A ELEGÂNCIA É
A ARTE DE NÃO SE FAZER NOTAR.
Já vimos que os cartões de memória se diferenciam pelo
formato são classificados quanto à capacidade de armazenamento e velocidade de
transmissão dos dados.
A SanDisk tem
um modelo com 1 TB de capacidade de 1 TB, leitura sequencial de 90 MB/s, escrita de 60 MB/s e suporte para gravação em Full HD e 4K Ultra HD, mas o preço assusta (US$ 499,99). Por esse valor,
compra-se um Samsung Galaxy A9 Dual
Chip Android 8.0, com processador de 8 núcleos, 128 GB de memória interna (expansível via nano SD), 6 GB de RAM e câmera
de 24 MP, e ainda sobra troco
para você tomar um lanche no shopping.
Como sói acontecer na compra de qualquer produto, deve-se
atentar para o preço, mas não é boa política balizar-se apenas pelo preço. Convém
fugir de cartões de fabricantes desconhecidos. Prefira modelos da SanDisk, Kingston ou Samsung,
atente para a capacidade de armazenamento e a velocidade de transferência dos
dados — que devem ser adequadas aos seus propósitos, nem aquém, nem tampouco
muito além. A velocidade, como explicado, corresponde às taxas de transferência na escrita
e leitura dos dados, e pode não fazer grande diferença quando o propósito do
usuário é salvar fotos, músicas e documentos, mas para expandir a memória
interna do telefone (isto é, fazer com que o sistema “enxergue” os espaços da
memória e do cartão como uma coisa só) a coisa muda de figura.
Via de regra, cartões de memória são mais lentos que a
memória nativa, mas um modelo de classe
6 ou superior agiliza a execução de tarefas que dependem dos dados nele
armazenados (como abrir fotos, músicas e vídeos ou carregar apps). Já um cartão
mais lento ou falsificado prejudica a performance, pois faz com que o
processador desperdice ciclos preciosos enquanto aguarda a transferência dos
dados, além de propiciar travamentos e, no limite, perda de fotos, vídeos etc.
Se o seu aparelho e (a versão do Android que ele roda) for antigo, talvez não seja possível
fundir o espaço do cartão com o da memória nativa — ou mover aplicativos, ou
instalá-los diretamente no cartão. Assim, mesmo contando com vários gigabytes
ociosos na mídia removível, você só conseguirá instalar novos apps depois de
abrir espaço na memória interna, o que significa remover tudo aquilo que não
for indispensável.
Se a versão do seu Android
for a anterior à 6 — Marshmellow —, não será possível "fundir" o espaço do cartão com o da memória interna, a não ser que seu
aparelho seja “rooteado” (o root dá
ao usuário privilégios administrativos e acesso a recursos avançados do
sistema; para mais detalhes, acesse a sequência iniciada por esta postagem). Mesmo alguns aparelhos com Android
6 ou posterior dificultam essa configuração, obrigando o infeliz usuário a armazenar
no cartão somente músicas, fotos, vídeos e outros arquivos volumosos e,
eventualmente, transferi-los para um computador, tablet ou outro aparelho com
suporte a essa tecnologia.
Observação: Há dúzias de tutoriais na Web que ensinam a
burlar essa restrição sem rootear o aparelho. Basicamente, você precisa
habilitar as opções do
desenvolvedor e a depuração
USB no smartphone, conectá-lo
a um PC com Windows (no
qual devem ser instalados o Android SDK e o Fastboot) e percorrer uma via-crúcis que pode ou não levá-lo
até o destino desejado.
Se o seu Android permitir e o fabricante do aparelho não atrapalhar, para configurar o SD Card de maneira a ampliar a
memória interna você precisa apenas inserir o micro SD no slot correspondente (siga as instruções do
fabricante), tocar no ícone da engrenagem para
abrir o menu de Configurações,
acessar a seção Armazenamento,
selecionar o Micro SD, tocar nos
três pontinhos à direita da barra de título da janela e, em Configurações de Armazenamento, tocar em Formatar com interno > Limpar e Formatar.
Concluído esse processo, já será possível mover os arquivos da
memória interna para o cartão (embora você possa fazê-lo posteriormente, ou
mesmo não fazer, porque não se trata de um procedimento obrigatório). Finalmente, clique em Concluído e
confira o resultado. Se você quiser voltar a usar o cartão como dispositivo de
armazenamento removível, basta refazer os passos acima e selecionar a
opção Formatar como portátil.