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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

DE VOLTA À MEMÓRIA RAM - PARTE 7


É PRECISO MANTER A PÓLVORA SECA PARA O CASO DE SE PRECISAR DELA.

Vimos que o sistema e os aplicativos não são carregados integralmente na memória RAM, mas divididos em páginas ou em segmentos (pedaços do mesmo tamanho e pedaços de tamanhos diferentes, respectivamente), ou não haveria memória que bastasse. Isso só é possível porque os sistemas operacionais são construídos de forma modular, e cada módulo (Kernel, EscalonadorGerenciador de Arquivos, etc.) é carregado individual e seletivamente, conforme as necessidades.

Toda vez que ligamos o computador, o BIOS faz o POST (autoteste de inicialização), procura os arquivos de BOOT (conforme a sequência declarada no CMOS Setup), “carrega” o sistema na memória RAM e exibe a tradicional tela de boas-vindas. 

BIOS é a primeira camada de software do computador e fica gravado numa pequena porção de memória não volátil integrada à placa-mãe. O CMOS é um componente de hardware composto de um relógio permanente, uma pequena porção de memória volátil e uma bateria, que mantém essa memória volátil energizada, ou as informações que ela armazena se perderiam toda vez que o computador fosse desligado. O BOOT é o processo mediante o qual o BIOS checa as informações armazenadas no CMOS e realiza o POST (autoteste de inicialização).Só então, e se tudo estiver nos conformes, o Windows é carregado e assume o comando da máquina.

Fazer o Setup nada mais é que configurar os parâmetros armazenados na memória do CMOS, de modo a permitir que o BIOS reconheça e gerencie adequadamente os componentes instalados, dê o boot e adote outros procedimentos básicos que envolvem o funcionamento do PC. Essa configuração consiste em oferecer respostas a uma longa sequência de perguntas num sistema de múltipla escolha, mas a boa notícia é que ela e feita na etapa final da montagem do computador e só é necessário refazê-la em situações específicas (após um upgrade abrangente de hardware, por exemplo). Claro que é possível reconfigurar o Setup para resolver problemas e/ou incrementar o desempenho do computador, mas isso só deve ser feito usuários avançados, pois modificações indevidas ou malsucedidas podem comprometer o funcionamento da máquina.

ObservaçãoBoot significa bota ou botina, mas virou sinônimo de inicialização devido à expressão “pulling oneself up by his own bootstraps” (içar a si mesmo pelos cordões das botinas), que, por extensão, significa “fazer sozinho algo impossível de ser feito sem ajuda externa”. Segundo alguns autores, isso vem do tempo em que os computadores usavam uma pequena quantidade de código para carregar instruções mais complexas, e esse processo era conhecido como bootstrapping.

Voltando à influência da RAM no desempenho global do PC, vale relembrar uma analogia que eu faço desde que publiquei meus primeiros artigos sobre hardware na mídia impressa, lá pelo final do século passado: 

Se o computador fosse uma orquestra, o processador seria o maestro. Mas uma boa apresentação não depende apenas de um regente competente, mas também de músicos qualificados e entrosados entre si. Bons músicos podem até suprira as limitações de um maestro meia-boca, mas o contrário não é possível: por mais que o regente se descabele, a incompetência da equipe fatalmente embotará o brilho do concerto. Guardadas as devidas proporções, o mesmo se dá em relação ao PC, que depende de uma configuração equilibrada, com componentes adequados e balanceados

Em outras palavras, uma CPU de primeiríssima não será capaz de muita coisa se for assessorada por um subsistema de memórias subdimensionado. Mas não é só. PCs da mesma marca, modelo e idêntica configuração de hardware podem apresentar comportamentos diversos, pois o desempenho de cada depende também da configuração do Windows, da quantidade de aplicativos instalados, da maneira como eles são inicializados, da regularidade com que o usuário realiza manutenções preventivo-corretivas, e por aí vai. 

Máquinas de entrada de linha (leia-se baixo custo) costumam integrar processadores chinfrins, pouca memória e módulos genéricos, o que impacta negativamente no desempenho global do sistema. Isso sem mencionar o software fica mais exigente a cada dia. Para se ter uma ideia, enquanto o Win95 rodava com míseros 8 MB de RAM (isso mesmo, oito megabytes) o Windows 10 precisa de algo entre 6 e 8 GB para rodar com folga (a Microsoft, modesta quando lhe convém, fala em 1 GB para as versões de 32-bit2 GB para as de 64-bit, mas aí não sobra quase nada para os aplicativos).

Outra analogia de que gosto muito remete à dinâmica entre o processador, a RAM e o HDD. Vamos a ela:

Imagine o PC como um escritório e o processador como um funcionário extremamente diligente, mas sem iniciativa própria. Durante o expediente, esse incansável colaborador atende ligações, recebe informações, transmite instruções, elabora cartas e relatórios, responde emails e por aí afora, tudo praticamente ao mesmo tempo. No entanto, se algum elemento indispensável ao trabalho não estiver sobre a mesa, o já assoberbado funcionário perderá um bocado de tempo escarafunchando gavetas abarrotadas e estantes desarrumadas (quem mandou não desfragmentar o HDD?). E a situação fica ainda pior quando ele precisa abrir espaço sobre a mesa atulhada para acomodar mais livros e pastas. Isso sem falar que terá de arrumar tudo de novo antes de retornar à tarefa interrompida. 

Se você ainda não ligou os pontos, a escrivaninha corresponde à memória cache, as gavetas à memória física (RAM), as estantes à memória de massa (HDD) e a “abertura de espaço”, ao swap-file (ou arquivo de troca, ou ainda memória virtual). Para mais detalhes sobre cada uma dessas memórias, reveja as postagens anteriores).

Vejo agora que esse apanhado de informações conceituais ocupou um bocado de espaço, o que me obriga a deixar as dicas práticas para a próxima postagem. Até lá.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

DE VOLTA À MEMÓRIA RAM — PARTE 5


LULA É COMO UMA MELECA QUE A GENTE NÃO CONSEGUE DESGRUDAR DO DEDO.

