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quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

COMO DESAFOGAR O SISTEMA OPERACIONAL (CONTINUAÇÃO)

O AMOR É UM SONHO, O CASAMENTO É O DESPERTADOR! 

Para fazer o que eu sugeri no finalzinho do post anterior, é preciso que seu computador integre duas unidades não voláteis de armazenamento de dados (drives de HD ou de memória sólida), ou, na falta de um segundo drive, que o existente tenha sido particionado em duas unidades lógicas.

Como os discos rígidos atuais são gigantescos (qualquer PC de configuração mediana conta com algo entre 500 GB e 1 TB de espaço) e os notebooks tomaram o lugar dos tradicionais desktops, quase ninguém mais tem dois HDDs internos, o jeito particionar o drive que se tem.

Particionar, como o nome sugere, é dividir o espaço disponível em duas ou mais unidades lógicas ― que o Windows enxerga como se fossem dispositivos distintos. O recomendável seria adotar essa providência durante a instalação do sistema, mas a maioria dos fabricantes de PCs fornecem seus produtos com o Windows pré-carregado, e poucos se dão ao trabalho de criar outra unidade lógica que não uma pequena partição oculta, que é usada para armazenar os arquivos de restauro (assim, eles economizam alguns trocados deixando de fornecer a mídia de instalação do software, que até algum tempo atrás acompanhava o computador).

Reinstalar o Windows não é um bicho-de-sete-cabeças, mas nem por isso é uma tarefa agradável ― tanto que, nessas horas, a maioria dos usuários recorre a um computer guy de confiança. Nas edições 9x/ME do Windows, esse procedimento era realizado com o auxílio de duas ferramentas nativas (FDISK e FORMAT), executadas via prompt de comando. Fazê-lo a posteriori, com o sistema já instalado, demandava o uso de aplicativos de terceiros, como o festejado Partition Magic. Hoje em dia, felizmente, a história é outra. Mas vamos por partes.

Dividir uma unidade de armazenamento de dados não volátil em duas ou mais partições (para os efeitos desta postagem, vamos desconsiderar a tal partição oculta criada pelo fabricante do aparelho e focar somente na unidade do sistema ― geralmente C:) apresenta diversas vantagens. Uma delas é a possibilidade de ter dois sistemas operacionais no mesmo computador (é possível instalar mais de na mesma partição, mas isso não é aconselhável, já que eles não costumam coexistir pacificamente).

Mas uma segunda partição também ajuda a proteger arquivos pessoais e backups importantes da ação de malwares ― ou prevenir o apagamento desses arquivos durante uma eventual reinstalação do sistema, quando e se algum problema mais grave exigir tal providência ―, sem mencionar que evita o consumo desmedido de espaço na unidade C, visto que, conforme eu já comentei, o Windows precisa de pelo menos 20% de espaço livre para trabalhar.

Observação: Tenha em mente que esse procedimento não protege os dados em caso de pane física do drive, situação em que ambas as unidades lógicas podem se tornar inacessíveis.

A boa notícia é que as edições mais recentes do Windows permitem realizar o particionamento da unidade C: a qualquer tempo com ferramentas do próprio sistema, embora eu recomende usar utilitários de terceiros, como veremos nos próximos capítulos.

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sexta-feira, 27 de outubro de 2017

HDD/SSD ― A MEMÓRIA DE MASSA DO PC


O AMOR ENTRE DUAS CRIATURAS TALVEZ SEJA A TAREFA MAIS DIFÍCIL QUE NOS FOI IMPOSTA, A MAIOR E ÚLTIMA PROVA, A OBRA PARA A QUAL TODAS AS OUTRAS SÃO APENAS UMA PREPARAÇÃO.

Por armazenar os dados de forma persistente (não confundir com permanente) o HDD constitui a memória de massa (ou secundária) do computador. É a partir dele que os dados são transferidos para a RAM (memória física ou principal), onde os programas são carregados e as informações, processadas, desde o próprio sistema operacional até um simples documento de texto ―  nenhum computador atual, seja um grande mainframe ou uma simples calculadora de bolso, funciona sem uma quantidade mínima de memória RAM.

O primeiro HDD era composto de 50 pratos de 24” de diâmetro, custava absurdos US$ 30 mil e armazenava míseros 4.36 MB ― ou seja, pouco mais que uma faixa musical em .mp3. Hoje, qualquer computador de entrada de linha traz um drive de 500 GB a 1 TB, mas se sobra espaço, falta desempenho: enquanto a velocidade dos processadores aumentou milhões de vezes desde os anos 1980, a taxa de transferência de dados dos HDDs cresceu alguns milhares de vezes, e a rotação dos pratos mal quadruplicou. Como o tempo de acesso é inversamente proporcional ao volume de dados, o disco rígido disputa com o anacrônico BIOS o ranking dos gargalos de desempenho do computador.

Aos poucos, o BIOS vem sendo substituído pelo UEFI, que, dentre outras vantagens, reduz significativamente o tempo de inicialização do sistema. Já os HDDs vêm cedendo espaço aos SSDs (sigla de Solid State Drive), também paulatinamente, devido à dificuldade de conciliar fartura de espaço com preço competitivo. Mas vamos por partes. 

Por mais que tenha evoluído ao longo das últimas 6 décadas, o drive de HD ainda é um conjunto de discos (ou pratos) que, acionados por um motor, giram em alta velocidade (alguns modelos vão além das 10 mil RPM) dentro de uma caixa hermeticamente fechada. Cada prato é recoberto de ambos os lados por uma camada metálica e formatado (fisicamente) na fábrica, quando é dividido em trilhas, setores e cilindros.

As trilhas são "faixas concêntricas" numeradas da borda para o centro e divididas em (milhões de) setores de 512 bytes. Se o drive integrar dois ou mais discos, existe ainda a figura do cilindro, que corresponde ao conjunto de trilhas de mesmo número dos vários pratos (o cilindro 1 é formado pela trilha 1 de cada face de cada disco, o cilindro 2, pela trilha 2, e assim por diante). O primeiro setor ― conhecido como setor de bootsetor zerotrilha zero ou MBR ― abriga o gerenciador de boot, as FATs ― tabelas de alocação de arquivos usadas na formatação lógica das partições inicializáveis ― e outros dados inerentes à inicialização do sistema.

