TELES buscarem implementar, na banda larga fixa, uma política de franquias de dados semelhante à que nos aporrinham na conexão móvel, o que mais se vê é gente conectada 24/7 — daí o navegador ter se tornado um artigo de primeiríssima necessidade.

A maioria dos navegadores atuais se equivale em desempenho e gama de recursos, de modo que a escolha do programa depende quase que exclusivamente das preferências do usuário. O velho Internet Explorer foi destronado pelo Google Chrome em 2012 e vem perdendo usuários desde então, mas o Edge, que a Microsoft lançou com o Windows 10 para substituí-lo, está longe de ameaçar a supremacia do Chrome, embora ofereça uma porção atrativos que eu devo abordar numa próxima postagem. Outras boas opções são o Mozilla Firefox, o Opera e o UC-Browser, que a gente já discutiu em diversas oportunidades (basta pesquisar o Blog para conferir).

Um dos grandes problemas dos navegadores — de todos eles, em maior ou menor grau — é o consumo desmedido de memória RAM, notadamente quando várias instâncias do programa são executadas ao mesmo tempo, ou quando o internauta abusa das Tabs (abas). E a despeito dos esforços dos fabricantes para controlar esse apetite pantagruélico, os programas tendem a ficar lentos — e até travar — durante sessões de navegação especialmente prolongadas. No mais das vezes, basta fechar e reabrir o browser para resolver o problema, mas há situações em que o programa para de responder, e a gente só consegue encerrá-lo teclando Ctrl+Alt+Del, abrindo o Gerenciador de Tarefas e finalizando os processos associados ao navegador. Em situações extremas, nem isso funciona, e o jeito é clicar em “Sair” e fazer novamente o logon, ou então desligar e religar o computador.

Observação: Se os problemas com o navegador se tornarem recorrentes, o melhor a fazer é reinstalá-lo, mas não custa tentar, antes, reverter o programa a suas configurações originais. No Chrome, clique nos três pontinhos à direita da barra de endereços, selecione Configurações, desça a tela até a opção Mostrar configurações avançadas, clique nela e em Redefinir configurações do navegador. Isso irá limpar todos os dados armazenados, desativar as extensões e restaurar as configurações-padrão do programa (depois que se certificar de que ele está funcionando direitinho, você pode reabilitar ou reinstalar os plug-ins através da aba Extensões).

Amanha a gente continua. Até lá.

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quinta-feira, 26 de julho de 2018

AINDA SOBRE NAVEGADORES


O SEGURO COBRE TUDO. MENOS O QUE ACONTECEU.

Vimos os principais navegadores de internet se equivalem na performance e na gama de recursos que disponibilizam, mas que todos eles tendem, em menor ou maior grau, a consumir muita memória, o que resulta em lentidão, instabilidades e até travamentos. Em situações extremas, a solução é reinstalar o aplicativo, mas não convém “chutar o pau da barraca antes de tentar algumas medidas menos invasivas.

No post anterior eu sugeri instalar o plugin The Great Suspender, que funciona no Chrome e demais browsers baseados no projeto Chromium, como é o caso do excelente UC-Browser (se você usa o Mozilla Firefox, não deixe de dar uma olhada neste link). Todavia, quando o browser começa a apresentar problemas de desempenho e estabilidade, o melhor a fazer é, nesta ordem: 1) encerrá-lo e reabri-lo em seguida; 2) finalizar seus processos via Gerenciador de Tarefas; 3) “sair” do Windows e fazer novamente o logon; 4) desligar o computador e religa-lo após alguns minutos.

Note que você pode economizar tempo e trabalho tentando, antes de partir para a reinstalação, solucionar problemas de cache entupido e extensões malcomportadas, que costumam ser os vilões da história. No caso do Chrome — que eu vou focar por ser o browser mais popular —, clique nos três pontinhos alinhados verticalmente à direita da barra de endereços, selecione a opção Configurações, role a tela até o final, clique em Mostrar configurações avançadas e em Redefinir configurações do navegador e confirmar quando solicitado. Isso irá limpar todos os dados armazenados, desativar as extensões e redefinir as páginas e abas iniciais com as configurações padrão (quando o programa voltar a funcionar direitinho, você pode reabilitar ou reinstalar os plug-ins através da aba Extensões).

