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quinta-feira, 12 de setembro de 2019

SSD PORTÁTIL (USB)


POUCO IMPORTAM AS BATALHAS QUE VOCÊ PERDER SE A GUERRA VOCÊ VENCER.

Dias atrás, vi numa loja de suprimentos de informática um drive externo de memória sólida (SSD), com capacidade de 250 GB. Suas dimensões reduzidas me levaram a imaginar se ele não seria uma alternativa interessante para quem tem um smartphone com pouca memória interna e sem suporte a cartão de memória, mas, infelizmente, a resposta é não.

Primeiro, devido à incompatibilidade do sistema operacional (o dispositivo em questão só funciona com Windows ou Mac OS); segundo, pelo preço salgado (R$ 948) — com mais R$ 50 é possível comprar um smartphone Samsung Galaxy M30 (SM-M305) com 64 GB de memória interna nativa e suporte para cartão MicroSD de até 512 GB.

Ainda que assim não fosse, seria desconfortável andar com o drive externo conectado ao telefone pelo cabinho micro-USB. E se é para deixar o dispositivo em casa e usá-lo apenas para armazenar fotos, vídeos e outros arquivos volumosos, que esgotam rapidamente a memória interna do smartphone, HDDs externos USB de 1 TB já são vendidos por menos de R$ 200.

Talvez valesse a pena investir no SSD para acelerar o PC de casa, já que a memória flash é muito mais rápida do que a magnética (detalhes nesta postagem). Nesse caso, poder-se-ia instalar o sistema operacional e os aplicativos mais usados no SSD e manter no HDD os demais programas e arquivos. Mas também aqui a coisa esbarra no preço: com menos de R$ 500 é possível comprar um SSD interno (interface SATA III) de 500 GB da Western Digital.

Não está mais aqui quem falou.

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

SMARTPHONE — CARTÕES DE MEMÓRIA — CONCLUSÃO


A ELEGÂNCIA É A ARTE DE NÃO SE FAZER NOTAR.

Já vimos que os cartões de memória se diferenciam pelo formato são classificados quanto à capacidade de armazenamento e velocidade de transmissão dos dados. 

A classificação segundo o tamanho já foi abordada no capítulo anterior; quanto à velocidade, as classes são 2, 4, 6, 10 e UHS 1 e 3 (confira na tabelinha que ilustra esta postagem as respectivas velocidades mínimas e aplicações recomendadas).

SanDisk tem um modelo com 1 TB de capacidade de 1 TB, leitura sequencial de 90 MB/s, escrita de 60 MB/s e suporte para gravação em Full HD e 4K Ultra HD, mas o preço assusta (US$ 499,99). Por esse valor, compra-se um Samsung Galaxy A9 Dual Chip Android 8.0, com processador de 8 núcleos, 128 GB de memória interna (expansível via nano SD), 6 GB de RAM e câmera de 24 MP, e ainda sobra troco para você tomar um lanche no shopping.

Como sói acontecer na compra de qualquer produto, deve-se atentar para o preço, mas não é boa política balizar-se apenas pelo preço. Convém fugir de cartões de fabricantes desconhecidos. Prefira modelos da SanDiskKingston ou Samsung, atente para a capacidade de armazenamento e a velocidade de transferência dos dados — que devem ser adequadas aos seus propósitos, nem aquém, nem tampouco muito além. A velocidade, como explicado, corresponde às taxas de transferência na escrita e leitura dos dados, e pode não fazer grande diferença quando o propósito do usuário é salvar fotos, músicas e documentos, mas para expandir a memória interna do telefone (isto é, fazer com que o sistema “enxergue” os espaços da memória e do cartão como uma coisa só) a coisa muda de figura.

Via de regra, cartões de memória são mais lentos que a memória nativa, mas um modelo de classe 6 ou superior agiliza a execução de tarefas que dependem dos dados nele armazenados (como abrir fotos, músicas e vídeos ou carregar apps). Já um cartão mais lento ou falsificado prejudica a performance, pois faz com que o processador desperdice ciclos preciosos enquanto aguarda a transferência dos dados, além de propiciar travamentos e, no limite, perda de fotos, vídeos etc.