Usuários de computador menos familiarizados com hardware tendem a confundir a capacidade do HDD com o tamanho da RAM, já que a unidade de medida utilizada em ambos os casos é um múltiplo do byte (MB, GB, TB). Isso porque tudo é memória — termo que, no jargão da informática, designa qualquer meio destinado ao armazenamento de dados —, a exemplo dos pendrives e SD Cards, das mídias ópticas (CD/DVD), etc.

Um PC utiliza memórias de diversas tecnologias e finalidades distintas. A ROM, por exemplo, é uma espécie de RAM não volátil, daí ela ser usada no armazenamento permanente de dados (como no BIOS). Ou a memória cache*, que também é um tipo de RAM, só que estática (e ultrarrápida), o que a torna ideal para o armazenamento de dados acessados com maior frequência (visando otimizar o desempenho do sistema como um todo.

(*) Quando falamos em memória cache, logo nos vem à mente o processador, que se vale dessa tecnologia desde os jurássicos 386.Inicialmente formado por chips soldados à placa mãe, a partir dos 486 o cache passou a ser embutido (sempre em pequenas quantidades, devido ao preço elevado) no núcleo da CPU, dando origem à distinção entre os caches L1 L2 (este último continuava fazendo parte da placa mãe). Alguns chips da AMD, como o K6-III, incluíam ainda um terceiro nível de cache (L3), mas, por motivos que ora não vêm ao caso, essa solução não se popularizou. Mais adiante, o cache passou a ser usado também em HDsservidoresplacas de sistema, e até mesmo em softwares.

Há ainda a memória de vídeo, as mídias removíveis, e por aí vai, mas o mote desta postagem são as memórias física e de massa do computador, representadas respectivamente pela RAM e pelo drive de HD — que será substituído pelo de memória sólida (SSD) assim que os modelos de grandes capacidades forem comercializados a preços palatáveis (para mais informações, clique aqui).

Sempre que falamos “genericamente” em memória, estamos nos referindo à RAM, que é a memória física do computador e a principal ferramenta de trabalho do processador. É nela que o sistema, os aplicativos e os demais arquivos são carregados e processados — note que eles não são carregados integralmente, mas divididos em páginas (pedaços do mesmo tamanho) ou segmentos (pedaços de tamanhos diferentes), do contrário não haveria RAM que bastasse. E se são carregados na RAM, eles provém de algum outro lugar, e esse lugar é a memória de massa, responsável por armazenar o software de modo “persistente” — não confundir com “permanente”; embora os dados salvos na memória de massa sobrevivam ao desligamento do computador, eles não são imutáveis.

Explicando melhor: Quando rodamos um programa, seus executáveis são copiados do disco rígido para a memória RAM, juntamente com algumas DLLs e os arquivos de dados com os quais vamos trabalhar. A RAM é uma memória de acesso aleatório, o que a torna milhares de vezes mais rápida que o drive de disco rígido (embora não tão mais rápida que os SSD, mas isso já é outra conversa). O grande “problema” da RAM, por assim dizer, é sua volatilidade, ou seja, o fato de ela só preservar os dados enquanto estiver energizada. Além disso, o megabyte de RAM custa bem mais do que o megabyte de espaço no HDD, daí os fabricantes de PC serem miseráveis com a RAM (somente modelos de configuração superior e preço idem contam com desejáveis 8 GB dessa memória), mas integrarem HDDs de 500 GB a 1 TB mesmo nos modelos de entrada de linha (leia-se mais baratos)

Voltando aos drives de memória sólida (SSD na sigla em inglês), eles ainda não aposentaram seus antecessores eletromecânicos porque unidades de grande capacidade custam muito caro. Mas as vantagens são muitas. Por eles serem compostos basicamente de células de memória flash e uma controladora — que gerencia o cache de leitura e gravação dos dados, criptografa informações, mapeia trechos defeituosos da memória, etc. —, a ausência de motor, pratos, braços, agulhas eletromagnéticas ou qualquer outra peça móvel os torna menores, mais resistentes e milhares de vezes mais rápidos que o disco rígido tradicional, sem mencionar que, por consumirem menos energia, são uma excelente opção para equipar notebooks.

Continua na próxima postagem.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

DE VOLTA À MEMÓRIA RAM — PARTE 3


LEIS INÚTEIS DEBILITAM AS NECESSÁRIAS.

Como vimos, o Windows 10 é capaz de rodar em máquinas com 1 GB de memória RAM — na versão de 32-bit; a de 64-bit requer pelo menos 2 GB —, mas a experiência do usuário será bem mais satisfatória se o computador contar com algo entre 4 GB e 8 GB de RAM.

No âmbito da informática, o termo "memória" designa qualquer meio destinado ao armazenamento de dados, e o PC utiliza uma porção deles (volto a essa questão oportunamente). Todavia, sempre que falamos em memória sem especificar o tipo, fica subentendido que estamos nos referindo à RAM, que é a memória física do sistema e principal ferramenta de trabalho do processador.

Observação: RAM é o acrônimo de Random Access Memory, o que significa “memória de acesso aleatório”. Trata-se de um tipo de memória volátil ou seja, que só retém os dados enquanto permanecer energizada (daí o boot precisar ser refeito toda vez que ligamos o computador) , mas que permite acessar qualquer dos seus endereços aleatoriamente, o que lhe confere tempos de resposta e taxas de transferência que deixam os drives de HDD eletromecânicos no chinelo. Tanto o sistema operacional quanto os aplicativos e demais arquivos são carregados na RAM a partir da memória de massa (HDD ou SSD, conforme o caso), onde os dados são armazenados de forma persistente, e para lá retornam depois que os manipulamos, de modo a preservar as alterações a que foram submetidos durante a sessão do Windows.

