A VIDA É COMO
O GELO FINO SOBRE O QUAL PATINAMOS ATÉ O DIA EM QUE CAÍMOS.
Recapitulando: se você não abre mão de desempenho deve investir num PC de
ponta, com CPU poderosa, fartura de RAM e SSD com um latifúndio de espaço, mas tenha em mente que um processador
Intel Core
i9 Extreme custa mais de R$ 10
mil (note que não estou falando num PC equipado com esse portento, pura e
simplesmente no processador).
Quem não está com essa bola toda deve buscar uma configuração que privilegie a memória RAM (atualmente, a quantidade recomendada é de 8 GB), mesmo que isso imponha a escolha de um processador menos poderoso — mas nada inferior a um Intel Core i5. Lembre-se: de nada adianta gastar rios de dinheiro num chip ultraveloz se os subsistemas de memória (física e de massa) não lhe oferecerem a necessária contrapartida.
Quem não está com essa bola toda deve buscar uma configuração que privilegie a memória RAM (atualmente, a quantidade recomendada é de 8 GB), mesmo que isso imponha a escolha de um processador menos poderoso — mas nada inferior a um Intel Core i5. Lembre-se: de nada adianta gastar rios de dinheiro num chip ultraveloz se os subsistemas de memória (física e de massa) não lhe oferecerem a necessária contrapartida.
Observação: Por memória
de massa, entenda-se o dispositivo onde os dados são armazenados de forma persistente (não confundir com permanente), e por memória física, a RAM, para
onde sistema, aplicativos e arquivos são transferidos (a partir da memória de
massa) para serem executados e processados — claro que não integralmente, ou
não haveria RAM que bastasse, mas
divididos em páginas (pedaços do
mesmo tamanho) ou segmentos (pedaços
de tamanhos diferentes).
Como vimos, a memória virtual — solução paliativa
(desenvolvida pela Intel no tempo
dos 386, se bem me lembro) — emula
memória física a partir de um arquivo de troca (swap file) criado no disco rígido, para onde o Gerenciador de Memória Virtual remete as sessões que não são prioritárias
naquele momento, abrindo espaço na RAM,
e as traz de volta quando necessário. Esse recurso foi aprimorado ao longo dos
anos e é usado até hoje, mas o problema é que, por ele ser baseado no HDD, que é milhares de vezes mais lento
que a já relativamente lenta memória RAM,
seu impacto no desempenho global do computador é significativo.
Embora o preço da memória RAM tenha sofrido uma queda expressiva
ao longo dos anos — um módulo de 8 GB
de memória DDR-4 da Kingston custa, atualmente, pouco mais
de US$ 50; no tempo dos vetustos PC 386, que vinham com míseros 2 MB de RAM (você leu certo: megabytes),
pelo que se pagaria por 1 Gigabyte de
RAM (claro que naquela época ninguém sequer sonhava que módulos com essa
capacidade seriam vendidos um dia), daria para comprar, hoje, um carro popular
zero quilômetro — PCs de entrada (leia-se
de baixo custo) integram míseros 2 ou 3
gigabytes de RAM, o que não dá nem para o começo.
Também como vimos, não é boa ideia entupir o computador de inutilitários;
limite-se a instalar somente aquilo que você realmente for usar faça uma faxina
de tempos em tempos. Aplicativos inúteis ou ociosos podem ser removidos com a
ferramenta nativa do Windows — no Win10, clique em Iniciar > Configurações > Aplicativos > Aplicativos e Recursos —, mas eu sugiro utilizar ferramentas
dedicadas, como o Revo Uninstaller ou o IObit Uninstaller, que eliminam a
maioria das sobras que o desinstalador nativo do sistema costuma a deixar para
trás.
Terminada a faxina, reinicie o computador
e, no Windows 10, clique em Iniciar, expanda as Ferramentas Administrativas do Windows
e clique em Limpeza do Disco. Feito
isso, supondo que seu drive de armazenamento persistente seja eletromecânico,
volte às Ferramentas Administrativas do
Windows, clique em Desfragmentar e
Otimizar Unidades, selecione a unidade em que o sistema se encontra
instalado e dê início ao procedimento (que pode demorar de alguns minutos a
horas e horas, dependendo do tamanho do drive, da quantidade de arquivos
gravados e do índice de fragmentação dos dados; se você rodar o desfragmentador
semanal ou quinzenalmente, as desfragmentações subsequentes demorarão bem menos
tempo para ser concluídas).
Observação: Melhores resultados poderão ser obtidos
também nesse caso com ferramentas de terceiros, como o Smart Defrag, que integra a suíte de manutenção IObit Advanced SystemCare, mas pode ser baixado e instalado isoladamente.
Note que, a despeito de ser possível continuar trabalhando com o computador durante
a desfragmentação, prefira executar a ferramenta quando a máquina estiver
ociosa, a menos que não se importe em amargar uma lentidão irritante e aumentar
expressivamente o tempo necessário para a conclusão da tarefa.
Desinstalados os aplicativos inúteis
ou simplesmente dispensáveis e concluídas as etapas complementares sugeridas
nos parágrafos anteriores, o próximo passo será checar quais programas
remanescentes precisam realmente pegar carona na inicialização do Windows. Veremos isso em detalhes no
próximo capítulo.