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sexta-feira, 18 de outubro de 2019

CONHEÇA MELHOR SEU PC — PARTE III


OS SONHOS SÃO A FORMA COMO TOCAMOS O MUNDO INVISÍVEL.

Hoje em dia, qualquer PC de mesa ou portátil oferece um latifúndio de espaço em disco (ou memória de massa), mas isso não deve estimular o usuário a esgotá-lo no menor tempo possível. Até porque, para trabalhar com folga, o Windows precisa de pelo menos 20% de espaço livre na unidade em que se encontra instalado. 

Instalar freewares inúteis simplesmente porque você não paga por eles (na verdade, quando não pagamos por um produto é porque o produto somos nós) não é boa política: não bastasse o espaço que eles ocupam e os recursos que alocam (a maioria pega carona com a inicialização do sistema e roda em segundo plano durante toda a sessão do Windows), alguns ainda embutem códigos maliciosos (geralmente spyware). Portanto, a regra é: menos é mais. Quanto menos inutilitários você instalar, menos processos serão executados nos bastidores e menor será o risco de conflitos, instabilidades, lentidão e, em situações extremas, travamento do sistema.

Muita gente ainda confunde memória com espaço em disco. Ambos são "memória", é verdade. Aliás, computadores usam memória de diversos tipos — RAM, Cache, Flash etc. No entanto, quando falamos simplesmente "memória", estamos nos referindo à RAM, que é a memória física do sistema, onde os programas são carregados e as informações, processadas (desde o próprio sistema operacional até um simples documento de texto). 

Nenhum dispositivo computacional atual, de um grande mainframe a uma simples calculadora de bolso, funciona sem uma quantidade mínima de RAM. A questão é que o gigabyte de RAM custa bem mais caro que o gigabyte de memória massa (leia-se espaço no HDD). Assim, máquinas de entrada de linha que oferecem entre 500 GB e 1 TB de espaço no disco costumam trazer míseros 2 ou 3 GB de RAM, quando a quantidade recomendável para os padrões atuais seja de 8 GB

Sem memória física suficiente, o processador desperdiça ciclos e mais ciclos de processamento enquanto espera pelos dados armazenados na memória virtual, que é baseada no HDD e, portanto, milhares e milhares de vezes mais lenta que a já relativamente lenta memória RAM.

Explicando melhor: Até o lançamento do Win95, o MS-DOS era o sistema operacional propriamente dito, e uma de seus maiores inconvenientes era ser monotarefa. Ainda que o Windows se valesse de alguns artifícios para burlar essa limitação, era impossível, por exemplo, o usuário mandar um documento de texto para a impressora e usar a calculadora enquanto a impressão não terminasse. 

O "pulo do gato" da Microsoft (como é considerado o lançamento do Win95) trouxe a multitarefa, e com ela os problemas de falta de memória física. Mas nem tudo são flores nesse jardim. Quando executamos um processador de textos, um editor de imagens, um navegador da Internet e um cliente de e-mail, por exemplo, e nosso antivírus resolve fazer uma varredura em segundo plano, a quantidade de RAM disponível pode ser insuficiente para atender toda essa demanda. 

Vale lembrar que, quando convocamos um app qualquer, a CPU copia para a RAM (a partir da unidade de armazenamento persistente, ou seja, do HDD ou SSD) os respectivos executáveis, DLLs (bibliotecas de ligação dinâmica), arquivos de dados, etc. (se os programas fossem copiados inteiros, não haveria memória física que bastasse). Para evitar as irritantes mensagens de "memória insuficiente" — que eram comuns nas edições vetustas do Windows —, a Intel criou a "memória virtual" (ou swap file, ou arquivo de troca). Mas é preciso ter em mente que se trata de um mero paliativo. A regra é clara: Falta de memória se resolve instalando mais memória, O resto é conversa mole para boi dormir (embora o ReadyBoost possa ajudar em alguns casos).

Continua no próximo capítulo.

quinta-feira, 18 de abril de 2019

DE VOLTA AO READYBOOST


NÃO EXISTE O CERTO NEM O ERRADO; SÓ EXISTE A VERDADE.

Quem segue este blog sabe que a memória RAM é essencial para o funcionamento de qualquer dispositivo computacional (de uma calculadora de bolso a um poderoso servidor), e que um sistema com fartura de memória e um processador chinfrim pode ter melhor desempenho do que outro com uma CPU mais poderosa e pouca memória, porque é na RAM que são carregados o sistema operacional, os aplicativos e todos os arquivos com que trabalhamos no computador — claro não integralmente, ou não haveria RAM que bastasse; eles são divididos em páginas (pedaços do mesmo tamanho) ou segmentos (pedaços de tamanhos diferentes).