Observação: Note que setor e cluster são coisas distintas: o primeiro corresponde à menor unidade física do HDD, ao passo que o segundo, geralmente formado por um conjunto de setores, remete à menor unidade lógica que o SO é capaz de acessar para armazenar dados.

Os dados são gravados e lidos por cabeças eletromagnéticas posicionadas na extremidade de um braço controlado pelo atuador. Combinando o efeito giratório produzido no disco pelo motor com o movimento do braço, as cabeças podem gravar/ler dados em qualquer ponto da superfície dos discos. A gravação é feita mediante a inversão da polaridade das moléculas do revestimento metálico dos partos, que gera sinais elétricos interpretados pela placa lógica do drive como os bits zero e um que, em linguagem de máquina, compõem os arquivos digitais. Na leitura, a diferença é que as cabeças não alteram a polaridade das moléculas, apenas “leem” os sinais elétricos e os enviam para a placa lógica interpretar.
   
Para não espichar demais esta postagem, vamos deixar o resto para a próxima. Até lá.

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terça-feira, 18 de julho de 2017

VOCÊ CONHECE SEU PC? Parte X

BONS ARTISTAS COPIAM, GRANDES ARTISTAS ROUBAM, VERDADEIROS ARTISTAS SIMPLIFICAM. 

As placas-mãe se dividem ainda em onboard e offboard, embora essa nomenclatura fizesse mais sentido na pré-história dos microcomputadores, quando os modelos offboard traziam quase que exclusivamente o BIOS e o chipset ― todos os demais componentes, aí incluídos o coprocessador matemático, as controladoras dos drives de disquete e HD, as portas seriais, de impressora (paralela) e a memória cache eram vendidos separadamente e instalados em soquetes apropriados (para saber mais, clique aqui).

A cada nova geração, mais recursos são integrados aos circuitos das placas-mãe e respectivos chipsets (seu principal componente lógico), visando reduzir a quantidade de dispositivos autônomos e, por tabela, o custo final do aparelho. Para os fabricantes de chipsets, é conveniente embutir funções adicionais no "espaço ocioso" deixado pela progressiva miniaturização dos transistores, e como os fabricantes de placas precisam apenas adicionar os conectores apropriados para permitir seu aproveitamento, junta-se a fome à vontade de comer. Também nesse caso uma máquina comprada pronta limita as opções do usuário a aceitar ou recusar a configuração definida pelo fabricante, de modo que não há muito para onde correr.

O HDD, como já foi mencionado anteriormente, é a “memória de massa” do sistema e tem por função armazenar os de modo persistente. O primeiro modelo de que se tem notícia foi fabricado em meados do século passado pela IBM, e embora fosse composto de 50 pratos de 24 polegadas de diâmetro, sua capacidade de armazenamento mal chegava a 5MB. De lá para cá, a evolução tecnológica cumpriu seu papel, e esses componentes não só diminuíram de tamanho caíram de preço, mas também passaram a oferecer cada vez mais espaço: hoje, qualquer PC de entrada de linha integra um drive de pelo menos 500GB (já existem modelos com capacidade dezenas de vezes maior).

O resto fica para a próxima, pessoal. Até lá.

FICOU PARA AGOSTO, PARA SETEMBRO, OU PARA AS CALENDAS GREGAS.

Depois da substituição (imoral) de 13 dos 66 integrantes da CCJ do Senado e da farta distribuição de verbas parlamentares, ofertas de parcelamento de dívidas de prefeituras e outras benesses prometidas a políticos que se vendem como prostitutas em bordéis, o relatório alternativo (do tucano Paulo Abi-Ackel, que integra a “panelinha” de Aécio Neves) foi aprovado, mas os conspícuos congressistas anteciparam o recesso, bateram as asas e voaram para suas bases, inviabilizando tanto a leitura do relatório ― procedimento regimental indispensável à inclusão do tema na pauta de votação ―, já que somente 13 deputados registraram presença na Câmara, nesta segunda-feira, quando seriam necessários 51 para a abertura da sessão.

Fica evidente, portanto, que nem o governo nem a oposição seriam capazes de reunir os 342 deputados necessários para votar a autorização da denúncia da PGR contra Temer, que deve ficar mesmo para agosto, quando suas excelências retornarem das “merecidas férias”, ou para as calendas gregas, como afirmam alguns palpiteiros de plantão.

Ministros, assessores e outros baba-ovos do presidente se revezam em entrevistas, pontuando a necessidade de virar essa página o quanto antes, sem o que a Câmara não pode retomar a pauta de votações e aprovar reformas importantes, etc. e tal ― como se estivessem realmente preocupados com os interesses da nação, e não em salvar o “chefe” (para não cair junto com ele). Depois, em novo discurso, cantaram a vitória do governo e disseram que o problema passou a ser da oposição ― mas o fato é que tentaram até o último momento garantir a votação antes do recesso; só que não conseguiram sensibilizar nem mesmo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que não moveu uma palha para acelerar o cronograma.

Observação: Botafogo, como Maia era chamado na lista de propinas da Odebrecht, ou Bolinha, como se refere a ele alguns desafetos, seria, pelo menos em tese, aliado do Planalto, mas é o primeiro na lista sucessória presidencial e, portanto, o maior beneficiário de uma eventual deposição de Michel Temer ― daí dizerem que ele foi “picado pela mosca azul”, numa alusão ao poema Mosca Azul, de Machado de Assis (*).

Ainda no mês passado, Maia teria dito em off que a votação da denúncia só ocorreria em plenário depois do recesso, o que que agora se confirma. Para o ministro chefe da Casa Civil ― mais um do primeiro escalão que é réu no Supremo e investigado na Lava-Jato ―, o Bolinha tem sido de uma lealdade absoluta, mas, na prática, se não conspira abertamente ― como fez Temer durante o impeachment de Dilma ―, ele tampouco torce a favor do “chefe”. Até porque já vem se formando um consenso em torno de seu nome, com apoio de parlamentares e de setores da economia, que o consideram uma alternativa válida para substituir o impopular e desmoralizado presidente de plantão, dar andamento às reformas e comandar o país até o final de 2018).

