POLÍTICOS AGEM
POR NECESSIDADE, NÃO POR VIRTUDE.
Embora a tentação seja grande, não vou iniciar esta postagem
com o preâmbulo que sempre introduzo quando o tema é navegador de internet,
falando das primeiras versões, discorrendo brevemente sobre as Guerras dos Browsers ― na primeira, o Internet Explorer venceu o Netscape Navigator; na segunda o Google Chrome sagrou-se vitorioso ― e
terminando com a consideração de que os principais navegadores hoje no mercado
se equivalem em recursos e funções, e que a escolha do “melhor” tem mais a ver
com a preferência pessoal do usuário do que com qualquer outra coisa. Pensando
bem, parece que não consegui resistir totalmente à tentação, mas vá lá que seja.
O Chrome é o
navegador mais popular entre os internautas do mundo inteiro ― nas plataformas desktop e mobile; nos tablets, o Safari,
da Apple, encabeça o ranking. Assim,
são grandes as chances de você utilizá-lo e, portanto, tirar proveito das dicas
a seguir. Confira:
O desempenho
de um aplicativo depende em grande medida dos recursos do computador como um
todo, que variam conforme a configuração do hardware e do "estado" em que se encontra o sistema operacional, a quantidade de softwares instalados, e assim
por diante. O Chrome é um browser ágil por natureza, mas é possível deixá-lo ainda mais “rápdio” mediante
alguns ajustes simples. Acompanhe:
― Abra o Chrome, clique nos três
pontinhos à direita da barra de endereços e, no menu de opções, selecione Configurações.
― Role a página até o final e clique em Mostrar Configurações Avançadas...
― Sob Privacidade,
desmarque todas as caixas de verificação que porventura estejam assinaladas,
com exceção dos itens Usar um serviço de
previsão para carregar as páginas mais rapidamente e Proteger você e seu dispositivo de sites perigosos.
Observação: Se você acha importante contar com o auxílio de um corretor
ortográfico, marque a caixa Utilizar um
serviço na Web para ajudar a solucionar erros de ortografia.
Mais abaixo,
na mesma página, sob Rede, clique no
botão Alterar configurações de proxy…
e, em Configurações de LAN, desmarque
todas as opções assinaladas na janelinha, clique OK em ambas as telas e reinicie o
navegador.
O resto fica
para a próxima postagem. Até lá.
MENTIRA TEM PERNA CURTA, LÍNGUA PRESA E UM DEDO A MENOS
Em depoimento ao juiz Sérgio Moro, no último dia 10, Lula afirmou (dentre outras inverdades escandalosas) que não comanda o PT. Curiosamente, neste sábado, “Narizinho” (quem se lembra de Monteiro Lobato e do Sítio do Pica-pau Amarelo sabe do que eu estou falando) foi eleita presidente nacional do Partido.
O ex-presidente petralha foi peça fundamental para Gleisi obter 61% dos 593 votos e vencer o (também senador) Lindbergh Farias ― apoiado pelo grupo Muda PT, que reúne quatro correntes de esquerda. Na véspera da votação, as correntes Optei e Movimento PT, que detinham 25% dos votos, ameaçaram apoiar Lindbergh, mas o cenário mudou depois que o molusco indigesto ligou pessoalmente para os líderes dos movimentos e pediu que apoiassem sua fiel escudeira ― que, juntamente com o marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, é ré na Lava-Jato por recebimento de propina da Petrobrás.
Quando se trata de chefiar quadrilha, ninguém melhor que bandido. Colocando de uma forma mais gentil, mas com uma pitada de ironia: gente da melhor qualidade no comando de um partido probo e honesto à toda prova, gerado, parido e controlado por um ex-metalúrgico analfabeto, oportunista e parlapatão, mas extremamente vivaz e dono de uma retórica invejável. Um mentiroso contumaz, mas capaz de hipnotizar a patuleia ignara a ponto de ninguém (entre seus vassalos, apoiadores e apedeutas que tais) se indignar com o fato de ele fazer de palanque o esquife da ex-primeira dama e transformar seu enterro em comício. Um manipulador inescrupuloso, que culpou a Lava-Jato e o juiz Moro pelo stress que culminou com a morte da companheira e cúmplice, mas não hesitou em culpar a finada pelos atos espúrios relacionados com o já folclórico tríplex do Guarujá ― muito convenientemente, diga-se, já que a defunta não poderia contradizê-lo, a não ser que se convocasse uma sessão de Mesa Branca e se convencesse a Justiça a aceitar um depoimento vindo do além.
