Um PC usa diversos tipos de memória, mas a RAM (sigla
em inglês para memória de acesso
aleatório) é a que mais influencia seu desempenho, pois é nela que são
carregados e processados – a partir do HD,
que também é um dispositivo de memória – o sistema operacional, os aplicativos
e os arquivos que manipulamos enquanto operamos a máquina. Por conta disso,
além de fácil de implementar, seu upgrade
é tido e havido como altamente compensador – em tese, quanto mais memória,
melhor –, mas isso não significa que basta você ir até uma loja de informática
e comprar o módulo (ou pente) de maior capacidade que
encontrar, como veremos mais adiante, depois de algumas considerações
conceituais que eu reputo importantes:
Até os jurássicos 286, a RAM
dinâmica (memória física do sistema
computacional) vinha soldada na
placa-mãe, o que dificultava sua substituição em caso de defeitos, levando
os fabricantes a encapsular os chips em módulos
(ou pentes) e encaixá-los em slots (ou soquetes) apropriados (o que, indiretamente, abriu as portas para o
upgrade).
Observação: Existe também a RAM estática – mais rápida, mas muito cara –, que costuma ser usada
em pequenas quantidades como cache
em processadores e outros componentes de hardware, mas isso já é outra história
e fica para outra vez.
Memórias de diversas tecnologias foram (e continuam sendo)
criadas desde a pré-história da informática (FPM, EDO, SDR, RAMBUS, DDR, DDR2, DDR3) e disponibilizadas em módulos de vários formatos (SIMM, DIMM, RIMM, etc.). PCs
de última geração utilizam o padrão DDR3
(o DDR4 ainda está em fase de
desenvolvimento), mas o DDR2 é
encontrado na maioria das máquinas fabricadas na segunda metade da década
passada, e os DDR e SDR, nos modelos imediatamente
anteriores (por não serem mais fabricados, esses módulos custam mais caro e são
difíceis de encontrar, mas a substituição por pentes de tecnologia mais recente
exige a troca da placa e, não raro, do processador).
Observação: Com processadores cada vez mais velozes, o
uso de memórias FPM e EDO (assíncronas) resultava em
desperdício de preciosos ciclos de clock, o que implicou no desenvolvimento do
padrão SDR-SDRAM – que operava de
forma sincronizada com o processador, mas realizava apenas uma leitura por
ciclo. Mais adiante surgiram os padrões DDR,
DDR2 e DDR3 – cada qual capaz de dobrar a quantidade de leituras por ciclo
de seu antecessor. Placas fabricadas em épocas de transição podem trazer soquetes
para memórias de padrões distintos (DDR2
e DDR3, por exemplo), mas os pentes
não são intercambiáveis e geralmente não é possível utilizar ambos os padrões
ao mesmo tempo (consulte a documentação do equipamento ou o site do
fabricante).
As memórias diferem tanto pela tecnologia quanto pela
frequência, taxa de transferência, tempo de acesso, latência e voltagem,
além do formato e da pinagem dos pentes mas você pode evitar problemas simplesmente adicionando um
componente similar ao original (ou substituir o original por outro de maior
capacidade, mas com as mesmas características). Ainda assim, é fácil
diferenciar módulos DDR dos DDR2 pelas trilhas de contatos, que
tem, respectivamente, 184 e 240 vias. Módulos DDR3 também têm 240 vias e formato similar aos do padrão anterior,
mas você pode diferenciá-los pelo chanfro
(encaixe), que fica mais perto da extremidade esquerda do componente.
Sintam-se à vontade para comentar, opinar, perguntar, opinar,
ou seja lá o que for.
Amanhã a gente vê algumas dicas práticas com vistas a um upgrade bem sucedido; abraços e até lá.
Amanhã a gente vê algumas dicas práticas com vistas a um upgrade bem sucedido; abraços e até lá.