Se o seu aparelho e (a versão do Android que ele roda) for antigo, talvez não seja possível fundir o espaço do cartão com o da memória nativa — ou mover aplicativos, ou instalá-los diretamente no cartão. Assim, mesmo contando com vários gigabytes ociosos na mídia removível, você só conseguirá instalar novos apps depois de abrir espaço na memória interna, o que significa remover tudo aquilo que não for indispensável.

Se a versão do seu Android for a anterior à 6Marshmellow —, não será possível "fundir" o espaço do cartão com o da memória interna, a não ser que seu aparelho seja “rooteado” (o root dá ao usuário privilégios administrativos e acesso a recursos avançados do sistema; para mais detalhes, acesse a sequência iniciada por esta postagem). Mesmo alguns aparelhos com Android 6 ou posterior dificultam essa configuração, obrigando o infeliz usuário a armazenar no cartão somente músicas, fotos, vídeos e outros arquivos volumosos e, eventualmente, transferi-los para um computador, tablet ou outro aparelho com suporte a essa tecnologia. 

ObservaçãoHá dúzias de tutoriais na Web que ensinam a burlar essa restrição sem rootear o aparelho. Basicamente, você precisa habilitar as opções do desenvolvedor e a depuração USB no smartphone, conectá-lo a um PC com Windows (no qual devem ser instalados o Android SDK e o Fastboot) e percorrer uma via-crúcis que pode ou não levá-lo até o destino desejado. 

Se o seu Android permitir e o fabricante do aparelho não atrapalhar, para configurar o SD Card de maneira a ampliar a memória interna você precisa apenas inserir o micro SD no slot correspondente (siga as instruções do fabricante), tocar no ícone da engrenagem para abrir o menu de Configurações, acessar a seção Armazenamento, selecionar o Micro SD, tocar nos três pontinhos à direita da barra de título da janela e, em Configurações de Armazenamento, tocar em Formatar com interno > Limpar e Formatar.

Concluído esse processo, já será possível mover os arquivos da memória interna para o cartão (embora você possa fazê-lo posteriormente, ou mesmo não fazer, porque não se trata de um procedimento obrigatório). Finalmente, clique em Concluído e confira o resultado. Se você quiser voltar a usar o cartão como dispositivo de armazenamento removível, basta refazer os passos acima e selecionar a opção Formatar como portátil.

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

SMARTPHONE — A QUESTÃO DO ARMAZENAMENTO INTERNO



"BETTER THE DEVIL YE KNOW THAN THE DEVIL YE DON'T" , DIZEM OS GRINGOS, MAS HÁ CASOS EM QUE É MELHOR SE ARRISCAR COM O DESCONHECIDO DO QUE PERPETUAS OS ERROS DO PASSADO.

Depois que Steve Jobs lançou o iPhone, os celulares se transformaram em computadores de bolso. Como todo computador, essas belezinhas utilizam memórias de diversas tecnologias, entre as quais a RAM. 

Observação: RAM é uma memória volátil e de acesso aleatório. O acesso aleatório a torna muito mais veloz que o HDD (memória de massa do sistema), mas a volatilidade a impede de armazenar os dados de maneira persistente. É por isso que os arquivos são carregados do disco rígido para a RAM e salvos novamente no disco depois de processados. 

Em tese, quanto mais memória, melhor. Na prática, é preciso observar a relação custo x benefício, até porque o preço do smartphone aumenta conforma de maneira proporcional à quantidade de memória instalada pelo fabricante (isso vale tanto para a RAM quanto para a memória interna).

Nos tempos que correm, 16 GB de armazenamento interno não atendem às necessidades da maioria dos usuários, mas tornam-se mais que suficientes se o suportar cartão de memória (SD Card). Nesse caso, o usuário economiza um bom dinheiro na compra do celular de 16 GB (convém descartar qualquer modelo com menos armazenamento interno do que isso) e, com um pequeno investimento, dobra, triplica ou quadruplica a memória nativa. 

