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quinta-feira, 7 de março de 2019

CONTROLANDO O APETITE DO CHROME — CONCLUSÃO


O INFERNO ESTÁ VAZIO. TODOS OS DEMÔNIOS ESTÃO AQUI.

Depois de destronar o Netscape Navigator na Primeira Guerra dos Browsers e reinar absoluto por mais de uma década, o MS Internet Explorer foi deposto pelo Chrome, que desde 2012 é o queridinho dos internautas — segundo dados da Statcounter Global Stats, em janeiro deste ano o browser do Google contava com 82,65% da preferência dos usuários tupiniquins, contra 5,3% do Safari e 4,4% do Mozilla Firefox. De uns tempos a esta parte, porém, a concorrência acirrada entre os principais navegadores levou seus desenvolvedores a oferecer basicamente os mesmos recursos, o que torna a escolha do programa uma questão de preferência pessoal do usuário.

Mas nem tudo são flores nesse jardim: todos os browsers são vorazes consumidores de recursos do computador, e o apetite do Chrome é ainda mais pantagruélico, o que aporrinha usuários de máquinas com pouca memória RAM. A cada atualização, o Google jura ter resolvido o problema, mas, como não é isso que a gente nota no uso diário, vale a pena fazer alguns ajustes para tornar o navegador menos guloso :

Digite chrome://settings na barra de endereços do Chrome e tecle Enter. Role a página até o final e clique em Avançado. Sob Privacidade, desmarque todas as caixas de verificação assinaladas, com exceção dos itens Usar um serviço de previsão para carregar as páginas mais rapidamente e Proteger você e seu dispositivo de sites perigosos (se você acha importante contar com o auxílio de um corretor ortográfico, marque a caixa Utilizar um serviço na Web para ajudar a solucionar erros de ortografia). Mais abaixo, sob Rede, clique no botão Alterar configurações de proxy… e, em Configurações de LAN, desmarque todas as opções assinaladas, clique OK em ambas as telas e reinicie o navegador.

Desative (ou exclua) extensões desnecessárias. As extensões (ou plugins) ampliam as funcionalidades do navegador, mas consomem muita memória, sem mencionar que algumas são instaladas à revelia do usuário (de carona com freewares descarregados da Web por exemplo) e podem comprometer a segurança do sistema. Então, digite chrome://extensions na barra de endereços do Chrome, pressione a tecla Enter e faça uma faxina em regra.

As abas desobrigam o usuário de abrir várias instâncias do navegador ao mesmo tempo, mas manter muitas abas abertas pode acarretar lentidão e até travar o navegador. Se você tem alguma dificuldade em se policiar, instale a extensão The Great Suspender, que monitora o uso das abas em tempo real e coloca em animação suspensa as que estão inativas. Depois de instalar esse complemento, reinicie o Chrome e clique no ícone que será exibido à direita da barra de endereços. No menu suspenso, clique em Configurações, ajuste o tempo de inatividade e reinicie o navegador — o intervalo padrão é de uma hora, mas você pode escolher algo entre 20 segundos e 3 dias (eu sugiro 5 minutos).

Temas e outras firulas são “bonitinhos”, mas não têm utilidade prática e consomem mais memória. Se você tem menos de 6 GB de RAM, clique em Configurações > Temas e restabeleça a configuração padrão do Chrome. Aproveitando o embalo, pressione Ctrl+Shift+Del e faça uma faxina no cache do navegador (repita essa operação semanalmente).

Lentidão, instabilidade e travamentos frequentes são problemas que podem ser resolvidos mediante a desinstalação e reinstalação do Chrome, mas, antes de partir para o tratamento de choque, digite chrome://settings na caixa de endereços, role a tela até o final, clique em Avançado e em Restaurar configurações para os padrões originais. Reinicie o browser e veja como ele se comporta.

Por último, mas não menos importante: um recurso que pouca gente conhece é o Gerenciador de Tarefas do Chrome, inspirado no recurso homônimo do Windows (que muita gente também desconhece). Com o navegador aberto, tecle Shift+Esc para convocar o Gerenciador e visualizar os processos executados em segundo plano. Para identificar os itens mais gulosos, você pode organizar a lista por memória, CPU ou rede (dê um clique direito na barra que fica logo acima da lista de processos para adicionar outras categorias). Para encerrar alguma aba ou extensão que esteja detonando os recursos do sistema, selecione o item malcomportado e clique em Encerrar processo.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

AINDA SOBRE O DESEMPENHO DO PC (CONTINUAÇÃO DA CONTINUAÇÃO)


AS HORAS SÃO FATIAS DA ETERNIDADE.

Vimos que quando compramos um computador montado as nossas opções se reduzem à escolha da marca e do modelo, o que significa aceitar a configuração e os componentes definidos pelo fabricante. Máquinas top de linha costumam ter configuração poderosa e integrar componentes de boa qualidade, mas não é qualquer um que pode investir algo entre R$5 mil e R$ 100 mil num PC.

Se você acha que estou exagerando, o "monstro" que ilustra esta postagem tem processador de 18 núcleos, HDD de 2 TB, 32 GB de RAM e monitor full HD de 24 polegadas e custa R$ 41 mil; o iMac PRO, na versão top, custa pouco menos de US$ 14 mil nos EUA, mas, no Brasil, chega a inacreditáveis R$ 98.125. A boa notícia é que você parcelar o pagamento em até 12 vezes — ah, e o frete é grátis.

Mesmo uma Ferrari está sujeita a panes, ainda que as probabilidades de ela deixar o dono na mão sejam bem menores que as de um Chevrolet Opala ou de um Fiat Uno dos anos 80, por exemplo — que a esta altura devem estar caindo aos pedaços. Mas isso é conversa para outra hora. No caso do computador, para além da configuração física — que deve ser adequada às exigências do sistema e dos apps que o usuário pretende rodar —, algo sempre pode dar errado também no âmbito do software

Felizmente, problemas de lentidão, instabilidade, travamentos e/ou reinicializações aleatórias, acompanhadas ou não das temidas BSoD (sigla em inglês para tela azul da morte), têm grandes chances de ser resolvidos por uma simples reinicialização. Mas evite a opção “reiniciar” do menu de deligamento, pois ela refaz o boot muito rapidamente, impedindo que o conteúdo das memórias voláteis se esgote completamente. O indicado é desligar o computador e tornar a ligá-lo depois de um ou dois minutos; com alguma sorte, o Windows irá se recuperar automaticamente do erro ou iniciar no modo de segurança (ou ainda no ambiente de recuperação).

