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sexta-feira, 18 de outubro de 2019

CONHEÇA MELHOR SEU PC — PARTE III


OS SONHOS SÃO A FORMA COMO TOCAMOS O MUNDO INVISÍVEL.

Hoje em dia, qualquer PC de mesa ou portátil oferece um latifúndio de espaço em disco (ou memória de massa), mas isso não deve estimular o usuário a esgotá-lo no menor tempo possível. Até porque, para trabalhar com folga, o Windows precisa de pelo menos 20% de espaço livre na unidade em que se encontra instalado. 

Instalar freewares inúteis simplesmente porque você não paga por eles (na verdade, quando não pagamos por um produto é porque o produto somos nós) não é boa política: não bastasse o espaço que eles ocupam e os recursos que alocam (a maioria pega carona com a inicialização do sistema e roda em segundo plano durante toda a sessão do Windows), alguns ainda embutem códigos maliciosos (geralmente spyware). Portanto, a regra é: menos é mais. Quanto menos inutilitários você instalar, menos processos serão executados nos bastidores e menor será o risco de conflitos, instabilidades, lentidão e, em situações extremas, travamento do sistema.

Muita gente ainda confunde memória com espaço em disco. Ambos são "memória", é verdade. Aliás, computadores usam memória de diversos tipos — RAM, Cache, Flash etc. No entanto, quando falamos simplesmente "memória", estamos nos referindo à RAM, que é a memória física do sistema, onde os programas são carregados e as informações, processadas (desde o próprio sistema operacional até um simples documento de texto). 

Nenhum dispositivo computacional atual, de um grande mainframe a uma simples calculadora de bolso, funciona sem uma quantidade mínima de RAM. A questão é que o gigabyte de RAM custa bem mais caro que o gigabyte de memória massa (leia-se espaço no HDD). Assim, máquinas de entrada de linha que oferecem entre 500 GB e 1 TB de espaço no disco costumam trazer míseros 2 ou 3 GB de RAM, quando a quantidade recomendável para os padrões atuais seja de 8 GB

Sem memória física suficiente, o processador desperdiça ciclos e mais ciclos de processamento enquanto espera pelos dados armazenados na memória virtual, que é baseada no HDD e, portanto, milhares e milhares de vezes mais lenta que a já relativamente lenta memória RAM.

Explicando melhor: Até o lançamento do Win95, o MS-DOS era o sistema operacional propriamente dito, e uma de seus maiores inconvenientes era ser monotarefa. Ainda que o Windows se valesse de alguns artifícios para burlar essa limitação, era impossível, por exemplo, o usuário mandar um documento de texto para a impressora e usar a calculadora enquanto a impressão não terminasse. 

O "pulo do gato" da Microsoft (como é considerado o lançamento do Win95) trouxe a multitarefa, e com ela os problemas de falta de memória física. Mas nem tudo são flores nesse jardim. Quando executamos um processador de textos, um editor de imagens, um navegador da Internet e um cliente de e-mail, por exemplo, e nosso antivírus resolve fazer uma varredura em segundo plano, a quantidade de RAM disponível pode ser insuficiente para atender toda essa demanda. 

Vale lembrar que, quando convocamos um app qualquer, a CPU copia para a RAM (a partir da unidade de armazenamento persistente, ou seja, do HDD ou SSD) os respectivos executáveis, DLLs (bibliotecas de ligação dinâmica), arquivos de dados, etc. (se os programas fossem copiados inteiros, não haveria memória física que bastasse). Para evitar as irritantes mensagens de "memória insuficiente" — que eram comuns nas edições vetustas do Windows —, a Intel criou a "memória virtual" (ou swap file, ou arquivo de troca). Mas é preciso ter em mente que se trata de um mero paliativo. A regra é clara: Falta de memória se resolve instalando mais memória, O resto é conversa mole para boi dormir (embora o ReadyBoost possa ajudar em alguns casos).

Continua no próximo capítulo.

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

AINDA SOBRE A EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA

QUEM VIVE DE ESPERANÇA MORRE DE FOME.

Computadores são formados por dois subsistemas distintos, mas interdependentes: o hardware e o software. O primeiro é tudo aquilo que a gente chuta, e o segundo, o que a gente só pode xingar. Ou, numa definição mais elaborada: o hardware compreende os componentes físicos do aparelho — gabinete, processador, placas de sistema e de expansão, monitor etc. —, e o software, o sistema operacional, aplicativos, utilitários, enfim, àquilo que, no léxico da informática, se convencionou chamar de "programas" (conjuntos de instruções em linguagem de máquina que descrevem uma tarefa a ser realizada pelo computador, e podem referenciar tanto o código fonte, escrito em alguma linguagem de programação, quanto o arquivo executável que contém esse código).  