Se for mesmo necessário reinstalar o navegador, abra o Gerenciador de Tarefas do Windows (dê um clique direito num ponto vazio da Barra de tarefas e selecione a opção correspondente), clique na aba Processos, vasculhe a lista em busca de entradas identificadas com o logo do Chrome, dê um clique direito sobre cada uma delas e, no menu suspenso que será exibido, clique em Finalizar Processo e confirme quando solicitado. Feito isso, desinstale o programa a partir do menu Aplicativos da tela de configurações do Windows 10 (ou do Painel de Controle, caso sua versão do sistema seja mais antiga), ou, melhor ainda, recorra ao excelente IObit Uninstaller.

Observação: O desinstalador nativo do Windows não é tão eficaz quanto o excelente IObit Uninstaller, que acompanha a renomada suíte de manutenção Advanced System Care, mas pode ser baixado isoladamente do site do fabricante (a versão gratuita atende perfeitamente as necessidades da maioria dos usuários). Além de executar o desinstalador do próprio aplicativo (coisa que o utilitário nativo também faz), ele varre o computador em busca de sobras indesejáveis, exibe a lista do que pode ser removido e se propõe a realizar a tarefa mediante um simples clique do mouse (coisa que a ferramenta do Windows não faz). Além disso, o IObit Uninstaller pode ser configurado para criar automaticamente um ponto de restauração antes de remover o aplicativo, facilitando a reversão ao status quo ante no caso de a desinstalação ser malsucedida.

Continuamos na próxima postagem.

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terça-feira, 26 de junho de 2018

O INTERNET EXPLORER DESCE A LADEIRA


O BRASIL É UM PAÍS QUE VIVE EM CRISE ETERNA, COM INTERVALOS DE NORMALIDADE.

No final do século passado, o Internet Explorer desbancou o Netscape Navigator, sagrando-se vencedor da “Primeira Guerra dos Browsers”. Depois, dormiu em berço esplêndido até meados de 2012, quando foi superado pelo Google Chrome. A partir de então, foi perdendo espaço entre os internautas, e a despeito de continuar presente no Windows 10, o Edge é a bola da vez. No entanto, debalde os esforços da Microsoft, o novo browser padrão do sistema não decola nem com reza brava.

Por essas e outras, a empresa de Redmond corre o risco de virar passado no segmento de navegadores de internet. Em fevereiro, sua participação no mercado era de míseros 13,5%, mesmo tendo registrado um aumento de 1,7% na comparação com o mês anterior.

Vale lembrar que o IE está com os dias contados, pois deixará de ser suportado pela Microsoft em janeiro de 2020, quando o Windows 7 será oficialmente aposentado. Os usuários ainda poderão rodá-lo — como também o Windows 7 —, mas por sua conta risco, pois tanto um quanto o outro deixarão de receber novos updates de segurança. 

Como o IE responde pela maior parte da participação combinada dos navegadores da Microsoft, e considerado a pouca popularidade do Edge entre usuários do Windows 10, a empresa vem amargando uma queda dramática nesse segmento de mercado. No primeiro trimestre deste ano, o Edge registrou um recorde negativo, com uma fatia de apenas 11,7%. 

Quando o Windows 7 e IE forem aposentados, o Windows 10 deverá ter uma participação de 63,6% entre os usuários do sistema operacional para PCs mais popular em todo o mundo — isso se continuar crescendo como cresceu no ano passado. Caso o Edge não consiga aumentar seu ritmo de forma significativa até lá — e tudo indica que não conseguirá —, a participação ativa da Microsoft no âmbito dos navegadores será de apenas um dígito, talvez na casa dos 6%.

Observação: Por “ativa”, entenda-se navegadores que ainda contam com suporte; certamente haverá usuários rodando o IE após a aposentadoria do Windows 7, mesmo sem updates de segurança. E o IE no Windows 8.1 será uma contribuição quase inexistente para a fatia de usuários, uma vez que deverá ter menos de 5% de mercado em janeiro de 2020

Para efeito de comparação, a participação estimada do Edge em 2020 — de 6% — será 50% inferior à do Firefox, que também enfrenta dificuldades.

