Mostrando postagens com marcador chaveirinho de memória. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador chaveirinho de memória. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

PENDRIVE LOTADO - COMO RESOLVER SEM DELETAR ARQUIVOS


NÃO É POSSÍVEL DEMOVER O FANÁTICO DE SUAS CRENÇAS, POIS ELE  ACREDITA NO QUE ACREDITA SIMPLESMENTE PORQUE PRECISA ACREDITAR.

Na pré-história da computação pessoal os PCs não dispunham de disco rígido; os programas eram carregados a partir de fitas magnéticas e, mais adiante, de floppy disks (ou disquetes), que reinaram por décadas como solução primária para armazenamento externo e transporte de dados. No entanto, devido à capacidade medíocre e tendência de embolorar e desmagnetizar com facilidade, os disquinhos flexíveis foram substituídos pela mídia óptica (CD e DVD), que, por sua vez, foi substituída pelo pendrive, o famoso chaveirinho de memória.  

A popularização do pendrive se deveu em grande medida ao padrão USB (sigla em inglês para UNIVERSAL SERIAL BUS), que conquistou o mercado por permitir a conexão “a quente” e desobrigar os usuários de configurar manualmente os canais IRQ e DMA  o que não raro resultava em incompatibilidades difíceis de solucionar. Isso sem mencionar que, além de detectar automaticamente os periféricos, as controladoras USB fornecem a energia necessária ao funcionamento da maioria dos periféricos a elas conectados (dependendo de quanto o dispositivo consome, pode ser necessária uma fonte de alimentação externa, mas isso é outra conversa).

Praticamente todas as placas-mãe fabricadas lá pela virada século já integravam pelo menos duas portas USB 1.1, mas a taxa de transferência (entre 1,5 e 12 Mbps) logo se revelou insuficiente para a conexão de múltiplos periféricos (em tese, cada porta USB suporta até 127 dispositivos, lembrando sempre que a velocidade é compartilhada). Esse problema foi minimizado com o padrão USB 2.0, totalmente compatível com a versão anterior, mas com taxa de transferência máxima de até 480 Mbps, e, mais adiante, com a versão 3.0, cuja principal diferença em relação à anterior é a função full-duplex, ou seja, o modo de transmitir e receber dados de maneira simultânea. Enquanto o USB 2.0 permite apenas enviar ou receber dados, a versão 3.0 é uma via de mão dupla, além de fornecer taxas de transferência ultrarrápidas (de até 10 Gb/s), consumir menos energia e ser eletricamente mais eficiente que suas predecessoras.

Entre muitas vantagens em relação às tecnologias anteriores de armazenamento externo e transporte de dados, os pendrives se destacam pelo tamanho reduzido (que facilita o transporte) e pelo número de ciclos de gravação/regravação que eles suportam (até 100 mil, dependendo da tecnologia da memória flash utilizada). Não só por isso, mas também por conta disso, os CD-Players automotivos, que desbancaram os jurássicos toca-fitas das décadas de 70 e 80 acabaram eles próprios condenados ao ostracismo pelos diligentes “chaveirinhos de memória", já que a maioria dos veículos de fabricação recente disponibiliza pelo menos uma portinha USB.

Como costuma acontecer no âmbito da evolução tecnológica, novidades lançadas a preços exorbitantes se tornam palatáveis à medida que ganham espaço no mercado, pois o aumento da produção tende a baratear o produto, contribuindo para impulsionar ainda mais as vendas, num círculo virtuoso que todos conhecemos muito bem. Hoje em dia, um pendrive da Sandisk — uma das marcas mais populares — de 16 GB custa tanto quanto um maço de cigarros e modelos com o quíntuplo desse espaço, menos que uma pizza.

Claro que há opções cuja capacidade varia de centenas de gigabytes a mais de 1 TB, mas a um preço que você certamente não vai querer pagar.  Assim, se um belo dia você arrastar um arquivo do PC para seu pendrive e descobrir que o espaço livre se esgotou, a solução mais lógica será ir até a papelaria ou ao supermercado e comprar outro dispositivo — ou então apagar (ou enviar para a nuvem) parte do conteúdo armazenado no componente. Mas há uma alternativa simples que lhe permite salvar ainda mais arquivos sem deletar o que quer que seja. E é isso que veremos na próxima postagem.  

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

PROTEJA SEU PENDRIVE CONTRA PRAGAS DIGITAIS ― PARTE 2

CHI LASCIA LA STRADA VECCHIA PER LA NUOVA SA QUEL CHE LASCIA, MA NON SA QUEL CHE TROVA.

Prosseguindo de onde paramos no post anterior, a “vacina” aplicada pelo Panda USB and AutoRunVaccine evita a proliferação de pragas inibindo o autorun.inf. Em outras palavras, se você plugar um pendrive numa máquina infectada e depois conectá-lo ao seu computador, um programinha malicioso que tenha infectado o dispositivo portátil não será capaz de se auto executar. Isso não garante 100% de segurança, mas 100% de segurança no âmbito da TI é conversa mole para boi dormir.

Outra ferramenta digna de nota é o ClevX DriveSecurity, da ESET (fabricante do festejado NOD32), que atua a partir do próprio pendrive ou HD USB. Basta fazer o download, transferir os arquivos de instalação para o dispositivo externo (que já deve estar plugado na portinha USB), comandar a instalação e seguir as instruções. Concluído o processo, execute o programinha, abra o menu de configuração (no canto superior direito da janela), altere o idioma para Português e clique na lupa para dar início à varredura. O software é pago (a licença válida por 1 ano custa cerca de R$ 15), mas é possível avaliá-lo gratuitamente por 30 dias.

Suítes de segurança como AVASTAVGNORTON etc. também checam pendrives. Para isso, você deve abrir a pasta Computador, dar um clique direito sobre o ícone correspondente ao dispositivo removível (que deve estar conectado ao PC, naturalmente) e selecionar a opção respectiva no menu de contexto. Se seu antivírus residente não der conta do recado, uma varredura online também pode ajudar (experimente o HouseCall, o ActiveScan, Kaspersky, o F-Secure, o Bitdefender ou o Microsoft Safety Scanner).

Em situações extremas, formatar o dispositivo de memória pode ser a solução, mas tenha em mente que isso apagará todo o conteúdo do pendrive. Se não houver alternativa, plugue o dispositivo na porta USB do PC, localize o ícone que o representa na pasta Computador, clique sobre ele com o botão direito e selecione a opção Formatar. Na tela seguinte, defina o sistema de arquivos, digite o nome desejado, desmarque a opção Formatação rápida e clique em Iniciar ― assim, além da remoção dos dados, será feita também uma varredura em busca de setores inválidos.

Outra maneira de blindar pendrives contra pragas será detalhada na próxima postagem, mas você só deve utilizá-la se não for usar o dispositivo para ouvir música no player do carro ou de casa, pois esses aparelhos não costumam suportar o sistema de arquivos NTFS ― que é necessário para realizar o procedimento em questão. Até lá.

Visite minhas comunidades na Rede .Link:
http://informatica.link.blog.br/
http://cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/
http://acepipes-guloseimas-e-companhia.link.blog.br/

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

PROTEJA SEU PENDRIVE CONTRA PRAGAS DIGITAIS


NOTÍCIA É O QUE A GENTE ESCONDE. O RESTO É PROPAGANDA.

Embora seja mais comum os usuários de PCs se infectarem por malwares através de emails, programas mensageiros, redes sociais e assemelhados, essas pragas usam também os diligentes pendrives como veículo de transporte.

Os "chaveirinhos de memória" são hoje o que os disquetes eram até meados da década passada: a maneira mais simples, prática e barata de armazenar e/ou transportar arquivos digitais. No entanto, como seus predecessores nos anos 80 e 90, eles são largamente usados pela bandidagem digital para espalhar códigos maliciosos, já que substituem com vantagens as mídias ópticas (CD, DVD, Blu-Ray) que até pouco tempo eram nossa opção primária para armazenar backups, instalar aplicativos, reproduzir música e vídeo, etc.

Você pode infectar seu PC simplesmente conectando a ele um pendrive que tenha sido plugado em máquinas contaminadas, e o código malicioso que ele passa a transportar tanto pode agir sobre o sistema operacional e os arquivos do seu computador quanto modificar, apagar ou tornar inacessíveis os documentos/programa armazenados na própria mídia removível (dependendo dos propósitos e modus operandi definidos pelo criador da praga).