Cartões de 64 GB (capacidade que eu considero recomendável) custam entre R$ 60 e R$ 120. Modelos com maior capacidade são bem mais caros e podem não funcionar nos aparelhos mais modestos, já que existe uma limitação para o gerenciamento de memória. Além disso, é preciso estar atento ao formato, que também varia (vide imagem acima). Por essas e outras, jamais compre um cartão de memória sem consultar o manual do aparelho ou o site do fabricante.

Tenha em mente que iPhones não suportam cartão de memória, e, dependendo da versão do Android, pode não ser possível mesclar a memória interna com a do cartãozinho. Em casos assim, o uso do SD Card fica restrito ao armazenamento de fotos, vídeos, músicas e outros arquivos volumosos; aplicativos terão de ficar mesmo na memória interna, o que abre a possibilidade de dispensar o cartão e recorrer a um drive virtual (armazenamento em nuvem).

Siga atentamente as instruções do fabricante para instalar o SD Card, já que o procedimento varia conforme a marca e o modelo do smartphone. Alguns aparelhos dual-SIM têm slots "híbridos", ou seja, que podem ser usados tanto habilitar uma segunda linha quanto para inserir um cartão de memória.

Continua no próximo post.

sexta-feira, 7 de junho de 2019

SOBRE SMARTPHONES, MEMÓRIA INTERNA E CARTÕES SD — FINAL


NÃO HÁ FLORESTA. SÓ ARVORES.

Conforme vimos nos capítulos anteriores, smartphones de fabricação recente, com exceção do iPhone e de alguns modelos Android de topo de linha, possuem slot para cartão de memória e suportam versões de até 64 GB, que são fáceis de encontrar e têm preços palatáveis — mesmo as de classe 10 (detalhes no post anterior). Assim, quem não pode ou não quer gastar uma pequena fortuna num aparelho com 128 GB (ou mais) consegue se virar bem com um modelo de 16/32 GB e um micro SD de 32/64 GB de classe 6 ou superior. 

O pulo do gato é fundir o espaço do cartão com o da memória interna, de modo que sistema “enxergue” tudo como uma coisa só. Mas note que isso só se tornou possível no Android a partir da versão Marshmallow — a não ser que o aparelho seja “rooteado” (o root dá o usuário privilégios administrativos e acesso a recursos avançados do sistema; para mais detalhes, acesse a sequência iniciada por esta postagem). Mas mesmo alguns alguns smartphones com Android 6 ou posterior dificultam essa configuração, obrigando o usuário a se valer do cartão apenas para armazenar músicas, fotos, vídeos e outros arquivos volumosos e, eventualmente, transferi-los para o computador, tablet ou outro aparelho com suporte a essa tecnologia. 

Observação: Há dezenas de tutoriais na Web que ensinam a burlar essa restrição sem rootear o aparelho. Basicamente, você precisa habilitar as opções do desenvolvedor e a depuração USB no smartphone, conectá-lo a um PC com Windows (no qual devem ser instalados o Android SDK e o Fastboot) e percorrer uma via crucis que pode ou não levar até o destino desejado. 

Não sendo esse o caso do seu smartphone, para fundir os espaços você precisa apenas inserir o micro SD no slot correspondente (siga as instruções do fabricante), tocar no ícone da engrenagem para abrir o menu de Configurações do Android, acessar a seção Armazenamento, selecionar o Micro SD, tocar nos três pontinhos à direita da barra de título da janela e, em Configurações de Armazenamento, escolher Formatar com interno > Limpar e Formatar. Concluído esse processo, você pode mover os arquivos da memória interna para o cartão (embora também possa fazê-lo posteriormente, ou mesmo não fazer, porque não se trata de um procedimento obrigatório). Ao final, clique em Concluído e confira o resultado.