Observação: E se o sistema não exibir a tela de Logon nem as opções de recuperação? Bem, aí a porca torce o rabo. O jeito é insistir no boot três tentativas consecutivas forçam a reinicialização no WinRE (ambiente de recuperação do Windows). Na janela Selecione uma opção, escolha Solucionar problemas; em Solucionar problemas, selecione Restaurar este PC, em Restaurar este PC, defina Manter meus arquivos, selecione sua conta de usuário (digite a senha, caso isso lhe seja solicitado) e então clique em Reiniciar e reze para dar certo.

Problema intermitentes (que ocorrem uma vez ou outra) ou recorrentes (que ocorrem várias vezes num curto espaço de tempo) costumam ter causas difíceis de identificar, já que a pesquisa demanda tempo e trabalho, além de exigir conhecimentos que a maioria dos usuários domésticos geralmente não possui. Então, deixe de lado a curiosidade acadêmica e recorra à Restauração do Sistema, que, como vimos no capítulo anterior, acompanha o Windows desde a edição Millennium

Continua...

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

LIMPOU A MEMÓRIA RAM E SEU SMARTPHONE CONTINUA LENTO E TRAVANDO?


POLÍTICOS E FRALDAS DEVEM SER TROCADOS DE TEMPOS EM TEMPOS. E PELO MESMO MOTIVO.

Limpar o cache dos aplicativos pode minimizar problemas de lentidão e travamentos, sobretudo em aparelhos com pouca memória RAM.

Observação: O “cache” é uma área da memória destinada a armazenar arquivos temporários. Em tese, o acesso aos arquivos a partir desse “banco de dados” agiliza a execução dos programinhas, mas na prática a teoria costuma ser outra e o desempenho global do aparelho pode se degradar conforme esse espaço vai sendo ocupado (seria interessante detalhar como e por que isso ocorre, mas vamos deixar essa conversa para uma outra vez).

O gerenciamento do cache foi otimizado ao longo das edições do Android, desobrigando o usuário de realizar limpezas frequentes. No entanto, se determinado aplicativo trava constantemente, ou se o sistema continua a apresentar lentidão, mesmo depois de você ter seguido as sugestões que eu apresentei nos posts anteriores, limpar o cache manualmente pode ser a solução. Mas é bom ter em mente que sistemas e programas cada vez mais exigentes condenam à obsolescência aparelhos em perfeitas condições de funcionamento, e que a única maneira de resolver esse problema é trocando o smartphone por um modelo atualizado. Dito isso, vejamos como limpar o cache dos aplicativos em smartphones ou tablets com sistema Android — a nomenclatura e os menus podem variar um pouquinho, conforme a versão do seu sistema, mas nada que o impeça de seguir o tutorial:

— Toque no ícone da engrenagem (Configurações);

— Selecione a opção Armazenamento;

— Toque em Interno (ou em Armazenamento interno compartilhado, se você tem um SD Card que amplia a memória interna do seu aparelho);

— Selecione Dados em cache e aguarde o cálculo ser concluído para saber o montante do espaço utilizado;

— Na telinha que pergunta Limpar os dados em cache?, toque em OK e para confirmar a exclusão dos dados (não é preciso reiniciar o telefone).

Como é informado na própria telinha, esse procedimento apaga os dados em cache de todos os 
aplicativos. Para apagar apenas os arquivos de um app específico:

— Clique no ícone da engrenagem;

— Selecione Aplicativos (ou Gerenciar aplicativos);

— Filtre por Todos os aplicativos para localizar o app desejado;

— Toque no aplicativo para selecioná-lo e toque em Armazenamento.

— Repare que haverá duas opções: Limpar dados e Limpar cache. A primeira apaga todos os arquivos do aplicativo, como músicas, fotos, bancos de dados, configurações, etc., ou seja reverte o programinha às configurações originais. A segunda opção produz o mesmo efeito do passo-a-passo anterior, mas atua somente sobre os arquivos em cache referentes ao app selecionado.

Era isso, pessoal. Espero ter ajudado.  

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terça-feira, 11 de setembro de 2018

SMARTPHONE TRAVANDO? LIMPE A MEMÓRIA RAM (PARTE 2)


É PRECISO ESCOLHER UM CAMINHO QUE NÃO TENHA FIM, MAS, AINDA ASSIM, CAMINHAR SEMPRE NA EXPECTATIVA DE ENCONTRÁ-LO.

Se seu smartphone está mais lento do que de costume, ou trava, ou reinicia aleatoriamente, o problema pode estar no alto consumo da memória RAM — sobretudo em modelos de entrada de linha, que costumam dispor da terça parte dos 3 GB recomendáveis (veja mais detalhes na postagem anterior). 

Qualquer programa em execução ocupa espaço na memória, mas alguns não o liberam quando são finalizados, e outros se apoderam de mais e mais memória ao longo da sessão. Então, ao primeiro sinal de lentidão, reinicie o aparelho — e isso vale iPhones, para smartphones baseados no Android e para tablets.  Aliás, convém desligar o telefoninho uma vez por dia e tornar a ligá-lo depois de alguns minutos. Se você não tem esse hábito ou se acha isso trabalhoso, faça-o ao menos quando for recarregar a bateria, por exemplo (quando mais não seja, o tempo de recarga será menor).

Observação: Reiniciar um aparelho consiste em desligá-lo e tornar a ligá-lo depois de algum tempo (um ou dois minutos, por exemplo). O termo reinicializar não significa exatamente a mesma coisa, mas o uso consagra a regra e eu não vou encompridar este texto com discussões semânticas. Só tenha em mente que desligar o computador (ou o smartphone, ou o tablet, que são computadores em miniatura) interrompe o fornecimento da energia que alimenta os circuitos internos, propiciando o total “esvaziamento” das memórias voláteis. Com a opção reiniciar, o intervalo entre o encerramento do sistema e o religamento subsequente pode não ser suficiente para que os capacitores esgotem totalmente suas reservas de energia.

Se você não tira os olhos da tela do celular — ou se não tem uma linha fixa em casa, situação em que manter o smartphone ligado pode ser fundamental —, um sem-número de aplicativos prometem melhorar o desempenho limpando a memória RAM, mas a maioria é igual a político em campanha: só promete.

