O MAIS
PERIGOSO É QUE JÁ ESTÃO CONFUNDINDO JUSTA CAUSA COM CALÇA JUSTA.
Conforme eu disse na postagem anterior, não existe software
perfeito, e como o navegador é um aplicativo como outro qualquer, a conclusão é
óbvia. Para piorar, não é exatamente incomum um programa que vinha se comportando
direitinho passar a apresentar problemas de uma hora para outra.
Nem sempre é
fácil identificar as causas dessas anormalidades, de modo que, no mais das
vezes, o melhor é tentar simplesmente resolvê-las. Para tanto, o
primeiro passo (e isso não se aplica somente a navegadores, mas a qualquer
aplicativo) é encerrar o programa e
tornar a executá-lo em seguida. Se não resolver, vale tentar desligar e religar
o computador. Com alguma sorte, tudo
voltará a funcionar como antes no Quartel de Abrantes.
Observação: A
popularização do uso de PCs e outros eletroeletrônicos fez com que termos como
"reset", "reboot" e
"reinicialização" passassem a ser largamente
utilizados. E não é para menos: seja quando o decodificador da TV a cabo
congela, seja quando o sistema operacional trava (apenas para citar duas situações
bastante comuns), desligar e religar esses dispositivos pode solucionar o
problema. Reiniciar
um aparelho consiste
basicamente em desligar e tornar a ligar o dito-cujo logo em seguida. O termo reinicializar
não significa exatamente a mesma coisa, mas o uso consagra a regra e não é
minha intenção encompridar este texto discutindo questões semânticas. Convém
ter em mente, no entanto, que desligar o computador interrompe o
fornecimento da energia que alimenta os circuitos da placa-mãe e demais
componentes, propiciando o "esvaziamento" das memórias voláteis. Com
a opção "Reiniciar" do menu de desligamento do Windows,
o intervalo entre o encerramento do sistema e o boot subsequente pode não ser
suficiente para que os capacitores esgotem totalmente suas reservas de energia.
Então, para não errar, desligue o computador e torne a ligá-lo depois de um
ou dois minutos sempre que uma reinicialização se fizer necessária. Já com
relação ao decodificador da TV a cabo, deve-se desligá-lo da tomada, até porque, quando o dispositivo trava, o botão
liga/desliga costuma ficar inoperante.
Se ainda assim o navegador (ou outro aplicativo rebelde
qualquer) continuar instável, o próximo passo consiste em remover e reinstalar o programa. E ainda que o Windows conte com um desinstalador nativo (no Ten, clique em Iniciar >
Configurações > Sistema > Aplicativos e recursos, localize na lista o
programa que você deseja remover, clique em Desinstalar e siga as instruções na tela), melhores resultados
serão obtidos com o IOBit Uninstaller ou o Uninstaller Absolut, dentre outros utilitários que fazem uma
desinstalação mais aprimorada, removendo uma série de tranqueiras que a
ferramenta nativa tende a deixar para trás.
Concluída a desinstalação, deve-se reiniciar o computador
(mesmo que isso não seja solicitado expressamente) e rodar o CCleaner ou o Advanced System Care. Concluída a faxina e corrigidos os erros,
deve-se reiniciar o computador novamente, baixar os arquivos de instalação do programa
removido (preferencialmente a partir do site do fabricante) e reinstalá-lo. Isso
costuma resolver, desde que não haja incompatibilidade entre a versão do app e
do sistema operacional, ou então que o usuário tenha instalado outro aplicativo
que gere um conflito com o programinha supostamente malcomportado. Às vezes, um
software deixa de funcionar depois de uma atualização do sistema (como o
upgrade do Seven ou do Eight para o Windows 10, ou mesmo a aplicação do update de aniversário deste último).
Mas isso já é uma outra história.
Abraços e até a próxima.
A revista Carta Capital critica o Estadão
por ter “partido para cima” da Lava-Jato, depois de apoiar sistematicamente as “arbitrariedades” envolvendo a operação (o grifo é meu).
Para José Antonio Lima, signatário da matéria, o editorial do jornal com
críticas ao procurador Deltan Dallagnol
se deve unicamente à forma de funcionamento de uma redação no Brasil. “As
mudanças no mar em que os jornalistas navegam são informadas apenas raramente
de maneira explícita; no caso do Estadão, em que os editorialistas têm grande
proximidade com os donos do jornal, os editoriais têm um peso grande (...)
Quando a petista Dilma Rousseff
estava no poder e a empreitada contra ela estava alicerçada na campanha
anticorrupção, o apoio à Lava-Jato era parte do script para derrubar um governo
visto como indesejado pelo jornal, mas, confirmado o impeachment, a maré virou,
a ênfase saiu do combate à corrupção e passou para uma alegada proteção aos
direitos fundamentais” (clique aqui para ler na
íntegra a análise do jornalista).
Eu, particularmente, tenho cá
minhas reservas quanto à “isenção” da revista Carta Capital, mas achei a colocação deveras interessante ― quando
por mais não seja, pela opinião do jornalista sobre a maneira como funcionam as
redações no Brasil, onde o ímpeto jornalístico é libertado quando os alvos das
reportagens são de interesse dos donos da publicação, mas contido quando não
lhes interessa, embora eles [os donos] raramente coloquem a coisa de maneira
explícita.
No caso do Estadão, afirma o editor da Carta
Capital, os editoriais têm um peso grande, e os textos da página 3 são recados
ao 'chão da fábrica'. O objetivo único da mudança do Estadão parece ser proteger seus interesses ― contemplados pelo
governo Temer. “Nos últimos dias, o
Planalto tem armado uma arapuca para a Lava-Jato. Será que os donos jornal
embarcaram na expedição?", questiona o jornalista.
Confira minhas atualizações diárias sobre
política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/