Combinada com a evolução tecnológica, a interdependência entre o hardware e o software origina um círculo vicioso (ou virtuoso). Componentes cada vez mais poderosos estimulam o desenvolvimento de programas ainda mais exigentes, e estes, cada vez mais capacidade de processamento, espaço em disco e na memória RAM, levando a indústria do hardware a robustecer ainda mais seus produtos — eis a razão pela qual PCs de última geração se tornam ultrapassados em questão de meses e obsoletos em dois ou três anos.

Devido à arquitetura modular, os "micros" das primeiras safras eram vendidos em kit, cabendo aos usuários montá-los ou recorrer a integradores especializados (Computer Guy). Operá-los também não era tarefa fácil, sobretudo quando não havia disco rígido nem sistema operacional (cada tarefa exigia que os comandos fossem introduzidos manualmente via teclado). Mais adiante, os programas seriam gravados em fita magnética (como as populares cassete que a gente usava antigamente para gravar e ouvir música) e depois em disquinhos magnéticos finos e flexíveis, conhecidos como disquete ou Floppy Disk.

Observação: A título de curiosidade, meu primeiro 286, além de uma winchester com capacidade para armazenar umas poucas centenas de megabytes, contava com um drive para disquetes de 5 ¼” e dois para modelos de 3 ½”, o que facilitava sobremaneira a cópia de arquivos e de programas — como os inevitáveis joguinhos, que se tornariam o principal meio de disseminação dos ainda incipientes vírus eletrônicos, e estes, o mote dos meus primeiros escritos sobre informática e segurança digital. Mas isso já é outra conversa.

Foi também graças à evolução tecnológica que o custo do megabyte baixou de assustadores US$ 200 para alguns centavos, permitindo que os HDDs, que levaram décadas para quebrar a barreira do gigabyte, se tornassem verdadeiros latifúndios. Hoje em dia, qualquer desktop ou notebook de configuração chinfrim conta com algo entre 500 GB e 1 TB de espaço em disco.

É importante não confundir espaço em disco com memória RAM. No jargão da informática, "memória" remete a qualquer meio destinado ao armazenamento de dados, mas, por convenção, sempre que falamos "genericamente" em memória estamos nos referindo à RAM, que é a memória física do computador e principal ferramenta de trabalho do processador. É nela que o sistema, aplicativos e demais arquivos são carregados — a partir do HDD, SSD ou outro dispositivo de armazenamento persistente — para serem processados/editados. Claro que eles não são carregados integralmente (ou não haveria RAM que bastasse), mas divididos em páginas (pedaços do mesmo tamanho) ou em segmentos (pedaços de tamanhos diferentes). Além das memórias física (RAM) e de massa (discos rígidos e drives de memória sólida), o computador utiliza outras tecnologias com finalidades específicas, como as memórias ROM, de vídeo, cache, flash etc., mas isso já é outra conversa.

Criado pela Sony no final dos anos 1960 e lançado comercialmente em 1971, o disquete embarcou na crescente popularização dos PCs e se tornou a solução primária para armazenamento externo e transporte de arquivos digitais. Mas nem tudo eram flores: além de oferecerem espaço miserável, os disquinhos eram frágeis e emboloravam e desmagnetizavam com facilidade. Os primeiros modelos, de 8 polegadas (cerca de 20 cm), comportavam míseros 8 KB. Nos de 5 ¼ polegadas, a capacidade inicial de 160 KB chegou a 1,2 MB em 1984, quando eles deixaram de ser produzidos. As versões de 3 ½ polegadas foram extremamente populares, a despeito de sua capacidade medíocre (1,44 MB). Versões de 2,88 MB e 5,76 MB chegaram a ser lançadas, mas por alguma razão não se popularizaram.

Observação: Considerando que seriam necessários cerca de 700 disquetes de 1.44 MB para armazenar 1 GB de dados, para gravar nesse tipo de mídia os arquivos de instalação do Win7 seriam necessários 11.000 disquinhos (que formariam uma pilha da altura de um edifício de 9 andares).

Com o advento das mídias ópticas (CD, DVD e Blu-ray), os disquetes se tornaram "coisa do passado". Mesmo assim, a Sony a fabricá-los até 2011, quando finalmente jogou a toalha. Deveria tê-lo feito bem antes: a virada do século trouxe o pendrive e, mais adiante, o HD externo  dispositivos de memória flash com interface USB que oferecem latifúndios de espaço. Somados aos drives virtuais (armazenamento em nuvem), essas tecnologias levaram os fabricantes de PC, que já tinham excluídos o drive de disquete de suas planilhas de custo, a eliminar também o drive de mídia óptica.

O resto fica para o próximo capítulo.

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

COMO AUTOMATIZAR O DESLIGAMENTO DO PC E ALGUMAS NOÇÕES SOBRE A EVOLUÇÃO DO COMPUTADOR, OS PADRÕES AT, ATX E DISPOSITIVOS DE ARMAZENAMENTO DE DADOS.