Enfim, se você tem um iPhone (ou iPad) e reluta em desligá-lo para limpar a memória, a dica a seguir pode ser útil:

1 - Pressione e mantenha pressionado o botão de “power” (liga/desliga); 

2 - Quando a tela de deslizar para desligar for exibida, solte o “power” e mantenha o botão “home” pressionado até a tela de aplicativos seja exibida. 

O ganho de desempenho é real, mas será mais perceptível em aparelhos com pouca memória e muitos apps em execução.

Amanhã eu conto o resto.

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quarta-feira, 25 de julho de 2018

DICAS PARA SOLUCIONAR PROBLEMAS DE LENTIDÃO E TRAVAMENTO DO NAVEGADOR


QUANDO, DEPOIS DE ANOS SEM USAR, A GENTE JOGA ALGUMA COISA FORA, ELA FAZ FALTA JÁ NA SEMANA SEGUINTE.

Navegador de internet que demora a abrir e leva uma eternidade para carregar páginas, ninguém merece. A boa notícia é que, ao contrário do que ocorria até algum tempo atrás, hoje há fartura de opções de navegadores — e de aplicativos em geral, sem mencionar os webservices, que rodam diretamente do navegador, mas isso já é outra conversa. 

Quem não se dá bem o Google Chrome — que destronou o IE em meados de 2012 e desde então vem em primeiro lugar na preferência dos internautas — tem ao alcance de um clique o Mozilla Firefox, o Opera e o UC-Browser, além do Edge, que é o navegador padrão do Windows 10, e do próprio Internet Explorer, que a Microsoft ainda não aposentou.

Observação: Até meados da década passada, a gente escolhia um navegador pelo seu desempenho e gama de recursos — que variavam consideravelmente de um produto para outro. Atualmente, o que voga são as nossas preferências pessoais, pois os produtos oferecem basicamente os mesmos recursos e têm desempenho equivalente, ainda que cada fabricante alardeie as virtudes de seu navegador, e sua suposta superioridade.

Nenhum aplicativo é perfeito, e os browsers não fogem à regra. Mesmo sendo o queridinho dos internautas, o Chrome gera reclamações devido a seu apetite voraz por memória. Assim, se você executar diversas instâncias do programa ao mesmo tempo ou mantiver várias Tabs (abas) abertas simultaneamente, o programa não só ficará lento, mas também poderá se tornar instável e até travar (via de regra, basta encerrá-lo e reabrir em seguida para contornar esse inconveniente, mas há casos em que isso não basta, e aí muita gente reinicia o computador sem antes tentar uma solução menos invasiva).

Se você reiniciou o navegador e ele continua instável (ou se ele travou e você não conseguiu fechá-lo), tente finalizar o processo pelo Gerenciador de Tarefas, ou então digite Ctrl+Alt+Del, selecione a opção Sair e torne a se logar no Windows. Se nem assim resolver, desligue o computador e torne a liga-lo alguns minutos depois.

Há situações em que, mesmo depois que o computador é reiniciado, o browser continua com problemas, sendo a melhor solução reinstalar o programa. Mas há outras medidas que a gente pode tentar antes disso, como veremos nas próximas postagens. Enquanto isso, vale lembrar que, se você não resiste à tentação abrir várias abas ao mesmo tempo, a extensão The Great Suspender, que funciona no Chrome e em outros browsers baseados no Projeto Chromium, costuma ser sopa no mel, pois monitora em tempo real as abas abertas e coloca em “animação suspensa” as que estão inativas. 

Para adicionar o plug-in em questão, siga este link e clique no botão Usar no Chrome. Concluída a instalação, reinicie o navegador, clique no ícone que terá sido adicionado à esquerda da barra de endereços, selecione Configurações e ajuste o tempo de inatividade para algo entre 1 e 5 minutos (a configuração padrão é de 1 hora, mas você pode escolher intervalos que vão de 20 segundos a 3 dias).

Continuamos na próxima postagem. Até lá.

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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

NAVEGADOR LENTO... (Parte 4)

NÃO FAZER NADA É A COISA MAIS DIFÍCIL QUE SE PODE FAZER.

Depois que passaram a suportar extensões ― como são chamados os programinhas internos que agregam funções adicionais ao browser ―, os navegadores se tornaram mais “versáteis”. Mas nem tudo são flores nesse jardim: da mesma forma que o consumo exagerado de memória e a sobrecarga do cache, essas extensões podem acarretar lentidão, instabilidade e, em situações extremas, travar o aplicativo (ou o próprio sistema operacional).  

Conforme já foi dito, a maioria dos navegadores tem o (péssimo) hábito de alocar grandes quantidades de memória RAM ― se você usa o Windows 10 e dispõe de menos de 3 GB de RAM, já deve ter notado que seu browser vai ficando mais e mais lento durante uma sessão prolongada de navegação, e que fechar as tabs (abas) ociosas ou encerrar e reabrir o programa nem sempre resolve o problema.

A RAM armazena as informações apenas temporariamente, de modo que seu espaço é bem mais “modesto” que o da memória de massa (representada pelo disco rígido ou, em máquinas mais sofisticadas, pelo SSD). Por conta disso, à medida que novos programas vão sendo executados (ou novas abas do navegador são abertas), a assim chamada "memória física" do computador tende a se esgotar. Para solucionar esse problema, o ideal é partir para um upgrade de RAM (alguns especialistas sugerem reconfigurar a memória virtual, mas eu não recomendo esse procedimento, muito menos no Windows 10).

Observação: Quando rodamos um programa qualquer, seus executáveis são copiados do disco rígido para a memória física do computador, juntamente com algumas DLLs e arquivos de dados com os quais iremos trabalhar. Considerando que a quantidade dessa memória é limitada e que o próprio sistema operacional já ocupa boa parte dela, a execução simultânea de aplicativos exige o uso da “memória virtual”, sem o que seria impossível executar um aplicativo sem antes encerrar os demais, sob pena de o sistema ficar extremamente lento ou até travar. A memória virtual cria no HDD um espaço que o sistema enxerga como uma espécie de extensão da memória física, mas seu uso acarreta lentidão, pois mesmo os discos eletromecânicos modernos são milhares de vezes mais lentos do que a já (relativamente lenta) memória RAM. Então, para ter um sistema ágil, rodar aplicativos com desenvoltura e navegar na Web sem engasgos ou tropeços, abasteça seu computador com a maior quantidade possível de RAM, respeitadas as limitações do Windows e da placa-mãe.