Dito isso, passemos às alternativas que minimizam os riscos de infeção, começando pelo Panda USB and AutoRunVaccine, que é gratuito e imuniza tanto o PC quanto o dispositivo removível. 

Depois preencher um rápido cadastro e requisitar o download, acesse sua conta de email (aquela que você informou no tal cadastro) e clique no link que lhe permitirá fazer o download do arquivo zipado que será usado para instalar a proteção. Concluído o download, basta descompactar os arquivos, e seguir as instruções na tela até que seja exibida uma janelinha com dois botões: o primeiro "vacina" o PC e o segundo, o pendrive ― ou outro dispositivo USB, como um HD externo, por exemplo. Simples assim.

O resto fica para a próxima postagem. Até lá.


Visite minhas comunidades na Rede .Link:

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

DO DISQUETE AO PENDRIVE E COMO RECUPERAR O ESPAÇO ORIGINAL NOS UTILISSIMOS “CHAVEIRINHOS” DE MEMÓRIA (Final)

O MARIDO NÃO DEVE SER O ÚLTIMO A SABER. O MARIDO NÃO DEVE SABER NUNCA.

A formatação do pendrive apaga todos os dados armazenados e recupera o sistema de arquivos e o espaço livre, neutralizando eventuais malwares e outros problemas em nível de software. Já vimos como fazer isso ― na terceira postagem desta sequência ― usando a ferramenta nativa do Windows, mas eu achei por bem voltar ao assunto para detalhar melhor o procedimento e adicionar algumas considerações importantes. Confira.

Por sistema de arquivos, entenda-se o conjunto de estruturas lógicas que permite ao Windows acessar e gerenciar dispositivos de memória (como HDs, SSDs e chips de memória flash presentes em pendrives e SD Cards). Cada sistema de arquivos possui suas peculiaridades ― como limitações, qualidade, velocidade e gerenciamento de espaço, entre outras características ―, que definem como os dados que formam os arquivos serão armazenados, e de que forma o sistema operacional terá acesso a eles. A escolha fica a critério do usuário, que deverá selecionar a opção mais indicada ao uso que será feito do dispositivo e o tipo de aparelho ao qual ele será conectado.

A propósito, vale relembrar (porque isso já foi explicado em outra oportunidade) que o limitado FAT16 (FAT é a sigla de File Allocation Table) era padrão até o Win95, mas foi substituído mais adiante pelo FAT32 e, mais recentemente, pelo NTFS (sigla de New Technology File System), que oferece suporte a criptografia e recursos de recuperação de erros. O FAT16 não era capaz de gerenciar drives com mais de 2 GB, e o tamanho avantajado de seus clusters (setores de alocação) resultavam em grande desperdício de espaço. O FAT32, que foi usado até a edição ME do Windows, trabalhava com clusters menores, mas era até 6% mais lento que o anterior, não gerenciava partições maiores que 32 GB, não reconhecia arquivos com mais de 4 GB e, para completar, era considerado inseguro, daí o Windows XP e seus sucessores terem adotado o NTFS, que não utiliza clusters (e, portanto, não propicia desperdício de espaço) e permite configurar permissões para cada tipo de arquivo, de modo a impedir que usuários não autorizados acessem determinados arquivos do sistema operacional.

A maioria dos pendrives é formatada em FAT32, de modo a garantir a leitura e gravação de arquivos em computadores com Windows, Mac OS e Linux, além de videogames e aparelhos que possuem interfaces USB. Mas formatar um SD Card em FAT32 ― no qual, como dito, o tamanho dos arquivos é limitado a 4 GB, pode resultar numa indesejável divisão dos arquivos quando gravamos um clipe de vídeo, por exemplo, de modo seria adequado a pendrives e dispositivos de armazenamento externo mais antigos e de baixa capacidade de armazenamento (menos de 4 GB), ou que não suportem outras opções de formatação.

O NTFS, criado em 1993 e utilizado inicialmente no Windows NT, foi adotado também nas versões domésticas do sistema a partir do XP e continua sendo utilizado até hoje, inclusive no Windows 10. Todavia, muitos especialistas não recomendam sua adoção em pendrives e dispositivos de armazenamento externo, já que eles realizam atividades de leitura e gravação maiores do que os sistemas FAT32 e exFAT ― o que diminui a vida útil desses dispositivos ― e não são compatíveis com consoles Playstation, por exemplo.

O exFAT surgiu em 2006 e foi adicionado às edições XP e Vista do Windows mediante atualizações. Trata-se de um sistema de arquivos otimizado para pen drives ― até porque é eficiente como o FAT32 e, como o NTFS, não apresenta limitações de tamanho dos arquivos ―, sendo, portanto, a opção mais indicada para dispositivos de armazenamento externo com capacidade superior a 4 GB.

Resumo da ópera: Prefira o NTFS para formatar HDs internos operados pelo Windows, use o exFAT em pendrives e HDs externos (USB) e opte pelo FAT32 somente no caso de o dispositivo que você for formatar não suportar outros sistemas de arquivos.

Feita essa ressalva, cumpre mencionar que o formatador nativo do Windows nem sempre produz bons resultados. Eu mesmo tive problemas com ele recentemente, ao formatar um chaveirinho de memória de 16GB (para o qual eu havia copiado os arquivos de instalação a partir do CD de uma edição antiga do Office para instalar o aplicativo no meu all-in-one, já que o aparelho não dispõe de drive de mídia óptica). Depois que executei o procedimento, consultei o espaço livre (abrindo a pasta Computador no Windows 10, dando um clique direito na unidade de mídia removível em questão e clicando em Propriedades) e constatei que só eram reconhecidas algumas centenas de megabytes ― ou seja, a capacidade original não foi restaurada. E o problema persistiu depois que tornei a formatar o chaveirinho (outras duas vezes). 

Se algo assim acontecer com você, sugiro clicar neste link, esperar a página carregar e selecionar a opção Baixar através do navegador (oriente-se pela figura que ilustra esta postagem). O programinha é um arquivo executável (que dispensa instalação). Para utilizá-lo, basta extrair o arquivo da pasta compactada, inserir o pendrive numa portinha USB do seu PC, dar duplo clique no ícone respectivo e, na janelinha que irá se abrir, escolher o dispositivo a ser formatado (no campo Destination Disk) e clicar no botão Parts Manage.

Observação: Certifique-se de escolher a unidade do pendrive corretamente. Se você selecionar a unidade do disco rígido do computador, por exemplo, poderá perder seus dados. Note que a identificação das unidades correspondentes a mídias removíveis é da sigla RM, e a dos discos rígidos, de HD.

Na próxima janela, clique no botão Re-Partitioning; na seguinte, em marque a opção USB-HDD Mode (Single Partition) e clique em OK. Clique novamente em OK na caixa de diálogo de confirmação e, se tudo correr bem, em poucos segundos será exibida uma nova caixa de diálogo com os dizeres Congratulations! Formatting was succesful! (Parabéns! A formatação foi feita com sucesso!). Para conferir a capacidade de armazenamento do pendrive, abra a pasta Computador (ou clique em Windows Explorer), dê um clique direito na unidade do pendrive e selecione a opção Propriedades.

Era isso, pessoal. Na próxima postagem eu vou compartilhar com vocês um texto bem legal sobre pendrives ― só não faço isso agora porque este post já ficou mais longo do que eu gostaria).

Boa sorte a todos e até lá.

AINDA SOBRE SÉRGIO CABRAL

Em depoimento prestado à Polícia Federal no Paraná, Sérgio Cabral disse estar indignado com a situação por que passa, e que nunca recebeu qualquer propina: "Estou com a consciência tranquila quanto às mentiras absurdas que me foram imputadas", afirmou candidamente o Marajá do Oxigênio, agora hóspede do Bangu 8.  

Será que o ex-governador teve aulas de desfaçatez com o molusco de nove dedos? Só assim para bancar o inocente diante das revelações estarrecedoras de executivos da ANDRADE GUTIERREZ e da CARIOCA ENGENHARIA, que embasaram a prisão do político à luz de um esquema de corrupção que teria movimentado mais de R$ 220 milhões (dos quais R$40 milhões teriam ido para o bolso de sua excelência, segundo os investigadores).

Enquanto o Estado do Rio não tem dinheiro nem para o papel higiênico das repartições públicas, os acólitos de Cabral farreavam com guardanapos na cabeça em restaurantes caríssimos, e a mulher do sacripanta exibia seu Louboutin em Paris.

