Não faz muito tempo, um PC com boa capacidade de espaço integrava um disco rígido de algumas centenas de megabytes, e os disquetes de 1.44MB eram o principal recurso de que os usuários domésticos dispunham para armazenamento externo e transporte de arquivos.
Hoje em dia, qualquer computador de entrada de linha oferece centenas de gigabytes de espaço em disco, e os dispositivos externos baseados em memória flash (pendrives) permitem levar no bolso uma quantidade absurda de arquivos – toda a nossa coleção de músicas ou mesmo alguns filmes em alta definição, já que os modelos mais recentes comportam até 64 GB de dados.
A memória flash foi desenvolvida pela Toshiba na década de 80, e seus bits trabalham de forma semelhante à dos transistores dentro dos microprocessadores (uma tensão aplicada à base atua sobre os elétrons e produz as funções “ligar” ou “desligar”, correspondente aos binários 1 e 0). Diferentemente da RAM, esse tipo de memória não é volátil (ou seja, os dados são gravados de forma persistente), mas suas características a tornam mais lenta do que os HDs e limitam sua capacidade de regravação a algo entre 10.000 e 100.000 vezes. Para piorar, sua densidade de armazenamento (um bit de informação requer 40 nanômetros em dispositivos comerciais) dificulta a miniaturização, de modo que, para armazenar terabytes de dados num único chip, os fabricantes vêm pesquisando outras soluções, mas isso já é outra história e fica para uma próxima postagem.
Bom dia a todos e até amanhã.