A RAM é comercializada em pentes (ou módulos) compostos por chips soldados numa placa de circuito. Diversas tecnologias foram criadas desde o alvorecer da informática (FPM, EDO, SDR, RAMBUS, DDR, DDR2, DDR3 e DDR4) e disponibilizadas em módulos de vários formatos (SIMM, DIMM, RIMM, etc.). O padrão atual é o DDR4, lançado em 2014, cujos módulos têm 240 pinos, mas o DDR5, que promete ser duas vezes mais rápido, deve chegar ao mercado já no ano que vem.

Observação: Ao comprar memória avulsa (para fazer um upgrade), é recomendável remover um módulo do computador e levá-lo à loja para servir de modelo. Igualmente importante é atentar para as limitações impostas pela placa-mãe; às vezes o PC vem com um único pente, mas dispõe de dois ou mais slots, o que facilita o upgrade. Demais disso, há que levar em conta também o “dual channel”, que dobra a velocidade de transferência dos dados entre a RAM e a placa-mãe, lembrando que isso só funciona com dois módulos idênticos. Em sendo possível, prefira utilizar dois ou mais módulos que concentrar toda a memória num único pente. Assim, se um deles der problema, seu computador continuará a funcionar, mesmo que com perda de desempenho, até que você substitua a peça defeituosa.
  
Para saber de quanta memória seu PC dispõe, dê um clique direito num espaço vazio da Barra de Tarefas, clique em Gerenciador de Tarefas e, em seguida, na aba Desempenho da janela do gerenciador. Ela exibirá não só o total de memória instalada e o percentual livre, mas também o consumo em tempo real.

Se você instalou o excelente Advanced System Care, da IObit, clique no menu Opções (representado pelas três barrinhas no canto superior esquerdo da tela), depois em Configurações, e então marque a opção Ativar Monitor de Desempenho e carregar na inicialização do Windows. Com o monitor visível na área de trabalho, você poderá acompanhar em tempo real o consumo de memória (bem como o uso da CPU e o acesso ao HDD) e liberar RAM sempre que desejar, bastando clicar no ícone do foguetinho.

Ao serem encerrados, os aplicativos deveriam liberar a memória que alocavam quando em execução, mas alguns não o fazem, o que pode ser um problema quando se dispõe de pouca RAM. Claro que basta reiniciar a máquina — ou mesmo sair do Windows e tornar a se logar em seguida — para limpara a RAM, mas clicar no foguetinho é mais simples e rápido.

Veremos na próxima postagem alguns programinhas que se propõem a melhorar o desempenho do sistema gerenciando o uso da RAM e liberando espaço sempre que necessário.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

NAVEGADOR LENTO... (Parte 4)

NÃO FAZER NADA É A COISA MAIS DIFÍCIL QUE SE PODE FAZER.

Depois que passaram a suportar extensões ― como são chamados os programinhas internos que agregam funções adicionais ao browser ―, os navegadores se tornaram mais “versáteis”. Mas nem tudo são flores nesse jardim: da mesma forma que o consumo exagerado de memória e a sobrecarga do cache, essas extensões podem acarretar lentidão, instabilidade e, em situações extremas, travar o aplicativo (ou o próprio sistema operacional).  

Conforme já foi dito, a maioria dos navegadores tem o (péssimo) hábito de alocar grandes quantidades de memória RAM ― se você usa o Windows 10 e dispõe de menos de 3 GB de RAM, já deve ter notado que seu browser vai ficando mais e mais lento durante uma sessão prolongada de navegação, e que fechar as tabs (abas) ociosas ou encerrar e reabrir o programa nem sempre resolve o problema.

A RAM armazena as informações apenas temporariamente, de modo que seu espaço é bem mais “modesto” que o da memória de massa (representada pelo disco rígido ou, em máquinas mais sofisticadas, pelo SSD). Por conta disso, à medida que novos programas vão sendo executados (ou novas abas do navegador são abertas), a assim chamada "memória física" do computador tende a se esgotar. Para solucionar esse problema, o ideal é partir para um upgrade de RAM (alguns especialistas sugerem reconfigurar a memória virtual, mas eu não recomendo esse procedimento, muito menos no Windows 10).

Observação: Quando rodamos um programa qualquer, seus executáveis são copiados do disco rígido para a memória física do computador, juntamente com algumas DLLs e arquivos de dados com os quais iremos trabalhar. Considerando que a quantidade dessa memória é limitada e que o próprio sistema operacional já ocupa boa parte dela, a execução simultânea de aplicativos exige o uso da “memória virtual”, sem o que seria impossível executar um aplicativo sem antes encerrar os demais, sob pena de o sistema ficar extremamente lento ou até travar. A memória virtual cria no HDD um espaço que o sistema enxerga como uma espécie de extensão da memória física, mas seu uso acarreta lentidão, pois mesmo os discos eletromecânicos modernos são milhares de vezes mais lentos do que a já (relativamente lenta) memória RAM. Então, para ter um sistema ágil, rodar aplicativos com desenvoltura e navegar na Web sem engasgos ou tropeços, abasteça seu computador com a maior quantidade possível de RAM, respeitadas as limitações do Windows e da placa-mãe.

Sabemos que o Windows tende a "perder o viço" com o uso normal do computador ao longo do tempo. Isso já foi dito e redito em diversas postagens sobre manutenção preventiva, como você pode conferir digitando manutenção no campo de buscas do Blog e teclando Enter ― mas convém fazê-lo antes que o mal cresça, ou será preciso formatar a unidade ou partição onde o sistema se encontra instalado e reinstalá-lo “do zero” (o que pode não ser um bicho-de-sete-cabeças, mas dá trabalho, toma tempo e provoca invariavelmente a perda de arquivos pessoais, já que quase ninguém se preocupa em fazer backups e mantê-los up-to-date). Então, para prevenir acidentes, habitue-se a desinstalar inutilitários e aplicativos redundantes ou desnecessários, limpar o disco e desfragmentar os dados mensalmente (com as ferramentas nativas do sistema ou com o auxílio de suítes de manutenção como o CCleaner, o Advanced System Care ou o Glary Utilities, por exemplo). Acredite: vale a pena.