IDEOLOGIA MATA. BURRICE TAMBÉM.

As sutilezas do desligamento do computador foram assunto das últimas 3 postagens. Minha ideia era explicar na de hoje como configurar o Windows para automatizar esse processo, que só se tornou possível depois que o padrão ATX para placas de sistema, gabinetes e fontes de alimentação aposentou o obsoleto AT e introduziu o conceito de fonte inteligente, permitindo o desligamento do aparelho por software — isto é, sem que seja preciso mudar o Power Switch (botão liga/desliga) da posição ligado para desligado depois de o Windows ser finalizado. No entanto, achei por bem tecer algumas considerações conceituais, que eu convido o caro leitor a acompanhar.

Anos-luz de evolução tecnológica separam os desktops e notebooks atuais dos primeiros PCs. Quem trabalhou com os pré-históricos 286, 386 e 486 das décadas de 80/90 mal lhes reconhece o DNA, sobretudo nos smartphones, que são comandados por um sistema operacional, acessam a Internet e rodam aplicativos, o que os torna computadores pessoais ultraportáteis. Raras vezes paramos para pensar nisso, mas, quando o fazemos, custa acreditar que os monstruosos "cérebros eletrônicos dos anos 1950, que ocupavam prédios inteiros e tinham menos poder de processamento que uma calculadora de bolso xing ling atual, diminuíram de tamanho a ponto de caber no bolso ou na bolsa. Isso sem mencionar que seus recursos crescerem em progressão geométrica.

Em meados dos anos 1960, Gordon Moore, um dos fundadores da Intel, profetizou que o número de transistores dos chips dobraria a cada 18 meses sem que isso aumentasse o custo de produção. Já o primeiro HDD (drive de disco rígido) de que se tem notícia, construído pela IBM em 1956, era uma monstruosidade composta de 50 pratos de 24 polegadas de diâmetro, que apesar de ter o tamanho de uma geladeira doméstica e pesar mais de uma tonelada, armazenava míseros 4.36 MB (espaço que mal dá para armazenar uma faixa musical no formato .MP3) e custava mais de US$ 30 mil dólares.

Ao longo das últimas três décadas, o custo do gigabyte de armazenamento despencou de US$ 100 mil para apenas alguns centavos. O tamanho do hardware também diminuiu: em 2005, 0 Toshiba MK2001MTN entrou para o Guinness como "o menor HD do mundo", com capacidade de 2 GB e discos de menos de 2 cm de diâmetro — no ano seguinte, quando ele começou a ser produzido em escala comercial, sua capacidade já havia dobrado. Mais adiante, os pendrives (dispositivos de armazenamento removíveis baseados em memória flash) aposentaram os obsoletos floppy disks (discos flexíveis, mais conhecidos como disquetes) e os SSD prometeram fazer o mesmo como os drives de HD eletromecânicos — se ainda não o fizeram, é porque o preço dos modelos de altas capacidades continua proibitivo. O primeiro disco de estado sólido foi desenvolvido em 1976, mas a tecnologia só começaria a se popularizar mais de 3 décadas depois. Em 2006, a coreana Samsung lançou sua primeira unidade de 2.5 polegadas e 32 GB de capacidade, que podia substituir diretamente o HDD em notebooks, sendo seguida pela norte-americana SanDisk, que lançou um produto semelhante cerca de um ano depois.

Rápidos e silenciosos, esses dispositivos são sopa no mel para quem não se incomoda em pagar mais para ter o que há de melhor: enquanto um drive eletromecânico de 7.200 RPM lê dados a 200 megabits por segundo, modelos de memória sólida podem alcançar taxas de leitura de 550 Mbps ou mais, reduzindo à metade o tempo de carregamento do sistema e dos aplicativos. Demais disso, por não possuírem partes móveis, modelos SSD são menos sujeitos a danos decorrentes de quedas acidentais ou vibrações e não precisam de manutenção frequente — desfragmentação, algo comum em HDs com sistema operacional Windows, não são necessários e podem até prejudicar o drive sólido.

Substituir um HD de 1 TB por um SSD de igual capacidade pode custar mais do que um computador de configuração mediana. Uma alternativa é comprar SSD com algumas dezenas de gigabytes de espaço e instalar nele somente o sistema e os aplicativos mais usados. Outra opção é recorrer a um drive híbrido, que alia o melhor dos dois mundos com uma parte em memória flash e outra que funciona como um disco rígido comum. A vantagem é aliar a velocidade do SSD à grande capacidade de armazenamento do HDD convencional. Modelos com 128 GB em memória sólida e 1 TB em discos magnéticos já são encontrados por menos de R$ 1 mil. Antes de sacar seu poderoso cartão de crédito, assegure-se de que o tamanho do novo drive é compatível com o gabinete do seu desktop ou notebook, bem como se o formato do SSD ou do drive híbrido é suportado pela placa-mãe.