Quando rodamos um programa qualquer, os respectivos executáveis são copiados da memória de massa (disco rígido), que é persistente (ou seja, que mantém os dados mesmo quando o computador é deligado) para a memória física (RAM), que é volátil, além de algumas DLLs e os arquivos de dados com os quais vamos trabalhar. A RAM é uma memória eletrônica de acesso aleatório, o que a torna milhares de vezes mais rápida que os discos eletromecânicos (nos quais a gravação e o acesso aos dados são feitos por cabeças eletromagnéticas). Seu grande problema, por assim dizer, é que os dados “evaporam” quando o fornecimento de energia elétrica é suspenso, daí ser necessário carregar tudo novamente quando religamos o computador. Além disso, o megabyte de RAM custa muito mais caro do que a memória de massa, daí a razão de os PCs de entrada de linha contarem com até 1 terabyte (ou mais) de espaço no HDD e apenas 2 gigabytes de RAM.

A Microsoft, modesta quando lhe convém, informa que o Windows 10 de 32 bits roda numa máquina com 1 GB de RAM (para a versão de 64 bits, a quantidade mínima é de 2 GB), mas o desempenho só será satisfatório com algo entre 6 e 8 GB — quantidade que só vem de fábrica em máquinas mais caras. Volto a salientar que falta de memória se resolve instalando mais memória. O resto é paliativo. Mas é possível melhorar a performance de uma máquina de configuração chinfrim eliminando todos os inutilitários e programas pouco usados, faxinando regularmente o disco rígido, corrigindo erros e desfragmentando os arquivos. Tudo isso pode ser feito com as ferramentas nativas do Windows (detalhes nesta postagem), mas os resultados serão melhores se você recorrer a suítes de manutenção como o CCleaner, o IObit Advanced System Care e outras, que estão disponíveis em versões pagas e gratuitas, sendo estas últimas satisfatórias para o uso doméstico.

Outra maneira de espremer mais algumas gotas de desempenho de um PC com pouca memória é habilitar o ReadyBoost — recurso do Windows que utiliza um dispositivo de memória externo para “acelerar” o sistema. Ele não faz milagres, mas pode proporcionar ganhos de até 75% no carregamento de aplicativos em máquinas algo entre 2 e 4 GB de RAM e HDD lento (como os de 5400 RPM usados em notebooks).

ReadyBoost usa o dispositivo removível para ampliar o cache do Windows (por “cache”, entenda-se uma memória “intermediária”, destinada a armazenar arquivos de forma inteligente, deixando-os prontos para utilização na hora oportuna), além de liberar a quantidade correspondente de memória RAM. Para que haja um aumento significativo de desempenho, a Microsoft recomenda usar dispositivos removíveis com capacidade de duas a quatro vezes maior que a quantidade de memória física instalada (ou seja, se seu PC tem 4 GB de RAM, use um pendrive/cartão de 16 GB).

Você pode usar qualquer tipo de memória flash, desde que seja compatível com o padrão USB 2.0 (ou superior) e que tenha pelo menos 1 GB de espaço livre. Melhores resultados serão obtidos formatando a unidade em NTFS, a menos que a capacidade seja inferior a 4 GB, caso em que você pode usar o sistema de arquivos FAT32 (para saber mais sobre formatação de pendrives e sistemas de arquivos, reveja a sequência de postagens iniciada por esta aqui). Em tese, é possível usar até oito dispositivos de até 32 GB cada, já que o limite do ReadyBoost é de 256 GB, mas, na prática, você dificilmente terá 8 portas USB livres no seu computador, e o uso de hubs (multiplicadores) não é recomendável.

Para ativar o ReadyBoost, conecte a unidade externa na portinha USB (no caso do pendrive; o cartão requer uma interface específica ou, na falta dela, um adaptador), clique em Este Computador (ou Computador, ou ainda Meu Computador, conforme a versão do seu Windows), dê um clique direito no ícone que representa o dispositivo removível e clique na aba ReadyBoost. Para usar todo o espaço disponível no drive, marque a Dedicar este dispositivo ao ReadyBoost; para configurar manualmente o espaço a ser alocado, marque Usar este dispositivo e mova a barra deslizante para a direita até que a janelinha exiba o espaço desejado. Ao final, é só clicar 
em Aplicar e em OK (vale reiniciar o computador, embora isso não seja exigido explicitamente).