Se você tem memória de sobra e algumas dezenas de gigabytes de espaço livre no disco rígido, mas sua navegação anda meio claudicante mesmo assim, experimente limpar o cache do navegador.

Observação: Quando ouvimos falar em cache, logo nos vem à mente o cache do processador, mas esse recurso passou a ser usado também em HDs, servidores, placas de sistema e até em softwares ― como no caso dos navegadores, que guardam as páginas localmente para evitar consultas constantes à rede (solução especialmente útil quando a gente navega por páginas estáticas). Todavia, a partir de um certo momento, a memorização offline dos dados deixa de ajudar e começa a atrapalhar. Ou seja, o recurso que deveria aprimorar o desempenho do browser passa a degradá-lo. Então, habitue-se a limpar regularmente o cache do seu navegador

Se você usa o Chrome, clique no botão de configurações (os três pontinhos, lembra?), aponte o mouse para Mais Ferramentas, clique em Limpar dados de navegação... Na tela que se abre em seguida, clique na setinha ao lado de Eliminar os seguintes itens desde, escolha uma das opções disponíveis (sugiro desde o começo) e marque as caixas de verificação ao lado dos itens que você deseja eliminar (sugiro limitar-se às primeiras quatro opções) e, ao final, clique em Limpar dados de navegação, reinicie o navegador e confira o resultado (para não fazer besteira, siga este link e leia atentamente as informações da ajuda do Google antes de dar início à faxina).

Numa próxima oportunidade, veremos como executar esse procedimento em outros navegadores de internet. Abraços e até lá.

 LEVEI MALA DE DINHEIRO PARA LULA

Olha aí mais uma do penta-réu que afirma ser “a alma viva mais honesta do Brasil”, usa o esquife da mulher como palanque e, no discurso, afirma que vai concorrer à presidência para salvar o país: a matéria de capa da revista ISTOÉ desta semana (clique neste link para ler a íntegra da reportagem) revela que, em troca de uma mala cheia de dinheiro, esse “abnegado” teria azeitado uma negociata de R$ 100 milhões entre a Camargo Corrêa e a Petrobrás.

Na entrevista, Davincci Lourenço de Almeida diz que privou da intimidade da cúpula da Camargo Corrêa e que essa estreitíssima relação fez com fosse destacado por Fernando de Arruda Botelho ― marido de Rosana Camargo de Arruda Botelho, herdeira da CC ―, no início de 2012, para entregar a propina ao ex-presidente Lula e distribuir outras malas cheias de dinheiro a funcionários da Petrobras.

Lula teria ido buscar a “encomenda” no hangar da Morro Vermelho Taxi Aéreo (também de propriedade da CC), em São Paulo, e posado para selfies com funcionários da empresa. Os retratos permaneceram nas paredes do hangar até setembro de 2015, sendo retirados quando a Lava-Jato começou a fechava o cerco em torno do grupo empresarial em questão. Ainda segundo o entrevistado, os pagamentos tiveram a chancela de Rosana Camargo de Arruda Botelho, herdeira da Camargo Corrêa e esposa de Fernando ― que morreu há cinco anos num acidente aéreo, após uma calorosa discussão com o brigadeiro Edgar de Oliveira Júnior, assessor da Camargo, que teria tramado a sabotagem da aeronave (a discussão, regada a gritos, socos e bate-bocas ferozes, teria culminado na demissão do brigadeiro).

As negociatas também foram reveladas ao promotor José Carlos Blat, do Ministério Público de São Paulo, que encaminhou os depoimentos à força-tarefa da Operação Lava-Jato. Uma sucessão de estranhos acontecimentos chamou a atenção do Ministério Público, dentre os quais o caminhão de bombeiros comprado por Botelho para atender a eventuais emergências no aeródromo de sua propriedade se encontrar trancado no hangar, no dia do acidente, e que o GPS com as informações de voo, resgatado por Davincci, foi ocultado das autoridades a pedido do brigadeiro. “Ele tomou o aparelho das minhas mãos dizendo que poderia ficar ruim para a família se entregássemos à investigação, e ainda me obrigou a mentir num primeiro depoimento à delegacia”, disse Davincci a reportagem.  

As investigações sobre o acidente haviam sido arquivadas pela promotora Fernanda Segato, em março de 2013, mas foram reabertas em setembro do ano passado, em face dos depoimentos de Davincci, e estão a cargo do delegado José Francisco Minelli, ora em fase de oitiva de testemunhas.
Eduardo Botelho, irmão do empresário supostamente assassinado, revelou à ISTOÉ que “o nível de nojeira da equipe que comandava os negócios do irmão era muito grande. Tudo o que aconteceu naquele dia do acidente aéreo foi estranhíssimo. Fernando estava sendo roubado. Como ele não tinha controle do que acontecia com o avião, pode ter sido sabotado, sim. Era fácil sabotar aquele avião, que era da Segunda Guerra. Podem ter mexido no dia da queda. Se ele não tivesse morrido naquele dia, iria fazer uma limpeza gigantesca nas fazendas da Camargo”. Novas ― e graves ― revelações devem surgir em breve, já que um acordo de colaboração da Camargo Corrêa com o MPF está em fase final de negociação.  

E viva o Brasil, onde só tem gente honesta e um penta-réu, mais honesto que todo mundo, almeja retornar à presidência da República. Só se for Presidente Bernardes (referência à penitenciária onde estão criminosos ilustres, como Marcola e Fernandinho Beira-Mar).

Havendo tempo e jeito, assista a esse clipe de vídeo e veja se não é exatamente isso que eu venho dizendo sempre.


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terça-feira, 10 de janeiro de 2017

READY BOOST

O SOL NASCE PARA TODOS; A SOMBRA, PRA QUEM É MAIS ESPERTO. 