Os próximos 15 dias serão de expectativa para Michel Temer. O doleiro Lúcio Funaro e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha disputam o interesse dos investigadores por suas possíveis delações, que focam na cúpula do PMDB (detalhes nesta postagem). E se o Planalto tinha votos suficientes para enterrar essa primeira denúncia (Janot deve apresentar mais duas antes de deixar a PGR, em meados de setembro), caso quórum para votá-la na sexta-feira passada ou nesta segunda, nada garante que o mesmo ocorra em agosto, pois, pressionados pelas bases durante o recesso, muitos deputados podem não estar propensos a apoiar o governo agonizante de um presidente impopular e acusado de corrupção passiva.

A condenação de Lula pelo juiz Sérgio Moro contribuiu para mudar, ainda que temporariamente, o foco dos holofotes, e a aprovação do texto base da reforma trabalhista deu algum fôlego ao governo, mas não é o caso de soltar rojões. E já que falamos no petralha mor, vejam mais um escárnio, mais um tapa na cara da sociedade de bem: O deputado petista Vicente Cândido pariu uma excrescência que já vem sendo chamada de "Emenda Lula". A proposta, feita sob medida para favorecer o molusco abjeto, visa aumentar de 15 dias para oito meses o período anterior às eleições em que presumíveis candidatos só podem ser presos em flagrante delito. Mas é possível que essa questão nem chegue a ser debatida na Câmara, até porque foi colocada pelo relator da proposta de reforma política sem ter sequer o consenso de seus colegas de bancada, e vem sendo repudiada pela maioria dos parlamentares.

Pela proposta esdrúxula, os postulantes apresentariam à Justiça Eleitoral uma declaração de que serão candidatos nas eleições de Outubro, e a partir daí ficariam imunes à prisão. Segundo Merval Pereira, essa patacoada evitaria apenas uma eventual prisão de Lula, e não sua inelegibilidade, sem mencionar que poderia ser alvo de contestação no Supremo, pois os autodeclarados candidatos deixariam de ser cidadãos iguais aos demais, o que contraria a Constituição. Em última análise, bastaria que um bandido, mesmo que não fosse parlamentar, se apresentasse como possível candidato para estar livre da prisão por oito meses, abrindo uma nova modalidade de ilegalidade aos partidos políticos: a venda de vagas para a imunidade.

Mais uma vez, as propostas de mudança nas regras eleitorais estão sendo utilizadas para resolver interesses pontuais. Quem observa os deputados federais tem a clara impressão de que “a ficha ainda não caiu”. A despeito de o atual sistema ter-se esgotado, arrastado para a vala dos escândalos de corrupção, ainda há parlamentares apegados, que não conseguem pensar em outra maneira de fazer campanha, de se relacionar com o poder Executivo ou mesmo de manter o padrão de vida conquistado nos últimos anos.

(*) Para encerrar, o poema Mosca Azul, de Machado de Assis:

Era uma mosca azul, asas de ouro e granada,
Filha da China ou do Indostão.
Que entre as folhas brotou de uma rosa encarnada.
Em certa noite de verão.

E zumbia, e voava, e voava, e zumbia,
Refulgindo ao clarão do sol
E da lua — melhor do que refulgiria
Um brilhante do Grão-Mogol.

Um poleá que a viu, espantado e tristonho,
Um poleá lhe perguntou:
— "Mosca, esse refulgir, que mais parece um sonho,
Dize, quem foi que te ensinou?"

Então ela, voando e revoando, disse:
— "Eu sou a vida, eu sou a flor
Das graças, o padrão da eterna meninice,
E mais a glória, e mais o amor".

E ele deixou-se estar a contemplá-la, mudo
E tranqüilo, como um faquir,
Como alguém que ficou deslembrado de tudo,
Sem comparar, nem refletir.

Entre as asas do inseto a voltear no espaço,
Uma coisa me pareceu
Que surdia, com todo o resplendor de um paço,
Eu vi um rosto que era o seu.

Era ele, era um rei, o rei de Cachemira,
Que tinha sobre o colo nu
Um imenso colar de opala, e uma safira
Tirada ao corpo de Vixnu.

Cem mulheres em flor, cem nairas superfinas,
Aos pés dele, no liso chão,
Espreguiçam sorrindo as suas graças finas,
E todo o amor que têm lhe dão.

Mudos, graves, de pé, cem etíopes feios,
Com grandes leques de avestruz,
Refrescam-lhes de manso os aromados seios.
Voluptuosamente nus.

Vinha a glória depois; — quatorze reis vencidos,
E enfim as páreas triunfais
De trezentas nações, e os parabéns unidos
Das coroas ocidentais.

Mas o melhor de tudo é que no rosto aberto
Das mulheres e dos varões,
Como em água que deixa o fundo descoberto,
Via limpos os corações.

Então ele, estendendo a mão calosa e tosca.
Afeita a só carpintejar,
Com um gesto pegou na fulgurante mosca,
Curioso de a examinar.

Quis vê-la, quis saber a causa do mistério.
E, fechando-a na mão, sorriu
De contente, ao pensar que ali tinha um império,
E para casa se partiu.

Alvoroçado chega, examina, e parece
Que se houve nessa ocupação
Miudamente, como um homem que quisesse
Dissecar a sua ilusão.

Dissecou-a, a tal ponto, e com tal arte, que ela,
Rota, baça, nojenta, vil
Sucumbiu; e com isto esvaiu-se-lhe aquela
Visão fantástica e sutil.

Hoje quando ele aí cai, de áloe e cardamomo
Na cabeça, com ar taful
Dizem que ensandeceu e que não sabe como
Perdeu a sua mosca azul.

Confira minhas atualizações diárias sobre política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/

quarta-feira, 22 de julho de 2015

COMO HABILITAR O CACHE DO HD

UM HOMEM QUE NÃO ACEITA SEU DESTINO ACABA DESTRUÍDO POR ELE.