O resto fica para a próxima postagem.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

DE VOLTA À MEMÓRIA RAM — PARTE 5


LULA É COMO UMA MELECA QUE A GENTE NÃO CONSEGUE DESGRUDAR DO DEDO.

Usuários de computador menos familiarizados com hardware tendem a confundir a capacidade do HDD com o tamanho da RAM, já que a unidade de medida utilizada em ambos os casos é um múltiplo do byte (MB, GB, TB). Isso porque tudo é memória — termo que, no jargão da informática, designa qualquer meio destinado ao armazenamento de dados —, a exemplo dos pendrives e SD Cards, das mídias ópticas (CD/DVD), etc.

Um PC utiliza memórias de diversas tecnologias e finalidades distintas. A ROM, por exemplo, é uma espécie de RAM não volátil, daí ela ser usada no armazenamento permanente de dados (como no BIOS). Ou a memória cache*, que também é um tipo de RAM, só que estática (e ultrarrápida), o que a torna ideal para o armazenamento de dados acessados com maior frequência (visando otimizar o desempenho do sistema como um todo.

(*) Quando falamos em memória cache, logo nos vem à mente o processador, que se vale dessa tecnologia desde os jurássicos 386.Inicialmente formado por chips soldados à placa mãe, a partir dos 486 o cache passou a ser embutido (sempre em pequenas quantidades, devido ao preço elevado) no núcleo da CPU, dando origem à distinção entre os caches L1 L2 (este último continuava fazendo parte da placa mãe). Alguns chips da AMD, como o K6-III, incluíam ainda um terceiro nível de cache (L3), mas, por motivos que ora não vêm ao caso, essa solução não se popularizou. Mais adiante, o cache passou a ser usado também em HDsservidoresplacas de sistema, e até mesmo em softwares.

Há ainda a memória de vídeo, as mídias removíveis, e por aí vai, mas o mote desta postagem são as memórias física e de massa do computador, representadas respectivamente pela RAM e pelo drive de HD — que será substituído pelo de memória sólida (SSD) assim que os modelos de grandes capacidades forem comercializados a preços palatáveis (para mais informações, clique aqui).

Sempre que falamos “genericamente” em memória, estamos nos referindo à RAM, que é a memória física do computador e a principal ferramenta de trabalho do processador. É nela que o sistema, os aplicativos e os demais arquivos são carregados e processados — note que eles não são carregados integralmente, mas divididos em páginas (pedaços do mesmo tamanho) ou segmentos (pedaços de tamanhos diferentes), do contrário não haveria RAM que bastasse. E se são carregados na RAM, eles provém de algum outro lugar, e esse lugar é a memória de massa, responsável por armazenar o software de modo “persistente” — não confundir com “permanente”; embora os dados salvos na memória de massa sobrevivam ao desligamento do computador, eles não são imutáveis.

Explicando melhor: Quando rodamos um programa, seus executáveis são copiados do disco rígido para a memória RAM, juntamente com algumas DLLs e os arquivos de dados com os quais vamos trabalhar. A RAM é uma memória de acesso aleatório, o que a torna milhares de vezes mais rápida que o drive de disco rígido (embora não tão mais rápida que os SSD, mas isso já é outra conversa). O grande “problema” da RAM, por assim dizer, é sua volatilidade, ou seja, o fato de ela só preservar os dados enquanto estiver energizada. Além disso, o megabyte de RAM custa bem mais do que o megabyte de espaço no HDD, daí os fabricantes de PC serem miseráveis com a RAM (somente modelos de configuração superior e preço idem contam com desejáveis 8 GB dessa memória), mas integrarem HDDs de 500 GB a 1 TB mesmo nos modelos de entrada de linha (leia-se mais baratos)

Voltando aos drives de memória sólida (SSD na sigla em inglês), eles ainda não aposentaram seus antecessores eletromecânicos porque unidades de grande capacidade custam muito caro. Mas as vantagens são muitas. Por eles serem compostos basicamente de células de memória flash e uma controladora — que gerencia o cache de leitura e gravação dos dados, criptografa informações, mapeia trechos defeituosos da memória, etc. —, a ausência de motor, pratos, braços, agulhas eletromagnéticas ou qualquer outra peça móvel os torna menores, mais resistentes e milhares de vezes mais rápidos que o disco rígido tradicional, sem mencionar que, por consumirem menos energia, são uma excelente opção para equipar notebooks.

