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sexta-feira, 7 de junho de 2019

SOBRE SMARTPHONES, MEMÓRIA INTERNA E CARTÕES SD — FINAL


NÃO HÁ FLORESTA. SÓ ARVORES.

Conforme vimos nos capítulos anteriores, smartphones de fabricação recente, com exceção do iPhone e de alguns modelos Android de topo de linha, possuem slot para cartão de memória e suportam versões de até 64 GB, que são fáceis de encontrar e têm preços palatáveis — mesmo as de classe 10 (detalhes no post anterior). Assim, quem não pode ou não quer gastar uma pequena fortuna num aparelho com 128 GB (ou mais) consegue se virar bem com um modelo de 16/32 GB e um micro SD de 32/64 GB de classe 6 ou superior. 

O pulo do gato é fundir o espaço do cartão com o da memória interna, de modo que sistema “enxergue” tudo como uma coisa só. Mas note que isso só se tornou possível no Android a partir da versão Marshmallow — a não ser que o aparelho seja “rooteado” (o root dá o usuário privilégios administrativos e acesso a recursos avançados do sistema; para mais detalhes, acesse a sequência iniciada por esta postagem). Mas mesmo alguns alguns smartphones com Android 6 ou posterior dificultam essa configuração, obrigando o usuário a se valer do cartão apenas para armazenar músicas, fotos, vídeos e outros arquivos volumosos e, eventualmente, transferi-los para o computador, tablet ou outro aparelho com suporte a essa tecnologia. 

Observação: Há dezenas de tutoriais na Web que ensinam a burlar essa restrição sem rootear o aparelho. Basicamente, você precisa habilitar as opções do desenvolvedor e a depuração USB no smartphone, conectá-lo a um PC com Windows (no qual devem ser instalados o Android SDK e o Fastboot) e percorrer uma via crucis que pode ou não levar até o destino desejado. 

Não sendo esse o caso do seu smartphone, para fundir os espaços você precisa apenas inserir o micro SD no slot correspondente (siga as instruções do fabricante), tocar no ícone da engrenagem para abrir o menu de Configurações do Android, acessar a seção Armazenamento, selecionar o Micro SD, tocar nos três pontinhos à direita da barra de título da janela e, em Configurações de Armazenamento, escolher Formatar com interno > Limpar e Formatar. Concluído esse processo, você pode mover os arquivos da memória interna para o cartão (embora também possa fazê-lo posteriormente, ou mesmo não fazer, porque não se trata de um procedimento obrigatório). Ao final, clique em Concluído e confira o resultado.

Se quiser voltar a usar o cartão como dispositivo de armazenamento removível, basta refazer os passos acima e selecionar a opção Formatar como portátil.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

FAÇA ROOT NO SEU SMARTPHONE E... Parte 2

DAGLI INEMICI MI GUARDO IO, DAGLI AMICI MI GUARDI DIO!

Conforme vimos na postagem de abertura, o ROOT amplia os “poderes” do usuário sobre o sistema operacional de seu smartphone. O termo “root” (que significa raiz) foi emprestado do universo Linux, onde a figura do “superusuário” corresponde à do “administrador” no ambiente Windows.

Nossa abordagem se limitará ao Android, embora a ampliação de poderes dos usuários de smartphones tenha se popularizado inicialmente entre os “applemaníacos”, que, inconformados com a impossibilidade de personalizar seus iPhones e instalar apps fora da Apple Store, recorriam ao jailbreak ― alteração no iOS que dá acesso a inúmeras funções que a Apple mantém fora do alcance dos “usuários comuns”.

Rootear um aparelho “movido a Android” é, basicamente, o mesmo que usar o jailbreak para ampliar a gama configurações do iPhone. Todavia, o sistema do Google é open source (software livre, de código aberto), ao passo que o da Apple é proprietário ― ou seja, sua utilização é regida por um contrato de licença que veta modificações e/ou distribuições de cópias sem autorização expressa do detentor dos respectivos direitos autorais (leia mais sobre software livre e proprietário nesta postagem e nas seguintes).

No caso do Android, não há impedimento legal para o root, mas nem por isso o procedimento deixa de anular a garantia do aparelho. Ademais, sempre existe a possibilidade de algo dar errado e seu smartphone deixar de funcionar (daí minha relutância em publicar tutoriais sobre esse tema).

Atualmente, o root não é o bicho-de-sete-cabeças que foi um dia, e, dependendo do uso que você faz do telefoninho, tomar as rédeas do sistema pode fazer muita diferença: fazendo uma comparação com o Windows, seria como passar de usuário padrão a administrador, ou seja, ganhar acesso a possibilidades de configuração e personalização que o usuário comum nem imagina existir.

Dentre outras coisas, você poderá modificar o clock do processador, apagar aplicativos “irremovíveis” ― como o crapware instalado pelo fabricante do aparelho ou adicionado pelas operadoras de telefonia móvel celular ―, aumentar a duração da bateria inibindo a execução de processos desnecessários, gerenciar o desempenho de componentes, e por aí afora. Isso sem mencionar que você poderá instalar diferentes ROMs ― ou seja, se o fabricante deixou fornecer atualizações para seu aparelho, o root permite que você recorra à comunidade de usuários para instalar uma versão “extraoficial” da edição mais recente do Android (como o sistema da Google é de código livre, desenvolvedores no mundo todo têm acesso ao código-fonte e podem desenvolver alterações personalizadas para os aparelhos).

