O AMOR ENTRE DUAS CRIATURAS TALVEZ SEJA
A TAREFA MAIS DIFÍCIL QUE NOS FOI IMPOSTA, A MAIOR E ÚLTIMA PROVA, A OBRA PARA
A QUAL TODAS AS OUTRAS SÃO APENAS UMA PREPARAÇÃO.
Por armazenar os dados de forma persistente (não confundir com permanente) o HDD constitui a memória de massa (ou secundária) do computador. É a partir dele que os dados são transferidos para a RAM (memória física ou principal), onde os programas são carregados e as informações,
processadas, desde o próprio sistema operacional até um simples documento de
texto ― nenhum computador atual, seja um grande mainframe ou uma simples
calculadora de bolso, funciona sem uma quantidade mínima de memória RAM.
O primeiro HDD
era composto de 50 pratos de 24” de diâmetro, custava absurdos US$ 30 mil e armazenava míseros 4.36 MB ― ou seja, pouco mais que uma
faixa musical em .mp3. Hoje, qualquer computador de entrada de linha traz um
drive de 500 GB a 1 TB, mas se sobra espaço, falta desempenho: enquanto a velocidade dos processadores aumentou
milhões de vezes desde os anos 1980, a taxa
de transferência de dados dos HDDs
cresceu alguns milhares de vezes, e a rotação dos pratos mal quadruplicou. Como
o tempo de acesso é inversamente proporcional ao volume de dados, o disco
rígido disputa com o anacrônico BIOS
o ranking dos gargalos de desempenho do computador.
Aos poucos, o BIOS vem sendo substituído pelo UEFI, que, dentre outras vantagens, reduz significativamente
o tempo de inicialização do sistema. Já os HDDs
vêm cedendo espaço aos SSDs (sigla
de Solid State Drive), também
paulatinamente, devido à dificuldade de conciliar fartura de espaço com preço
competitivo. Mas vamos por partes.
Por mais que tenha evoluído ao longo das últimas 6 décadas,
o drive de HD ainda é um conjunto de
discos (ou pratos) que, acionados por um motor,
giram em alta velocidade (alguns modelos vão além das 10 mil RPM) dentro de uma
caixa hermeticamente fechada. Cada
prato é recoberto de ambos os lados por uma camada metálica e formatado
(fisicamente) na fábrica, quando é dividido em trilhas, setores e cilindros.
As trilhas são
"faixas concêntricas" numeradas da borda para o centro e divididas
em (milhões de) setores de 512 bytes. Se o drive integrar dois
ou mais discos, existe ainda a figura do cilindro, que corresponde
ao conjunto de trilhas de mesmo número dos vários pratos (o cilindro 1 é
formado pela trilha 1 de cada face de cada disco, o cilindro 2, pela trilha 2,
e assim por diante). O primeiro setor
― conhecido como setor de boot, setor zero, trilha
zero ou MBR ― abriga o gerenciador de boot, as FATs
― tabelas de alocação de arquivos usadas na formatação lógica das partições inicializáveis ― e outros dados
inerentes à inicialização do sistema.
Observação: Note que setor e cluster são
coisas distintas: o primeiro corresponde à menor unidade física do HDD,
ao passo que o segundo, geralmente formado por um conjunto de setores, remete
à menor unidade lógica que o SO é capaz de acessar para
armazenar dados.
Os dados são
gravados e lidos por cabeças
eletromagnéticas posicionadas na extremidade de um braço controlado pelo atuador.
Combinando o efeito giratório produzido no disco pelo motor com o movimento
do braço, as cabeças podem gravar/ler dados em qualquer ponto da superfície
dos discos. A gravação é feita mediante a inversão da polaridade das moléculas do revestimento metálico dos partos,
que gera sinais elétricos interpretados pela placa lógica do drive como
os bits zero e um que, em linguagem
de máquina, compõem os arquivos
digitais. Na leitura, a diferença é que as cabeças
não alteram a polaridade das moléculas, apenas “leem” os sinais elétricos e os
enviam para a placa lógica interpretar.
Para não espichar demais esta postagem, vamos deixar o resto
para a próxima. Até lá.
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