Afinal, estamos no Brasil, onde nada mais espanta. No país da hermenêutica, da interpretação elástica da Lei, assassinos condenados ― como certo ex-goleiro do Flamengo ― são colocados em liberdade por juízes garantistas, que dizem combater as prisões preventivas alongadas (sem as quais a Lava-Jato jamais teria chegado aonde chegou), mas que, no afã de conquistar seus 15 minutos de fama, desconsideram solenemente o fato de o retardo no julgamento do recurso advir de chicanas protelatórias urdidas pelos advogados do próprio réu. Um país onde pseudoguerrilheiros anistiados e condenados posteriormente por chefiar quadrilhas ― como é o caso de José Dirceu nos esquemas do Mensalão e do Petrolão ― são postos em liberdade por nossa mais alta Corte (em sua pior composição de todos os tempos) em decisões esdrúxulas, como a que levou procurador Deltan Dallagnol a publicar em sua página no Facebook: “O que mais chama a atenção, hoje, é que a mesma maioria da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal que hoje soltou José Dirceu ― ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski – votaram para manter presas pessoas em situação de menor gravidade, nos últimos seis meses.”
Observação: Os ministros Toffoli e Lewandowski não só foram indicados por Lula, mas também emergiram das fileiras do PT. Toffoli não fez doutorado nem mestrado, foi reprovado duas vezes em concursos para juiz de primeira instância, mas passou de advogado do PT ministro do Supremo. Lewandowski, amigo de Lula, ingressou na vida pública quando Walter Demarchi, então vice-prefeito de São Bernardo do Campo, convidou-o a ocupar a Secretaria de Assuntos Jurídicos do município, e passou a ministro do Supremo por uma indicação feita durante um regabofe entre amigos e aceita por Lula (sabe-se lá depois de quantas cangibrinas). Já o grandiloquente Gilmar Mendes, lembrado pelo jornalista J.R. Guzzo como uma “fotografia ambulante do subdesenvolvimento brasileiro, mais um na multidão de altas autoridades que constroem todos os dias o fracasso do país”, passou de inimigo figadal do PT a crítico da Lava-Jato, notadamente depois que a Força-Tarefa passou a focar no PMDB de Michel Temer.
Não faz muito tempo, Mendes afirmou que os magistrados “não são de Marte”, referindo-se a uma possível influência do cenário político no julgamento da chapa Dilma-Temer pelo TSE. Dias atrás, no entanto, disse que aquela Corte (que ele preside) “não é joguete de ninguém”, que “não cabe ao TSE resolver crise política”, que o julgamento será “jurídico e judicial” e que um pedido de vista “será algo absolutamente normal”.
Diz um ditado que cabeça de juiz e barriga de criança não merecem confiança.
Veja o leitor que o novato do Supremo, Alexandre
de Moraes, depois de perorar durante uma hora no julgamento da ação sobre o
foro privilegiado, pediu vista do processo em vez de dar seu voto. O julgamento
foi suspenso com o placar de 4 a 0 e será retomado quando o ministro devolver o
caso ao plenário. Normalmente, quando um integrante da Corte pede mais prazo
para analisar um processo, o julgamento é suspenso na hora, sem que seus pares
se manifestem. Nesse caso, todavia, os ministros Marco Aurélio, Rosa Weber
e a presidente da Corte, Cármen Lúcia,
resolveram, por alguma razão, antecipar seus votos (favoráveis à tese de que os
políticos só terão direito ao foro privilegiado se o crime do qual forem
acusados tiver sido cometido no exercício do mandato e tiver relação com o
cargo que ocupam).
Vamos aguardar para ver o que nos reservam os próximos capítulos dessa novela.
Confira minhas atualizações diárias sobre política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/
MENTIRA TEM PERNA CURTA, LÍNGUA PRESA E UM DEDO A MENOS
Em depoimento ao juiz Sérgio Moro, no último dia 10, Lula afirmou (dentre outras inverdades escandalosas) que não comanda o PT. Curiosamente, neste sábado, “Narizinho” (quem se lembra de Monteiro Lobato e do Sítio do Pica-pau Amarelo sabe do que eu estou falando) foi eleita presidente nacional do Partido.