A exemplo da Microsoft, a Apple também viu seu tradicional navegador perder espaço em sua própria plataforma. Em fevereiro último, somente 44% dos Macs rodavam o Safari como navegador principal — bem menos do que os 66% registrados há menos de três anos. Sorte do Google, já que o Chrome absorveu a maior parte desses “desertores”, à exemplo do que aconteceu com o IE nesse mesmo período.

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sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

CHROME CLEANER PROMETE MANTER O DESEMPENHO DO GOOGLE CHROME SEMPRE NOS TRINQUES



Como eu disse na postagem anterior, o Chrome superou o festejado MS Internet Explorer em meados de 2012 e desde então se mantém no topo da lista dos navegadores de internet mais populares entre usuários do mundo inteiro. Todavia, a despeito de o Google lançar regularmente novas versões com aperfeiçoamentos e recursos inovadores, o consumo de memória é um problema de difícil solução (não só no Chrome, mas em todos os browsers disponíveis no mercado) e que não raro nos obriga a reiniciar o navegador para reverter a lentidão contornar um eventual travamento.

Para minimizar esse desconforto, a extensão Chrome Cleaner automatiza a limpeza de dados cujo acúmulo tende a comprometer a estabilidade e a performance do navegador. Seu uso evita as indesejáveis reinicializações e nos desobriga de apagar manualmente o histórico de navegação, cookies, dados de sites, downloads, senhas salvas e outros elementos que se acumulam durante a navegação na Web (aliás, o apagamento do histórico de navegação ajuda a resguardar nossa privacidade, mas isso já é outra conversa).
  • Para descarregar o programinha, acesse o site do Chrome Web Store e digite Chrome Cleaner na caixa de pesquisas.
  • Na página de opções, selecione Chrome Cleaner PRO e clique no botão Usar no Chrome
  • Na caixinha de diálogo que será exibida em seguida, clique em Adicionar extensão e reinicie o navegador.
  • Um ícone representando uma borracha (de apagar) será exibido no canto direito da janela do Chrome, logo após a barra de endereços. Clique nele para selecionar as opções que a extensão deverá limpar automaticamente (mantenha a configuração padrão ou, se não se importar com o apagamento do histórico, senhas salvas e outros dados que tais, marque todas as caixinhas de verificação). 
  • Feito isso, é só clicar no botão verde Clean Now (limpar agora).
Observação: Note que, à esquerda das caixas de verificação e respectivas opções, é possível escolher a abrangência da limpeza do histórico de navegação (oriente-se pela porção destacada em vermelho na figura que ilustra esta postagem), que vai da “última hora” até “o início dos tempos”. Note também que, ao pé da janela, três botões. O primeiro assinala todas as caixinhas de verificação, o segundo desmarca todas elas, e o terceiro restabelece a configuração default (padrão).

Na próxima postagem a gente verá mais mais dicas para manter o Google Chrome nos trinques. Não deixe de conferir. Bom carnaval.


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quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

GOOGLE LANÇA CHROME 64-BIT REPLETO DE INOVAÇÕES


A SORTE SEGUE A CORAGEM.

Em meados de 2012, o Chrome superou o famoso MS Internet Explorer, e desde então vem encabeçando o ranking dos navegadores mais populares entre internautas no mundo inteiro. 

No último dia 24, o Google começou a liberar a versão de 64 bits, que está disponível para as plataformas Windows, Mac e Linux e traz diversas melhorias de segurança, além de recursos inovadores ― como um bloqueador de pop-up mais inteligente e a possibilidade de escolher sites para desativar a reprodução de áudio automática direto na barra de endereços (aliás, eu acho irritante acessar um site e um anúncio qualquer começar a berrar sem prévio aviso).

Do ponto de vista da segurança, destaca-se a proteção contra o Spectre e o Meltdown ― que acarreta um efeito colateral no desempenho, mas o Google promete corrigir esse inconveniente nas próximas atualizações ―, além de uma muito bem-vinda proteção contra redirecionamento ― destinada a evitar que códigos maliciosos presentes em sites levem o internauta para outras páginas sem a sua permissão. Mas há também uma porção de funções inéditas (e experimentais) que prometem tornar a navegação mais rápida e segura.

