Sistemas operacionais, aplicativos e arquivos digitais vêm crescendo exponencialmente, exigindo cada vez mais recursos dos computadores (notadamente espaço para armazenamento). Aliás, numa matéria publicada há pouco mais de um mês, eu relembrava que os primeiros discos rígidos para PCs – que ofereciam miseráveis 10 MB de espaço – custavam astronômicos US$ 2.000, ao passo que, hoje em dia, podemos comprar pendrives de alta capacidade e HDs internos e externos com espaço na casa do Terabyte por algumas centenas de reais.
Nada indica que a exigência por espaço deva estacionar ou regredir, antes pelo contrário, mas a popularização da computação na nuvem certamente promoverá sensíveis modificações nesse contexto, pois o armazenamento de arquivos, hoje feito localmente, passará a ser responsabilidade de webservers remotos (como já acontece com nossas mensagens de webmail, se me permitem uma comparação grotesca).
Paralelamente, vemos a evolução dos SSDs (Solid State Disks), que prometem substituir com vantagens os HDs eletromecânicos, especialmente no que diz respeito ao tempo de inicialização do sistema. Por enquanto, o grande problema dos fabricantes consiste em produzir drives de grandes capacidades a preços comercialmente palatáveis, mas isso é apenas uma questão de tempo.
Outro cenário que se vislumbra é a gradual substituição dos PCs convencionais pelos cada vez mais populares tablets e smartphones, que “dão um banho” em termos de mobilidade, portabilidade e facilidade de acesso e gerenciamento de arquivos. Todavia, tanto o Apple iPad quanto os tablets lançados por outros fabricantes têm como inconveniência a quantidade de memória (limitada, atualmente, a 64 GB). Ou tinham, se considerarmos as novidades que estão sendo desenvolvidas para contornar esse empecilho.
Batizados de Mobile Wireless Storage (algo como “armazenagem móvel sem fio”), esses novos dispositivos funcionam de forma similar à dos HDs externos, mas são menores, mais leves, e transmitem dados por Wi-Fi para smartphones, tablets e computadores (dispensando, conseqüentemente, conexão com a Internet). O Satellite, da Seagate, custa US$ 200, oferece 500 GB de espaço e integra bateria com cinco horas de autonomia. O G-Connect, da Hitachi, com preço e capacidade semelhantes, perde pontos por não incluir bateria interna, ao passo que o Wi-Drive, da Kingston (disponível em versões de 16 e 32 GB por 130 e 175 dólares, respectivamente) utiliza chips de memória para o armazenamento dos dados (como os drives SSD).
Os três dispositivos foram projetados tendo como foco principal os produtos da Apple, mas só o modelo da Kingston permite ler arquivos de qualquer procedência em qualquer aparelho; nos demais, o arquivo de um tablet pode não ser lido em outro de marca diferente.
Bom dia a todos e até mais ler.