Continua na próxima postagem.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

DO DISQUETE AO PENDRIVE E COMO RECUPERAR O ESPAÇO ORIGINAL NOS UTILÍSSIMOS “CHAVEIRINHOS” DE MEMÓRIA ― Continuação

ENTRE O PSICANALISTA E O DOENTE, O MAIS PERIGOSO É O PRIMEIRO.

Conforme vimos no post anterior, um dos grandes responsáveis pela popularização dos “chaveirinhos de memória” foi o padrão Universal Serial Bus (USB), criado em meados dos anos 90, que conquistou o mercado por permitir a conexão “a quente” ― ou seja, os dispositivos podem ser plugados e removidos com o computador ligado ― e por desobrigar o usuário de configurar manualmente os canais IRQ e DMA ― o que não raro resultava em incompatibilidades difíceis de solucionar. Isso sem mencionar que, além de detectar automaticamente os periféricos, as controladoras USB dispensam fontes de alimentação externas, pois, dependendo do consumo dos dispositivos, elas próprias fornecem a energia necessária ao seu funcionamento.
Em 1997, praticamente todas as placas-mãe já integravam pelo menos duas portas USB 1.1, mas a taxa de transferência (entre 1,5 e 12 Mbps) logo se revelou insuficiente para a conexão de múltiplos periféricos (em tese, cada porta USB suporta até 127 dispositivos, mas é preciso ter em mente que a velocidade é compartilhada). 

A virada do século trouxe o USB 2.0, totalmente compatível com a versão anterior, mas já com taxa de transferência máxima de até 480 Mbps (note que se você conectar um dispositivo USB 1.1 numa porta USB 2.0, ele ficará limitado à velocidade do padrão 1.1). O USB 2.0 ainda é amplamente utilizado por mouses, teclados, impressoras, pendrives, celulares, câmeras digitais, filmadoras e outros gadgets, conquanto máquinas de fabricação recente tragam interfaces USB 3.0, com taxa de transferência de respeitáveis 4,8 Gbps e capacidade para alimentar eletricamente periféricos que consomem até 900 mA (contra 500 mA da versão anterior). Para facilitar a diferenciação, os fabricantes adotaram a cor azul na parte interna dos novos conectores, mas como isso não é obrigatório, convém atentar para as especificações do computador na hora da compra.

Voltando à vaca fria, os pendrives substituem com vantagens os CDS/DVDs, não somente devido ao tamanho reduzido (que facilita o transporte), mas também pelo número de ciclos de gravação/regravação que eles suportam (até 100 mil, dependendo da tecnologia da memória flash utilizada). Com isso, os CD-Players automotivos, que desbancaram os indefectíveis toca-fitas das décadas de 70 e 80 (dos quais muita gente já nem se lembra mais), acabaram superados pelos diligentes “chaveirinhos”, já que a maioria dos veículos de fabricação recente disponibiliza uma portinha USB.

Observação: Uma fita K7 comportava algumas dezenas de faixas musicais (isso as que a gente gravava, já que as “oficiais” traziam as 12 ou 13 faixas do LP correspondente, e um abraço). Já um CD-R (de 650/700 MB) permite armazenar cerca de 100 faixas (no formato MP3), ao passo que um pendrive de 16 GB (que custa menos de R$ 20) comporta 7.500 músicas (de 4 minutos cada, a 128 Kbps), o que dá para ouvir durante 20 dias, sem interrupções nem repetições. Sem mencionar que, por pouco mais de R$ 100, você compra um modelo com capacidade para inacreditáveis 1 TB (1024 GB). E isso num dispositivo menor que uma tampa de caneta Bic.

O resto fica para a próxima, pessoal. Abraços e até lá.

E como hoje é sexta-feira:

Oswaldo tirou o papel do bolso, conferiu a anotação e perguntou à balconista:
-Moça, vocês têm pendrive?
-Temos, sim.
-O que é um pendrive? Pode me esclarecer? Meu filho me pediu para comprar um.
-Bom, pendrive é um aparelho em que o senhor salva tudo o que tem no computador.
-Ah, é como um disquete...
-Não. No pendrive o senhor pode salvar textos, imagens e filmes. O disquete, que nem existe mais, só salva texto.
-Ah, tá bom. Vou querer.
-Quantos gigas?
-Hein?
-De quantos gigas o senhor quer o seu pendrive?
-O que é giga?
-É o tamanho do pen.
-Ah, tá. Eu queria um pequeno, que dê para levar no bolso sem fazer muito volume.
-Todos são pequenos, senhor. O tamanho, aí, é a quantidade de coisas que ele pode arquivar.
-Ah, tá. E quantos tamanhos têm?
-Pode ter 2; 4; 8; 16 gigas...
-Hmmmm, meu filho não falou quantos gigas queria.
-Neste caso, o melhor é levar o maior.
-Sim, eu acho que sim. Quanto custa?
-Bem, o preço varia conforme o tamanho. A sua entrada é USB?
-Como?
-É que para acoplar o pen no computador, tem que ter uma entrada compatível.
-USB não é a potência do ar condicionado?
-Não, isso é BTU.
-Ah! É isso mesmo. Confundi as iniciais. Bom, sei lá se a minha entrada é USB.
-USB é assim ó: com dentinhos que se encaixam nos buraquinhos do computador. O outro tipo é este, mais tradicional, o senhor só tem que enfiar o pino no buraco redondo. Seu computador é novo ou velho? Se for novo é USB.
-Acho que tem uns dois anos. O anterior ainda era com disquete. Lembra do disquete? Quadradinho, preto, fácil de carregar, quase não tinha peso. Meu primeiro computador funcionava com aqueles do tipo bolacha, grandões e quadrados. Era bem mais simples, não acha?
-Os de hoje nem têm mais entrada para disquete. Ou é CD ou pendrive.
-Que coisa! Bem, não sei o que fazer. Acho melhor perguntar ao meu filho.
-Quem sabe o senhor liga pra ele?
-Bem que eu gostaria, mas meu celular é novo, tem tanta coisa nele que ainda nem aprendi a discar.
-Deixa eu ver. Poxa, um smartphone! Este é bom mesmo! Tem Bluetooth, banda larga, Touch Screen, câmera fotográfica, flash, filmadora, rádio AM/FM, TV digital, micro-ondas...
-Blutufe? E micro-ondas? Dá pra cozinhar com ele?
-Não senhor. É que ele funciona no sub-padrão, por isso é muito mais rápido.
-E pra que serve esse tal de blutufe?
-É para o telefone se comunicar com outro, sem fio.
-Que maravilha! Essa é uma grande novidade! Mas os celulares já não se comunicam com os outros sem usar fio? Nunca precisei de fio para ligar para outro celular. Fio em celular, que eu saiba, é apenas para carregar a bateria...
-Não, já vi que o senhor não entende nada, mesmo. Com o Bluetooth o senhor passa os dados do seu celular para outro, sem usar fio. Lista de telefones, por exemplo.
-Ah! E antes precisava de fio?
-Não, tinha que trocar o chip.
-Hein? Ah, sim, o chip. E hoje não precisa mais chip...
-Precisa, sim, mas o Bluetooth é bem melhor.
-Legal esse negócio do chip. O meu celular tem chip?
-Sim, tem chip.
-E eu faço o quê com o chip?
-Se o senhor quiser trocar de operadora, portabilidade, o senhor sabe.
-Sei, sim, portabilidade, não é? Claro que sei. Não ia saber uma coisa dessas, tão simples? Imagino então que para ligar tudo isso, no meu celular, depois de fazer um curso de dois meses, eu só preciso clicar nuns duzentos botões...
-Nããão! É tudo muito simples, o senhor logo apreende. Quer ligar para o seu filho? Anote aqui o número dele. Isso. Pronto, agora é só o senhor apertar o botão verde...
Oswaldo segura o celular com a ponta dos dedos, receando ser levado pelos ares, para um outro planeta:
-Oi filho, é o papai. Sim. Diz-me, filho, o seu pen drive é de quantos... Como é mesmo o nome? Ah, obrigado, quantos gigas? Quatro gigas está bom? Ótimo. E tem outra coisa, o que era mesmo? Nossa conexão é USB? É? Que loucura. Então tá, filho, papai está comprando o teu pen drive.
-Que idade tem seu filho?
-Vai fazer dez em março.
-Que gracinha...
-É isso moça, vou levar um de quatro gigas, com conexão USB.
-Certo, senhor. Embalagem para presente?
No escritório, Oswaldo examina o pendrive, minúsculo, menor do que um isqueiro, capaz de gravar filmes... Olha desconfiado para o celular sobre a mesa. "Máquina infernal", pensa. “Eu preciso apenas de um telefone para fazer e receber chamadas, não de um aparelho tão complexo que somente especialistas saberão utilizar”. Em casa, ele entrega o pen drive ao filho e pede para ver como funciona. O garoto insere o aparelho e uma janelinha é exibida no monitor. Em seguida, o menino clica com o mouse e abre-se uma webpage em inglês. Seleciona umas palavras e um “heavy metal” infernal invade o quarto e os ouvidos
de Oswaldo. Outro clique e a música termina. O garoto diz:
-Pronto, pai, baixei a música. Agora eu levo o pendrive para qualquer lugar e onde tiver uma entrada USB eu posso ouvir a música. No meu celular, por exemplo.
-Seu celular tem entrada USB?
-É lógico. O seu também.
-É? Quer dizer que eu posso gravar músicas num pendrive e ouvir pelo celular?
-Se o senhor não quiser baixar direto da internet...
Naquela noite, antes de dormir, Oswaldo deu um beijo na esposa e disse:
-Sabe que eu tenho Blutufe?
-Como é que é?
-Bluetufe. Não vai me dizer que não sabe o que é?
-Não enche, Oswaldo, deixa eu dormir.
-Meu bem, lembra como era boa a vida, quando telefone era telefone, gravador era gravador, toca-discos tocava discos e a gente só tinha que apertar um botão para as coisas funcionarem?
-Claro que lembro, Oswaldo. Hoje é bem melhor, né? Várias coisas numa só, até Bluetufe você tem. E conexão USB também. Que ótimo, Oswaldo, meus parabéns.
-Clarinha, com tanta tecnologia a gente envelhece cada vez mais rápido. Fico doente de pensar em quanta coisa existe por aí que nunca vou usar.
-Ué? Por quê?
-Porque eu aprendi a usar computador e celular e tudo o que sei já está ultrapassado.
-Por falar nisso, precisamos trocar nossa televisão.
-Por quê? Ela quebrou?
-Não. Mas não tem HD, SAP, PIP...
-E blutufe, a nova vai ter?
-Boa noite, Oswaldo, vai dormir que eu não aguento mais...