Sabemos que o Windows tende a "perder o viço" com o uso normal do computador ao longo do tempo. Isso já foi dito e redito em diversas postagens sobre manutenção preventiva, como você pode conferir digitando manutenção no campo de buscas do Blog e teclando Enter ― mas convém fazê-lo antes que o mal cresça, ou será preciso formatar a unidade ou partição onde o sistema se encontra instalado e reinstalá-lo “do zero” (o que pode não ser um bicho-de-sete-cabeças, mas dá trabalho, toma tempo e provoca invariavelmente a perda de arquivos pessoais, já que quase ninguém se preocupa em fazer backups e mantê-los up-to-date). Então, para prevenir acidentes, habitue-se a desinstalar inutilitários e aplicativos redundantes ou desnecessários, limpar o disco e desfragmentar os dados mensalmente (com as ferramentas nativas do sistema ou com o auxílio de suítes de manutenção como o CCleaner, o Advanced System Care ou o Glary Utilities, por exemplo). Acredite: vale a pena.

Se você tem memória de sobra e algumas dezenas de gigabytes de espaço livre no disco rígido, mas sua navegação anda meio claudicante mesmo assim, experimente limpar o cache do navegador.

Observação: Quando ouvimos falar em cache, logo nos vem à mente o cache do processador, mas esse recurso passou a ser usado também em HDs, servidores, placas de sistema e até em softwares ― como no caso dos navegadores, que guardam as páginas localmente para evitar consultas constantes à rede (solução especialmente útil quando a gente navega por páginas estáticas). Todavia, a partir de um certo momento, a memorização offline dos dados deixa de ajudar e começa a atrapalhar. Ou seja, o recurso que deveria aprimorar o desempenho do browser passa a degradá-lo. Então, habitue-se a limpar regularmente o cache do seu navegador

Se você usa o Chrome, clique no botão de configurações (os três pontinhos, lembra?), aponte o mouse para Mais Ferramentas, clique em Limpar dados de navegação... Na tela que se abre em seguida, clique na setinha ao lado de Eliminar os seguintes itens desde, escolha uma das opções disponíveis (sugiro desde o começo) e marque as caixas de verificação ao lado dos itens que você deseja eliminar (sugiro limitar-se às primeiras quatro opções) e, ao final, clique em Limpar dados de navegação, reinicie o navegador e confira o resultado (para não fazer besteira, siga este link e leia atentamente as informações da ajuda do Google antes de dar início à faxina).

Numa próxima oportunidade, veremos como executar esse procedimento em outros navegadores de internet. Abraços e até lá.

 LEVEI MALA DE DINHEIRO PARA LULA

Olha aí mais uma do penta-réu que afirma ser “a alma viva mais honesta do Brasil”, usa o esquife da mulher como palanque e, no discurso, afirma que vai concorrer à presidência para salvar o país: a matéria de capa da revista ISTOÉ desta semana (clique neste link para ler a íntegra da reportagem) revela que, em troca de uma mala cheia de dinheiro, esse “abnegado” teria azeitado uma negociata de R$ 100 milhões entre a Camargo Corrêa e a Petrobrás.

Na entrevista, Davincci Lourenço de Almeida diz que privou da intimidade da cúpula da Camargo Corrêa e que essa estreitíssima relação fez com fosse destacado por Fernando de Arruda Botelho ― marido de Rosana Camargo de Arruda Botelho, herdeira da CC ―, no início de 2012, para entregar a propina ao ex-presidente Lula e distribuir outras malas cheias de dinheiro a funcionários da Petrobras.

Lula teria ido buscar a “encomenda” no hangar da Morro Vermelho Taxi Aéreo (também de propriedade da CC), em São Paulo, e posado para selfies com funcionários da empresa. Os retratos permaneceram nas paredes do hangar até setembro de 2015, sendo retirados quando a Lava-Jato começou a fechava o cerco em torno do grupo empresarial em questão. Ainda segundo o entrevistado, os pagamentos tiveram a chancela de Rosana Camargo de Arruda Botelho, herdeira da Camargo Corrêa e esposa de Fernando ― que morreu há cinco anos num acidente aéreo, após uma calorosa discussão com o brigadeiro Edgar de Oliveira Júnior, assessor da Camargo, que teria tramado a sabotagem da aeronave (a discussão, regada a gritos, socos e bate-bocas ferozes, teria culminado na demissão do brigadeiro).

As negociatas também foram reveladas ao promotor José Carlos Blat, do Ministério Público de São Paulo, que encaminhou os depoimentos à força-tarefa da Operação Lava-Jato. Uma sucessão de estranhos acontecimentos chamou a atenção do Ministério Público, dentre os quais o caminhão de bombeiros comprado por Botelho para atender a eventuais emergências no aeródromo de sua propriedade se encontrar trancado no hangar, no dia do acidente, e que o GPS com as informações de voo, resgatado por Davincci, foi ocultado das autoridades a pedido do brigadeiro. “Ele tomou o aparelho das minhas mãos dizendo que poderia ficar ruim para a família se entregássemos à investigação, e ainda me obrigou a mentir num primeiro depoimento à delegacia”, disse Davincci a reportagem.  

As investigações sobre o acidente haviam sido arquivadas pela promotora Fernanda Segato, em março de 2013, mas foram reabertas em setembro do ano passado, em face dos depoimentos de Davincci, e estão a cargo do delegado José Francisco Minelli, ora em fase de oitiva de testemunhas.
Eduardo Botelho, irmão do empresário supostamente assassinado, revelou à ISTOÉ que “o nível de nojeira da equipe que comandava os negócios do irmão era muito grande. Tudo o que aconteceu naquele dia do acidente aéreo foi estranhíssimo. Fernando estava sendo roubado. Como ele não tinha controle do que acontecia com o avião, pode ter sido sabotado, sim. Era fácil sabotar aquele avião, que era da Segunda Guerra. Podem ter mexido no dia da queda. Se ele não tivesse morrido naquele dia, iria fazer uma limpeza gigantesca nas fazendas da Camargo”. Novas ― e graves ― revelações devem surgir em breve, já que um acordo de colaboração da Camargo Corrêa com o MPF está em fase final de negociação.  

E viva o Brasil, onde só tem gente honesta e um penta-réu, mais honesto que todo mundo, almeja retornar à presidência da República. Só se for Presidente Bernardes (referência à penitenciária onde estão criminosos ilustres, como Marcola e Fernandinho Beira-Mar).