Como foi dito alhures, existem diversos "truques" para aprimorar a performance do HD. Veremos a seguir como habilitar a gravação de arquivos em cache, e assim acelerar o acesso aos dados e liberar o uso da RAM para outras tarefas. Para tanto:
  • Clique em Iniciar, de um clique direito em Computador, selecione Propriedades e clique em Gerenciador de dispositivos (à esquerda da tela);
  • Na lista dos dispositivos, expanda Unidades de disco, dê um clique direito sobre o drive onde seu sistema se encontra instalado e selecione Propriedades;
  • Na tela das propriedades do drive, clique em Diretivas, marque o campo Habilitar gravação em cache no dispositivo, confirme em OK, e pronto.
Abraços a todos e até mais ler.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

DISCO RÍGIDO PREENCHIDO COM GÁS HÉLIO / TESTE DE RESISTÊNCIA DE NOTEBOOKS

SÓ PULE A CERCA SE TIVER CERTEZA DE QUE QUER VER O QUE ESTÁ DO OUTRO LADO.

AVISO AOS NAVEGANTES:
Por sugestão do Gabriel, lá do PONTOLINK, eu criei a comunidade INFORMÁTICA – DICAS E TRUQUES sob a seção COMPUTADOR, que está aberta a todos que quiserem participar. Fica aqui a dica e meus agradecimentos antecipados a quem se habilitar. 

Quando cometi meus primeiros ensaios sobre hardware, eu costumava frisar que o HDD não era “fechado a vácuo”, até porque o ar, combinado com a alta rotação dos discos, forma uma espécie de "colchão", e mantém as cabeças de leitura/gravação afastadas alguns nanômetros da superfície dos pratos (numa comparação que li certa vez, como um Boeing 747 em velocidade máxima voando a apenas 30 metros do solo). Aliás, o princípio é semelhante ao da asa de um avião; a diferença é que, no caso dos drives, as cabeças são fixas, mas o efeito é basicamente o mesmo. Por conta disso, ao ler que a conceituada fabricante norte-americana de HDDs Western Digital lançou há alguns meses um modelo de 10 TB, o que mais me chamou a atenção não foi o espaço gigantesco, mas o fato de o drive ser fechado hermeticamente e conter gás hélio em seu interior.

Segundo a empresa, além de o fechamento hermético do drive impedir a entrada de umidade, poeira e outras impurezas, o gás hélio oferece menor resistência do que o ar, reduzindo o consumo de energia e a temperatura de funcionamento. Com isso é possível instalar mais pratos, que, combinados com a tecnologia SMR (gravação dos dados de forma sobreposta), proporcionam mais espaço para o armazenamento de dados.

O desempenho do Ultrastar H10 é inferior ao dos drives tradicionais, pois estes últimos utilizam a tecnologia PMR (gravação magnética perpendicular), que oferece a mesma densidade da SMR, mas é mais rápida. Dessa forma, o modelo em questão se mostra mais adequado ao uso em data centers e provedores de armazenamento na nuvem, onde a capacidade é mais relevante do que a velocidade.

Embora eu já tenha focado o HDD em diversas postagens, não custa relembrar que esse importante componente do PC é sensível a impactos, solavancos e interrupções abruptas no fornecimento de energia, sem falar que a poeira e o bolor também podem reduzir sua vida útil. Portanto, é recomendável manter o gabinete num local limpo, ventilado e livre de umidade, utilizar fontes de alimentação de boa qualidade e proteger o equipamento dos distúrbios da rede elétrica com o uso de um no-break online ou, no mínimo, de um bom estabilizador de voltagem. Evite réguas ou filtros de linha vendidos em supermercados e lojas de material elétrico, pois eles não filtram coisa alguma e tampouco oferecem proteção adequada contra picos de tensão; a rigor, sua função é permitir que dois ou mais aparelhos compartilhem a mesma tomada prática que, aliás, não é recomendável, pois pode resultar em superaquecimento e risco de incêndio.

Diante do exposto, não é difícil concluir que os HDDs de notebooks são mais sujeitos a problemas do que os dos desktops, embora não tanto quanto eram anos atrás, pois os fabricantes desenvolveram novas tecnologias e implementaram soluções destinadas a protegê-los de vibrações, impactos e solavancos. Se você não dispõe de um modelo blindado como o Toughbook, da Panasonic, que é projetado para resistir a quedas, água, poeira, impactos na tela e temperaturas de -60ºC a 120ºC , trate seu portátil com delicadeza e evite transportá-lo quando ele estiver ligado (recorra à suspensão ou à hibernação, já que tanto um como o outro interrompe o funcionamento do disco rígido).

Observação: Se quiser fazer um teste de resistência mais abrangente com o seu note, veja as dicas da vovó no clipe a seguir:

 


E como hoje é sexta-feira:


Um ótimo final de semana a todos e até segunda, se Deus quiser.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

DRIVERS DA PLACA-MÃE, CHIPSET E DISPOSITIVOS – IOBIT DRIVER BOOSTER 2

A CIÊNCIA SEM A RELIGIÃO É MANCA, A RELIGIÃO SEM A CIÊNCIA É CEGA.

Inicialmente, cumpre alertar os neófitos que os termos drive e driver designam coisas distintas. Aliás, isso e muito mais foi visto numa sequência de quatro postagens publicadas há pouco mais de três anos (começando por esta aqui), e se volto agora ao assunto, faço-o para dedicar algumas linhas ao Driver Booster, da conceituada IObit, que se destaca com louvor entre as demais ferramentas gratuitas para gerenciamento de drivers.

Observação: Drives são dispositivos usados para a leitura de algum tipo de mídia – como é o caso dos drives de DVD, drives de HD, etc. –, ao passo que drivers (ou controladores) são programinhas de baixo nível que servem como “ponte” entre o software e o hardware. Sem eles o Windows não saberia, por exemplo, qual a versão da impressora, em qual porta ela está conectada, se está ou não funcional, se existe papel na bandeja, tinta nos cartuchos, e daí por diante.

Todo hardware precisa de drivers para funcionar, e ainda que o Windows seja capaz de instalar e operar a maioria dos componentes existentes no mercado a partir de sua formidável coleção de controladores nativos, é recomendável instalar as versões mais recentes disponibilizadas pelos fabricantes da placa-mãe, chipset e demais dispositivos (preferencialmente nessa ordem), visando incorporar novos recursos e aprimorar o desempenho e estabilidade do computador.
Então, tenha seu PC poucos meses ou vários anos de estrada, seja ele um modelo de grife ou um Frankenstein integrado a partir de peças do mercado cinza, vale abrir o Menu Iniciar, dar um clique direito em Computador, selecionar Propriedades, clicar no link Gerenciador de Dispositivos e verificar a lista em busca de algum sinal de alerta (para tanto, convém expandi-la clicando na setinha à esquerda de cada item).