Por outro lado, o root potencializa o risco de arquivos importantes do sistema serem modificados ou excluídos acidentalmente, bem como facilita a ação de malwares (pragas digitais). E, como eu disse linhas atrás, embora não seja comum, uma eventual falha durante o processo pode causar o “brick” do smartphone (ou seja, transformá-lo num “tijolo” inútil).

Vistos e sopesados os prós e os contras, confira no próximo capítulo o tutorial propriamente dito. Até lá.

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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

FAÇA ROOT NO SEU SMARTPHONE E TORNE-SE UM SUPERUSUÁRIO


NÃO QUERO PERTENCER A NENHUM CLUBE QUE ME ACEITE COMO SÓCIO.

Telefones celulares existem há mais de 40 anos. A primeira ligação foi feita por Martin Cooper (um pesquisador da Motorola) em 1973, mas a tecnologia levou uma década para se viabilizar comercialmente (nos EUA, os primeiros aparelhos analógicos custavam US$ 4 mil!) e só desembarcou no Brasil no final do século XX.

Observação: Nossos primeiros aparelhos eram “tijolões” caríssimos, pesados e volumosos que serviam mais como símbolo de status do que para fazer e receber chamadas. Na época, o serviço era provido pelas estatais integrantes do famigerado Sistema Telebras ― privatizado em 1998, durante o governo FHC ―, e a gente nem sempre conseguia completar uma ligação ou evitar que ela caísse repentinamente, sem falar que pagávamos tanto pelas chamadas efetuadas quanto recebidas, o que gerava contas bastante salgadas.

O serviço estreou em 1990 no Rio de Janeiro, e aos poucos foi sendo implantado nos demais estados da Federação. Com o novo milênio vieram os modelos de segunda geração, e a partir do lançamento do iPhone, em 2005, surgiram os hoje indispensáveis smartphones (“telefones inteligentes”, numa tradução livre). 

Observação: iPhone reinou absoluto ― entre os felizardos que podiam pagar uma pequena fortuna para ter um smartphone ― até 2009, quando a Samsung lançou o Galaxy, equipado com o sistema operacional Android (desenvolvido pelo Google), mas isso já é outra conversa.

Smartphones são microcomputadores “portáteis de verdade”. Eles nos permitem fazer (quase) tudo que fazemos com um tablet, um notebook, ou mesmo um desktop, embora existam limitações, tais como como o tamanho reduzido da tela e a inadequação do teclado virtual à composição de textos muito extensos. Mas muita gente não vê problema nisso, e há quem seja capaz de digitar na telinha com mais desenvoltura do que num teclado convencional.

A constante evolução dos sistemas operacionais para dispositivos móveis ― com destaque para o Android, que é a plataforma mais utilizada em todo o mundo ― propiciou o aumento na oferta de aplicativos, e o poder de fogo dos processadores, a fartura de memória RAM e o aumento progressivo do espaço interno para armazenamento de dados nos modelos de topo de linha fizeram com que os telefoninhos pouco ou nada devessem a seus irmãos maiores. Daí sua popularização a passos de gigante ― hoje em dia, é raro encontrar alguém que não tenha um smartphone, mesmo entre as classes menos economicamente favorecidas da população. Dito isso, passemos ao mote desta postagem, que é a ampliação de funções, recursos e possibilidades dos smartphones através de um procedimento conhecido como root (termo muito usado no ambiente Linux, onde remete aos poderes do “superusuário” do sistema).

Há mais de uma década que miríades de tutoriais ensinando a rootear smartphones são facilmente encontrados na Web, mas, até recentemente, apenas usuários avançados se sentiam à vontade para  se aventurar por esse caminho, dada a complexidade do procedimento. Hoje em dia, porém, o root se resume basicamente a baixar e instalar (no computador ou no próprio smartphone) o aplicativo que será usado no processo e seguir as instruções do tutorial (há dúzias de programinhas, tanto pagos quanto gratuitos).

Não há nada de ilegal no root, até porque o Android é um programa de código aberto (open source) ― ou seja, ele permite que o usuário o modifique para personalizar o aparelho a seu gosto (como fazem, aliás, os fabricantes de smartphones ao adicionar logos, aplicativos e outros penduricalhos que a gente nem sempre utiliza ou aprecia, mas geralmente não consegue alterar usando os comandos nativos do aparelho ou as configurações disponibilizadas pelo sistema operacional). No entanto, a ideia de escrever sobre esse tema não me entusiasmava, não só porque o root anula a garantia do aparelho, mas também porque, sem as barreiras impostas pelo sistema, usuários menos experientes podem excluir arquivos vitais para o funcionamento do smartphone. Mas, finalmente, resolvi arriscar, como você poderá conferir nas próximas postagens. Até lá.

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