O ex-presidente petralha foi peça fundamental para Gleisi obter 61% dos 593 votos e vencer o (também senador) Lindbergh Farias ― apoiado pelo grupo Muda PT, que reúne quatro correntes de esquerda. Na véspera da votação, as correntes Optei e Movimento PT, que detinham 25% dos votos, ameaçaram apoiar Lindbergh, mas o cenário mudou depois que o molusco indigesto ligou pessoalmente para os líderes dos movimentos e pediu que apoiassem sua fiel escudeira ― que, juntamente com o marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, é ré na Lava-Jato por recebimento de propina da Petrobrás.
Quando se trata de chefiar quadrilha, ninguém melhor que bandido. Colocando de uma forma mais gentil, mas com uma pitada de ironia: gente da melhor qualidade no comando de um partido probo e honesto à toda prova, gerado, parido e controlado por um ex-metalúrgico analfabeto, oportunista e parlapatão, mas extremamente vivaz e dono de uma retórica invejável. Um mentiroso contumaz, mas capaz de hipnotizar a patuleia ignara a ponto de ninguém (entre seus vassalos, apoiadores e apedeutas que tais) se indignar com o fato de ele fazer de palanque o esquife da ex-primeira dama e transformar seu enterro em comício. Um manipulador inescrupuloso, que culpou a Lava-Jato e o juiz Moro pelo stress que culminou com a morte da companheira e cúmplice, mas não hesitou em culpar a finada pelos atos espúrios relacionados com o já folclórico tríplex do Guarujá ― muito convenientemente, diga-se, já que a defunta não poderia contradizê-lo, a não ser que se convocasse uma sessão de Mesa Branca e se convencesse a Justiça a aceitar um depoimento vindo do além.
Afinal, estamos no Brasil, onde nada mais espanta. No país da hermenêutica, da interpretação elástica da Lei, assassinos condenados ― como certo ex-goleiro do Flamengo ― são colocados em liberdade por juízes garantistas, que dizem combater as prisões preventivas alongadas (sem as quais a Lava-Jato jamais teria chegado aonde chegou), mas que, no afã de conquistar seus 15 minutos de fama, desconsideram solenemente o fato de o retardo no julgamento do recurso advir de chicanas protelatórias urdidas pelos advogados do próprio réu. Um país onde pseudoguerrilheiros anistiados e condenados posteriormente por chefiar quadrilhas ― como é o caso de José Dirceu nos esquemas do Mensalão e do Petrolão ― são postos em liberdade por nossa mais alta Corte (em sua pior composição de todos os tempos) em decisões esdrúxulas, como a que levou procurador Deltan Dallagnol a publicar em sua página no Facebook: “O que mais chama a atenção, hoje, é que a mesma maioria da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal que hoje soltou José Dirceu ― ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski – votaram para manter presas pessoas em situação de menor gravidade, nos últimos seis meses.”
Observação: Os ministros Toffoli e Lewandowski não só foram indicados por Lula, mas também emergiram das fileiras do PT. Toffoli não fez doutorado nem mestrado, foi reprovado duas vezes em concursos para juiz de primeira instância, mas passou de advogado do PT ministro do Supremo. Lewandowski, amigo de Lula, ingressou na vida pública quando Walter Demarchi, então vice-prefeito de São Bernardo do Campo, convidou-o a ocupar a Secretaria de Assuntos Jurídicos do município, e passou a ministro do Supremo por uma indicação feita durante um regabofe entre amigos e aceita por Lula (sabe-se lá depois de quantas cangibrinas). Já o grandiloquente Gilmar Mendes, lembrado pelo jornalista J.R. Guzzo como uma “fotografia ambulante do subdesenvolvimento brasileiro, mais um na multidão de altas autoridades que constroem todos os dias o fracasso do país”, passou de inimigo figadal do PT a crítico da Lava-Jato, notadamente depois que a Força-Tarefa passou a focar no PMDB de Michel Temer.
Não faz muito tempo, Mendes afirmou que os magistrados “não são de Marte”, referindo-se a uma possível influência do cenário político no julgamento da chapa Dilma-Temer pelo TSE. Dias atrás, no entanto, disse que aquela Corte (que ele preside) “não é joguete de ninguém”, que “não cabe ao TSE resolver crise política”, que o julgamento será “jurídico e judicial” e que um pedido de vista “será algo absolutamente normal”.
Vamos aguardar para ver o que nos reservam os próximos capítulos dessa novela.
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