O Upgrade de RAM é a maneira mais simples, barata e eficaz de incrementar o desempenho do computador ― desde que observados os limites dos sistemas de 32-bits, evidentemente (volto a esse assunto mais adiante). No entanto, desde o Windows 7 que se tornou possível fazer um “upgrade meia-boca” com um pendrive ou cartão de memória. E ainda que não faça milagres, esse paliativo proporciona resultados melhores do que a tradicional memória virtual ― que entra em ação quando a RAM se esgota ―, até porque a memória flash é bem mais veloz que o disco rígido.

Observação: O ReadyBoost se vale do espaço oferecido pelo dispositivo removível para aumentar o tamanho do cache do Windows (uma memória intermediária que armazena arquivos de forma inteligente, deixando-os prontos para utilização na hora oportuna), além de liberar a quantidade de memória RAM que era utilizada antes de você implementá-lo.

Para habilitar o recurso, basta conectar o dispositivo removível a uma portinha USB do PC, abrir a pasta Computador (ou Meu Computador, conforme a sua edição do Windows), dar um clique direito no ícone que representa a nova unidade e clicar na aba ReadyBoost. Feito isso, para usar todo o espaço disponível no drive, marque a Dedicar este dispositivo ao ReadyBoost; para configurar manualmente o espaço a ser alocado, marque Usar este dispositivo e mova a barra deslizante para a direita, até que a janelinha exiba o espaço desejado. Ao final, é só clicar em Aplicar e em OK (vale reiniciar o computador, embora isso não seja exigido de maneira explícita).

O ReadyBoost funciona com qualquer tipo de memória flash (cartões SD, micro SD, pendrives e HDs externos), desde que o dispositivo suporte o padrão USB 2.0 (ou superior) e disponha de ao menos 1 GB de espaço livre para uso. Melhores resultados serão obtidos se ele for formatado com o sistema de arquivos NTFS, a menos que sua capacidade seja inferior a 4 GB, caso você pode usar o sistema de arquivos FAT32 (para saber mais sobre formatação de pendrives e sistemas de arquivos, reveja a sequência de postagens iniciada por esta aqui).

Vale frisar que:

― Como dito no início deste texto, o ReadyBoost ajuda, mas não faz milagres. Falta de memória RAM se resolve com upgrade físico, ou seja, com a substituição dos módulos existentes no PC por outros de maior capacidade ou a adição de mais módulos, se houver slots disponíveis. Todavia, é preciso atentar para as limitações impostas tanto pela placa-mãe/chipset quanto pelo Windows, já que sistemas de 32 bits são capazes de endereçar somente algo entre 2,75 GB e 3,5 GB de RAM e, portanto, instalar mais do que 4 GB é jogar dinheiro fora.

― Você pode usar até oito dispositivos de até 32 GB cada, já que o limite do ReadyBoost é de 256 GB ― note que esse limite é teórico, até porque seu PC dificilmente terá 8 portas USB livres, e o uso de hubs (multiplicadores) não é aconselhável.

― Para que haja um aumento significativo na performance do sistema, a recomendação é usar pendrives/SD Cards com capacidade de duas a quatro vezes maior que a quantidade de memória física instalada (ou seja, se seu PC conta com 4 GB de RAM, use um pendrive/cartão de 16 GB).

Para saber mais sobre o ReadyBoost, clique aqui.

TODO MUNDO ERROU SOBRE O PÓS-DILMA, AFIRMA MAÍLSON DA NÓBREGA

Os economistas e o mercado fracassaram ao projetar o cenário pós-Dilma, não por um erro específico do governo Temer, mas pelo "desastre" da gestão anterior. O atual governo errou por ter falhado na comunicação com o povo. No mais, era mesmo muito difícil fazer estimativas após a catástrofe administrativa levada a efeito os 13 anos e fumaça com Lula e Dilma na presidência. Estamos realmente chegando ao fundo do poço, mas a um ritmo mais lento do que as expectativas indicavam logo após a entrada do governo”, disse Maílson da Nóbrega em entrevista ao InfoMoney.

Maílson, que foi ministro da Fazenda no governo Sarney, alertou ainda para perigo de o Brasil eleger um “salvador da pátria”, como Ciro Gomes ou Jair Bolsonaro. Na sua avaliação, uma nova fase começará somente a partir de 2019, o objetivo do atual governo não é trazer uma nova fase de expansão, mas colocar o "trem de volta nos trilhos". Confira a seguir alguns trechos da entrevista ― ou siga este link para ler a matéria publicada no InfoMoney.

― Houve uma expectativa excessiva dos efeitos da saída de Dilma. Era um governo tão desastrado que, se livrar
dele, parecia que seria o ponto de partida para uma recuperação muito rápida e forte da confiança e nos primeiros momentos parecia que era isso mesmo. As pesquisas mostravam a confiança voltando e ela é um dos elementos fundamentais para a decisão de investir e de consumir. No entanto, o que está se vendo agora é que esse otimismo foi excessivo, o nível de endividamento das famílias ainda é muito elevado.

― O Brasil ainda está imerso em uma grande crise econômica, social e política. Uma herança terrível que veio dos erros cometidos na gestão do PT, especificamente no período de governo de Dilma Rousseff. A percepção recente é que a economia vai conseguir se recuperar, mas a um ritmo muito inferior ao que se imaginava. As projeções para 2017 estão sendo revisadas para baixo e corremos o risco de continuarmos em recessão pelo 3° ano consecutivo, mas acredito que o mais provável é fecharmos com um crescimento de 0,5% no ano que vem. É medíocre, mas é melhor que uma queda de 3% como o estimado para 2016.

― A boa notícia virá do lado da inflação, que deve seguir em declínio, podendo chegar a faixa de 4,5% e 4,8% em 2017. Por outro lado, o desemprego vai continuar alto, já que ele é o último indicador macroeconômico que a se recuperar em uma recessão. A recuperação virá do lado da ocupação da capacidade ociosa. Enquanto o governo está com capacidade ociosa, as empresas não investem. Além disso, não se investe antes de se ter uma razoável convicção de que a recuperação não é episódica, mas um fato permanente que justifique ampliar a capacidade.

