A DEMOCRACIA
PERMITE QUE CRIATURAS ABOMINÁVEIS CONQUISTEM O PODER.
Além de escolher um aparelho com sistema
operacional atual ― assunto da postagem anterior ―, é preciso atentar para as memórias,
tanto a RAM quanto a memória INTERNA.
Vale relembrar que a RAM é a memória
física (ou de trabalho) do aparelho, onde, da mesma forma que no PC
convencional, o sistema, os aplicativos e os arquivos em execução são
carregados temporariamente (para saber mais acesse a trinca de postagens sobre
travamentos que eu publiquei recentemente, começando por esta
aqui).
A maioria dos smartphones atuais integra 1
GB de RAM ― o que é o mínimo exigível indispensável ―, mas alguns modelos
de baixo custo trazem míseros 512 MB, que não dão nem para o começo.
Portanto, fuja deles, ou prepare-se para amargar uma incomodativa lentidão (ou
mesmo travamentos constantes) ao rodar múltiplos aplicativos simultaneamente.
Além disso, pouca memória inviabiliza um eventual upgrade de sistema, pois o Android
4.1 e edições posteriores são bastante gulosas nesse quesito. Então, antes
de sacar seu poderoso cartão de crédito, confira as especificações técnicas na
documentação do aparelho ou no site fabricante; ainda que o Código de Defesa
do Consumidor autorize a devolução de um produto qualquer, sem maiores
explicações, no prazo de até 7 dias, os lojistas costumam dar uma
canseira danada nos “arrependidos”.
Também como já foi explicado na sequência
retro citada, a memória interna do smartphone corresponde ao HD do PC,
pois é nela que são armazenados de maneira “persistente” o sistema
operacional, os apps e os arquivos (fotos, vídeos e músicas). Quanto menos
espaço livre houver, mais rápido ele vai “lotar”. É para piorar, os fabricantes
costumam informar a quantidade “total” do chip de memória, a despeite de boa
parte dela já vir ocupada pelo software pré-carregado (em um aparelho com 4 GB, você terá cerca de 2 GB livres), e, também como eu já
detalhei alhures, nem todos os modelos trazem um slot para SD Card, e mesmo os que trazem quase nunca permitem transferir para
ele a maioria dos aplicativos ― na melhor das hipóteses, você poderá configurar
o carão como local padrão para salvar vídeos, fotos, músicas e demais arquivos
que criar, e olhe lá.
Outro
detalhe a ser examinado com atenção é o sensor da câmera. Mesmo que você não
pretenda tirar fotos e gravar vídeos com qualidade profissional (para isso
existem as câmeras dedicadas), convém escolher modelos de, pelo menos, 8 MP (ainda que a resolução não seja o
único fator determinante da qualidade da câmera, 5 MP é o mínimo aceitável). Outros recursos bem vindos são o
FLASH e a câmera frontal, útil tanto para as indefectíveis “selfies” quanto em videoconferências).
Igualmente
importante é você adquirir seu aparelho em lojas
regularmente estabelecidas e mediante nota
fiscal (sem o que você não poderá acionar a garantia em caso de
necessidade). Ainda que o preço seja tentador, modelos “idênticos” vendidos nos
“melhores camelódromos do ramo” não passam de cópias baratas, que geralmente
não cumprem o que prometem, embora sejam difíceis de identificar à primeira
vista (na imagem que ilustra esta postagem, a embalagem da esquerda é a
original). E você não terá como reclamar se a tela sensível ao toque deixar de
funcionar ao cabo de alguns dias, por exemplo, ou se a carga da bateria não durar
mais do que umas poucas horas.
Por último,
mas não menos importante, comprar um aparelho no exterior (ou adquiri-lo em
sites “duvidosos”) nem sempre é uma boa ideia. Há casos em que a frequência de
operação do telefone não é compatível com as nossas operadoras, ou então a
garantia é limitada ao país de origem ― mesmo que haja representação da marca
em solo tupiniquim. Isso sem mencionar que você pode ficar sem ele ao passar
pela aduana, ou ser obrigado a pagar taxas escorchantes para entrar com ele no
Brasil, o que pode tornar o molho mais caro do que o peixe.
E como hoje é sexta-feira:
E como hoje é sexta-feira:
Tenham todos um ótimo final de semana.