Inserir o nome de usuário e a senha de acesso em webservices e redes sociais se tornou tão "automático" quanto informar o CPF ao caixa da farmácia — para gáudio dos golpistas, que se valem dessa sensação de "normalidade" para induzir os incautos a inserir seus dados em webpages falsas, mas muito parecidos com as verdadeiras.
Quando você se loga em sites usando a opção "Continuar com o Google", por exemplo, o serviço auxiliar verifica sua identidade e a confirma no site que você deseja acessar. Jamais forneça suas credenciais sem confirmar se a janela pop-up realmente pertence ao serviço auxiliar esperado, ou se a janela principal faz parte do site legítimo que você está tentando acessar.
O chamado "login social" é prático, pois dispensa a criação de um novo nome de usuário e senha para cada site, agiliza o acesso e reduz o risco de senhas fracas ou reutilizadas. No entanto, ainda que o Google ofereça camadas robustas de segurança — como autenticação em dois fatores e criptografia avançada —, é importante lembrar que, ao usá-lo, você está autorizando o site ou serviço a acessar informações da sua conta (nome, e-mail, foto de perfil e outros dados pessoais ou confidenciais, dependendo das permissões concedidas) e, potencialmente, compartilhá-las com terceiros sem informá-lo sobre como essas informações serão utilizadas. E se esse site for comprometido, seus dados também estarão em risco.
Observação: sem uma forma fácil de desvincular sua conta Google, é praticamente impossível remover completamente as informações fornecidas. Mesmo que você consiga revogar o acesso, o site pode ter armazenado os dados anteriormente compartilhados.
Conforto e segurança raramente andam de mãos dadas — mas usar um gerenciador de senhas elimina a necessidade de memorizar dezenas de combinações difíceis e evita que suas credenciais sejam inseridas em sites inseguros. Diferentemente dos usuários, que podem ser enganados pela aparência de uma página, o software verifica o endereço real do site antes de preencher os dados.
Boa sorte.