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quarta-feira, 31 de julho de 2013

PENDRIVES, DISPOSITIVOS USB, PROBLEMAS E SOLUÇÕES

UM MESTRE SÁBIO DEIXA QUE SEUS PUPILOS COMETAM ERROS.

O barateamento da memória flash propiciou a oferta de pendrives de grandes capacidades a preços palatáveis e os transformou na solução ideal para armazenamento externo, backup e transporte de dados, razão pela qual eu achei por bem relembrar alguns cuidados importantes:

·        A menos que você esteja utilizando o pendrive como extensão da RAM (para saber mais, clique aqui), evite mantê-lo permanentemente espetado na portinha USB. Insira-o somente quando necessário, depois que o Windows for inicializado, e remova-o antes de desligar o computador.
·        Conectar o pendrive numa portinha USB não requer esforço – se o plugue não encaixar facilmente, é provável que ele esteja invertido; gire-o em 180º e tente de novo.
·        Remover um gadget USB enquanto o sistema ou algum aplicativo o estiver acessando pode acarretar a corrupção dos dados. Para evitar, clique no ícone respectivo na Área de Notificação, selecione a opção Ejetar e aguarde até que a mensagem “O Hardware pode ser removido com Segurança” seja exibida. Caso você tenha dificuldade em identificar item desejado, abra a pasta Computador, dê um clique direito no ícone correspondente ao drive em questão e selecione a opção Ejetar.

Observação: Se você conecta e troca periféricos USB constantemente, o USB Safely Remove facilita sobremaneira o trabalho, permitindo, inclusive, utilizar atalhos de teclado.

·        Não tem paciência para seguir esses passos? No XP, em Meu Computador, dê um clique direito sobre o drive USB, clique em Propriedades > Hardware, dê duplo clique sobre a entrada desejada, clique em Diretivas e marque a opção Otimizar para remoção rápida. No Seven, essa configuração é padrão, mas pode ser alterada manualmente – menos nas versões Starter e Home Basic, pois a aba Diretivas (ou Políticas) não é exibida. Feito o ajuste, você pode desconectar o gadget assim que o led pare de piscar.

É raro, mas pode acontecer de o Windows exibir a mensagem: “Este dispositivo está sendo usado no momento. Feche os programas ou janelas que possam estar usando o dispositivo e tente novamente”. Aí, se fechar todos os aplicativos não resolver, tecle Ctrl+Shift+Esc e tente solucionar o por lá. Se não der, dê um clique direito em explorer.exe e clique em Finalizar Processo. Em seguida, clique em Arquivo > Nova Tarefa, digite explorer.exe tecle Enter. Se nem assim resolver, desligue o PC e remova o pendrive.
Supondo que esse problema se torne recorrente, baixe e instale o freeware Unlocker (escolha a versão de 32 ou 64 bits, conforme seu sistema). Ele foi projetado para auxiliar na exclusão de arquivos que o Windows não permite apagar porque estão em uso, mas também ajuda na remoção de drives. 
Outra excelente opção para dominar processos ou programas insubmissos é o SuperF4: depois de instalá-lo, basta digitar Ctrl+Alt+F4 – ou pressionar a tecla com o logo do Windows combinada com F4 e levar o ícone da caveirinha com duas tíbias cruzadas (como nas bandeiras dos piratas) até a janela do programa, dar um clique e pronto: ele será encerrado no ato, esteja travado ou não.

