O BRASIL É UM PAÍS QUE VIVE EM
CRISE ETERNA, COM INTERVALOS DE NORMALIDADE.
No final do século passado, o Internet Explorer desbancou o Netscape
Navigator, sagrando-se vencedor da “Primeira
Guerra dos Browsers”. Depois, dormiu
em berço esplêndido até meados de 2012, quando foi superado pelo Google Chrome. A partir de então, foi
perdendo espaço entre os internautas, e a despeito de continuar presente no Windows 10, o Edge é a bola da
vez. No entanto, debalde os esforços da Microsoft,
o novo browser padrão do sistema não decola nem com reza brava.
Por essas e outras, a empresa de Redmond corre o risco de
virar passado no segmento de navegadores de internet. Em fevereiro, sua
participação no mercado era de míseros 13,5%, mesmo tendo registrado um aumento
de 1,7% na comparação com o mês anterior.
Vale lembrar que o IE
está com os dias contados, pois deixará de ser suportado pela Microsoft em
janeiro de 2020, quando o Windows 7 será oficialmente aposentado. Os usuários ainda poderão rodá-lo — como também o Windows 7 —, mas por sua conta risco,
pois tanto um quanto o outro deixarão de receber novos updates de
segurança.
Como o IE
responde pela maior parte da participação combinada dos navegadores da Microsoft, e considerado a pouca
popularidade do Edge entre usuários
do Windows 10, a empresa vem amargando
uma queda dramática nesse segmento de mercado. No primeiro trimestre deste ano,
o Edge registrou um recorde negativo,
com uma fatia de apenas 11,7%.
Quando o Windows 7
e IE forem aposentados, o Windows 10 deverá ter uma participação
de 63,6% entre os usuários do sistema operacional para PCs mais popular em todo
o mundo — isso se continuar crescendo como cresceu no ano passado. Caso o Edge não consiga aumentar seu ritmo de
forma significativa até lá — e tudo indica que não conseguirá —, a participação
ativa da Microsoft no âmbito dos
navegadores será de apenas um dígito, talvez na casa dos 6%.
Observação: Por “ativa”, entenda-se navegadores que
ainda contam com suporte; certamente haverá usuários rodando o IE após a aposentadoria do Windows 7,
mesmo sem updates de segurança. E o IE
no Windows 8.1 será uma contribuição quase inexistente para a fatia de
usuários, uma vez que deverá ter menos de 5% de mercado em janeiro de 2020.
Para efeito de comparação, a participação estimada do Edge em 2020 — de 6% — será 50%
inferior à do Firefox, que também
enfrenta dificuldades.
A exemplo da Microsoft,
a Apple também viu seu tradicional
navegador perder espaço em sua própria plataforma. Em fevereiro último, somente
44% dos Macs rodavam o Safari como navegador principal — bem
menos do que os 66% registrados há menos de três anos. Sorte do Google, já que o Chrome absorveu a maior parte desses “desertores”, à exemplo do que
aconteceu com o IE nesse mesmo
período.
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