sexta-feira, 22 de julho de 2016

CUIDADOS NA HORA DE ESCOLHER UM SMARTPHONE (continuação)

A DEMOCRACIA PERMITE QUE CRIATURAS ABOMINÁVEIS CONQUISTEM O PODER. 

Além de escolher um aparelho com sistema operacional atual ― assunto da postagem anterior ―, é preciso atentar para as memórias, tanto a RAM quanto a memória INTERNA.

Vale relembrar que a RAM é a memória física (ou de trabalho) do aparelho, onde, da mesma forma que no PC convencional, o sistema, os aplicativos e os arquivos em execução são carregados temporariamente (para saber mais acesse a trinca de postagens sobre travamentos que eu publiquei recentemente, começando por esta aqui).

A maioria dos smartphones atuais integra 1 GB de RAM ― o que é o mínimo exigível indispensável ―, mas alguns modelos de baixo custo trazem míseros 512 MB, que não dão nem para o começo. Portanto, fuja deles, ou prepare-se para amargar uma incomodativa lentidão (ou mesmo travamentos constantes) ao rodar múltiplos aplicativos simultaneamente. Além disso, pouca memória inviabiliza um eventual upgrade de sistema, pois o Android 4.1 e edições posteriores são bastante gulosas nesse quesito. Então, antes de sacar seu poderoso cartão de crédito, confira as especificações técnicas na documentação do aparelho ou no site fabricante; ainda que o Código de Defesa do Consumidor autorize a devolução de um produto qualquer, sem maiores explicações, no prazo de até 7 dias, os lojistas costumam dar uma canseira danada nos “arrependidos”.    

Também como já foi explicado na sequência retro citada, a memória interna do smartphone corresponde ao HD do PC, pois é nela que são armazenados de maneira “persistente” o sistema operacional, os apps e os arquivos (fotos, vídeos e músicas). Quanto menos espaço livre houver, mais rápido ele vai “lotar”. É para piorar, os fabricantes costumam informar a quantidade “total” do chip de memória, a despeite de boa parte dela já vir ocupada pelo software pré-carregado (em um aparelho com 4 GB, você terá cerca de 2 GB livres), e, também como eu já detalhei alhures, nem todos os modelos trazem um slot para SD Card, e mesmo os que trazem quase nunca permitem transferir para ele a maioria dos aplicativos ― na melhor das hipóteses, você poderá configurar o carão como local padrão para salvar vídeos, fotos, músicas e demais arquivos que criar, e olhe lá.

Outro detalhe a ser examinado com atenção é o sensor da câmera. Mesmo que você não pretenda tirar fotos e gravar vídeos com qualidade profissional (para isso existem as câmeras dedicadas), convém escolher modelos de, pelo menos, 8 MP (ainda que a resolução não seja o único fator determinante da qualidade da câmera, 5 MP é o mínimo aceitável). Outros recursos bem vindos são o FLASH e a câmera frontal, útil tanto para as indefectíveis “selfies” quanto em videoconferências).

Igualmente importante é você adquirir seu aparelho em lojas regularmente estabelecidas e mediante nota fiscal (sem o que você não poderá acionar a garantia em caso de necessidade). Ainda que o preço seja tentador, modelos “idênticos” vendidos nos “melhores camelódromos do ramo” não passam de cópias baratas, que geralmente não cumprem o que prometem, embora sejam difíceis de identificar à primeira vista (na imagem que ilustra esta postagem, a embalagem da esquerda é a original). E você não terá como reclamar se a tela sensível ao toque deixar de funcionar ao cabo de alguns dias, por exemplo, ou se a carga da bateria não durar mais do que umas poucas horas.

Por último, mas não menos importante, comprar um aparelho no exterior (ou adquiri-lo em sites “duvidosos”) nem sempre é uma boa ideia. Há casos em que a frequência de operação do telefone não é compatível com as nossas operadoras, ou então a garantia é limitada ao país de origem ― mesmo que haja representação da marca em solo tupiniquim. Isso sem mencionar que você pode ficar sem ele ao passar pela aduana, ou ser obrigado a pagar taxas escorchantes para entrar com ele no Brasil, o que pode tornar o molho mais caro do que o peixe.

E como hoje é sexta-feira:






Tenham todos um ótimo final de semana.