Se quiser voltar a usar o cartão como dispositivo de armazenamento removível, basta refazer os passos acima e selecionar a opção Formatar como portátil.

quinta-feira, 6 de junho de 2019

SOBRE SMARTPHONES, MEMÓRIA INTERNA E CARTÕES SD — PARTE 3

IN MEDIO STAT VIRTUS

Mesmo com um smartphone dotado de 32 GB ou 64 GB de memória interna, alguns usuários tendem a ficar rapidamente sem espaço. É certo que existem versões com 128 GB e 1 TB, mas o preço costuma ser castigante. No geral, um modelo com sistema Android de 16 GB ou 32 GB pode ser mais que suficiente para a maioria dos usuários "comuns", desde que possua um slot para cartão e que suporte até 64 GB.

Cartões de 128 GB — capazes de armazenar até 16 horas de vídeos em Full HD, 7.500 músicas, 3.200 fotos e mais de 125 aplicativos — e superiores são caros e difíceis de encontrar, e podem não funcionar no seu aparelho (consulte o manual do proprietário para saber até onde é possível ir). Às vezes eles até funcionam, mas o mais provável é que não sejam reconhecidos, ou apresentarem erros de leitura e gravação. Nenhum iPhone suporta cartão, a exemplo do que ocorre com alguns modelos top de linha da Samsung e da Motorola. Portanto, se você não abre mão da excelência e do status associados à marca da maçã e não tem cacife para bancar um iPhone XS MAX de 512 GB, vai ter de recorrer à nuvem ou transferir para o computador de casa tudo que não for absolutamente necessário manter na memória interna do telefoninho.

Após essa breve introdução, cumpre salientar que os cartões de memória diferem pelo formato (o micro SD é atualmente o mais popular) e são divididos em categorias, conforme o tamanho (quantidade de espaço) e a velocidade (taxa de transferência de dados). A classificação segundo o tamanho já foi explicada no capítulo anterior; quanto à velocidade, as classes são 2, 4, 6, 10 e UHS 1 e 3 (confira na tabelinha que ilustra esta postagem as respectivas velocidades mínimas e aplicações recomendadas).

A SanDisk lançou recentemente um micro SD de 1 TB, leitura sequencial de 90 MB/s, escrita de 60 MB/s e suporte para gravação em Full HD4K Ultra HD, mas ao preço de US$ 499,99 — o que corresponde a cerca de R$ 2 mil pela cotação atual da moeda norte-americana. Por esse valor, dá para comprar um Samsung Galaxy A9 Dual Chip Android 8.0, que oferece tela de 6.3", processador Octa-Core a 2.2GHz, 128 GB de memória interna (expansível via nano SD), 6GB de RAM e câmera de 24 MP, dentre outros atrativos. E ainda sobra troco para o estacionamento do shopping.

Evita cartões de fabricantes desconhecidos. Prefira os produtos da SanDisk, Kingston ou Samsung e atente para a capacidade e a velocidade, que devem ser adequadas aos seus propósitos. A velocidade corresponde às taxas de transferência na escrita e leitura dos dados, e pode não fazer muita diferença se você usar o dispositivo para salvar fotos, músicas e documentos, mas se a ideia for expandir a memória interna do telefone (fazer com que o sistema “enxergue” o espaço da memória e do cartão como uma coisa só), aí a coisa muda de figura.

Os cartões são mais lentos que a memória nativa, mas um modelo de classe 6 ou superior agiliza a execução de tarefas que dependem dos dados nele armazenados (como abrir fotos, músicas e vídeos ou carregar apps). Já um cartão mais lento ou falsificado prejudica a performance, pois faz com que o processador desperdice ciclos preciosos enquanto aguarda a transferência dos dados, além de acarretar travamentos e, em casos extremos, perda de fotos, vídeos etc.

Se seu aparelho e a versão do Android que ele roda forem antigos, talvez não seja possível fundir o espaço do cartão com o da memória nativa — ou mesmo mover aplicativos ou instalá-los diretamente no cartão. Nesse caso, mesmo contando com vários gigabytes ociosos na memória “externa”, você só conseguirá instalar novos apps depois de desinstalar outros que não sejam exatamente indispensáveis.