Para testar essas novidades, digite “about:flags” (sem aspas) na barra de endereços do navegador e tecle Enter. Na página do Chrome Flags, ative ou desative os experimentos que lhe interessarem (saiba mais sobre cada um deles lendo o breve resumo em inglês) e reinicie o navegador para efetivar as alterações.

Note que essas reconfigurações são facilmente reversíveis; se você tiver algum problema, torne a acessar a página do Chrome Flags e desfaça as alterações (ou clique em Redefinir tudo para o padrão).

Era isso, pessoal. Até a próxima.

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quarta-feira, 30 de agosto de 2017

PLUGINS PARA O GOOGLE CHROME

GENRO É UM HOMEM CASADO COM UMA MULHER CUJA MÃE SE METE EM TUDO.

Se você já assistiu a algum filme em seu PC, por exemplo, é provável que tenha o plugin do Flash instalado no navegador. Plugin (ou extensão, ou add-on) é um programinha destinado a ampliar/aprimorar os recursos e funções de determinados aplicativos, notadamente os navegadores de internet.

Existe um sem-número de plugins, dentre os quais muitos servem para aprimorar a segurança online. Alguns são exclusivos para determinado navegador, mas outros têm versões para a maioria deles (Chrome, Firefox, Safari, Opera, etc.), embora nem sempre aquele que você procura está disponível para o browser que você utiliza.

Observação: O Internet Explorer foi o navegador padrão do Windows até o lançamento do Edge, que veio com o Windows 10. É certo que a “novidade” ainda não emplacou, e talvez por isso o IE não tenha sido excluído da lista dos componentes nativos do sistema. No entanto, depois que foi superado pelo Chrome, em meados de 2012, a participação do IE no mercado de navegadores entrou em parafuso. Hoje, enquanto o browser do Google é a escolha de 54% dos internautas, o velho guerreiro da Microsoft fica atrás do Safari (14,2%), do UC-Browser (8,6%), do Firefox (5,7%) e até mesmo do Opera (4%) ― para saber mais sobre navegadores de internet, reveja a sequência de postagens iniciada por esta aqui

Dito isso, passemos aos plugins que você pode adicionar ao Chrome para aprimorar sua segurança online:

― O MaskMe permite criar endereços eletrônicos ou números de telefone fictícios para utilizar sempre que websites solicitarem essas informações. Isso é útil porque, ao informar seu verdadeiro endereço email em cadastros e afins, você acaba recebendo toneladas de spam, scam e toda sorte de mensagens indesejáveis.

― O Ghostery monitora scripts que rodam em segundo plano e abre uma janelinha pop-up listando o que foi bloqueado, além de fornecer informações sobre os trackers e sua política de privacidade e permitir que o usuário gerencie as permissões.

― O KB SSL Enforcer aprimora a segurança em sites de compras online ou transações financeiras, por exemplo, redirecionando automaticamente a requisição para páginas iniciadas por https, onde a criptografia SSL acrescenta uma camada de segurança que frustra a ação dos invasores de plantão.

― O ScriptSafe é semelhante ao popular NoScript do Firefox. Ele inibe a execução de scripts como o JavaScript em páginas da Web ― vale lembrar que esses scripts são largamente explorados pela bandidagem digital ― e permite que o usuário selecione o que deseja desbloquear ou desbloqueie tudo, temporária ou permanentemente, conforme suas necessidades.

Cautela e canja de galinha nunca fizeram mal a ninguém.

terça-feira, 6 de junho de 2017

COMO DEIXAR O CHROME MAIS RÁPIDO (CONCLUSÃO)

O BANCO É UMA INSTITUIÇÃO QUE EMPRESTA DINHEIRO À GENTE SE A GENTE APRESENTAR PROVAS SUFICIENTES DE QUE NÃO PRECISA DE DINHEIRO.