De milhão em milhão, o ex-governador foi apurando seus gostos: viagens ao exterior, casas de praia, jóias e até, suspeita-se, uma lancha e um helicóptero. Quando lhe perguntavam quem bancava essa orgia financeira, Cabral apontava o concorridíssimo escritório de advocacia da mulher, Adriana Ancelmo, a quem chamava carinhosamente de RIQUEZA.

Assim como Cláudia Cruz, mulher de Eduardo Cunha, Adriana passou anos fechando contratos milionários com prestadoras de serviços ao governo no marido sem ver nisso problema algum. E soube gastar: um item da investigação registra R$ 57 mil gastos na compra de seis vestidos, tudo pago em dinheiro vivo, da mesma forma que o grosso das propinas que forraram o bolso do maridão. 

Vão ser caras de pau assim na PQP!

Confira minhas atualizações diárias sobre política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

DO DISQUETE AO PENDRIVE E COMO RECUPERAR O ESPAÇO ORIGINAL NOS UTILISSIMOS “CHAVEIRINHOS” DE MEMÓRIA (Parte 4)

TANTO ROUBA QUEM VAI À HORTA QUANTO QUEM FICA À PORTA.

Como não poderia deixar de ser, especialmente num país onde se falsifica até aguardente 51, a popularização dos pendrives estimulou a comercialização informa de produtos falsificados ou adulterados. Note que o problema não é o contrabando (ou também é, mas isso não vem ao caso para efeito desta abordagem), mas o risco de levar gato por lebre (o que pode ocorrer até mesmo em lojas idôneas, que recebem artigos falsos de seus fornecedores e os revendem como legítimos, na boa fé, com nota fiscal e tudo).

Comprar (conscientemente) um troço de segunda linha para economizar alguns reais é uma coisa, mas pagar o preço de mercado por algo supostamente original e levar uma imitação é outra bem diferente. Por outro lado, é de se convir que um pendrive SanDisk de 16GB custa menos de R$ 20 em hipermercados e grandes magazines, e se a economia não paga nem uma passagem de ônibus, não vejo razão para correr o risco. Até porque nem sempre é fácil reconhecer a fraude.  

Quanto a pendrives de marcas desconhecidas e origem duvidosas, não tem segredo: é não comprar e ponto final. Mas há falsificações quase impossíveis de identificar a olho nu, além de produtos legítimos reprogramados para exibir capacidades superiores à verdadeira e “simular” a gravação dos dados (para o caso o cliente exigir comprovação do marreteiro), além daqueles que “entregam” a capacidade declarada, mas com qualidade e confiabilidade inferiores às dos modelos originais. Então, procure adquirir pendrives em lojas regularmente estabelecidas, em vez de recorrer a camelôs e vendas pela internet. Mesmo assim, se o preço for muito abaixo do praticado pela concorrência, redobre os cuidados. Assegure-se de que o produto venha no blister lacrado (daqueles que a gente só consegue abrir usando uma tesoura) e, se possível, peça ao lojista que o teste para você.

Nem todos os comerciantes aceitam testar o produto, alegando que irão substituí-lo em caso de problemas, mas eu acho melhor não levar do que ter que voltar para reclamar. Então, se o lojista não impuser restrições, espete-o na porta USB e repare na tela da Reprodução Automática: os produtos Kingston são identificados pelo nome do fabricante seguido da letra que o sistema lhes atribui ― KINGSTON (E:), por exemplo ―, ao passo que os falsos aparecem como Disco Removível (E:). E o mesmo se observa na tela Remover Hardware com SegurançaKingston Datatraveler 2.0 USB Device para o produto legítimo, também por exemplo, e algo como Ameco Flash Disk USB Device para o falso. Vale também gravar uma quantidade de dados que se aproxime de capacidade máxima nominal do drive, espetá-lo em outro computador e tente abrir os arquivos ou transferi-los para outra pasta. Se não conseguir, é fria. E no caso de não ser possível testar o produto, exija a nota fiscal e o certificado de garantia; se identificar qualquer problema, peça a devolução do dinheiro (no caso de substituição, é possível que você receba outro “mico”).

Observação: Tempos atrás, a Kingston criou uma página, em seu website, com dicas para diferenciar seus produtos das falsificações que inundaram o mercado (para mais detalhes, clique aqui).
Vale lembrar que os pendrives devem ser conectados DEPOIS que o sistema operacional for inicializado e removidos ANTES do desligamento do computador (evite ainda manter o dispositivo permanentemente espetado na portinha do PC, a menos que ele seja configurado como extensão da memória RAM). Sempre que for desconectar um dispositivo USB, clique no ícone com a setinha verde, na área de notificação, selecione o item em questão e clique em Parar ― assim, a leitura ou a gravação de dados será concluída antes de a mídia ser desconectada do computador. Caso queira desacopla-la com segurança sem precisar avisar o sistema, clique em Meu Computador, dê um clique direito sobre o ícone que representa o drive em questão e clique em Propriedades. Na aba Hardware, selecione o dispositivo, clique no botão Propriedades e, na aba Diretivas, marque a opção “Otimizar para remoção rápida”. Mesmo assim, só desconecte o pendrive quando ele não estiver copiando ou movendo arquivos; se o modelo que você utiliza dispõe de um LED, jamais o remova enquanto a luzinha estiver piscando. 

Amanhã a gente conclui, pessoal. Abraços e até lá.

BRASIL - PAÍS DE CONTRASTES E INVERSÕES DE VALORES

Vivemos num país sui generis, onde existe jabuticaba e um plugue de três pinos incompatível com qualquer tomada de qualquer lugar do mundo. Mas não fica nisso. Dentre outros exemplos de idiossincrasias que dariam para encher páginas e páginas, nossos “direitos humanos” privilegiam a banda podre da sociedade em detrimento do cidadão de bem.

Quando bandidos matam policiais ― o que ocorre com uma frequência absurda ―, a mídia publica, a população lamenta, mas, com exceção de familiares e colegas de farda das vítimas, ninguém sai às ruas para protestar contra a barbárie. Já quando bandido é morto em confronto com a polícia, a grita é ensurdecedora. E se o meliante é “di menó”, pior ainda: os policiais são taxados de despreparados e truculentos e a morte dos “anjinhos”, de chacina, execução, carnificina, e por aí vai. E não faltam padrecos, intelectualóides, jornalistas e outros indefectíveis defensores incondicionais do que não presta protestar contra “essa desumanidade”, pouco importando se os “querubins” estavam fortemente armados e tinham dezenas de passagens pela polícia.

Cortemos para a Lava-Jato ― o último bastião das nossas esperanças. Em meio a diversas acordos de delação em andamento, o de Marcelo Odebrecht (e mais uma penca de ex-executivos da empreiteira) promete revelações estarrecedoras sobre gente graúda ― como o ex-presidente petralha e sua deplorável sucessora, ministros do atual governo, políticos de alto quilate do PT, do PMDB, do PP, do PSDB, do PDT, e por aí afora. E diante desse cenário, rufiões da pátria e proxenetas do Parlamento (na brilhante definição do ex-senador Delcídio do Amaral) costuram medidas suprapartidárias para “estancar essa sangria” (na menos depois de sua posse, mas que continua sendo um dos principais articuladores políticos de Temer).

Cortemos agora para Lula, que no mês passado se tornou réu pela terceira vez por atos “pouco republicanos” (formação de quadrilha, ocultação de patrimônio, obstrução de justiça, venda de medidas provisórias, tráfico de influência internacional, dentre outros). Carentes de elementos sólidos para refutar as acusações, o petista e sua trupe de criminalistas partiram para o ataque. Primeiro, eles denunciaram à Comissão de Direitos Humanos da ONU supostas arbitrariedades praticadas pela Lava-Jato e pelo juiz Sergio Moro; depois (mais exatamente na última sexta-feira), apresentaram uma queixa-crime contra o magistrado, numa absurda inversão de valores. Segue o excerto:

Após expor todos os fatos que configuram abuso de autoridade, a petição pede que o agente público Sergio Fernando Moro seja condenado nas penas previstas no artigo 6º da Lei 4.898/65, que pune o abuso de autoridade com detenção de dez dias a seis meses, além de outras sanções civis e administrativas, inclusive a suspensão do cargo e até mesmo a demissão”, diz o texto.

Explicando melhor: Lula entrou com uma queixa-crime contra Moro por abuso de autoridade ― na condução coercitiva do petista em março passado, no mandado de busca e apreensão em sua residência (e em endereços de familiares) e na divulgação de gravações telefônicas feitas fora do prazo autorizado pela Justiça. Como a PGR não respondeu, a defesa do petralha apresentou uma “queixa crime subsidiada”, embasando-se no artigo retro citado e no inciso LIX do Artigo 5º da Constituição de 1988, que dispõe o seguinte: “Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal”.