Havendo tempo e jeito, assista a esse clipe de vídeo e veja se não é exatamente isso que eu venho dizendo sempre.


Confira minhas atualizações diárias sobre política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

NAVEGADOR LENTO... (Parte 3)

JOVENS: ENVELHEÇAM RAPIDAMENTE!

Como dito nos capítulos anteriores desta sequência, reinstalar o Chrome, o Firefox, o Opera, o Safari, o UC-Browser ou outro navegador que você utiliza não implicar maiores dificuldades. Via de regra, a nova instalação requer a posterior reconfiguração do navegador ― convém salvar os bookmarks (sites favoritos) e anotar a extensões que você havia adicionado, porque será preciso reinstalá-las. Já se você navega com o Edge ou o Internet Explorer, que são componentes do próprio sistema, aí a coisa muda de figura, pois alguns aplicativos internos do Windows simplesmente não podem ser desinstalados. Todavia, considerando que, hoje em dia, a esmagadora maioria dos usuários preferem o Chrome e Firefox, o procedimento é simples. Mas nada impede que, antes desse “tratamento de choque”, você faça algumas tentativas.   

No caso do Chrome, clique no botão de configuração (aquele dos três pontinhos), selecione a opção Configurações, role a tela até o final e clique em Mostrar configurações avançadas. Desça pela tela até o último item, logo após a seção Sistema, clique em Redefinir configurações do navegador e confirme quando solicitado. Isso irá limpar todos os dados armazenados, desativar as extensões e redefinir as páginas e abas iniciais com as configurações-padrão. Se o browser voltar a funcionar direitinho, você poderá reabilitar (ou reinstalar) os plug-ins através da aba de extensões.

Se for mesmo preciso desinstalar o navegador, encerre-o, abra o Gerenciador de Tarefas do Windows (dê um clique direito num ponto vazio da barra de tarefas e selecione a opção correspondente), clique na aba Processos e vasculhe a lista em busca de entradas identificadas com o logo do Chrome. Se encontrá-las, dê um clique direito sobre cada uma delas e, no menu suspenso que se abre em seguida, selecione Finalizar Processo e confirme quando solicitado. Proceda então à remoção do aplicativo (seguindo os passos sugeridos na postagem anterior).

Observação: Se você tiver problemas para remover um aplicativo (seja o Chrome, seja outro programa qualquer), tente realizar a desinstalação no modo de segurança (para saber o que é, como acessar e como instalar/remover programas no modo de segurança, leia a dupla de postagens iniciada por esta aqui).

Abraços a todos e até a próxima.

QUE PAÍS É ESTE?

Ao contrário da indigesta militância petista e dos esquerdistas em geral ― que parecem tomar regularmente doses cavalares de alienação do mundo real ―, não vejo Michel Temer como um traíra golpista, mas tampouco como a pessoa que eu e outros brasileiros cansados da corrupção institucionalizada, da roubalheira e da putaria franciscana que se instalou com a ascensão de sua insolência o nove-dedos teríamos escolhido para presidir a Banânia após o impeachment da nefelibata da mandioca. Todavia, ele era o vice da vez, e a ele competia, para o bem ou para o mal, cumprir o restante do mandato da titular penabundada (vade retro, Satanás!).

Não tenciono chover no molhado detalhando (mais uma vez) as articulações de bastidores que resultaram na defenestração da gerentona de araque, ou relembrar a lamentável maracutaia que, com a participação do então presidente do Senado ― hoje líder do governo no Congresso, a despeito de ser réu por peculato ― e o aval do então presidente do STF, expeliu a anta vermelha sem inabilitá-la ao exercício de cargos públicos, eletivos ou não. O que precisa ser dito é que, a despeito de a Economia ter dados sinais de recuperação no período “pós-Dilma”, muita gente se frustrou com o atual comandante-em-chefe. E não é para menos, pois desejávamos e precisávamos de alguém que revertesse a desgraceira resultante dos 13 anos, 4 meses de 12 dias de governo lulopetista e recolocasse o país nos trilhos, se não com a prometida equipe de notáveis, ao menos sem um notável time de suspeitos ― que começou a sofrer baixas logo depois da posse.

O primeiro ministro a sofrer os efeitos da “Lei da Gravidade Palaciana” foi Romero Jucá, colega de partido e amigo de longa data do presidente Temer. Empossado no dia 12 de maio, “Caju” ― como ele figura na lista dos beneficiários do propinoduto da Odebrecht ― foi apeado do ministério do Planejamento no dia 23 (do mesmo mês). Em conversa gravada sub-repticiamente por Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, Jucá sugeria um pacto para “estancar a sangria” (referindo-se à Lava-Jato). Uma semana depois foi a vez de Fabiano Silveira, ministro (ironicamente) da Transparência, Fiscalização e Controle, que caiu devido a uma conversa (também gravada à sorrelfa por Machado), na qual ele criticava a Lava-Jato e orientava seu padrinho político, o hoje réu Renan Caralheiros, sobre como se comportar em relação à PGR. Tutti buona gente!

Junho levou embora Henrique Alves, a quem Temer havia confiado o ministério do Turismo, e que também foi alvo da delação premiada de Machado ― segundo o qual ele teria recebido R$ 1,55 milhão em propina entre 2008 e 2014. Se comparado aos 16,5 milhões de dólares que Eike Batista pagou ao ex-governador fluminense Sérgio Cabral, esse valor é mixaria, mas ladrão de tostão, ladrão de milhão, diz a sabedoria popular. Julho passou in albis, mas agosto pegou no contrapé o então Advogado-Geral da União Fabio Medina, que foi demitido por conta de uma discussão com o então todo-poderoso ministro-chefe da Casa Civil, Geddel Vieira Lima ― outro amigão do peito de Temer. Aliás, o imbróglio envolvendo Geddel resultou também na demissão de Marcelo Calero do ministério da Cultura ― que alega ter sido pressionado para aprovar o projeto imobiliário La Vue Ladeira da Barra, onde o chefe da Casa Civil tinha um apartamento; Calero pediu demissão em 18 de novembro, mas o desgaste decorrente do episódio levou à queda do próprio Geddel, que “se demitiu” uma semana mais tarde ― um dia depois de Calero afirmar que teria sido “enquadrado” pelo presidente.