Feitos os ajustes sugeridos no post anterior, reveja as extensões do seu navegador, que servem para ampliar a funcionalidade, mas consomem memória RAM. Note que algumas extensões são instaladas à sua revelia, de carona com freewares que você baixa da Web por exemplo, e podem não ter qualquer utilidade para você. Então:

― Repita os passos indicados no post anterior para acessar a tela de configurações do Chrome.
― Clique no menu Mais ferramentas e, em seguida, em Extensões.
― Na janela das extensões, desmarque o quadrinho ao lado de Ativada nos itens que você deseja desabilitar, mas manter. Para remover uma extensão (caso você decida que ela realmente não tem utilidade), clique no ícone da lixeira correspondente ao item em questão.
― Reinicie o navegador.

Abrir várias instâncias do browser (ou várias abas ao mesmo tempo) também provoca aumento no consumo de memória. Habitue-se a fechar as abas ociosas ou, se preferir, instale o plugin Great Suspender ― que monitora em tempo real as abas abertas e coloca em animação suspensa as que estão inativas.

Para adicionar esse complemento, torne a acessar a janela das configurações do Chrome, abra a tela das extensões, clique em Obter mais extensões, digite Great Suspender na caixa de pesquisas e tecle Enter. Quando localizar o programinha, clique sobre ele e em Usar no Chrome.

Concluída a instalação (que leva uns poucos segundos), reinicie o navegador e clique no ícone que agora será exibido à direita da barra de endereços (oriente-se pela ilustração desta postagem). No menu suspenso, selecione Configurações, ajuste o tempo de inatividade da página (o intervalo padrão é de uma hora, mas você pode alterar para qualquer outro entre 20 segundos e 3 dias ― sugiro 5 minutos) e torne a reiniciar o navegador.

ALGUÉM TEM DE FAZER O TRABALHO SUJO

Pela primeira vez na nossa história, um presidente da República é formalmente investigado no STF. Se vivêssemos num país sério, ele seria afastado até a conclusão do inquérito e reconduzido ao cargo ― por que não? ― se e quando sua lisura restasse comprovada. No entanto, como sua imprestável predecessora ― e Collor antes dela ―, Michel Temer não tem a grandeza de pôr os interesses nacionais acima dos pessoais.

― NÃO RENUNCIAREI. REPITO: NÃO RENUNCIAREI. SE QUISEREM, ME DERRUBEM! ― rosnou sua insolência, o dedo em riste demonstrando que o que lhe importa é se agarrar ao trono a qualquer preço. “Renunciar seria uma confissão de culpa”, completou. Mas, convenhamos: a esta altura do campeonato, será que alguém ainda acredita em suas justificativas estapafúrdias?

O problema é que todo mundo (ou quase) quer ver Temer pelas costas, mas ninguém quer fazer o trabalho sujo. O governo ruiu, mas o cara continua lá, aprovando coisas um tanto sem sentido, apenas para sinalizar que tudo está na mais perfeita ordem, na mais santa paz. Resta saber quando e como deixará o Planalto ― até porque, se já é uma temeridade (com o perdão do trocadilho) manter no comando da nação um dirigente impopular, avalizar a permanência de um corrupto seria inconcebível.

Descartada a renúncia e afastado o impeachment ― primeiro, porque Rodrigo Maia vai empurrar a coisa com a barriga enquanto puder; segundo, porque o processo demoraria demais, e o país dificilmente sairia ileso de outra deposição de presidencial, via Congresso, em menos de 18 meses ―, resta o inquérito no STF, mas a bomba deve explodir mesmo é no colo do TSE. Senão, vejamos.

O julgamento da ação proposta pelo PSDB após as eleições de 2014 ― a pretexto de “encher o saco do PT”, segundo revelou o senador ora afastado Aécio Neves em conversa gravada por Joesley Batista ―, vem se arrastando há anos, e já foi adiado no início de abril, a pretexto de dar mais prazo para os advogados de Dilma e Temer apresentarem suas alegações finais. Adiá-lo novamente, ainda que mediante um pedido de vista ― vale lembrar que dois novos ministros foram nomeados recentemente pelo próprio Temer ― será desmoralizante para o Tribunal.    