Observação: Um ponto de exclamação preto sobre fundo amarelo indica anormalidades; um “X” em vermelho dá conta de que o dispositivo está desabilitado ou não possui driver instalado; um “i” em azul sinaliza que o componente está usando uma configuração manual de recursos; um ponto de interrogação amarelo remete a hardware detectado que não possui driver instalado, e por aí vai (procure mais detalhes no quadro de propriedades).

Amanhã a gente continua; abraços e até lá.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

WINDOWS 7 - COMO OCULTAR PARTIÇÕES OU DRIVES


CASAR É TROCAR A ADMIRAÇÃO DE VÁRIAS MULHERES PELAS CRÍTICAS DE UMA SÓ.

Vimos no post anterior como dividir o HD em duas ou mais unidades lógicas (também conhecidas como partições, ou volumes); hoje, conforme prometido, veremos como ocultá-las, lembrando que essa prática deve ficar restrita preferencialmente a partições que você não utiliza no dia a dia (como uma unidade onde você salva backups de seus arquivos mais importantes, por exemplo), e ser usada para mantê-las longe dos curiosos de plantão ou para evitar modificações ou apagamentos acidentais. Então, no  Windows 7:

·        Tecle Windows+R para abrir o menu Executar, digite diskpart na caixa respectiva e clique em OK.
·        Na telinha de Prompt que será exibida em seguida, digite list volume e tecle Enter para visualizar uma lista com todas as partições do disco rígido (não mexa na partição de 100 MB identificada como System Reserved).
·        Verifique a letra da partição que você quer ocultar e qual o volume relacionado a ela – no meu note, por exemplo, a letra E remete ao Volume 4, que corresponde ao pendrive que eu uso para o ReadyBoost.
·        Com base no exemplo acima, digitar select volume 4 e teclar Enter fará com que a tela de prompt exiba a linha o volume 4 está selecionado. Digitando em seguida remove letter E e teclando Enter, a mensagem mudará para o diskpart removeu com êxito a letra de unidade ou ponto de montagem (note que os dados não serão apagados; apenas a partição será ocultada), e da feita que o computador for reiniciado, o drive E não será mais exibido.

Para reverter o processo, basta seguir os mesmos passos e, na lista com todas as partições do HD, digitar select volume 4 e em seguida digitar assign letter=E. Depois que a mensagem o diskpart atribuiu com êxito a letra de unidade ou ponto de montagem, reiniciar o computador fará com que tudo volte a ser como antes no Quartel de Abrantes.

Observação: Tome muito cuidado ao executar comandos de Prompt. Crie sempre um ponto de restauração do sistema antes de seguir as instruções e só as confirme se e quando tiver certeza do que está fazendo.

Antes de encerrar, vale lembrar que amanhã, segunda terça-feira de agosto, é patch tuesday da Microsoft. Quem não configurou as atualizações automáticas deve rodar o Windows Update para atualizar seu sistema (caso não haja atualizações disponíveis no começo da noite, volte a executar o programinha na manhã da quarta-feira). 

Boa sorte e até mais ler.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

PARTICIONAMENTO DO HD - COMO CRIAR E OCULTAR PARTIÇÕES NO WINDOWS 7 e humor...


ESPOSA É AQUELA AMIGA E COMPANHEIRA QUE ESTÁ SEMPRE ALI, PRONTA PARA AJUDÁ-LO A RESOLVER TODOS OS PROBLEMAS QUE VOCÊ NÃO TERIA SE ESTIVESSE SOLTEIRO.

Antes de passar ao mote do post de hoje, cumpre lembrar (mais uma vez) que isso aqui não é um monólogo.  Apesar de já estarmos em agosto, as últimas três postagens não só foram pouco acessadas quanto como também quase não receberam (curiosamente, nem mesmo SPAM!). Vamos participar, pessoal!

Fracionar o HD em duas ou mais unidades lógicas sempre foi uma prática recomendável: da feita que cada volume é “enxergado” como um drive independente, você pode separar seus arquivos pessoais do sistema e demais aplicativos e assim poupá-los da formatação necessária a uma eventual reinstalação completa do Windows. Aliás, diante do espaço disponibilizado pelos drives atuais, a maioria dos fabricantes de PCs entrega seus produtos com duas partições utilizáveis e uma terceira, oculta, destinada a abrigar os arquivos necessários à reversão do software às condições originais de fábrica (essa partição, geralmente limitada a algumas dezenas de gigabytes, substitui a mídia de instalação do sistema e é mantida invisível para evitar que alguém a modifique ou utilize inadvertidamente para outros fins).
Antes de mostrar como ocultar qualquer partição ou drive existente no computador, cumpre relembrar que criar e formatar novas unidades lógicas, nas versões mais recentes do Windows, independe das tradicionais ferramentas baseadas no velho MS-DOS, que apagavam todos os arquivos armazenados no disco. No Seven, por exemplo, você pode executar esse procedimento “dentro” do próprio sistema.
Para tanto:

  • Pressione as teclas Windows+R, digite diskmgmt.msc na caixa do menu Executar e tecle Enter.
  • A tela que se abre em seguida exibe todas as partições disponíveis, inclusive as ocultas. Dê um clique direito sobre a unidade desejada, selecione a opção Diminuir Volume..., aguarde o cálculo do espaço disponível e então defina o espaço da nova partição e clique em Diminuir.
ObservaçãoEssas configurações devem ser feitas tomando como base o tamanho do disco e das partições em megabytes, que podem ser convertidos em gigabytes mediante a divisão do valor por 1.024.