Amanhã terminamos esta sequência.

quarta-feira, 5 de junho de 2019

SOBRE SMARTPHONES, MEMÓRIA INTERNA E CARTÕES SD — PARTE 2


NOVENTA POR CENTO DO SUCESSO SE BASEIA SIMPLESMENTE EM INSISTIR.

Como vimos no post anterior, a memória interna dos smartphones de preços acessíveis (não confunda “memória interna” com “memória RAM”; ainda que ambas sejam sejam expressas em gigabytes, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa) costuma ser medíocre, sobretudo para quem utiliza o aparelho como substituto do computador tradicional . Para piorar, parte desse espaço é ocupado pelo sistema operacional e pelos apps instalados de fábrica. Então, se você baixa tudo que vê pela frente e não se dá ao trabalho de excluir regularmente fotos, vídeos, mensagens de WhatsApp etc., certamente ficará sem espaço, mesmo com um aparelho de 32 GB ou 64 GB.    

Também como já foi dito, o iPhone e alguns modelos de topo de linha da Samsung e da Motorola não suportam cartões de memória, em parte devido à ganância dos fabricantes, que não têm como justificar um aumento significativo no preço de seus produtos pela pura e simples inclusão de um slot para cartão, mas podem cobrar 100 ou 200 dólares a mais por alguns gigabytes extras de memória interna. Então, se você é fã dos produtos da Apple e precisa de fartura de espaço para armazenar arquivos no seu iPhone, prepare o bolso, pois as opções com 64, 128 e 259 GB são (ainda) mais caras. 

Observação: Claro que sempre se pode contornar esse inconveniente recorrendo ao armazenamento na nuvem ou transferindo para o computador de casa suas fotos, vídeos e outros arquivos volumosos, mas aí o que deveria ser uma opção passa a ser uma imposição.  

A maioria dos telefoninhos baseados no Android permitem expandir a memória mediante a instalação de um Micro SD. Isso significa que você pode economizar um bom dinheiro comprando um aparelho de 16 GB, por exemplo, e instalando um cartão de 64 GB, também por exemplo, que custa entre 60 e 120 reais (conforme a marca, a classe e o revendedor). Mas note que esses cartões, a exemplo dos pendrives, devem ser adquiridos preferencialmente em lojas de departamento ou hipermercados. Fuja de camelôs e de sites de compras que alardeiam preços muito abaixo da média, pois até mesmo modelos de marcas confiáveis, como a popular SanDisk, podem ser falsificados ou manipulados para exibir capacidades superiores à real.

Embora o preço dos cartões seja proporcional à quantidade de espaço, modelos igual capacidade e “classes” distintas costumam ter preços diferentes. Modelos de 64 GB custam entre 60 e 120 reais — para usuários “normais”, isso é um bocado de espaço, embora existam versões de 128, 256 e 512 GB e de até 1 TB, elas são difíceis de encontrar, e seu preço assusta o mais intrépido consumidor. Mas importante mesmo é poder usar capacidade do cartão para ampliar a memória interna do aparelho (dependendo da versão do Android, só é possível salvar fotos, vídeos e outros arquivos volumosos, o que ajuda, mas está longe de ser a solução ideal).

Ao adquirir um smartphone com slot para cartão, consulte o manual para saber qual o limite suportado. Leia também as instruções de como como instalar o cartãozinho, já que o procedimento varia conforme a marca e o modelo do celular. Alguns aparelhos dual-SIM têm slots "híbridos" — ou seja, você tanto pode habilitar duas linhas quanto usar um dos slots para inserir um cartão de memória.

Observação: Manter duas ou três linhas de operadoras diferentes no mesmo aparelho já foi uma boa ideia, pois permitia economizar nas chamadas por voz — que, entre números da mesma operadora, tinham preços diferenciados. Hoje em dia, no entanto, a maioria dos planos oferece ligações ilimitadas para linhas fixas e móveis de qualquer operadora, de modo que a conclusão é óbvia.