Por ironia do destino, o partido que se tornou o maior aliado do governo com o impeachment da anta vermelha se transformou no seu algoz. E agora, como bons tucanos que são, os peemedebistas mantêm um pé no poleiro e os olhos no TSE, prontos para bater asas e voar no instante em que a cassação lhes parecer inevitável. Outra curiosidade digna de nota: o retardamento do julgamento complicou ainda mais a situação do presidente, pois propiciou a inclusão de mais elementos contra ele. Se não há evidências de que o peemedebista recebeu dinheiro de caixa 2 para sua campanha de vice, não faltam provas de que a chapa recebeu e, portanto, ele se beneficiou dos mesmos recursos que garantiram a reeleição da petista.  

Depois de dizer que “os juízes não são de Marte”, dando a entender que lhes é impossível ignorar o cenário político e as consequências da cassação de (mais) um presidente, o ministro Gilmar Mendes garantiu que o julgamento será “jurídico e judicial”, que “o Tribunal não é joguete de ninguém” e que “não cabe à Corte resolver crise política”.

Antes do vazamento da delação dos donos da JBS, não havia dúvidas de que o TSE livraria a pele de Temer. Afinal, a última coisa de que o país precisa é outra troca de comando em tão curto espaço de tempo, especialmente quando o atual governo vinha tocando as reformas, e a Economia, dando sinais de recuperação. Agora, votos que eram contabilizados como favoráveis a sua permanência no cargo podem deixar de sê-lo, tanto pela “pressão da crise” quanto pelo instinto de preservação dos ministros, que dificilmente conseguiriam explicar por que mantiveram um presidente altamente impopular e, ainda por cima, investigado por corrupção passiva, organização criminosa e obstrução da Justiça.    

Para agravar ainda mais o quadro, o ministro-relator Hermann Benjamin ― cujo relatório resultou num calhamaço de mais 1.000 páginas ― defende eleições diretas para a escolha do próximo presidente. Na sua avaliação, se a eleição de 2014 sagrou vencedora uma chapa que comprovadamente fraudou o pleito, desrespeitou a vontade popular e, portanto, deve ser anulada, o que dispensaria o cumprimento do artigo 81 da Constituição ― que estabelece eleições indiretas (pelo Congresso) no caso de vacância a partir de dois anos do mandato.

A tese é polêmica. Se a eleição for anulada, não seria o caso de empossar a chapa derrotada? A meu ver, isso faria mais sentido, mas o problema é que o tucano também foi ferido de morte pela delação de Joesley Batista, e só não foi preso porque a Lei determina que um parlamentar (deputado estadual, federal ou senador) só pode ser preso em flagrante e por crime inafiançável.

Ir contra a Constituição ― ou alterá-la ao sabor de interesses específicos de grupos que veem nesse imbróglio a oportunidade de tirar proveito pessoal da situação ― seria um atentado ao Estado de Direito. Em outras palavras, um verdadeiro “golpe” ― bem diferente do rito legal que apeou a presidência a gerentona de araque, mas que ela e seus incorrigíveis apoiadores insistem em classificar de golpe de Estado.

Como bem ponderou o jornalista Carlos José Marques no editorial da revista IstoÉ desta semana, a “jabuticaba” da eleição direta tampão, notadamente se criada por um Congresso desmoralizado e envenenado pela corrupção, seria a oficialização da anarquia demagógica, a consagração da república do jeitinho. A esta altura, mesmo uma eleição indireta poderia empurrar o país para a judicialização, levando ao insurgimento dos demais Poderes e incitando os agitadores de plantão.

Fato é que Temer só não foi expelido do Planalto porque falta consenso em torno do seu eventual sucessor. Os parlamentares não estão dispostos a abrir mão das eleições indiretas nem de escolher um de seus pares para o mandato-tampão. O quadro é periclitante, mas não existe no Brasil nada tão ruim que não possa piorar.

Como diz um velho ditado, “em casa onde falta pão, todos gritam e ninguém tem razão”. Pelo visto, situação e oposição querem tirar a castanha com a mão do gato ― ou seja, desejam que o serviço sujo seja feito, desde que não tenham de sujar as mãos. Daí estarem todos de olho no julgamento no TSE.

Volto amanhã com uma breve análise do perfil dos sete ministros que selarão o destino do presidente e redefinirão os rumos desta pobre nação. Até lá.

