sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

DE VOLTA À MEMÓRIA RAM — PARTE 3


LEIS INÚTEIS DEBILITAM AS NECESSÁRIAS.

Como vimos, o Windows 10 é capaz de rodar em máquinas com 1 GB de memória RAM — na versão de 32-bit; a de 64-bit requer pelo menos 2 GB —, mas a experiência do usuário será bem mais satisfatória se o computador contar com algo entre 4 GB e 8 GB de RAM.

No âmbito da informática, o termo "memória" designa qualquer meio destinado ao armazenamento de dados, e o PC utiliza uma porção deles (volto a essa questão oportunamente). Todavia, sempre que falamos em memória sem especificar o tipo, fica subentendido que estamos nos referindo à RAM, que é a memória física do sistema e principal ferramenta de trabalho do processador.

Observação: RAM é o acrônimo de Random Access Memory, o que significa “memória de acesso aleatório”. Trata-se de um tipo de memória volátil ou seja, que só retém os dados enquanto permanecer energizada (daí o boot precisar ser refeito toda vez que ligamos o computador) , mas que permite acessar qualquer dos seus endereços aleatoriamente, o que lhe confere tempos de resposta e taxas de transferência que deixam os drives de HDD eletromecânicos no chinelo. Tanto o sistema operacional quanto os aplicativos e demais arquivos são carregados na RAM a partir da memória de massa (HDD ou SSD, conforme o caso), onde os dados são armazenados de forma persistente, e para lá retornam depois que os manipulamos, de modo a preservar as alterações a que foram submetidos durante a sessão do Windows.

A RAM é comercializada em pentes (ou módulos) compostos por chips soldados numa placa de circuito. Diversas tecnologias foram criadas desde o alvorecer da informática (FPM, EDO, SDR, RAMBUS, DDR, DDR2, DDR3 e DDR4) e disponibilizadas em módulos de vários formatos (SIMM, DIMM, RIMM, etc.). O padrão atual é o DDR4, lançado em 2014, cujos módulos têm 240 pinos, mas o DDR5, que promete ser duas vezes mais rápido, deve chegar ao mercado já no ano que vem.

Observação: Ao comprar memória avulsa (para fazer um upgrade), é recomendável remover um módulo do computador e levá-lo à loja para servir de modelo. Igualmente importante é atentar para as limitações impostas pela placa-mãe; às vezes o PC vem com um único pente, mas dispõe de dois ou mais slots, o que facilita o upgrade. Demais disso, há que levar em conta também o “dual channel”, que dobra a velocidade de transferência dos dados entre a RAM e a placa-mãe, lembrando que isso só funciona com dois módulos idênticos. Em sendo possível, prefira utilizar dois ou mais módulos que concentrar toda a memória num único pente. Assim, se um deles der problema, seu computador continuará a funcionar, mesmo que com perda de desempenho, até que você substitua a peça defeituosa.
  
Para saber de quanta memória seu PC dispõe, dê um clique direito num espaço vazio da Barra de Tarefas, clique em Gerenciador de Tarefas e, em seguida, na aba Desempenho da janela do gerenciador. Ela exibirá não só o total de memória instalada e o percentual livre, mas também o consumo em tempo real.

Se você instalou o excelente Advanced System Care, da IObit, clique no menu Opções (representado pelas três barrinhas no canto superior esquerdo da tela), depois em Configurações, e então marque a opção Ativar Monitor de Desempenho e carregar na inicialização do Windows. Com o monitor visível na área de trabalho, você poderá acompanhar em tempo real o consumo de memória (bem como o uso da CPU e o acesso ao HDD) e liberar RAM sempre que desejar, bastando clicar no ícone do foguetinho.

Ao serem encerrados, os aplicativos deveriam liberar a memória que alocavam quando em execução, mas alguns não o fazem, o que pode ser um problema quando se dispõe de pouca RAM. Claro que basta reiniciar a máquina — ou mesmo sair do Windows e tornar a se logar em seguida — para limpara a RAM, mas clicar no foguetinho é mais simples e rápido.

Veremos na próxima postagem alguns programinhas que se propõem a melhorar o desempenho do sistema gerenciando o uso da RAM e liberando espaço sempre que necessário.