Para saber mais sobre o ReadyBoost, clique aqui.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

DE VOLTA À MEMÓRIA RAM — PARTE 4


SÃO OS VENCEDORES QUE CAVAM AS SEPULTURAS.

Vimos que o monitor de desempenho do Advanced System Care nos permite acompanhar o consumo de RAM em tempo real e liberar memória mediante um clique no ícone do foguetinho — que fica à esquerda da barrinha do monitor. No entanto, como ele é parte integrante da suíte e não pode ser instalado separadamente, a conclusão é óbvia. 

A boa notícia é que esse recurso é oferecido tanto na versão paga do Advanced System Care quanto na gratuita (para uso pessoal), e que esta última atende perfeitamente as necessidades da maioria dos usuários domésticos. Se, todavia, você preferir a versão comercial, sugiro instalar o Advanced System Care Ultimate 12, que acrescenta uma excelente ferramenta antimalware.

Se por algum motivo você preferir não instalar a suíte — e abrir mão de uma vasta gama de recursos pra lá de interessantes —, basta vasculhar a Web para encontrar dezenas “gerenciadores de memória”. Um bom exemplo é o Minimem, desenvolvido para moderar o apetite pantagruélico do Mozilla Firefox, mas que passou a atuar também nos demais aplicativos. Ele é gratuito, oferece opção de interface em português e roda no Windows 10/8.1/7/Vista de 32/64-bit (para fazer o download, siga este link). 

Outros gerenciadores dignos de nota são o Wise Memory Optimizer e o PGWare SuperRam, igualmente gratuitos e compatíveis com Windows 10, 8.1, 7, Vista e XP, tanto de 32 quanto de 64 bits (para mais informações e download, clique aqui e aqui), mas tenha em mente que eles não passam de meros paliativos, pois falta de memória se resolve instalando mais memória. Por outro lado, você pode obter resultados mais significativos ativando o ReadyBoost, que se vale de um pendrive ou cartão de memória para “ampliar” a RAM

Esse recurso foi introduzido no Windows Vista e mantido nas edições subsequentes, inclusive no Windows 10. Embora não faça milagres, ele proporciona resultados superiores aos da tradicional memória virtual, pelo simples motivo de a memória flash ser muito mais rápida do que o HDD eletromecânico.

Observação: Em linhas gerais, o ReadyBoost usa o espaço disponível no pendrive ou cartão de memória para aumentar o tamanho do cache do Windows (uma memória intermediária que armazena arquivos de forma inteligente, deixando-os prontos para utilização na hora oportuna), além de liberar a quantidade de memória RAM que era utilizada antes de você o implementar.

Para habilitar o ReadyBoost, você só precisa conectar o dispositivo removível numa portinha USB (no caso do pendrive; o cartão requer uma interface específica ou, na falta dela, um adaptador), abrir a pasta Este Computador (ou Computador, ou ainda Meu Computador, conforme a sua edição do Windows), dar um clique direito no ícone que representa a unidade removível em questão e clicar na aba ReadyBoost. Para usar todo o espaço disponível no drive, marque a Dedicar este dispositivo ao ReadyBoost; para configurar manualmente o espaço a ser alocado, marque Usar este dispositivo e mova a barra deslizante para a direita, até que a janelinha exiba o espaço desejado. Ao final, é só clicar em Aplicar e em OK (vale reiniciar o computador, embora isso não seja exigido explicitamente).

O ReadyBoost funciona com qualquer tipo de memória flash (cartões SD, micro SD, pendrives e HDs externos), desde que suportem o padrão USB 2.0 (ou superior) e contem com pelo menos 1 GB de espaço livre. Melhores resultados serão obtidos se você formatar a unidade em NTFS, a menos que a capacidade seja inferior a 4 GB (caso em que você pode usar o sistema de arquivos FAT32, para saber mais sobre formatação de pendrives e sistemas de arquivos, reveja a sequência de postagens iniciada por esta aqui).

É possível usar até oito dispositivos de até 32 GB cada, já que o limite do ReadyBoost é de 256 GB note que esse limite é teórico, até porque seu PC dificilmente terá 8 portas USB livres, e o uso de hubs (multiplicadores) não é recomendável.

Para que haja um aumento significativo na performance do sistema, a Microsoft recomenda usar pendrives/SD Cards com capacidade de duas a quatro vezes maior que a quantidade de memória física instalada (ou seja, se seu PC tem 4 GB de RAM, use um pendrive/cartão de 16 GB).

Para saber mais sobre o ReadyBoost, clique aqui.