Abraços e até mais ler.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

MEMÓRIA RAM - MEMTEST86 portátil


Toda máquina é suscetível a panes, mas o PC, por ser composto por dois segmentos distintos (hardware e software), pode ser considerado duplamente suscetível. Para piorar, nem sempre é fácil determinar a origem dos problemas, já que algumas falhas físicas podem apresentar sintomas idênticos aos causados por softwares mal comportados (para saber mais, clique aqui ou digite os termos-chave adequados no campo de busca do Blog).
Congelamentos e reboots aleatórios podem decorrer de atualizações (mal sucedidas) de drivers ou da instalação de aplicativos problemáticos, por exemplo – situação em que geralmente basta restaurar o sistema –, embora também denunciem falhas na RAM, notadamente se passam a ocorrer após um upgrade. Nesse caso, você pode tentar resolver o problema na base da “tentativa e erro” mudando os módulos de slot ou removendo-os e reinstalando um de cada vez, mas o melhor a fazer e recorrer ao Memtest86, que roda diretamente de um pendrive (disponível em http://www.memtest86.com/).
Depois de fazer o download da ferramenta, execute o Auto-installer for USB Key, configure a ordem de boot de maneira que o pendrive anteceda o HD (clique aqui para mais detalhes) e reinicie o computador para que o teste seja iniciado (o resultado costuma demorar algumas horas).

Observação: Quem já migrou para o Seven, pode obter bons resultados utilizando uma ferramenta nativa do sistema para diagnosticar eventuais problemas com a RAM, mas isso é assunto para a postagem de amanhã..

Abraços a todos e até mais ler.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

OUTUBRO, READYBOOST e outras considerações


É assustadora a rapidez com que os dias correm e as semanas emendam uma no rabo da outra. Parece que foi ontem, mas já faz um ano que uma broncopneumonia aguda – com direito a derrame pleuralempiemadecorticação pulmonar e outros troços de nomes estranhos – me rendeu 15 dias de “férias forçadas” no hospital. Mais alguns dias e os Shoppings exibirão sua indefectível decoração natalina (último resquício do Espírito Natalino de outros tempos), e se o mundo não acabar em 21 de dezembro – contrariando os profetas apocalípticos que se baseiam numa interpretação deturpada do Calendário Maia –, teremos o Carnaval do ano que vem para queimar as calorias acumuladas nas tradicionais ceias de final de ano. Enfim, deixemos as reminiscências e previsões à parte e passemos ao assunto do dia:

O Upgrade de RAM é a maneira mais simples, barata e eficaz de incrementar o desempenho do computador – desde que observados os limites dos sistemas de 32-bits, evidentemente. No entanto, quem usa o Windows 7 pode fazer um “upgrade instantâneo” usando um pendrive ou cartão de memória: basta acoplá-lo ao PC e, na caixa de diálogo Reprodução Automática, configurar opção de acelerar o computador usando o READYBOOST |(solução mais eficiente que a tradicional memória virtual, que entra em ação quando a RAM se esgota, pois a memória flash é bem mais rápida que o disco rígido).
Se a caixa Reprodução Automática não for exibida, clique no ícone do dispositivo, na Área de Notificação, e, na janelinha que se abrir, selecione a opção Acelerar meu sistema usando o Windows READYBOOST. Se a opção em questão não aparecer, abra o menu Iniciar, clique em Computador, dê um clique direito sobre o ícone que representa a unidade de mídia removível, selecione Propriedades e escolha a opção desejada.

ObservaçãoO dispositivo removível deve dispor de pelo menos 1 GB (o Windows sugere o valor recomendável caso a caso e, quando necessário, exibe uma mensagem pedindo para liberar espaço na unidade). Para usar o máximo de espaço disponível, clique em Dedicar este dispositivo ao READYBOOST (o Windows manterá os arquivos armazenados e usará o restante do espaço para acelerar o sistema). Para personalizar o espaço a ser utilizado, clique em Usar este dispositivo e mova a barra deslizante até que a janelinha exiba o valor desejado. Em qualquer caso, clique em OK para concluir. Note ainda que, embora seja possível aproveitar a memória flash de até oito dispositivos simultaneamente (até 256 GB), a gambiarra funciona melhor com o pendrive conectado diretamente a uma porta USB do PC do que num HUB USB (benjamim) externo.

Em algumas situações, pode não ser possível usar toda a memória do dispositivo removível, já que alguns modelos misturam memória flash lenta e rápida, e o READYBOOST só trabalha com memória rápida. Note também que, caso seu sistema esteja instalado num drive SSD, o recurso não será capaz de proporcionar ganhos significativos – você receberá uma mensagem dando conta desse fato.

ObservaçãoREADYBOOST está presente também no Windows Vista, mas é no Seven que ele proporciona melhores resultados, pois é capaz de manipular até oito dispositivos e uma quantidade de memória adicional de 1 a 256 gigabytes. Para mais informações, clique aqui.

Em tempo: FAÇA UM POLÍTICO TRABALHAR: NÃO O REELEJA!

Abraços a todos e até amanhã, se Deus quiser.