― O atual governo elegeu uma agenda correta, que é a fiscal, e tem feito um trabalho para evitar uma consequência desastrosa de todo os erros cometidos pelo PT, que é evitar a insolvência do Estado. Mas as expectativas de retomada econômica foram frustradas não por erro do governo, mas porque é muito difícil fazer estimativa depois de uma catástrofe dessas. Eu tinha uma expectativa de crescimento de 1,5% em 2017 e revi para 0,5%. A frustração pegou todo mundo: os melhores analistas, as melhores casas de investimentos, o governo, a imprensa. Todo mundo errou.

― O governo Temer pode estar cometendo erros de outra natureza, o de comunicação, por exemplo, que não tem sido feita da melhor forma para vender a ideia das reformas. Isso permitiu que se formasse uma oposição
à PEC dos gastos, o que é cínico, porque o PT é o principal responsável por esse desastre do país, é um dos causadores dessa situação de calamidade nas contas públicas e que gerou essa necessidade de limitar os gastos. Ou o Brasil fazia essa limitação ou a catástrofe seria inevitável. Precisávamos parar o trem desgovernado em que o país estava se transformando. Se tivermos uma continuidade em 2018 e elegermos um presidente responsável, o Brasil vai conseguir se recuperar em alguns anos. Há uma grande escassez de líder, mas temos um núcleo razoável de pessoas experientes, que passaram por eleições, que exerceram a carreira política e que podem virar líderes. Claro que é muito difícil fazer projeções, pois ninguém sabe quem sobreviverá à Lava-Jato, mas eu não compro a ideia que tem circulado ultimamente, de que vamos eleger um desconhecido em 2018, um empresário ou alguém de fora do sistema.

― Para eleger-se presidente no Brasil, é preciso reunir 3 fatores: ser um nome nacionalmente conhecido; ter estruturas de diretórios no partido, candidatos a deputado, senador, governador, que trabalhem com ele. E tem que ter tempo de TV, para o que é preciso um partido estruturado, com quantidade expressiva de parlamentares. Do contrário, ocorrerá o que se viu na eleição de Collor, em que as pessoas vão buscar um salvador. Só que a experiência mundial mostra que todo salvador dá errado, porque normalmente se elege alguém sem a capacidade política de gerir um país e é sempre polêmico. Um país que dá certo é aquele dirigido pela classe política. Mas, claro, temos exceções, como o caso dos EUA, mas por condições muito particulares nesse momento, que dificilmente se aplicaria ao caso brasileiro.

A democracia brasileira está consolidada e pode sobreviver às crises. Enquanto as instituições funcionam, as crises são resolvidas, por isso não vejo o risco de haver uma ruptura democrática no Brasil, nem um colapso do sistema político. Acho que a própria crise vai deixar lições e gerar a busca por saídas. No entanto, corremos o risco de eleger aventureiros e demagogos, que prometem mundos e fundos de maneira irresponsável, e isso realmente poderia gerar uma situação inadministrável. Hoje, temos dois exemplos típicos de aventureiros: Ciro Gomes e Jair Bolsonaro. Embora seja um risco pequeno de ocorrer, porque eles não reúnem aquelas 3 questões apontadas acima, eu diria que, para 2018, essa é a grande preocupação.

Temer lidera um governo de transição, e a herança que ele recebeu é terrível. Ele se enfraqueceu em vários episódios (como o envolvimento de seus ministros na Lava Jato). No entanto, é um homem experiente, que tem uma capacidade grande de avaliar suas próprias condições políticas, e é por isso que ele está dizendo que o grande objetivo dele é colocar o País nos trilhos. Eu acho que a PEC do Teto e a Reforma da Previdência podem colocar esse trem de volta nos trilhos. Temer pega o desgaste econômico, mastiga e adota algumas medidas para digerir esses erros, mas uma nova fase começará somente a partir de 2019.

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quinta-feira, 27 de outubro de 2016

MENSURAR É PRECISO

NÃO SE APRESSE EM PERDOAR. A MISERICÓRDIA TAMBÉM CORROMPE.

Não faz muito tempo, “monitor” era um termo usado somente em relação a televisores; “disco”, quando não era de pizza, era a bolacha de vinil que reproduzia música na vitrola; e “memória”, a capacidade do ser humano de guardar (e recordar) lembranças ao longo da vida. Hoje, no entanto, a associação desses vocábulos ao âmbito computacional é imediata: quase todo mundo sabe, por exemplo, que a tela de um monitor é medida pela diagonal e que seu tamanho é expresso em polegadas. Ou que discos ― tanto eletromagnéticos, como os HDs, quanto ópticos, como os CDs e DVDs ― são “dispositivos de armazenamento de dados”, cuja capacidade é expressa em múltiplos de bytes.

Por convenção, o bit e seus múltiplos indicam velocidade ― como na transferência de dados entre dois dispositivos computacionais, por exemplo ―, ao passo que o byte e seus múltiplos expressam tamanho ― de um arquivo, por exemplo ― ou capacidade ― de armazenamento de dados, como nos módulos de memória, discos rígidos, etc.). Entretanto, por estarmos mais habituados com o sistema decimal do que com o binário, costumamos associar o prefixo quilo a 1.000 (1 kg de carne = 1.000 g de carne, por exemplo). Só que esse raciocínio nem sempre se aplica no âmbito da informática: 8 bits (e não 10) formam 1 Byte; 1 kB (kilobyte ou quilobyte) equivale a 1024 bytes (e não a 1000); 1 MB (megabyte) corresponde a 1024 kB, e assim por diante.