A questão é que Temer parece impermeável às lições de administração pública que vem recebendo nos últimos meses. Agora, ele resolveu promover a ministro outro velho amigo ― Wellington Moreira Franco, codinome “Angorá” ―, que já ocupava posição de destaque no seu governo, e só não foi feito ministro em maio do ano passado porque, o governo precisava cortar ministérios para se diferenciar da gestão da senhora dos ventos. Junto com Geddel e Eliseu Padilha, “Angorá” formava o trio de escudeiros fiéis do presidente, mas era o único que não tinha status de ministro. Só que ganhar esse status ― e, consequente, prerrogativa de foro ― justamente quando veio a público que seu nome foi suscitado mais de 30 vezes em delações na Lava-Jato... pegou mal.

Observação: Impossível não traçar um paralelo entre esse a nomeação de Angorá e a de Lula ― para Casa Civil, que Dilma levou a efeito no final de seu governo, não só com o propósito de tirar o molusco abjeto do alcance de Sergio Moro, mas também de tentar salvar seu mandato (a nomeação foi cassada pelo STF, mediante uma liminar do ministro Gilmar Mendes, e anulada mais adiante com deposição de Dilma e exoneração de seu ministério). Moreira Franco foi e deixou de ser ministro diversas vezes, em questão de dias, devido a decisões conflitantes no Distrito Federal e novamente suspensa e no Rio de Janeiro. A decisão final caberá ao decano Celso de Mello, que abriu prazo para o governo justificar a nomeação (e recebeu um calhamaço com mais de 50 páginas). A decisão, que era esperada para a última sexta-feira, ficou para ontem e depois para hoje (14). Vamos aguardar para ver que bicho vai dar.

Temer se capitalizou politicamente com a eleição de Estrupício Oliveira para a presidência do Congresso e a reeleição de Rodrigo Maia para a da Câmara, mas o “Caso Angorá” não ajudou a melhorar sua imagem perante a opinião pública. E como se tudo isso já não bastasse, a anarquia e a baderna que se instalou no Espírito Santo ― e contaminou o Rio de Janeiro, ainda que em menor medida ― também respingou no presidente, pois denota a irrealidade em que insistem em viver os políticos brasileiros ― ou “universos paralelos”, como classificou a jornalista Ruth de Aquino., pra quem o transtorno que acomete Temer & Cia. é grave e demolidor para um Brasil que foi às ruas por progresso, ética e ordem, para tentar se livrar de figuras como Romero Jucá (*), Edison Lobão e outros menos cotados, mas mais enlameados que a Peppa Pig.

Jucá já não era ministro, mas se comportava como tal ― além de ser o mais próximo de Temer, com a possível exceção de Moreira Franco, que tem mudado de status a cada hora. Desmentidos oficiais podem até convencer o Supremo, mas não convencerão a população, cansada de manobras para proteger a turma no comando, seja ela qual for. Diz-se que Temer decidiu jogar seu xadrez para não acabar no xadrez ele próprio, e que tem muita fé em sua imaginação e em seu ideário conservador para indicar Alexandre de Moraes para a vaga aberta no Supremo com a morte de Zavascki, a despeito das inúmeras gafes verbais do então ministro da Justiça (uma das mais notórias foi a promessa de “erradicar a maconha”) e de sua tese de doutorado, segundo a qual ninguém em cargo de confiança do presidente da República poderia ser indicado ao Supremo Tribunal Federal, para evitar “gratidão política”.

Observação: Moraes é amigo de Marcela Temer e do ministro Gilmar Mendes, e será sabatinado por uma comissão que inclui 10 senadores investigados pela Lava-Jato ― dentre os quais Renan e Jucá, suspeitos de tentar mudar leis para atrapalhar os inquéritos. A Comissão de Constituição e Justiça do Senado é presidida por Edison Lobão, que foi ministro de Minas e Energia de Lula e Dilma e fiel escudeiro da anta vermelha durante seu primeiro mandato. Zavascki autorizou a abertura de inquérito contra ele em março de 2015, tirando o sigilo do inquérito que apura achaques milionários do dito-cujo a empresas (Lobão, vale lembrar, foi o único senador a se abster na votação para manter ou não Delcídio do Amaral na prisão).

Resumo da ópera: Todos continuam “à disposição da Justiça”, todos “negam irregularidades”, todos “apoiam a Lava-Jato”. O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, “fez a campanha mais transparente possível” e nada tem a ver com a rapinagem de Sérgio Cabral. O novo presidente do Senado, Eunício Oliveira, do PMDB ― o “Índio” das planilhas de propina da Odebrecht ― não recebeu R$ 2 milhões em duas parcelas, pagas em Brasília e São Paulo. Rodrigo Maia não alimentou com R$ 1 milhão em propina da OAS a campanha de seu pai, ao contrário do que diz a Polícia Federal. Temer diz não ter pressa de nomear um novo ministro da Justiça, numa semana em que a greve da Polícia Militar mergulhou o Espírito Santo na barbárie. A greve da PM é inconstitucional, disso não resta a menor dúvida. Mas será que o mau exemplo não vem de cima? Quando os partidos tentam aprovar na Câmara um projeto livrando a si próprios da Justiça Eleitoral, o país testemunha exatamente o quê? Respeito à Constituição e ao eleitor?

(*) O Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao STF a abertura de novo inquérito para investigar os senadores Renan CaralheirosRomero Jucá, o ex-presidente José Sarney e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, todos por suspeitas de criar embaraços às investigações da Operação Lava-Jato. Caberá ao ministro Fachin autorizar ou arquivar o pedido. A assessoria de Renan afirma que ele não praticou nenhum ato para embaraçar ou dificultar qualquer investigação e que sempre foi colaborativo. O advogado que representa Sarney diz considerar importante a abertura do inquérito para comprovar que o crime foi cometido por Sérgio Machado, que gravou as conversas. A assessoria de Jucá, em nota, informa que “a defesa do senador afirma que não há preocupação em relação à abertura do inquérito pois não vê qualquer tipo de intervenção do mesmo na operação Lava-jato; ressalta que a única ilegalidade é a gravação realizada pelo senhor Sergio Machado, que induziu seus interlocutores nas conversas mantidas, além de seu vazamento seletivo, e que o senador é o mais interessado em que se investigue o caso ― e vem cobrando isso desde maio do ano passado”. A defesa de Sérgio Machado informou que não tem ciência do pedido da PGR e, portanto, não irá se manifestar.

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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

NAVEGADOR LENTO... (Parte 2)

O MAIS PERIGOSO É QUE JÁ ESTÃO CONFUNDINDO JUSTA CAUSA COM CALÇA JUSTA.