Cabe ao TRF da 4ª Região acatá-la ou não. Para Reinaldo Azevedo, essa truanice ― que visa caracterizar o petralha como vítima de uma campanha de natureza política, que nada teria a ver com a Justiça ― foi um tiro no pé, até porque Moro não perdeu nenhuma demanda naquela Corte. Na minha humilde avaliação, Lula está “atirando no mensageiro” ― prática que os psicólogos definem como dissonância cognitiva e cujos portadores, por não serem capazes de assimilar os fatos e diminuir o impacto de suas consequências, negam a realidade e buscam desconstruir a reputação de quem prenuncia os acontecimentos nefastos.

Cortemos de volta para a Lava-Jato (números atualizados até setembro passado): 

1.397 procedimentos instaurados;
654 buscas e apreensões;
174 conduções coercitivas;
77 prisões preventivas, 92 temporárias e 6 em flagrante;
112 pedidos de cooperação internacional;
70 acordos de delação premiada;
6 acordos de leniência (e 1 termo de ajustamento de conduta);
52 acusações criminais contra 254 pessoas (sem repetição de nome) por crimes de corrupção, contra o sistema financeiro internacional, tráfico de influência, formação de organização criminosa, lavagem de ativos, entre outros, 23 das quais já julgadas;
7 acusações de improbidade administrativa contra 38 pessoas físicas e 16 empresas, pedindo o pagamento de R$12,1 bilhões (R$38,1 bi incluindo as multas);
118 condenações, contabilizando 1.256 anos, 6 meses e 1 dia de pena.

Apesar disso, não faltam apedeutas contrários à Operação, e justamente por isso, políticos de todos os partidos e esferas do poder vêm movendo mundos e fundos para melar a Lava-Jato. E a militância vermelha abestalhada continua gritando seus réquiens pelo moribundo PT e alardeando a inocência e honestidade de seu amado líder, tão reais quanto uma nota de 3 reais. Deu para entender ou quer que eu desenhe?

Confira minhas atualizações diárias sobre política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/

terça-feira, 22 de novembro de 2016

DO DISQUETE AO PENDRIVE E COMO RECUPERAR O ESPAÇO ORIGINAL NOS UTILISSIMOS “CHAVEIRINHOS” DE MEMÓRIA ― Parte 3

DEVE-SE CORRER PARA ONDE A BOLA ESTÁ INDO, NÃO PARA ONDE ELA ESTAVA.

Dando sequência ao assunto em tela, cumpre alertar a todos que a bandidagem digital tem se aproveitado da popularidade dos pendrives para disseminar pragas digitais (da mesma forma como usavam os disquetes em sua época áurea), razão pela qual é você deve tomar muito cuidado ao plugar o dispositivo no seu PC depois de tê-lo espetado em máquinas de terceiros, notadamente as de lan houses, cyber cafés, escolas, etc.

Felizmente, já existem antivírus projetados especialmente para proteger dispositivos USB, dentre os quais eu cito o Panda USB and AutoRun Vaccine, que é gratuito e imuniza tanto o computador quanto o dispositivo portátil. Depois de baixar e instalar e configurar a ferramenta (autorizar sua inicialização junto com o Windows, definir a vacinação automática dos novos dispositivos conforme eles forem plugados, ativar proteção de unidades formatadas com o sistema de arquivos utilizado na mídia removível, etc.), você verá uma janelinha com dois botões: o primeiro imuniza o PC e o segundo, o pendrive ― ou outro dispositivo USB, como um HD externo, por exemplo.

Observação: A rigor, o que essa vacina faz é evitar a proliferação de malwares inibindo o autorun.inf; ou seja, se você plugar seu pendrive numa máquina infectada e depois conectá-lo ao seu computador, um programinha malicioso que eventualmente se transferiu para dispositivo portátil não será capaz de se auto executar. Isso não garante 100% de segurança ― aliás, 100% de segurança no âmbito da TI é conversa mole para boi dormir ―, mas sempre será melhor do que nada.

Outro programinha digno de nota é o ClevX DriveSecurity, da conceituada desenvolvedora de programas de segurança ESET (fabricante do festejado NOD32), que atua a partir do próprio pendrive ou HD USB. Basta você fazer o download, transferir os arquivos de instalação para o dispositivo externo (que já deve estar plugado na portinha USB), comandar a instalação e seguir as instruções. Concluído o processo, execute o programinha, abra o menu de configuração (no canto superior direito da janela), altere o idioma para Português e clique na lupa para dar início à varredura. O software é pago, mas oferece um período de testes de 30 dias.

Suítes de segurança populares ― como AVAST, AVG, NORTON e afins ― também costumam checar pendrives, bastando para isso que o usuário abra a pasta Computador, dê um clique direito sobre o ícone correspondente ao dispositivo e selecione a opção respectiva no menu de contexto. Caso seu antivírus não dê conta do recado, uma varredura online pode ajudar (experimente o HouseCall, o ActiveScan, o Kaspersky, o F-Secure, o BitDefender ou o Microsoft Safety Scanner).

Observação: Em situações extremas, formatar o dispositivo de memória pode ser a solução. Mas tenha em mente que esse procedimento irá apagar todo o conteúdo do pendrive. Se não houver alternativa, plugue o chaveirinho na interface USB, localize o ícone que o representa na pasta Computador, dê um clique direito sobre ele e selecione a opção Formatar. Na tela seguinte, defina o sistema de arquivos, digite o nome desejado, desmarque a opção Formatação rápida e clique em Iniciar (assim, além da remoção dos dados, será feita também uma verificação em busca de setores inválidos).

O resto fica para a próxima, pessoal. Abraços e até lá.

MARIA, A ÚLTIMA PETISTA

O ano é 2019. O autoexílio de certo ex-presidente no Uruguai jogou a derradeira pá de cal sobre o ilha dos Castro ou na Venezuela. Há quem especule até que a imprestável tenha abreviado sua torpe existência, mas não existam evidências que embasam essa tese.
espúrio partido que ele gestou e pariu ― e com o qual se locupletou a não mais poder. Do paradeiro de sua cria e pupila, penabundada em agosto de 2016, pouco se sabe. Para alguns, ela simplesmente se foi, como aquele marido que saiu para comprar cigarros e nunca mais voltou. Para outros, resolveu passar o resto de seus dias na

Mas nossa história é sobre Maria, a última petista (nada a ver com a boa moça lá da turma do Gantois, consagrada por Toquinho e Vinicius na canção “Maria vai com as outras”). Não sei se Maria Aparecida, Maria Clara, Maria da Conceição, de Lourdes, das Dores ou, por desgraça, Maria das Graças. Simplesmente Maria. A última petista.

O PT se foi, mas Maria não se deu conta. Filiada à sigla desde sua fundação, impermeável ao bom senso e descolada da realidade, a moça (agora velha) dedicou a vida à militância petralha. Na sua avalição, Lula e Dilma foram grandes presidentes. Nunca duvidou de que o primeiro era mesmo a alma mais honesta do Brasil, e que a segunda foi uma gerentona competente, vítima inocente de um golpe de estado tramado pelas “zelites”, pela mídia, pelos “coxinhas”, e por aí afora. (Como dizia Sócrates, existe apenas um bem ― o saber; e apenas um mal ― a ignorância.)

O projeto de vida de Maria era se mudar para São Bernardo, berço do partido. Sonhava em tirar diploma de torneiro mecânico no Senai e arrumar emprego numa fábrica de autopeças (cogitou até de amputar o dedinho da mão esquerda, mas acabou demovida da ideia pela família). Tinha orgasmos múltiplos só de pensar em um dia ser vizinha de Lula. Mas Lula se foi e Maria continua nos cafundós do Ceará.

Do partido, além das lembranças, restam-lhe fotos da militância em meio a seus amados líderes. A de Dilma está cheia de rabiscos, bigodes e chifrinhos feitos a caneta num momento de loucura ― quando a estocadora de vento ameaçou trocar o partido da estrela pelo PMDB, a pretexto de “cercar-se de gente honesta”.

Toda manhã, Maria veste a puída camisetinha vermelha, toma o café imersa em reminiscências (bons tempos aqueles em que o PT estava no poder), liga o computador e se conecta às redes sociais, onde passa ao menos 15 horas postando aleivosias em defesa do socialismo, da ideologia lulopetista e do seu amado partido ― sabe-se lá se por não ser capaz de reconhecer publicamente que tudo isso acabou ou se por pura teimosia. Seja como for, a “mortadela” de cada dia continua chegando todo fim de mês ― o depósito foi programado pelo último tesoureiro, com dinheiro do BNDES, ela supõe, ou da Petrobras.