  • Ainda na tela do Gerenciamento de disco, dê um clique direito sobre o espaço não alocado e selecione a opção Novo Volume Simples...
  • Na janela do Assistente para Novas Partições Simples, clique em Avançar e ajuste a quantidade de espaço a ser utilizado (por padrão, o Windows seleciona todo o espaço não alocado disponível, mas você pode alterar esse valor caso pretenda criar mais partições).
  • Defina então letra para a nova unidade, formate o espaço respectivo e digite um nome no campo Rótulo do Volume (opcional).
  • Finalmente, confira se os dados correspondem àquilo que você definiu e, caso afirmativo, clique em Concluir e aguarde a conclusão do processo, que tornará o espaço anteriormente marcado como não alocado pronto para ser usado como uma nova partição. 
  • O último passo é formatar o espaço do disco rígido destinado à nova partição criada. Se essa etapa não for cumprida, não será possível armazenar os arquivos de forma efetiva. Na caixa de diálogo Formatar partição, para executar o procedimento com as configurações padrão, clique em Avançar, examine suas escolhas e clique em Concluir
Observação: Note que os sistemas de arquivos mais comumente utilizados pelo Windows são o NTFS e o FAT32. Este último é mais rápido, mas o primeiro, além de mais seguro, permite trabalhar com grandes volumes de arquivos e criar permissões de acesso de forma mais elaborada.

Se você quiser criar mais partições, basta repetir os procedimentos sugeridos. Já para desativar uma partição, torne a acessar a janela do Gerenciamento de disco, clique com o botão direito sobre ela e selecione a opção Excluir volume... Tenha em mente, porém, que isso irá resultar no apagamento de todos os dados armazenados nessa unidade, de modo que, antes de excluí-la, convém criar um backup em outra partição, pendrive ou disco virtual.

Para evitar que esta postagem fique ainda mais longa, vamos deixar o restante para a próxima e passar ao nosso humor de sexta-feira:


A loura estava tentando abrir uma garrafa de Coca-Cola de 600 ml e não conseguia:
- Que inferno! 
O dono do bar explicou:
- Você tem que torcer.
E a loura, batendo palmas:
- ABRE! ABRE! ABRE!

Abraços e um bom final de semana a todos.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Nuvem de bolso

Sistemas operacionais, aplicativos e arquivos digitais vêm crescendo exponencialmente, exigindo cada vez mais recursos dos computadores (notadamente espaço para armazenamento). Aliás, numa matéria publicada há pouco mais de um mês, eu relembrava que os primeiros discos rígidos para PCs – que ofereciam miseráveis 10 MB de espaço – custavam astronômicos US$ 2.000, ao passo que, hoje em dia, podemos comprar pendrives de alta capacidade e HDs internos e externos com espaço na casa do Terabyte por algumas centenas de reais.
Nada indica que a exigência por espaço deva estacionar ou regredir, antes pelo contrário, mas a popularização da computação na nuvem certamente promoverá sensíveis modificações nesse contexto, pois o armazenamento de arquivos, hoje feito localmente, passará a ser responsabilidade de webservers remotos (como já acontece com nossas mensagens de webmail, se me permitem uma comparação grotesca).
Paralelamente, vemos a evolução dos SSDs (Solid State Disks), que prometem substituir com vantagens os HDs eletromecânicos, especialmente no que diz respeito ao tempo de inicialização do sistema. Por enquanto, o grande problema dos fabricantes consiste em produzir drives de grandes capacidades a preços comercialmente palatáveis, mas isso é apenas uma questão de tempo.
Outro cenário que se vislumbra é a gradual substituição dos PCs convencionais pelos cada vez mais populares tablets e smartphones, que “dão um banho” em termos de mobilidade, portabilidade e facilidade de acesso e gerenciamento de arquivos. Todavia, tanto o Apple iPad quanto os tablets lançados por outros fabricantes têm como inconveniência a quantidade de memória (limitada, atualmente, a 64 GB). Ou tinham, se considerarmos as novidades que estão sendo desenvolvidas para contornar esse empecilho.
Batizados de Mobile Wireless Storage (algo como “armazenagem móvel sem fio”), esses novos dispositivos funcionam de forma similar à dos HDs externos, mas são menores, mais leves, e transmitem dados por Wi-Fi para smartphones, tablets e computadores (dispensando, conseqüentemente, conexão com a Internet). O Satellite, da Seagate, custa US$ 200, oferece 500 GB de espaço e integra bateria com cinco horas de autonomia. O G-Connect, da Hitachi, com preço e capacidade semelhantes, perde pontos por não incluir bateria interna, ao passo que o Wi-Drive, da Kingston (disponível em versões de 16 e 32 GB por 130 e 175 dólares, respectivamente) utiliza chips de memória para o armazenamento dos dados (como os drives SSD).
Os três dispositivos foram projetados tendo como foco principal os produtos da Apple, mas só o modelo da Kingston permite ler arquivos de qualquer procedência em qualquer aparelho; nos demais, o arquivo de um tablet pode não ser lido em outro de marca diferente.
Bom dia a todos e até mais ler.       

terça-feira, 26 de abril de 2011

Informatiquês

Toda disciplina tem seu jargão, e a Informática não é exceção. Aliás, usar um computador sem conhecer o significado de uma profusão de termos e siglas a partir de palavras em inglês resulta em deslizes perdoáveis ou, em certos casos, em erros crassos inadmissíveis.
CPU, por exemplo, é a sigla de Central Processing Unit (Unidade Central de Processamento) que remete ao processador principal do computador – e não ao gabinete (aquela “caixa” que abriga a placa-mãe e demais componentes internos do PC, que também é conhecida como Case, Gabinete do Sistema ou Gabinete de CPU).
Bit é a contração de "Binary Digit" (dígito binário), e designa a menor unidade de informação manipulada pelo computador, ao passo que Byte é uma unidade básica de memória que corresponde a oito bits e representa a quantidade de informação necessária para especificar uma letra, número, símbolo ou outro caractere qualquer.
Drives são unidades – de disquete (Floppy Drive), disco rígido (HDD ou Hard Disk Drive), CD-ROM, pendrive (ou qualquer outro dispositivo de armazenamento de dados) geralmente identificadas pelo sistema operacional por uma letra seguida de dois pontos (por exemplo, A:, C:, etc.), ao passo que drivers são programinhas de baixo nível que servem como ponte (elemento de ligação) entre o sistema operacional e o hardware.
Por ocasião da instalação (ou reinstalação) do sistema, é preciso instalar os drivers (de chipset e de dispositivos) referentes aos componentes de hardware que integram o computador. Embora o Windows conte com um expressivo banco de drivers nativos e seja capaz de fazer funcionar a maioria dos itens de hardware disponíveis no mercado, é sempre preferível usar as versões disponibilizadas pelos fabricantes (que costumam vir nos CDs ou disquetes que acompanham o computador, a placa-mãe e outros dispositivos e periféricos). No caso de uma reinstalação, se você não tiver ou não encontrar os CDs que vieram com seu computador, use o PC Wizard (freeware disponível em http://www.cpuid.com/pcwizard.php) para vistoriar o hardware, acesse o site dos respectivos fabricantes e esquadrinhe a seção de downloads de drivers ou suporte. Note, porém, que é bem mais simples executar essa tarefa com o DriverMender (mais informações e download em http://drivermend.com/).
Bom dia a todos e até amanhã, se Deus quiser.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Nem tudo que reluz é ouro...