Conforme eu disse na postagem anterior, não existe software perfeito, e como o navegador é um aplicativo como outro qualquer, a conclusão é óbvia. Para piorar, não é exatamente incomum um programa que vinha se comportando direitinho passar a apresentar problemas de uma hora para outra. 

Nem sempre é fácil identificar as causas dessas anormalidades, de modo que, no mais das vezes, o melhor é tentar simplesmente resolvê-las. Para tanto, o primeiro passo (e isso não se aplica somente a navegadores, mas a qualquer aplicativo) é encerrar o programa e tornar a executá-lo em seguida. Se não resolver, vale tentar desligar e religar o computador. Com alguma sorte, tudo voltará a funcionar como antes no Quartel de Abrantes.

Observação: A popularização do uso de PCs e outros eletroeletrônicos fez com que termos como "reset", "reboot" e "reinicialização" passassem a ser largamente utilizados. E não é para menos: seja quando o decodificador da TV a cabo congela, seja quando o sistema operacional trava (apenas para citar duas situações bastante comuns), desligar e religar esses dispositivos pode solucionar o problema. Reiniciar um aparelho consiste basicamente em desligar e tornar a ligar o dito-cujo logo em seguida. O termo reinicializar não significa exatamente a mesma coisa, mas o uso consagra a regra e não é minha intenção encompridar este texto discutindo questões semânticas. Convém ter em mente, no entanto, que desligar o computador interrompe o fornecimento da energia que alimenta os circuitos da placa-mãe e demais componentes, propiciando o "esvaziamento" das memórias voláteis. Com a opção "Reiniciar" do menu de desligamento do Windows, o intervalo entre o encerramento do sistema e o boot subsequente pode não ser suficiente para que os capacitores esgotem totalmente suas reservas de energia. Então, para não errar, desligue o computador e torne a ligá-lo depois de um ou dois minutos sempre que uma reinicialização se fizer necessária. Já com relação ao decodificador da TV a cabo, deve-se desligá-lo da tomada, até porque, quando o dispositivo trava, o botão liga/desliga costuma ficar inoperante.

Se ainda assim o navegador (ou outro aplicativo rebelde qualquer) continuar instável, o próximo passo consiste em remover e reinstalar o programa. E ainda que o Windows conte com um desinstalador nativo (no Ten, clique em Iniciar > Configurações > Sistema > Aplicativos e recursos, localize na lista o programa que você deseja remover, clique em Desinstalar e siga as instruções na tela), melhores resultados serão obtidos com o IOBit Uninstaller ou o Uninstaller Absolut, dentre outros utilitários que fazem uma desinstalação mais aprimorada, removendo uma série de tranqueiras que a ferramenta nativa tende a deixar para trás.

Concluída a desinstalação, deve-se reiniciar o computador (mesmo que isso não seja solicitado expressamente) e rodar o CCleaner ou o Advanced System Care. Concluída a faxina e corrigidos os erros, deve-se reiniciar o computador novamente, baixar os arquivos de instalação do programa removido (preferencialmente a partir do site do fabricante) e reinstalá-lo. Isso costuma resolver, desde que não haja incompatibilidade entre a versão do app e do sistema operacional, ou então que o usuário tenha instalado outro aplicativo que gere um conflito com o programinha supostamente malcomportado. Às vezes, um software deixa de funcionar depois de uma atualização do sistema (como o upgrade do Seven ou do Eight para o Windows 10, ou mesmo a aplicação do update de aniversário deste último). Mas isso já é uma outra história.

Abraços e até a próxima.

COISAS DO JORNALISMO...

A revista Carta Capital critica o Estadão por ter “partido para cima” da Lava-Jato, depois de apoiar sistematicamente as arbitrariedades” envolvendo a operação (o grifo é meu).

Para José Antonio Lima, signatário da matéria, o editorial do jornal com críticas ao procurador Deltan Dallagnol se deve unicamente à forma de funcionamento de uma redação no Brasil. “As mudanças no mar em que os jornalistas navegam são informadas apenas raramente de maneira explícita; no caso do Estadão, em que os editorialistas têm grande proximidade com os donos do jornal, os editoriais têm um peso grande (...) Quando a petista Dilma Rousseff estava no poder e a empreitada contra ela estava alicerçada na campanha anticorrupção, o apoio à Lava-Jato era parte do script para derrubar um governo visto como indesejado pelo jornal, mas, confirmado o impeachment, a maré virou, a ênfase saiu do combate à corrupção e passou para uma alegada proteção aos direitos fundamentais” (clique aqui para ler na íntegra a análise do jornalista).

Eu, particularmente, tenho cá minhas reservas quanto à “isenção” da revista Carta Capital, mas achei a colocação deveras interessante ― quando por mais não seja, pela opinião do jornalista sobre a maneira como funcionam as redações no Brasil, onde o ímpeto jornalístico é libertado quando os alvos das reportagens são de interesse dos donos da publicação, mas contido quando não lhes interessa, embora eles [os donos] raramente coloquem a coisa de maneira explícita.

No caso do Estadão, afirma o editor da Carta Capital, os editoriais têm um peso grande, e os textos da página 3 são recados ao 'chão da fábrica'. O objetivo único da mudança do Estadão parece ser proteger seus interesses ― contemplados pelo governo Temer. “Nos últimos dias, o Planalto tem armado uma arapuca para a Lava-Jato. Será que os donos jornal embarcaram na expedição?", questiona o jornalista. 

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terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

NAVEGADOR LENTO? NINGUÉM MERECE!

COMO UM CACHORRO QUE VOLTA AO PRÓPRIO VÔMITO, O TOLO TENDE A REPETIR SUAS TOLICES.

Navegador que demora a abrir, leva uma eternidade para carregar páginas e empaca sem mais aquela, ninguém merece. Felizmente, ao contrário do que ocorria até não muito tempo atrás, já não nos faltam alternativas ao browser padrão do sistema operacional. Aliás, depois de desbancar o Internet Explorer, em maio de 2012, o Google Chrome se tornou o queridinho dos internautas no mundo inteiro.