Maria ainda mantém seu blog ― O DIÁRIO DA ESQUERDA DO MUNDO ―, que raramente recebe visitas. Antigamente, ela passava horas respondendo exaustivamente mensagens de repúdio ao PT. Agora, os comentários minguaram. “Mas só porque os coxinhas finalmente entenderam que o que queremos é um Brasil melhor, e que a esquerda é o caminho”, justifica a tresloucada delirante.

De tempos em tempos, Maria vai até o jardim, onde a bandeira vermelha tremula ao vento. No passado, atiravam-lhe ovos; as manchas ainda estão no tecido. Agora, nem isso. Às vezes, passam dias sem que alguém fale do PT.

De repente, o computador emite um bip. “Olhaí, alguém comentou...”, pensa Maria, que entra correndo, os olhos brilhantes de esperança.

Maria olha a tela e... alarme falso: era só o Suplicy cantando Bob Dylan. De novo.

Maria é um caso perdido.

(Texto inspirado na crônica Fred, o último petista, de Mentor Neto).   

Confira minhas atualizações diárias sobre política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

DO DISQUETE AO PENDRIVE E COMO RECUPERAR O ESPAÇO ORIGINAL NOS UTILÍSSIMOS “CHAVEIRINHOS” DE MEMÓRIA ― Continuação

ENTRE O PSICANALISTA E O DOENTE, O MAIS PERIGOSO É O PRIMEIRO.

Conforme vimos no post anterior, um dos grandes responsáveis pela popularização dos “chaveirinhos de memória” foi o padrão Universal Serial Bus (USB), criado em meados dos anos 90, que conquistou o mercado por permitir a conexão “a quente” ― ou seja, os dispositivos podem ser plugados e removidos com o computador ligado ― e por desobrigar o usuário de configurar manualmente os canais IRQ e DMA ― o que não raro resultava em incompatibilidades difíceis de solucionar. Isso sem mencionar que, além de detectar automaticamente os periféricos, as controladoras USB dispensam fontes de alimentação externas, pois, dependendo do consumo dos dispositivos, elas próprias fornecem a energia necessária ao seu funcionamento.
Em 1997, praticamente todas as placas-mãe já integravam pelo menos duas portas USB 1.1, mas a taxa de transferência (entre 1,5 e 12 Mbps) logo se revelou insuficiente para a conexão de múltiplos periféricos (em tese, cada porta USB suporta até 127 dispositivos, mas é preciso ter em mente que a velocidade é compartilhada). 

A virada do século trouxe o USB 2.0, totalmente compatível com a versão anterior, mas já com taxa de transferência máxima de até 480 Mbps (note que se você conectar um dispositivo USB 1.1 numa porta USB 2.0, ele ficará limitado à velocidade do padrão 1.1). O USB 2.0 ainda é amplamente utilizado por mouses, teclados, impressoras, pendrives, celulares, câmeras digitais, filmadoras e outros gadgets, conquanto máquinas de fabricação recente tragam interfaces USB 3.0, com taxa de transferência de respeitáveis 4,8 Gbps e capacidade para alimentar eletricamente periféricos que consomem até 900 mA (contra 500 mA da versão anterior). Para facilitar a diferenciação, os fabricantes adotaram a cor azul na parte interna dos novos conectores, mas como isso não é obrigatório, convém atentar para as especificações do computador na hora da compra.

Voltando à vaca fria, os pendrives substituem com vantagens os CDS/DVDs, não somente devido ao tamanho reduzido (que facilita o transporte), mas também pelo número de ciclos de gravação/regravação que eles suportam (até 100 mil, dependendo da tecnologia da memória flash utilizada). Com isso, os CD-Players automotivos, que desbancaram os indefectíveis toca-fitas das décadas de 70 e 80 (dos quais muita gente já nem se lembra mais), acabaram superados pelos diligentes “chaveirinhos”, já que a maioria dos veículos de fabricação recente disponibiliza uma portinha USB.

Observação: Uma fita K7 comportava algumas dezenas de faixas musicais (isso as que a gente gravava, já que as “oficiais” traziam as 12 ou 13 faixas do LP correspondente, e um abraço). Já um CD-R (de 650/700 MB) permite armazenar cerca de 100 faixas (no formato MP3), ao passo que um pendrive de 16 GB (que custa menos de R$ 20) comporta 7.500 músicas (de 4 minutos cada, a 128 Kbps), o que dá para ouvir durante 20 dias, sem interrupções nem repetições. Sem mencionar que, por pouco mais de R$ 100, você compra um modelo com capacidade para inacreditáveis 1 TB (1024 GB). E isso num dispositivo menor que uma tampa de caneta Bic.

O resto fica para a próxima, pessoal. Abraços e até lá.

E como hoje é sexta-feira:

Oswaldo tirou o papel do bolso, conferiu a anotação e perguntou à balconista:
-Moça, vocês têm pendrive?
-Temos, sim.
-O que é um pendrive? Pode me esclarecer? Meu filho me pediu para comprar um.
-Bom, pendrive é um aparelho em que o senhor salva tudo o que tem no computador.
-Ah, é como um disquete...
-Não. No pendrive o senhor pode salvar textos, imagens e filmes. O disquete, que nem existe mais, só salva texto.
-Ah, tá bom. Vou querer.
-Quantos gigas?
-Hein?
-De quantos gigas o senhor quer o seu pendrive?
-O que é giga?
-É o tamanho do pen.
-Ah, tá. Eu queria um pequeno, que dê para levar no bolso sem fazer muito volume.
-Todos são pequenos, senhor. O tamanho, aí, é a quantidade de coisas que ele pode arquivar.
-Ah, tá. E quantos tamanhos têm?
-Pode ter 2; 4; 8; 16 gigas...
-Hmmmm, meu filho não falou quantos gigas queria.
-Neste caso, o melhor é levar o maior.
-Sim, eu acho que sim. Quanto custa?
-Bem, o preço varia conforme o tamanho. A sua entrada é USB?
-Como?
-É que para acoplar o pen no computador, tem que ter uma entrada compatível.
-USB não é a potência do ar condicionado?
-Não, isso é BTU.
-Ah! É isso mesmo. Confundi as iniciais. Bom, sei lá se a minha entrada é USB.
-USB é assim ó: com dentinhos que se encaixam nos buraquinhos do computador. O outro tipo é este, mais tradicional, o senhor só tem que enfiar o pino no buraco redondo. Seu computador é novo ou velho? Se for novo é USB.
-Acho que tem uns dois anos. O anterior ainda era com disquete. Lembra do disquete? Quadradinho, preto, fácil de carregar, quase não tinha peso. Meu primeiro computador funcionava com aqueles do tipo bolacha, grandões e quadrados. Era bem mais simples, não acha?
-Os de hoje nem têm mais entrada para disquete. Ou é CD ou pendrive.
-Que coisa! Bem, não sei o que fazer. Acho melhor perguntar ao meu filho.
-Quem sabe o senhor liga pra ele?
-Bem que eu gostaria, mas meu celular é novo, tem tanta coisa nele que ainda nem aprendi a discar.
-Deixa eu ver. Poxa, um smartphone! Este é bom mesmo! Tem Bluetooth, banda larga, Touch Screen, câmera fotográfica, flash, filmadora, rádio AM/FM, TV digital, micro-ondas...
-Blutufe? E micro-ondas? Dá pra cozinhar com ele?
-Não senhor. É que ele funciona no sub-padrão, por isso é muito mais rápido.
-E pra que serve esse tal de blutufe?
-É para o telefone se comunicar com outro, sem fio.
-Que maravilha! Essa é uma grande novidade! Mas os celulares já não se comunicam com os outros sem usar fio? Nunca precisei de fio para ligar para outro celular. Fio em celular, que eu saiba, é apenas para carregar a bateria...
-Não, já vi que o senhor não entende nada, mesmo. Com o Bluetooth o senhor passa os dados do seu celular para outro, sem usar fio. Lista de telefones, por exemplo.
-Ah! E antes precisava de fio?
-Não, tinha que trocar o chip.
-Hein? Ah, sim, o chip. E hoje não precisa mais chip...
-Precisa, sim, mas o Bluetooth é bem melhor.
-Legal esse negócio do chip. O meu celular tem chip?
-Sim, tem chip.
-E eu faço o quê com o chip?
-Se o senhor quiser trocar de operadora, portabilidade, o senhor sabe.
-Sei, sim, portabilidade, não é? Claro que sei. Não ia saber uma coisa dessas, tão simples? Imagino então que para ligar tudo isso, no meu celular, depois de fazer um curso de dois meses, eu só preciso clicar nuns duzentos botões...
-Nããão! É tudo muito simples, o senhor logo apreende. Quer ligar para o seu filho? Anote aqui o número dele. Isso. Pronto, agora é só o senhor apertar o botão verde...
Oswaldo segura o celular com a ponta dos dedos, receando ser levado pelos ares, para um outro planeta:
-Oi filho, é o papai. Sim. Diz-me, filho, o seu pen drive é de quantos... Como é mesmo o nome? Ah, obrigado, quantos gigas? Quatro gigas está bom? Ótimo. E tem outra coisa, o que era mesmo? Nossa conexão é USB? É? Que loucura. Então tá, filho, papai está comprando o teu pen drive.
-Que idade tem seu filho?
-Vai fazer dez em março.
-Que gracinha...
-É isso moça, vou levar um de quatro gigas, com conexão USB.
-Certo, senhor. Embalagem para presente?
No escritório, Oswaldo examina o pendrive, minúsculo, menor do que um isqueiro, capaz de gravar filmes... Olha desconfiado para o celular sobre a mesa. "Máquina infernal", pensa. “Eu preciso apenas de um telefone para fazer e receber chamadas, não de um aparelho tão complexo que somente especialistas saberão utilizar”. Em casa, ele entrega o pen drive ao filho e pede para ver como funciona. O garoto insere o aparelho e uma janelinha é exibida no monitor. Em seguida, o menino clica com o mouse e abre-se uma webpage em inglês. Seleciona umas palavras e um “heavy metal” infernal invade o quarto e os ouvidos
de Oswaldo. Outro clique e a música termina. O garoto diz:
-Pronto, pai, baixei a música. Agora eu levo o pendrive para qualquer lugar e onde tiver uma entrada USB eu posso ouvir a música. No meu celular, por exemplo.
-Seu celular tem entrada USB?
-É lógico. O seu também.
-É? Quer dizer que eu posso gravar músicas num pendrive e ouvir pelo celular?
-Se o senhor não quiser baixar direto da internet...
Naquela noite, antes de dormir, Oswaldo deu um beijo na esposa e disse:
-Sabe que eu tenho Blutufe?
-Como é que é?
-Bluetufe. Não vai me dizer que não sabe o que é?
-Não enche, Oswaldo, deixa eu dormir.
-Meu bem, lembra como era boa a vida, quando telefone era telefone, gravador era gravador, toca-discos tocava discos e a gente só tinha que apertar um botão para as coisas funcionarem?
-Claro que lembro, Oswaldo. Hoje é bem melhor, né? Várias coisas numa só, até Bluetufe você tem. E conexão USB também. Que ótimo, Oswaldo, meus parabéns.
-Clarinha, com tanta tecnologia a gente envelhece cada vez mais rápido. Fico doente de pensar em quanta coisa existe por aí que nunca vou usar.
-Ué? Por quê?
-Porque eu aprendi a usar computador e celular e tudo o que sei já está ultrapassado.
-Por falar nisso, precisamos trocar nossa televisão.
-Por quê? Ela quebrou?
-Não. Mas não tem HD, SAP, PIP...
-E blutufe, a nova vai ter?
-Boa noite, Oswaldo, vai dormir que eu não aguento mais...

Confira minhas atualizações diárias sobre política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

CRIPTOGRAFE SEU PENDRIVE E PROTEJA OS DADOS DOS CURIOSOS DE PLANTÃO.

VIVER É COMO ANDAR DE BICICLETA. PARA TER EQUILÍBRIO, É PRECISO MANTER-SE EM MOVIMENTO.

O pendrive (ou memory stick) é hoje o que o floppy disk foi no final do século passado, ou seja, a melhor solução para armazenamento externo de backups e transporte de arquivos digitais. Além de oferecer fartura de espaço a preços camaradas (um Sandisk Cruzer Blade de 8GB, p.ex., custa menos de R$20), esse dispositivo é baseado em memória flash, o que o torna mais seguro e durável do que disquetes, CDs e DVDs, e a opção ideal para gravar backups de arquivos de difícil recuperação, ou mesmo para ouvir no carro sua seleção de músicas em MP3 (o modelo do nosso exemplo comporta cerca 2000 faixas de três minutos e meio cada uma).

Claro que também é possível (e barato) fazer cópias de arquivos digitais em mídias ópticas, ou mesmo enviar cópias dos arquivos que se deseja armazenar fora do HD interno para drives virtuais (para saber mais, acesse esta postagem). No entanto, como diz um velho adágio, “quem tem dois tem um e quem tem um não tem nenhum”, de modo que não custa fazer um backup do backup em CDs/DVDs ou na nuvem (ou ambas as alternativas, por que não?).

Passando agora ao mote desta postagem, muita gente não sabe que é possível criptografar os dados armazenados no pendrive, evitando que sejam acessados por pessoas não autorizadas no caso de perda ou roubo do dispositivo.

Observação: Criptografia (ou encriptação) é um processo mediante o conteúdo dos arquivos digitais é “embaralhado”, tornando-se inacessível para quem não dispuser da chave criptográfica respectiva.

Para criptografar o conteúdo do pendrive com o Bitlocker do Windows, basta acessar o Painel de Controle, selecionar Sistema e Segurança e, com o gadget conectado a uma portinha USB do PC, clicar em Criptografia de Unidade de Disco e seguir os passos indicados. Note, porém, que esse recurso só está disponível nas versões Enterprise e Ultimate do Seven; nas demais, será preciso recorrer a um aplicativo dedicado, como o gratuito DISKCRYPTOR (para fazer o download e obter informações de como utilizar o programinha, clique aqui).

Abraços a todos e até amanhã.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Maracutaias

Sem prejuízo do que foi dito no início do ano sobre falsificações, notadamente de pendrives (para conferir, clique aqui), achei por bem revisitar o assunto, já que, como se não bastassem os populares “chaveirinhos” e cartões de memória “maquiados” para exibir capacidades muito superiores, a maracutaia se estende também a HDs externos.

Observação: A foto que ilustra esta postagem exibe o interior de um drive USB da Samsung que não passa de um pendrive de míseros 128 MB, com controlador modificado para funcionar em loop e reportar a capacidade de 500 GB, combinado com duas porcas de contrapeso – ou seja, usadas para simular o peso do drive original.

Como se não bastasse ludibriar o consumidor com produtos de má qualidade travestidos de marcas renomadas e confiáveis, os vigaristas de plantão se locupletam adulterando os dispositivos e falsificando as inscrições e as embalagens. Com auxílio de um PC e de um software gravador de firmwares, a capacidade dos drives ou cartões pode ser “ampliada” centenas (ou milhares) de vezes. O truque consiste em fazer o controlador gravar dados até completar a capacidade do chip e aí recomeçar desde o início, sucessivas vezes. Com isso, um pendrive de “32 GB” irá armazenar somente os dados finais, correspondentes à sua capacidade real, conquanto o gerenciador de arquivos exiba todos os arquivos copiados (já que essas informações são gravadas na tabela de alocação, que é mantida segura nos primeiros endereços do chip).
Para evitar levar gato por lebre – sem prejuízo das sugestões apresentadas na postagem referenciada parágrafos atrás –, uma boa idéia é usar o H2testw, capaz não só de denunciar esse tipo de engodo, mas também de verificar as velocidades efetivas de escrita e gravação e identificar endereços defeituosos. (no caso de drives “maquiados”, ele começará a reportar erros na etapa de verificação, logo depois que a capacidade real for ultrapassada).
Para mais informações e download, visite http://www.baixaki.com.br/download/h2testw.htm.
Bom feriado a todos e até quinta, se Deus quiser.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Nem tudo que reluz é ouro...