Confira minhas atualizações diárias sobre política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/

segunda-feira, 5 de junho de 2017

COMO DEIXAR O CHROME MAIS RÁPIDO

POLÍTICOS AGEM POR NECESSIDADE, NÃO POR VIRTUDE.

Embora a tentação seja grande, não vou iniciar esta postagem com o preâmbulo que sempre introduzo quando o tema é navegador de internet, falando das primeiras versões, discorrendo brevemente sobre as Guerras dos Browsers ― na primeira, o Internet Explorer venceu o Netscape Navigator; na segunda o Google Chrome sagrou-se vitorioso ― e terminando com a consideração de que os principais navegadores hoje no mercado se equivalem em recursos e funções, e que a escolha do “melhor” tem mais a ver com a preferência pessoal do usuário do que com qualquer outra coisa. Pensando bem, parece que não consegui resistir totalmente à tentação, mas vá lá que seja.

O Chrome é o navegador mais popular entre os internautas do mundo inteiro ― nas plataformas desktop e mobile; nos tablets, o Safari, da Apple, encabeça o ranking. Assim, são grandes as chances de você utilizá-lo e, portanto, tirar proveito das dicas a seguir. Confira:

O desempenho de um aplicativo depende em grande medida dos recursos do computador como um todo, que variam conforme a configuração do hardware e do "estado" em que se encontra o sistema operacional, a quantidade de softwares instalados, e assim por diante. O Chrome é um browser ágil por natureza, mas é possível deixá-lo ainda mais “rápdio” mediante alguns ajustes simples. Acompanhe:

― Abra o Chrome, clique nos três pontinhos à direita da barra de endereços e, no menu de opções, selecione Configurações.
― Role a página até o final e clique em Mostrar Configurações Avançadas...
― Sob Privacidade, desmarque todas as caixas de verificação que porventura estejam assinaladas, com exceção dos itens Usar um serviço de previsão para carregar as páginas mais rapidamente e Proteger você e seu dispositivo de sites perigosos.

Observação: Se você acha importante contar com o auxílio de um corretor ortográfico, marque a caixa Utilizar um serviço na Web para ajudar a solucionar erros de ortografia.

Mais abaixo, na mesma página, sob Rede, clique no botão Alterar configurações de proxy… e, em Configurações de LAN, desmarque todas as opções assinaladas na janelinha, clique OK em ambas as telas e reinicie o navegador.

O resto fica para a próxima postagem. Até lá.

MENTIRA TEM PERNA CURTA, LÍNGUA PRESA E UM DEDO A MENOS

Em depoimento ao juiz Sérgio Moro, no último dia 10, Lula afirmou (dentre outras inverdades escandalosas) que não comanda o PT. Curiosamente, neste sábado, “Narizinho” (quem se lembra de Monteiro Lobato e do Sítio do Pica-pau Amarelo sabe do que eu estou falando) foi eleita presidente nacional do Partido.

O ex-presidente petralha foi peça fundamental para Gleisi obter 61% dos 593 votos e vencer o (também senador) Lindbergh Farias ― apoiado pelo grupo Muda PT, que reúne quatro correntes de esquerda. Na véspera da votação, as correntes Optei e Movimento PT, que detinham 25% dos votos, ameaçaram apoiar Lindbergh, mas o cenário mudou depois que o molusco indigesto ligou pessoalmente para os líderes dos movimentos e pediu que apoiassem sua fiel escudeira ― que, juntamente com o marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, é ré na Lava-Jato por recebimento de propina da Petrobrás.

Quando se trata de chefiar quadrilha, ninguém melhor que bandido. Colocando de uma forma mais gentil, mas com uma pitada de ironia: gente da melhor qualidade no comando de um partido probo e honesto à toda prova, gerado, parido e controlado por um ex-metalúrgico analfabeto, oportunista e parlapatão, mas extremamente vivaz e dono de uma retórica invejável. Um mentiroso contumaz, mas capaz de hipnotizar a patuleia ignara a ponto de ninguém (entre seus vassalos, apoiadores e apedeutas que tais) se indignar com o fato de ele fazer de palanque o esquife da ex-primeira dama e transformar seu enterro em comício. Um manipulador inescrupuloso, que culpou a Lava-Jato e o juiz Moro pelo stress que culminou com a morte da companheira e cúmplice, mas não hesitou em culpar a finada pelos atos espúrios relacionados com o já folclórico tríplex do Guarujá ― muito convenientemente, diga-se, já que a defunta não poderia contradizê-lo, a não ser que se convocasse uma sessão de Mesa Branca e se convencesse a Justiça a aceitar um depoimento vindo do além.