Observação: Tanto os múltiplos do bit quanto do byte são representados pelos prefixos Kilo, Mega, Giga, Tera, Peta Exa, Zetta e Yotta, e correspondem, respectivamente, a 210, 220, 230, 240, 250, 260, 270 e 280. Ao abreviar essas grandezas, use sempre o “b” minúsculo para representar o bit e o “B” maiúsculo para representar o byte, e tenha em mente que a abreviação correta do prefixo quilo é “k” (minúsculo), já que “K” (maiúsculo) remete a Kevin (medida de temperatura criada por William Thomson, conhecido como Lord Kelvin).

Amanhã eu conto o resto. Abraços e até lá.

TROCA NO COMANDO DO PT AMEAÇA RACHAR O PARTIDO

O grupo Muda PT ― que reúne as cinco maiores correntes de esquerda do partido ― anunciou que pretende realizar uma série de plenárias em algumas das principais cidades do país, com o objetivo mobilizar militantes descontentes e pressionar a corrente majoritária ― Construindo um Novo Brasil, a não adiar para o ano que vem a renovação da direção petista. Em resposta, a CNB, que se mostra irredutível quanto ao calendário e à forma de escolha da nova direção, divulgou no último sábado um texto onde reitera a defesa da manutenção das eleições diretas. Diante da pior crise da história do partido ― que perdeu a Presidência após 13 anos, sofreu uma das mais significativas derrotas nas eleições municipais e tem alguns de seus principais líderes presos ou na mira da Justiça por acusações de corrupção ―, dirigentes admitem uma nova debandada, agora de parlamentares que receiam não se reeleger devido ao desgaste da legenda (alguns avaliam que metade da bancada petista na Câmara pode deixar o partido).

Uma das poucas esperanças de manutenção da unidade do PT seria Lula aceitar presidi-lo por um ano e comandar sua reconstrução, mas o petralha rejeitou categoricamente essa possibilidade, talvez porque o aperto no cerco promovido pela Lava-Jato tenha calado mais fundo do que ele deixa transparecer, notadamente após Emílio Odebrecht, pai do príncipe das empreiteiras (e hoje presidiário) Marcelo Odebrecht, ter reconhecido que o “amigo” no esquema de propinas da construtora é mesmo Lula ― pelo visto, não há multa bilionária e perspectiva de prisão que não faça amizades serem revistas.

Observação: Você pode conferir no site O Antagonista o saldo que o trio da propina ainda tinha a receber da Odebrecht, mas eu adianto aqui que a cota-parte que tocava ao “amigo” [Lula] era de R$ 23 milhões; ao “italiano” [Palocci], R$ 6 milhões, e ao “Pós-Itália” [Mantega], R$ 50 milhões. Para a Lava-Jato, o trio recebia um percentual sobre os contratos da empreiteira. Os créditos eram depositados no Setor de Operações Estruturadas, em nome de cada um deles, como se fossem contas correntes, das quais eles sacavam de acordo com suas necessidades. Nos últimos dias, o esquema foi confirmado por Emílio Odebrecht e por outros delatores da empresa. Lula lá!
Voltando à novela do PT: Segundo o ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência no governo 

Lula, Gilberto Carvalho, em vez de se digladiarem pelo controle da direção petista, as principais correntes do partido deveriam manter o foco em problemas maiores que o partido enfrenta hoje: “Amanhã o Lula pode ser condenado, pode ser preso, e ter processo de eleição direta ou congresso é o que menos neste momento. Me assusta que o tema dominante esteja sendo este”, disse Carvalho, que é dos petistas mais próximos do molusco abjeto. Para ele, o foco do PT deveria ser a mobilização contra a agenda de reformas do governo Michel Temer.

Carvalho afirma ainda achar inadequado que, em um momento tão grave como o que a sigla está atravessando ― “em que o país está sendo atropelado por medidas do governo Temer” ―, próceres petistas darem mais importância à renovação da direção do que a uma união fundamental da legenda”. Para ele, é preciso “dar força para esta direção ficar de pé porque; quer queira, quer não, esta direção vai levar o partido no mínimo até março ou abril ― seis meses fundamentais para a gente depois deste massacre eleitoral”. Quando nada, o cara mostra que tem os pés no chão e, ao contrário da militância abilolada, reconhece a carraspana que as urnas infligiram ao PT.

Com informações de O Estado de S. Paulo.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

CUIDADOS NA HORA DE ESCOLHER UM SMARTPHONE (continuação)

A DEMOCRACIA PERMITE QUE CRIATURAS ABOMINÁVEIS CONQUISTEM O PODER. 

Além de escolher um aparelho com sistema operacional atual ― assunto da postagem anterior ―, é preciso atentar para as memórias, tanto a RAM quanto a memória INTERNA.

Vale relembrar que a RAM é a memória física (ou de trabalho) do aparelho, onde, da mesma forma que no PC convencional, o sistema, os aplicativos e os arquivos em execução são carregados temporariamente (para saber mais acesse a trinca de postagens sobre travamentos que eu publiquei recentemente, começando por esta aqui).

A maioria dos smartphones atuais integra 1 GB de RAM ― o que é o mínimo exigível indispensável ―, mas alguns modelos de baixo custo trazem míseros 512 MB, que não dão nem para o começo. Portanto, fuja deles, ou prepare-se para amargar uma incomodativa lentidão (ou mesmo travamentos constantes) ao rodar múltiplos aplicativos simultaneamente. Além disso, pouca memória inviabiliza um eventual upgrade de sistema, pois o Android 4.1 e edições posteriores são bastante gulosas nesse quesito. Então, antes de sacar seu poderoso cartão de crédito, confira as especificações técnicas na documentação do aparelho ou no site fabricante; ainda que o Código de Defesa do Consumidor autorize a devolução de um produto qualquer, sem maiores explicações, no prazo de até 7 dias, os lojistas costumam dar uma canseira danada nos “arrependidos”.    