Os cartões podem ser classificados quanto à capacidade de armazenamento e velocidade de transmissão. Cartões classificados apenas como SD (sigla para Secure Digital) possuem capacidades de até 4 GB e praticamente sumiram das prateleiras. Modelos classificados como SDHC (Secure Digital High Capacity) vão de 4 GB a 32 GB e oferecem a melhor relação custo-benefício. Os SDXC (Secure Digital Extended Capacity) vão de 64 GB a 2 TB e os SDUC (Secure Digital Ultra Capacity) podem chegar a 128 TB (embora seja possível encontrar cartões com capacidades ainda maiores, mas a preços que você não vai querer pagar, sem mencionar que eles dificilmente funcionariam no seu aparelho). 

Para além da capacidade, importa — e muito — a velocidade (ou taxa de transferência de dados), que varia conforma a "classe" do cartão. Porém, visando evitar que este texto fique ainda mais longo, vou deixar para discorrer sobre essa questão no próximo post.

quarta-feira, 15 de maio de 2019

AGENDA DE CONTATOS DO SMARTPHONE ANDROID

PODE HAVER UM MILAGRE ESPERANDO DEPOIS DA PRÓXIMA CURVA, MAS A GENTE NÃO VAI SABER ANTES DE CHEGAR LÁ.

Depois que a Apple lançou o iPhone e os demais fabricantes de celulares tornaram seus modelos igualmente “inteligentes”, muita gente passou a ver esses “pequenos notáveis” como substitutos do PC, embora alguns usuários — como é o meu caso — os tenham na conta de simples complemento. Em sendo igualmente o seu caso, não há por que você escarafunchar as configurações avançadas em busca de soluções mirabolantes para problemas que uma simples reinicialização não seja capaz de solucionar; basta reverter o aparelho às configurações de fábrica e tocar a vida adiante.

A questão é que, dependendo da versão do Android, pode não ser possível ressetar o dispositivo sem perder personalizações, aplicativos e arquivos pessoais, o que não costuma ser um grande inconveniente para quem não salva conteúdo sensível na memória do telefone, pois aplicativos podem ser reinstalados e configurações, refeitas. Mas é um problema quando se trata da agenda de contatos.

Até algum tempo atrás, eu mantinha (e recomendava manter) a agenda no "chip da operadora" (SIM-Card), o que a preserva num eventual reset e facilita a transferência na troca do aparelho por um modelo novo. Todavia, no Moto E4 com Android Nougat que venho usando há pouco mais de um ano a opção importar/exportar contatos permite transferi-los do SIM-Card para a memória do telefone, mas não deste para o cartão. A alternativa é salvar uma cópia da agenda no Google Drive — basta tocar no ícone do telefone (aquele que a gente usa para fazer ligações e acessar a agenda), nos três pontinhos (no canto superior direito da janelinha), em Importar/Exportar e escolher Exportar para arquivo .vcf).

Observação: Se você usa um SD-Card para expandir a memória interna do seu telefone e, ao seguir os passos sugeridos no parágrafo anterior, se deparou com a opção Exportar para o cartão de memória, não custa nada salvar uma cópia da agenda também ali; afinal, quem tem dois tem um; quem tem um não tem nenhum.

Caso tenha configurado o Gmail no seu celular, assegure-se de que a sincronização esteja habilitada — na tela do telefoninho, toque em Configurações > Contas > Google e faça os ajustes desejados (usando os servidores do Google para armazenar seus contatos, você precisará somente acessar sua conta para recuperar a agenda quando mudar de aparelho).

Voltaremos a falar sobre cartões de memória daqui a alguns dias.

terça-feira, 4 de setembro de 2018

SMARTPHONES — COMO GANHAR ESPAÇO NA MEMÓRIA (PARTE 2)

NÃO HÁ MENTIRA PIOR DO QUE UMA VERDADE MAL COMPREENDIDA POR AQUELES QUE A OUVEM.