Observação: O festejado MS Internet Explorer, que reinou quase absoluto durante anos e anos, acabou cedendo ao Chrome, em maio de 2012, o trono, a coroa e o cetro. Ainda que continue a integrar a lista de componentes do Windows 10, ele perdeu o status de navegador-padrão para o Microsoft Edge (do qual falaremos mais adiante). Segundo o StatCounter Global Stats, o browser do Google é o preferido de 83,21% dos internautas tupiniquins, enquanto o Firefox, o IE e o Edge conquistam, respectivamente, 9,11%, 2,94% e 1,44% ― em nível mundial, a fatia do Chrome é de “apenas” 62,09%, contra 14,85% do Firefox, 10,49% do IE, 5,28% do Safari e 3,58% do Edge.

O fato é que não existe software perfeito, e o Chrome não é exceção. E um de seus “defeitos” é o apetite pantagruélico por memória RAM, que acarreta lentidão e, em situações extremas, chega a travar o aplicativo, sobretudo se o usuário abre diversas tabs (abas) e se esquece de fechá-las à medida que ficam ociosas. O esquema de abas propicia uma economia significativa no consumo de memória, se comparado ao uso simultâneo de várias instâncias do navegador, mas impacta o desempenho do browser. Demais disso, o alto consumo de memória não é o único responsável por lentidão, instabilidade e travamento do navegador ― cache lotado e complementos (extensões) malcomportados também têm sua parcela de culpa.

Se você usa o Chrome, saiba que o Google disponibiliza o plug-in Great Suspender ― que monitora em tempo real as abas abertas e coloca em animação suspensa aquelas que estão inativas. Para adicioná-lo, clique no botão que exibe três pontinhos alinhados verticalmente, na extremidade direita da barra de endereços do browser, selecione Mais ferramentas, clique em Extensões > Obter mais extensões e pesquise por Great Suspender. Quando localizar o programinha, clique sobre ele e em Usar no Chrome.

Concluída a instalação (que demora poucos segundos), reinicie o navegador, clique no ícone que será adicionado à esquerda da barra de endereços e, no menu suspenso, selecione Configurações. Feito isso, ajuste o tempo de inatividade da página (o intervalo padrão é de uma hora, mas você pode alterar para qualquer outro entre 20 segundos e 3 dias ― sugiro 1 minuto).

Amanhã a gente continua. Abraços e até lá.


TALVEZ ATÉ DESSE UM ROMANCE ― Texto de Vladimir Safatle (*)

Em uma república em algum lugar na América Latina, o vice-presidente mobiliza toda a casta política para derrubar a titular e "estancar a sangria" produzida por denúncias de corrupção a envolver toda a classe, além do próprio personagem em questão. Depois do “golpe”, no entanto, a sangria não para totalmente, e a máquina colocada em funcionamento no Poder Judiciário continua, mesmo que aos trancos e barrancos.

Mas eis que um "terrível acidente" resulta na morte do juiz do Supremo responsável pelas homologações das delações contra a casta política, exatamente no momento em que elas pareciam envolver de vez os nomes-chave do governo do “vice-presidente golpista” e do partido fundamental de sustentação do seu governo ― que poderíamos chamar em nosso romance de, digamos, PSDB.

No lugar do juiz acidentado, o vice-presidente nomeia seu próprio ministro da Justiça: homem organicamente vinculado a todos os esquemas do dito, digamos, PSDB. Alguém cuja meteórica passagem pelo referido ministério foi marcada por uma crise no sistema penitenciário que resultou no assassinato de centenas de presos, levando a república em questão a figurar no noticiário internacional devido ao seu sistema carcerário medieval.

No meio da crise, o ministro entrou para a história não por ter tomado medidas sensatas e precisas para conter o problema, mas por simplesmente ter mentido despudoradamente quando evidenciados sua inação e descaso à ocasião de um pedido de auxílio de uma governadora de Estado. Algo tão absurdo que até mesmo a imprensa, normalmente complacente com o vice-presidente golpista, foi obrigada a reconhecer que o ministro era o homem errado no lugar errado.

Como se não fosse suficiente, o personagem já tinha provocado polêmicas ao defender a tortura "em alguns casos", isto em um país no qual a polícia tortura mais hoje do que na época de seu antigo regime militar, e por usar a força militar e brutalidade de sua polícia para conter todo o tipo de manifestação e mobilização social.

Quando estava a sair do ministério, eis que um dos Estados da federação passa por uma greve da polícia e se transforma em pura e simples zona de anomia, com direito a saques em plena luz do dia, assaltos e afins. O que demonstra a incrível competência do nosso personagem, suas qualificações indiscutíveis para tão alto cargo.

Não, pensando bem, esse enredo não daria um bom romance. Muito óbvio, muito primário. Ninguém iria acreditar ser possível algo assim nos dias de hoje. Certamente, se isto ocorresse atualmente, haveria grandes manifestações nas ruas contra a natureza despudorada de tal esquema. Haveria uma mobilização da opinião pública contra a desagregação das instituições da República. Não, como romance o enredo definitivamente não funcionaria. Bem, talvez como comédia ele desse certo.

É, como comédia isso aí poderia funcionar. Nós poderíamos começar com a descrição de grandes manifestações populares a varrer as cidades da dita república exigindo combate feroz contra a corrupção e mostrando indignação cidadã. Depois de a presidenta deposta, poderíamos mostrar essas mesmas pessoas tentando defender o vice-presidente envolvido em escândalos, indo para as ruas contra a corrupção, mas indignados não com o chefe do esquema, mas com um tal "presidente do Senado", isto em uma semana na qual o próprio vice-presidente fora pego em um escândalo primário de tráfico de influência envolvendo dois de seus ministros. Poderíamos mostrar ainda essas mesmas pessoas caladas quando da nomeação do ministro "aos amigos tudo, aos inimigos a lei" convocado para empacotar os processos contra seu partido do coração.

Sim, seria hilário, o mundo todo morreria de rir. É verdade que seria um pouco difícil acreditar na possibilidade de tudo isso, mas, em comédia, há sempre algo da ordem do vale-tudo, algo da ordem da ampliação caricatural até o absurdo, o que libera a imaginação para ganhar asas e pensar até mesmo o impensável. Ou seja, pensar o Brasil atual.

(*) Vladimir Safatle é professor livre-docente do Departamento de filosofia da USP. Deixo claro que não concordo necessariamente com todas as colocações do articulista e que reproduzo este texto (originalmente publicado na suspeita Folha de São Paulo) por tê-lo achado criativo, interessante e, em grande medida (mas não totalmente) sintonizado com a realidade desta republiqueta da Bananas. E viva o povo brasileiro! 

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