Também como já foi explicado na sequência retro citada, a memória interna do smartphone corresponde ao HD do PC, pois é nela que são armazenados de maneira “persistente” o sistema operacional, os apps e os arquivos (fotos, vídeos e músicas). Quanto menos espaço livre houver, mais rápido ele vai “lotar”. É para piorar, os fabricantes costumam informar a quantidade “total” do chip de memória, a despeite de boa parte dela já vir ocupada pelo software pré-carregado (em um aparelho com 4 GB, você terá cerca de 2 GB livres), e, também como eu já detalhei alhures, nem todos os modelos trazem um slot para SD Card, e mesmo os que trazem quase nunca permitem transferir para ele a maioria dos aplicativos ― na melhor das hipóteses, você poderá configurar o carão como local padrão para salvar vídeos, fotos, músicas e demais arquivos que criar, e olhe lá.

Outro detalhe a ser examinado com atenção é o sensor da câmera. Mesmo que você não pretenda tirar fotos e gravar vídeos com qualidade profissional (para isso existem as câmeras dedicadas), convém escolher modelos de, pelo menos, 8 MP (ainda que a resolução não seja o único fator determinante da qualidade da câmera, 5 MP é o mínimo aceitável). Outros recursos bem vindos são o FLASH e a câmera frontal, útil tanto para as indefectíveis “selfies” quanto em videoconferências).

Igualmente importante é você adquirir seu aparelho em lojas regularmente estabelecidas e mediante nota fiscal (sem o que você não poderá acionar a garantia em caso de necessidade). Ainda que o preço seja tentador, modelos “idênticos” vendidos nos “melhores camelódromos do ramo” não passam de cópias baratas, que geralmente não cumprem o que prometem, embora sejam difíceis de identificar à primeira vista (na imagem que ilustra esta postagem, a embalagem da esquerda é a original). E você não terá como reclamar se a tela sensível ao toque deixar de funcionar ao cabo de alguns dias, por exemplo, ou se a carga da bateria não durar mais do que umas poucas horas.

Por último, mas não menos importante, comprar um aparelho no exterior (ou adquiri-lo em sites “duvidosos”) nem sempre é uma boa ideia. Há casos em que a frequência de operação do telefone não é compatível com as nossas operadoras, ou então a garantia é limitada ao país de origem ― mesmo que haja representação da marca em solo tupiniquim. Isso sem mencionar que você pode ficar sem ele ao passar pela aduana, ou ser obrigado a pagar taxas escorchantes para entrar com ele no Brasil, o que pode tornar o molho mais caro do que o peixe.

E como hoje é sexta-feira:






Tenham todos um ótimo final de semana.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

SMARTPHONES, TRAVAMENTOS E AFINS (CONCLUSÃO)



SE A TODOS FOSSE DADO O PODER MÁGICO DE LER NOS PENSAMENTOS DOS OUTROS, SUPONHO QUE O PRIMEIRO RESULTADO SERIA O DESAPARECIMENTO DE TODA A AMIZADE.

Conforme eu dizia na abertura desta sequência, lentidão, travamentos e reinicializações aleatórias em smartphones costumam decorrer de falta de memória, tanto física (RAM) quando interna (de massa). Se seu aparelho suporta SD Cards, já é meio caminho andado (mais detalhes no post anterior), pois geralmente é possível (e fácil) configurar o cartão como local padrão de armazenamento ― no caso de vídeos e fotos, por exemplo, que são consumidores vorazes de espaço, basta abrir o aplicativo de câmera, ir em configurações > armazenamento e selecionar algo como SD externo ou Cartão de memória SD.

Não havendo suporte a cartão, de duas, uma: ou você recorre ao armazenamento na nuvem, ou descarrega no PC, de tempos em tempos, seus vídeos, fotos e demais arquivos volumosos. No primeiro caso, é bom saber que a maioria dos aplicativos de armazenamento na nuvem disponibiliza o backup automático de fotos e vídeos. É só instalar o aplicativo e ativar, nas configurações, a opção “armazenamento/backup automático de fotos e vídeos”.

Observação: Libere memória apagando ou movendo para o computador ou para um disco virtual seus livros, vídeos, aplicativos, wallpapers, imagens, mensagens velhas, contatos, músicas e arquivos que não estão em uso há muito tempo, e torne a importa-los sempre que necessário.

Quanto à memória RAM, não há muito o que fazer ― a não ser na hora da compra do aparelho, quando se deve escolher um modelo que não seja muito miserável nesse quesito. Boas opções são o Sony Xperia Z3 (3GB) e o Samsung Galaxy S6 Edge (4GB), por exemplo. Se a grana não der para tanto, ao menos fuja de qualquer modelo com menos de 1GB e evite instalar apps que funcionam o tempo todo, como widgets e assemelhados, ou mesmo o antivírus, caso você não acesse regularmente a internet nem tenha o hábito de transferir para seu aparelho arquivos de origem duvidosa via Bluetooth

Vale também encerrar todos os programas desnecessários que você não conseguir desinstalar ― ainda que alguns deles insistam teimosamente em reabrir logo em seguida. E se você usa muito a internet, não deixe de apagar o cache do navegador ― que, como no PC, armazena informações das páginas visitadas para reabri-las mais rapidamente, mesmo que você não tencione revisitá-las no curto ou no médio prazo.

Veja ainda se você não tem contatos duplicados na sua agenda. Isso pode ser feito através da conta do Google associada ao seu smartphone (Android, naturalmente), acessando o site Contacts e clicando na opção Encontrar duplicatas ― toque em Configurações, vá em armazenamento, toque em apps, deslize para o lado e toque no botão que abre o menu de opções do Android. Selecione “organizar aplicativos por tamanho”, toque nos aplicativos desejados e em limpar dados e limpar cache.

No iPhone e iPad, tanto para deletar o cache quanto para deletar o aplicativo, toque e segure sobre cada programinha na tela inicial. Quando ela tremer, toque no X ao lado do aplicativo que ocupa muito espaço, para deletá-lo. Se, mais adiante, você quiser reinstalar o aplicativo, basta fazê-lo a partir da App Store.

Era isso, pessoal. Numa das próximas postagens, a gente volta a esse assunto com informações complementares. Abraços e até mais ler.