O alto preço de determinados produtos (especialmente aqui no Brasil) propicia o contrabando, a pirataria e a falsificação. De bebidas finas a relógios de grife, passando por tênis de marcas famosas – dentre tantos outros artigos –, quase tudo pode ser encontrado em lojas suspeitas e nos melhores camelôs do ramo por uma fração do preço original.
Ainda que haja muita falsificação grosseira, há também reproduções artesanais que, de tão bem feitas, fica difícil identificar a fraude. No caso de relógios, por exemplo, além de cópias medíocres de modelos da Rolex, Breitling, Bulgari, Omega e outras marcas renomadas, você encontra réplicas tão perfeitas que, para separar o joio do trigo, só mesmo examinando a máquina.
No âmbito da informática, a bola da vez são os pendrives, o que levou a Kingston (referência em memórias e afins) a criar uma página em seu website com dicas para diferenciar seus produtos das falsificações que inundaram o mercado de uns tempos para cá (veja detalhes em http://www.kingston.com/Brasil/verify/).
Claro que adquirir artigos pela Internet (ou na barraquinha do camelô da esquina) potencializa o risco de levar gato por lebre, mas problemas com pendrives vêm ocorrendo até em lojas idôneas, que podem receber produtos falsificados de seus fornecedores e, sem má-fé, vendê-los como legítimos, com nota fiscal e garantia. Comprar (conscientemente) um troço de segunda linha para economizar alguns reais é uma coisa, mas pagar o preço de mercado por algo supostamente original e levar uma imitação é outra bem diferente. E o pior é que nem sempre é fácil reconhecer a fraude: na maioria dos casos, os drives falsos são reprogramados para exibir a capacidade nominal e “simular” a gravação dos dados, mas há também aqueles que “entregam” a capacidade declarada – só que com qualidade e confiabilidade inferiores às dos originais.
Para minimizar os riscos de ir buscar lã e sair tosquiado:

- Quando a esmola é demais, o santo desconfia: se a oferta for muito tentadora, com preços bem abaixo dos valores praticados no mercado formal, esqueça.

- Somente adquira pendrives em lojas idôneas. Como a Kingston não fabrica pendrives OEM, o produto deve vir no blister original (fechado a vácuo, que só pode ser aberto com o auxílio de uma tesoura ou algo do tipo). Analise também o código de barras: se encontrar as letras FE ao lado do número da peça ou em qualquer parte da etiqueta (como DTI/xxxFE), não compre.

- Procure testar o dispositivo antes de levá-lo para casa: espete-o na porta USB e repare na tela da Reprodução Automática: os produtos Kingston são identificados pelo nome do fabricante seguido da letra que o sistema lhes atribui – por exemplo: KINGSTON (E:) –, ao passo que os falsos aparecem como Disco Removível (E:). E o mesmo se observa na tela Remover Hardware com SegurançaKingston Data Treveler 2.0 USB Device para o produto legítimo, por exemplo, e algo como Ameco Flash Disk USB Device para o falso.

- Grave uma quantidade de dados que se aproxime de sua capacidade máxima nominal, espete-o em outro computador e tente abrir os arquivos ou transferi-los para outra pasta. Se não conseguir, é fria. Caso não consiga fazer o teste in loco, exija nota fiscal e certificado de garantia; se identificar qualquer problema, o melhor a fazer é pedir a devolução do dinheiro (no caso de substituição, é bem possível que você receba outro “mico”).

Vale lembrar que os pendrives devem ser conectados somente DEPOIS que o sistema operacional for inicializado e removidos ANTES do desligamento do computador (evite ainda mantê-los permanentemente espetados nas portas USB). Sempre que for desconectar um dispositivo USB, clique no ícone com a setinha verde, na área de notificação, selecione o item em questão e clique em Parar, para que a leitura ou a gravação de dados sejam concluídas antes de a mídia ser desconectada do computador. Caso queira desacoplá-lo com segurança sem precisar avisar o sistema, clique em Meu Computador, dê um clique direito sobre o ícone que representa o drive em questão e clique em Propriedades. Na aba Hardware, selecione o dispositivo, clique no botão Propriedades e, na aba Diretivas, marque a opção “Otimizar para remoção rápida”. Mesmo assim, só desconecte o dispositivo após certificar-se de que não existem dados sendo copiados ou movidos; caso o modelo que você utiliza disponha de um LED, jamais o remova enquanto a luzinha estiver piscando.
Abraços e até mais ler.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Cadê meus gigabytes???