Afinal, estamos no Brasil, onde nada mais espanta. No país da hermenêutica, da interpretação elástica da Lei, assassinos condenados ― como certo ex-goleiro do Flamengo ― são colocados em liberdade por juízes garantistas, que dizem combater as prisões preventivas alongadas (sem as quais a Lava-Jato jamais teria chegado aonde chegou), mas que, no afã de conquistar seus 15 minutos de fama, desconsideram solenemente o fato de o retardo no julgamento do recurso advir de chicanas protelatórias urdidas pelos advogados do próprio réu. Um país onde pseudoguerrilheiros anistiados e condenados posteriormente por chefiar quadrilhas ― como é o caso de José Dirceu nos esquemas do Mensalão e do Petrolão ― são postos em liberdade por nossa mais alta Corte (em sua pior composição de todos os tempos) em decisões esdrúxulas, como a que levou procurador Deltan Dallagnol a publicar em sua página no Facebook: “O que mais chama a atenção, hoje, é que a mesma maioria da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal que hoje soltou José Dirceu ― ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski – votaram para manter presas pessoas em situação de menor gravidade, nos últimos seis meses.”

Observação: Os ministros Toffoli e Lewandowski não só foram indicados por Lula, mas também emergiram das fileiras do PT. Toffoli não fez doutorado nem mestrado, foi reprovado duas vezes em concursos para juiz de primeira instância, mas passou de advogado do PT ministro do Supremo. Lewandowski, amigo de Lula, ingressou na vida pública quando Walter Demarchi, então vice-prefeito de São Bernardo do Campo, convidou-o a ocupar a Secretaria de Assuntos Jurídicos do município, e passou a ministro do Supremo por uma indicação feita durante um regabofe entre amigos e aceita por Lula (sabe-se lá depois de quantas cangibrinas). Já o grandiloquente Gilmar Mendes, lembrado pelo jornalista J.R. Guzzo como uma “fotografia ambulante do subdesenvolvimento brasileiro, mais um na multidão de altas autoridades que constroem todos os dias o fracasso do país”, passou de inimigo figadal do PT a crítico da Lava-Jato, notadamente depois que a Força-Tarefa passou a focar no PMDB de Michel Temer.

Não faz muito tempo, Mendes afirmou que os magistrados “não são de Marte”, referindo-se a uma possível influência do cenário político no julgamento da chapa Dilma-Temer pelo TSE. Dias atrás, no entanto, disse que aquela Corte (que ele preside) “não é joguete de ninguém”, que “não cabe ao TSE resolver crise política”, que o julgamento será “jurídico e judicial” e que um pedido de vista “será algo absolutamente normal”.

Diz um ditado que cabeça de juiz e barriga de criança não merecem confiança. Veja o leitor que o novato do Supremo, Alexandre de Moraes, depois de perorar durante uma hora no julgamento da ação sobre o foro privilegiado, pediu vista do processo em vez de dar seu voto. O julgamento foi suspenso com o placar de 4 a 0 e será retomado quando o ministro devolver o caso ao plenário. Normalmente, quando um integrante da Corte pede mais prazo para analisar um processo, o julgamento é suspenso na hora, sem que seus pares se manifestem. Nesse caso, todavia, os ministros Marco Aurélio, Rosa Weber e a presidente da Corte, Cármen Lúcia, resolveram, por alguma razão, antecipar seus votos (favoráveis à tese de que os políticos só terão direito ao foro privilegiado se o crime do qual forem acusados tiver sido cometido no exercício do mandato e tiver relação com o cargo que ocupam).

Vamos aguardar para ver o que nos reservam os próximos capítulos dessa novela.

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