Vimos que um SD Card de 64 GB custa relativamente barato e não só amplia a memória interna dos smartphones Android (nem todos, infelizmente) como facilita a transferência dos dados (o que é especialmente útil quando você troca de aparelho) e preserva suas fotos, mensagens e demais arquivos “pessoais” caso seja preciso reverter o telefone às configurações originais. Vimos também que o tamanho da memória interna é diretamente proporcional ao preço do smartphone, que modelos mais baratos trazem 8 ou 16 gigabytes, que parte desse espaço é alocado pelo sistema e apps pré-instalados e que o restante se esgota rapidamente, conforme você acumula músicas, fotos, vídeos, mensagens etc.

Como os PCs convencionais, os smartphones carregam na RAM o sistema operacional, os aplicativos e demais arquivos em execução e usam a memória interna, que corresponde ao HD dos computadores convencionais, para armazenar de forma “persistente” ― não confundir com “permanente” ― o sistema e seus componentes, os apps instalados, a agenda de contatos, fotos, vídeos, ringtones, faixas musicais etc. O problema é que nem todos suportam cartões de memória e, entre os que suportam, nem todos “enxergam” o cartão como uma extensão da memória interna, a menos que você faça o “root” e altere o comportamento do sistema (mais detalhes na sequência iniciada por esta postagem).

Embora o ideal seja o cartão funcionar como uma extensão da memória interna, deixando todo o espaço livre à disposição do sistema e dos aplicativos, há casos em que ele é “enxergado” como uma unidade de armazenamento separada, para a qual você não consegue remanejar os arquivos livremente (sobretudo os aplicativos). No entanto, ainda que você não recorra ao root, o cartão irá liberar espaço na memória interna conforme você transferir para ele suas fotos, vídeos e que tais e configurar o sistema para utilizá-lo por padrão para salvar os arquivos que forem gerados a partir de então. 

Já os iPhones não suportam cartões de memória (a menos que você utilize um adaptador, como o que se vê na figura que ilustra esta postagem, mas isso já é outra conversa). Essa característica se deve a uma política da Apple que visa forçar os usuários a adquirirem os modelos mais caros, com até 256 GB de memória interna. Mesmo assim é possível abrir espaço na memória desses aparelhos, como veremos na próxima postagem.

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segunda-feira, 3 de setembro de 2018

COMO GANHAR ESPAÇO NA MEMÓRIA INTERNA DO SEU SMARTPHONE


MAIS PERIGOSAS QUE AS MENTIRA SÃO A MEIA VERDADE. E ÀS MEIAS-VERDADES SUCEDEM AS MENTIRAS COMO A ESCURIDÃO SUCEDE AO OCASO.

Smartphone não é bombril, mas tem 1001 utilidades. Talvez muita gente nem imagine, mas eles servem até de fazer ligações telefônicas, como os celulares de antigamente!

Brincadeira à parte, com o acesso à internet e as câmeras de alta resolução, a gama de recursos dos diligentes telefoninhos aumentou, mas a memória interna dos modelos mais baratos se tornou um problema. Os top de linha (de preços idem) costumam ser mais camaradas, mas os de entrada (leia-se “mais baratos”) oferecem algo entre 8 e 16 gigabytes — uma miséria, sobretudo porque parte desse espaço é ocupado pelos apps pré-carregados pelo fabricante. A boa notícia é que é possível ampliar a capacidade de armazenamento com um simples cartão de memória, mas a má notícia é quem nem todos os aparelhos suportam esses cartões.

Usar um SD Card é interessante por razões que vão além da pura e simples expansão da memória interna. O investimento é baixo — um cartão de 64 GB custa entre 50 e 100 reais (pesquise, portanto) e a instalação costuma ser tão simples quanto a inserção do SIM-Card da operadora (consulte o manual do seu aparelho).

Se você salvar no cartão sua agenda de contatos, mensagens de WhatsApp, fotos, músicas, vídeos e assemelhados, o sistema operacional e os apps ganharão novo fôlego. Além disso, será muito mais fácil transferir seu acervo para o modelo novinho em folha — que mais dia, menos dia substituirá seu aparelho smartphone velho de guerra. 