Dizem que a perseverança é o preço da vitória. Depois de muita insistência de sua parte, Papai Noel, sensibilizado com a situação do seu PC do começo do século, resolveu lhe presentear com um modelo novinho em folha. Feliz da vida com seu desktop (ou portátil, por que não?) de última geração, com processador de ponta e fartura de memória, você resolve conferir o espaço restante em seu HD após a instalação do sistema e demais programas e dá pela falta de dezenas de gigabytes. O que teria acontecido? A rigor, nada. A questão é que muitos fabricantes de componentes e integradores de computadores, buscando valorizar seus produtos, se aproveitam do fato de estarmos acostumados a pensar em valores segundo o padrão decimal, enquanto o computador opera no sistema binário.
Em vista disso, se um quilobyte corresponde a 1024 bytes; um megabyte, a 1024 quilobytes; um gigabyte, a 1024 megabytes (e assim por diante) e as especificações técnicas do seu aparelho consideram um GB como um bilhão de bytes (quando o valor correto seria 1.073.741.824), clique em iniciar, executar, digite “calc.exe” (sem as aspas), faça as contas para descubrir "onde foi parar" o espaço que lhe falta.
Abraços a todos e até amanhã, se Deus quiser.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Armazenamento externo e transporte de dados

Quando eu arrisquei meus primeiros artigos sobre Tecnologia da Informação, no final do século passado, já se dizia que o disquete (Floppy Disk) estava com os dias contados – mas parece que ninguém contou isso para ele, que, da mesma forma como certos políticos, vem se recusando teimosamente a sair de cena. No entanto, talvez a coisa mude de figura a partir de março do ano que vem, quando esse tipo de mídia terá sua fabricação encerrada no Japão.
Criados quando os computadores ainda não tinham disco rígido – tanto o sistema quanto os programas e os arquivos eram carregados e manipulados diretamente a partir de disquetes de 5 ¼ polegadas –, eles encolheram para 3 ½ polegadas e foram durante décadas a opção primária para instalação de softwares, realização de backups e transporte de dados. Mas o “inchaço” dos sistemas e programas, a popularização dos gravadores de CD/DVD e o surgimento dos “chaveirinhos de memória” viriam torná-los anacrônicos e pouco funcionais; hoje, se a maioria dos desktops ainda conta um drive de disquete, isso se dá mais por uma questão protocolar do que por real necessidade.

Observação: Até meados da década passada, os arquivos de instalação de softwares vinham em disquetes (o próprio Windows 95 chegou a ser disponibilizado dessa maneira), mas bastava um único disquinho embolorar ou desmagnetizar para comprometer todo o conjunto. Hoje em dia, considerando que os 1.44 MB de espaço oferecidos pelos disquetes dão para gravar pouco mais de 1 minuto de música em MP3, imagine quantos deles seriam necessárias para backup completo de um HD moderno ou para armazenar arquivos de instalação das versões mais recentes do Windows.

Mesmo que tanto os HDs externos quanto os práticos “chaveirinhos de memória” venham oferecendo cada vez mais espaço por preços cada vez menores, as mídias ópticas continuam em alta, especialmente na hora de gravar arquivos de multimídia (músicas, clipes, filmes, etc.), até porque é possível tocá-las também no player de casa, do carro, em dispositivos portáteis, e por aí vai.  Alguns fabricantes sugerem que, se bem conservados, CDs e DVDs funcionam por várias décadas, mas convém lembrar que eles também são frágeis, sensíveis ao calor e a maus tratos.
Para prolongar a vída útil de seus discos, manuseie-os com cuidado, pegando sempre pelas bordas, e mantenha-os guardados nas caixinhas, ao abrigo da luz solar e de outras fontes de calor. Quando um simples pano seco não remover os resíduos de gordura, suor e outros que tais, pingue algumas gotas de detergente neutro num copo com água, umedeça uma esponja (ou um pano macio) e esfregue gentilmente – sempre do centro para a borda do disco, nunca em sentido circular.
Riscos pouco profundos podem atrapalhar a leitura, mas geralmente é possível elimina-los com um cotonete e uma pequena quantidade de creme dental (ou de um polidor de metais como Kaöl). Se isso não resolver, tente um kit para recuperação de CDs e DVDs (vendidos em grandes magazines, hipermercados e lojas de produtos eletrônicos). Caso sua leitora continue se recusando a ler a mídia (e o problema não for a própria leitora, coisa que você pode averiguar usando outro disco que esteja em perfeitas condições), experimente um programa de recuperação como o CDCheck, gratuito para uso pessoal e disponível em www.kvipu.com/CDCheck/registration.php).
Bom dia a todos e até mais ler.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Sumiço do drive óptico

Depois de algumas semanas sem usar meu drive óptico, introduzi um CD e... nada! Reiniciei o computador, tentei de novo, e... nada! A gavetinha respondia ao comando do botão e o LED piscava normalmente durante o POST e quando a mídia era introduzida no drive, levando-me a descartar um possível mau contato no cabinho de energia, e como o disquinho saía quente, tudo indicava que o laser estivesse ativo e operante. Então, cliquei em Meu Computador e – surpresa! – o ícone da “unidade E” havia desaparecido misteriosamente.
Abri o Gerenciador de Dispositivos e verifiquei que tudo estava normal com os canais primários e secundários dos controladores IDE/ATA. Em Unidades de DVD/CD-ROM, todavia, o drive óptico aparecia sinalizado em amarelo, e o campo Status do Dispositivo informava que o driver fora devidamente carregado, mas o hardware em questão não havia sido encontrado.
Já estava pensando em abrir o gabinete para verificar se o cabo flat estava bem encaixado, ou mesmo remover o componente e testá-lo em outro PC, quando me ocorreu ter lido alguma coisa, certa vez, sobre o “desaparecimento misterioso da unidade de CD no Windows XP”. Consultei então o nosso “oráculo maior” (que também atende por “Google”) e localizei uma solução que, a priori, não me inspirou muita confiança, mas como situações desesperadoras exigem medidas desesperadas, resolvi pô-la em prática e... não é que funcionou?
Passando ao que interessa, se você se vir numa situação semelhante, antes de qualquer medida mais radical clique aqui aqui  para baixar um script que resolve o problema (ou pelo menos resolveu o meu). Salve o arquivo em sua Área de Trabalho, clique em Iniciar > Executar, digite “wscript desktop\cd_dvd_fix.vbs” (sem as aspas) e dê Enter. Surgirá então uma janelinha informando que o drive óptico deverá reaparecer após a reinicialização do sistema; confirme, aguarde o Windows reinicializar, abra a pasta MEU COMPUTADOR e veja de novo (ufa!) o ícone de sua unidade de CD/DVD.
Boa sorte.

P.S.: Retomando o assunto do comentário que eu deixei no post da última quinta-feira, o Patch Tuesday de amanhã deve contar com dois boletins de segurança destinados a corrigir oito vulnerabilidades que afetam o Windows e a suíte Office, mas, contrariando as expectativas, o problema do VBScript (que levou a Microsoft a pedir aos usuários que não pressionem a tecla F1 dentro do browser) não foi contemplada.