NOVENTA POR
CENTO DO SUCESSO SE BASEIA SIMPLESMENTE EM INSISTIR.
Como vimos no post anterior, a memória interna dos
smartphones de preços acessíveis (não confunda “memória interna” com “memória RAM”; ainda que ambas sejam sejam expressas em gigabytes, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa) costuma ser medíocre, sobretudo para quem utiliza
o aparelho como substituto do computador tradicional . Para piorar, parte desse espaço é
ocupado pelo sistema operacional e pelos apps instalados de fábrica. Então, se você baixa tudo que vê pela frente e não se dá ao trabalho
de excluir regularmente fotos, vídeos, mensagens de WhatsApp etc., certamente ficará sem espaço, mesmo com um aparelho de 32 GB ou 64 GB.
Também como já foi dito, o
iPhone e alguns modelos de topo de linha da
Samsung e da
Motorola não suportam cartões de memória, em parte devido à
ganância dos fabricantes, que não têm
como justificar um aumento significativo no preço de seus produtos pela pura e
simples inclusão de um slot para cartão, mas podem cobrar
100 ou 200
dólares a mais
por alguns gigabytes
extras de memória interna. Então, se você é fã dos produtos da
Apple e precisa de fartura de espaço para armazenar arquivos no seu
iPhone, prepare o bolso, pois as opções
com
64,
128 e
259 GB são (ainda)
mais caras.
Observação: Claro que sempre se pode contornar esse inconveniente recorrendo ao
armazenamento na nuvem ou transferindo para o computador de casa suas fotos, vídeos
e outros arquivos volumosos, mas aí o que deveria ser uma opção passa a ser uma
imposição.
A maioria dos telefoninhos baseados no Android permitem expandir a memória mediante a instalação
de um Micro SD. Isso significa que você pode economizar um bom
dinheiro comprando um aparelho de 16 GB,
por exemplo, e instalando um cartão de
64 GB, também por exemplo, que custa
entre 60 e 120 reais (conforme a marca, a classe e o revendedor). Mas note que esses cartões, a exemplo dos
pendrives, devem ser adquiridos preferencialmente em lojas de
departamento ou hipermercados. Fuja de camelôs e de sites de compras que alardeiam preços muito abaixo da média, pois até mesmo modelos de marcas
confiáveis, como a popular SanDisk, podem ser falsificados ou manipulados para exibir capacidades superiores
à real.
Embora o preço dos cartões seja proporcional à quantidade de espaço, modelos
igual capacidade e “classes” distintas costumam ter preços diferentes. Modelos de 64 GB custam entre 60 e 120 reais — para usuários “normais”, isso é um bocado de espaço, embora existam versões de 128, 256 e 512 GB e de até 1 TB, elas são difíceis de encontrar, e seu preço assusta o mais intrépido
consumidor. Mas importante mesmo é poder usar capacidade do cartão para ampliar
a memória interna do aparelho (dependendo da versão do Android, só é possível salvar fotos, vídeos e outros arquivos
volumosos, o que ajuda, mas está longe de ser a solução ideal).
Ao adquirir um smartphone com slot para cartão, consulte o manual para saber qual o limite suportado. Leia também as instruções de como como
instalar o cartãozinho, já que o procedimento varia conforme a marca e o modelo
do celular. Alguns aparelhos dual-SIM
têm slots "híbridos" — ou seja, você tanto pode habilitar duas linhas
quanto usar um dos slots para inserir um cartão de memória.
Observação: Manter duas ou três linhas de operadoras
diferentes no mesmo aparelho já foi uma boa ideia, pois permitia economizar nas
chamadas por voz — que, entre números da mesma operadora, tinham preços
diferenciados. Hoje em dia, no entanto, a maioria dos planos oferece ligações
ilimitadas para linhas fixas e móveis de qualquer operadora, de modo que a
conclusão é óbvia.
Os cartões podem ser classificados quanto à capacidade de armazenamento e velocidade de transmissão. Cartões classificados
apenas como SD (sigla para Secure
Digital) possuem capacidades de até 4 GB e praticamente sumiram das prateleiras. Modelos
classificados como SDHC (Secure
Digital High Capacity) vão de 4 GB a 32 GB e oferecem a melhor relação
custo-benefício. Os SDXC (Secure
Digital Extended Capacity) vão de 64 GB a 2 TB e os SDUC (Secure Digital Ultra Capacity) podem chegar a 128 TB (embora seja possível encontrar cartões com capacidades ainda maiores, mas a preços que você não vai querer pagar, sem mencionar que eles dificilmente funcionariam no seu aparelho).
Para além da capacidade,
importa — e muito — a velocidade (ou taxa de transferência de dados), que varia conforma a "classe" do cartão. Porém, visando evitar que este texto fique ainda mais longo, vou deixar para discorrer sobre essa questão no próximo post.