Mas nem tudo são flores nesse jardim, como veremos na postagem de amanhã.

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segunda-feira, 11 de julho de 2016

SMARTPHONES ― MEMÓRIA INTERNA, SD CARDS E AFINS (3ª PARTE)



POR ESTAR ACONTECENDO EM SUA MENTE, ALGUMA COISA DEIXA DE SER REAL?

Vimos no post anterior que, embora não seja um remédio para todos os males, os SD Cards podem nos ser úteis quando o aparelho tem pouca memória interna, principalmente quando somos avessos a apagar fotos, vídeos, emails, mensagens de texto e outros arquivos, cujo acúmulo acarreta travamentos e outros incidentes tão aborrecidos quanto. Eles estão disponíveis em diversas marcas, modelos e formatos, com capacidades que chegam a 256 GB. Mas 32 GB são mais que suficientes para guardar fotos, vídeos, mensagens e demais arquivos pessoais. Além disso, de nada adianta comprar cartão “gigante” se o aparelho não for capaz de gerenciar seu espaço (confira essa especificação no manual do usuário ou no site do fabricante).

Depois de definir a capacidade que melhor lhe atende, faça uma pesquisa de preços online, mas, se possível, compre o cartão em lojas de suprimentos para informática regularmente estabelecidas, hipermercados e grandes magazines. Existe muita falsificação por aí, e nem sempre é fácil separar o joio do trigo. Para não levar gato por lebre, fuja de ofertas mirabolantes, com preços muito abaixo dos praticados no mercado formal. E se o produto não estiver na embalagem original, ou se apresentar a marca e demais informações borradas e sem código de barras, esqueça.

A velocidade também merece atenção, notadamente de quem costuma gravar vídeos com o celular. Um cartão “lento” pode congelar a gravação após alguns segundos ― isso se o aplicativo não fechar repentinamente ou se o telefone não travar completamente, inutilizando tudo que foi gravado até aquele momento.

De modo geral, os SD Cards se dividem em duas categorias: SDHC e SDXC. A primeira grava de 4 GB a 32 GB, e a segunda, de 64 GB a 2T B (embora seja difícil encontrar modelos com mais de 128 GB no mercado formal). A classe define a velocidade de transferência ― quanto maior for a classe, mais veloz será a memória (veja detalhes na ilustração desta postagem, que eu obtive no site VIDEOHERO). Note que esse dado exprime a velocidade “mínima”; em alguns modelos de classe 10, por exemplo, as velocidades ficam entre 60 MBps e 95 MBps.

Observação: Essas informações normalmente vêm impressas no próprio cartão, que, em alguns casos, trazem também um “x” (como nos antigos CDs). Cada “x” corresponde a 150 KBps; portanto, um cartão com taxa de 633x, como o da direita na nossa ilustração, é capaz de transferir aproximadamente 100 MBps. Aliás, se você tiver um cartão identificado simplesmente com o logo SD, é melhor jogá-lo fora ― esse formato está obsoleto e, além da péssima performance, não armazena mais que 2 GB de dados.

Depois de instalar o cartãozinho, veja se é possível mover para ele seus aplicativos e demais arquivos volumosos, bem como configurá-lo como destino padrão de fotos, vídeos, mensagens de WhatsApp, etc. No caso de vídeos e fotos, por exemplo, que são consumidores vorazes de espaço, basta abrir o aplicativo de câmera, ir em configurações > armazenamento e selecionar algo como SD externo ou Cartão de memória SD.

Resolvido o problema da memória interna, voltemos à RAM, cuja quantidade miserável (disponibilizada pela maioria dos aparelhos de entrada de linha) costuma ser a principal causa de engasgos e travamentos. Aliás, como eu disse no post que abre esta sequência, o ideal seria escolher o smartphone com a maior quantidade de RAM que o dinheiro permitir comprar, ou, no mínimo, fugir de modelos com menos 1 GB de memória física.

Amanhã a gente conclui. Abraços e até lá.