O alto preço de determinados produtos (especialmente aqui no Brasil) propicia o contrabando, a pirataria e a falsificação. De bebidas finas a relógios de grife, passando por tênis de marcas famosas – dentre tantos outros artigos –, quase tudo pode ser encontrado em lojas suspeitas e nos melhores camelôs do ramo por uma fração do preço original.
Ainda que haja muita falsificação grosseira, há também reproduções artesanais que, de tão bem feitas, fica difícil identificar a fraude. No caso de relógios, por exemplo, além de cópias medíocres de modelos da Rolex, Breitling, Bulgari, Omega e outras marcas renomadas, você encontra réplicas tão perfeitas que, para separar o joio do trigo, só mesmo examinando a máquina.
No âmbito da informática, a bola da vez são os pendrives, o que levou a Kingston (referência em memórias e afins) a criar uma página em seu website com dicas para diferenciar seus produtos das falsificações que inundaram o mercado de uns tempos para cá (veja detalhes em http://www.kingston.com/Brasil/verify/).
Claro que adquirir artigos pela Internet (ou na barraquinha do camelô da esquina) potencializa o risco de levar gato por lebre, mas problemas com pendrives vêm ocorrendo até em lojas idôneas, que podem receber produtos falsificados de seus fornecedores e, sem má-fé, vendê-los como legítimos, com nota fiscal e garantia. Comprar (conscientemente) um troço de segunda linha para economizar alguns reais é uma coisa, mas pagar o preço de mercado por algo supostamente original e levar uma imitação é outra bem diferente. E o pior é que nem sempre é fácil reconhecer a fraude: na maioria dos casos, os drives falsos são reprogramados para exibir a capacidade nominal e “simular” a gravação dos dados, mas há também aqueles que “entregam” a capacidade declarada – só que com qualidade e confiabilidade inferiores às dos originais.
Para minimizar os riscos de ir buscar lã e sair tosquiado:

- Quando a esmola é demais, o santo desconfia: se a oferta for muito tentadora, com preços bem abaixo dos valores praticados no mercado formal, esqueça.

- Somente adquira pendrives em lojas idôneas. Como a Kingston não fabrica pendrives OEM, o produto deve vir no blister original (fechado a vácuo, que só pode ser aberto com o auxílio de uma tesoura ou algo do tipo). Analise também o código de barras: se encontrar as letras FE ao lado do número da peça ou em qualquer parte da etiqueta (como DTI/xxxFE), não compre.

- Procure testar o dispositivo antes de levá-lo para casa: espete-o na porta USB e repare na tela da Reprodução Automática: os produtos Kingston são identificados pelo nome do fabricante seguido da letra que o sistema lhes atribui – por exemplo: KINGSTON (E:) –, ao passo que os falsos aparecem como Disco Removível (E:). E o mesmo se observa na tela Remover Hardware com SegurançaKingston Data Treveler 2.0 USB Device para o produto legítimo, por exemplo, e algo como Ameco Flash Disk USB Device para o falso.

- Grave uma quantidade de dados que se aproxime de sua capacidade máxima nominal, espete-o em outro computador e tente abrir os arquivos ou transferi-los para outra pasta. Se não conseguir, é fria. Caso não consiga fazer o teste in loco, exija nota fiscal e certificado de garantia; se identificar qualquer problema, o melhor a fazer é pedir a devolução do dinheiro (no caso de substituição, é bem possível que você receba outro “mico”).

Vale lembrar que os pendrives devem ser conectados somente DEPOIS que o sistema operacional for inicializado e removidos ANTES do desligamento do computador (evite ainda mantê-los permanentemente espetados nas portas USB). Sempre que for desconectar um dispositivo USB, clique no ícone com a setinha verde, na área de notificação, selecione o item em questão e clique em Parar, para que a leitura ou a gravação de dados sejam concluídas antes de a mídia ser desconectada do computador. Caso queira desacoplá-lo com segurança sem precisar avisar o sistema, clique em Meu Computador, dê um clique direito sobre o ícone que representa o drive em questão e clique em Propriedades. Na aba Hardware, selecione o dispositivo, clique no botão Propriedades e, na aba Diretivas, marque a opção “Otimizar para remoção rápida”. Mesmo assim, só desconecte o dispositivo após certificar-se de que não existem dados sendo copiados ou movidos; caso o modelo que você utiliza disponha de um LED, jamais o remova enquanto a luzinha estiver piscando.
Abraços e até mais ler.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Autorun e Autoplay

Embora os disquetes tenham reinado absolutos como opção primária de mídia removível para armazenamento e transporte de dados, o espaço miserável e a falta de confiabilidade os levaram a um processo irreversível de decadência senil – se seu PC ainda tem um Floppy drive, isso se dá mais por uma questão protocolar do que por real necessidade.
À medida que os gravadores de CDs e DVDs se popularizaram, os disquinhos foram sendo progressivamente abandonados, e a queda no preço dos memory keys de grandes capacidades jogou a pá de cal que faltava para sua aposentadoria compulsória.
Por outro lado – e tudo sempre tem outro lado –, os chaveirinhos de memória facilitaram sobremaneira a vida da “turminha do mal”: um pendrive no bolso e uma entrada USB no PC já bastam para alguém disseminar malwares ou surrupiar informações confidenciais, notadamente de empresas e afins.
Sensível a esse problema, a Microsoft achou por bem inibir o “Autorun” dos dispositivos USB no Seven e estender essa medida (via Patch Tuesday deste mês) também ao XP e demais versões do Windows para as quais ela ainda oferece suporte.
Tradicionalmente, sempre que introduzíamos um CD ou DVD no drive óptico ou conectávamos um pendrive na portinha USB do PC, o Autoplay exibia uma telinha com diversas opções – de abertura de pastas e exibição de arquivos, imagens ou multimídia à execução de músicas e outras que variam conforme o conteúdo da mídia e dos programas instalados no computador. No entanto, caso a mídia contivesse um arquivo executável (como em aplicativos que demandam instalação, por exemplo), o conteúdo era carregado automaticamente pelo Autorun. No primeiro caso, a reprodução automática permitia escolher o que fazer, ao passo que, no segundo, o programa era executado automaticamente – e um recurso que invoca a execução de qualquer programa à revelia do usuário pode ser facilmente utilizado na propagação de malwares e códigos mal intencionados que tais.
Quem migrou para o Windows 7 deve ter reparado que aplicativos armazenados em mídias ópticas ainda são executados automaticamente (desde que exista um arquivo “Autorun.Inf” com informações sobre o programa a ser carregado), mas o mesmo já não se dá com “pendrives” e outros dispositivos USB: ainda que eles contenham o Autorun.Inf, o que aparece na tela é a janelinha da reprodução automática, esperando você decidir o que quer fazer (ou não fazer).
Já quem continua fiel ao velho XP (ou Vista, Server 2003 e Server 2008) deve rodar o Windows Update e atualizar seu sistema para obter essa solução de segurança (mais informações no artigo “Update to the AutoPlay functionality in Windows”, disponível em http://support.microsoft.com/kb/971029/en-us).
Abraços a todos, uma ótima quarta-feira e até mais ler.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Sonho de consumo

Se você vem aventando para amigos e parentes que seu sonho de consumo é um pendrive de grande capacidade, esperando com isso ganhar de Natal um DataTraveler 310 256GB, é melhor tirar o cavalo da chuva.
O preço dessa belezinha – que oferece 256 GB de espaço (suficiente para gravar 365 CDs, 43 DVDs ou 51.000 imagens), tem velocidades de leitura e gravação de 25 MB/s e 12 MB/s, respectivamente, e integra um software de segurança que permite a criação de uma zona protegida por senha com até 90% de sua capacidade – é de assustar até o próprio Papai Noel: R$ 4.466,00 no site do fabricante (http://www.kingston.com.br/).
Mesmo considerando a garantia de 5 anos e o suporte técnico gratuito, é uma paulada.
Bom dia a todos e até amanhã.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Armazenamento externo e transporte de dados

Quando eu arrisquei meus primeiros artigos sobre Tecnologia da Informação, no final do século passado, já se dizia que o disquete (Floppy Disk) estava com os dias contados – mas parece que ninguém contou isso para ele, que, da mesma forma como certos políticos, vem se recusando teimosamente a sair de cena. No entanto, talvez a coisa mude de figura a partir de março do ano que vem, quando esse tipo de mídia terá sua fabricação encerrada no Japão.
Criados quando os computadores ainda não tinham disco rígido – tanto o sistema quanto os programas e os arquivos eram carregados e manipulados diretamente a partir de disquetes de 5 ¼ polegadas –, eles encolheram para 3 ½ polegadas e foram durante décadas a opção primária para instalação de softwares, realização de backups e transporte de dados. Mas o “inchaço” dos sistemas e programas, a popularização dos gravadores de CD/DVD e o surgimento dos “chaveirinhos de memória” viriam torná-los anacrônicos e pouco funcionais; hoje, se a maioria dos desktops ainda conta um drive de disquete, isso se dá mais por uma questão protocolar do que por real necessidade.

Observação: Até meados da década passada, os arquivos de instalação de softwares vinham em disquetes (o próprio Windows 95 chegou a ser disponibilizado dessa maneira), mas bastava um único disquinho embolorar ou desmagnetizar para comprometer todo o conjunto. Hoje em dia, considerando que os 1.44 MB de espaço oferecidos pelos disquetes dão para gravar pouco mais de 1 minuto de música em MP3, imagine quantos deles seriam necessárias para backup completo de um HD moderno ou para armazenar arquivos de instalação das versões mais recentes do Windows.

Mesmo que tanto os HDs externos quanto os práticos “chaveirinhos de memória” venham oferecendo cada vez mais espaço por preços cada vez menores, as mídias ópticas continuam em alta, especialmente na hora de gravar arquivos de multimídia (músicas, clipes, filmes, etc.), até porque é possível tocá-las também no player de casa, do carro, em dispositivos portáteis, e por aí vai.  Alguns fabricantes sugerem que, se bem conservados, CDs e DVDs funcionam por várias décadas, mas convém lembrar que eles também são frágeis, sensíveis ao calor e a maus tratos.
Para prolongar a vída útil de seus discos, manuseie-os com cuidado, pegando sempre pelas bordas, e mantenha-os guardados nas caixinhas, ao abrigo da luz solar e de outras fontes de calor. Quando um simples pano seco não remover os resíduos de gordura, suor e outros que tais, pingue algumas gotas de detergente neutro num copo com água, umedeça uma esponja (ou um pano macio) e esfregue gentilmente – sempre do centro para a borda do disco, nunca em sentido circular.
Riscos pouco profundos podem atrapalhar a leitura, mas geralmente é possível elimina-los com um cotonete e uma pequena quantidade de creme dental (ou de um polidor de metais como Kaöl). Se isso não resolver, tente um kit para recuperação de CDs e DVDs (vendidos em grandes magazines, hipermercados e lojas de produtos eletrônicos). Caso sua leitora continue se recusando a ler a mídia (e o problema não for a própria leitora, coisa que você pode averiguar usando outro disco que esteja em perfeitas condições), experimente um programa de recuperação como o CDCheck, gratuito para uso pessoal e disponível em www.kvipu.com/CDCheck/registration.php).
Bom dia a todos e até mais ler.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Memória flash

Não faz muito tempo, um PC com boa capacidade de espaço integrava um disco rígido de algumas centenas de megabytes, e os disquetes de 1.44MB eram o principal recurso de que os usuários domésticos dispunham para armazenamento externo e transporte de arquivos.
Hoje em dia, qualquer computador de entrada de linha oferece centenas de gigabytes de espaço em disco, e os dispositivos externos baseados em memória flash (pendrives) permitem levar no bolso uma quantidade absurda de arquivos – toda a nossa coleção de músicas ou mesmo alguns filmes em alta definição, já que os modelos mais recentes comportam até 64 GB de dados.
A memória flash foi desenvolvida pela Toshiba na década de 80, e seus bits trabalham de forma semelhante à dos transistores dentro dos microprocessadores (uma tensão aplicada à base atua sobre os elétrons e produz as funções “ligar” ou “desligar”, correspondente aos binários 1 e 0). Diferentemente da RAM, esse tipo de memória não é volátil (ou seja, os dados são gravados de forma persistente), mas suas características a tornam mais lenta do que os HDs e limitam sua capacidade de regravação a algo entre 10.000 e 100.000 vezes. Para piorar, sua densidade de armazenamento (um bit de informação requer 40 nanômetros em dispositivos comerciais) dificulta a miniaturização, de modo que, para armazenar terabytes de dados num único chip, os fabricantes vêm pesquisando outras soluções, mas isso já é outra história e fica para uma próxima postagem.
Bom dia a todos e até amanhã.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Upgrade em notebooks

O Natal está chegando, e se você se comportou direitinho durante o ano, talvez Papai Noel lhe traga aquele tão sonhado notebook (afinal, milagres acontecem). Entretanto, como o Bom Velhinho parece ter hábitos antiquados – há séculos que ele dirige o mesmo trenó puxado a renas, e não se tem notícia de que sua fábrica de brinquedos já tenha sido informatizada –, é possível que a configuração do portátil não seja das melhores. Então, antes de pensar em negociar o “mico” no Mercado Livre, considere a possibilidade de um upgrade de hardware.
Devido a questões de arquitetura, upgrades “combinam” bem menos com computadores portáteis do que com desktops, até porque as possibilidades de modificação são limitadas, os componentes custam caro e o procedimento é mais complicado. Via de regra, só é possível aumentar a memória e trocar o disco rígido (embora alguns modelos permitam substituir também o drive óptico – e até o processador, notadamente na linha AMD –, mas isso já é outra história).
Enfim, caso a idéia lhe interesse, assegure-se primeiramente de que a evolução pretendida é tecnicamente possível e economicamente viável. Consulte o manual do computador ou o website do fabricante – ou rode o PC Wizard (mais informações e download em http://superdownloads.uol.com.br/download/85/pc-wizard-2006/) – para saber que tipo de memória é utilizada, qual a quantidade máxima suportada e o número de soquetes disponíveis. Notebooks trabalham com módulos SODIMM, que têm aproximadamente a metade do tamanho dos utilizados em desktops, embora custem bem mais caro. Memórias antigas (DDR) são mais difíceis de encontrar do que as atuais (DDR2 e DDR3), e se você tiver de comprá-las a peso de ouro, o upgrade deixará de fazer sentido.
Para piorar, existe a questão do mau aproveitamento dos soquetes: um modelo que disponha de dois soquetes e suporte 1 GB, por exemplo, pode vir com 512 MB distribuídos em dois módulos de 256 MB. Nesse caso, em vez de simplesmente acrescentar um novo pente, você terá de substituir os originais (o que custará bem mais caro). Demais disso, se já houver 1 GB de memória instalada, o jeito será esquecer o assunto.
Presumindo que a evolução seja possível e que você já tenha adquirido os módulos adequados, o próximo passo é desconectar o note da tomada e remover a bateria. Nos modelos mais antigos, os soquetes de memória ficavam sob o teclado; nos mais recentes, eles costumam ser facilmente acessíveis através de um painel localizado na parte inferior do aparelho. Removido esse painel, basta liberar as presilhas que fixam os pentes nos slots – empurre-as para fora e as memórias saltarão em diagonal –, inserir os novos módulos (também em diagonal e respeitando a posição dos contatos) e pressioná-los delicadamente contra o encaixe, até sentir o “clique” das presilhas.
Já se a idéia for partir para um HD mais “espaçoso”, rápido e com mais cache, a coisa é um pouco mais complicada. Isso porque não é possível acrescentar um segundo disco num computador portátil; você terá de substituir o disquinho atual pelo novo e copiar todo o seu conteúdo (a maneira mais simples de se fazer isso é utilizando um “case” para notebooks, que permite “transformar” um disco interno em externo e conectá-lo a uma porta USB).
O PC Wizard irá lhe indicar a marca e o modelo do drive instalado. Atente especialmente para o tipo de conexão – se SATA ou IDE –, já que, nesse aspecto, vale o mesmo que foi dito em relação a memórias antigas (ou seja, que a dificuldade de encontrar o componente adequado a preço razoável pode tornar a evolução inviável). Além disso, é preciso que o novo drive caiba no espaço disponível; você só deve adquiri-lo depois de se certificar que a instalação física é possível.
No mais, basta expor o HD (removendo um painel lateral ou tampa inferior do note, conforme o caso), desconectá-lo, desparafusá-lo e instalar o novo em seu lugar, fazendo a operação inversa. Preste muita atenção à fiação: laptops têm canais específicos por onde os fios devem correr, e se fiação for acomodada de forma imprecisa, ela pode ser pinçada ou impedir que outros componentes se encaixem corretamente.
Concluída a instalação, resta particionar e formatar o novo disco, instalar o sistema e programas e transferir todos os seus arquivos importantes.

Observações: Tenha em mente que essas modificações podem anular a garantia e até mesmo danificar o aparelho; se você não se sentir seguro para realizar os procedimentos, recorra à assistência técnica ou a um profissional de sua confiança. Note também que o design dos portáteis varia muito; até modelos de um mesmo fabricante podem ter características distintas e métodos de desmontagem diferentes, razão pela qual esta postagem deve ser vista apenas como uma simples referência.

Um bom dia a todos.