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quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

COMO DESAFOGAR O SISTEMA OPERACIONAL (CONTINUAÇÃO)

O AMOR É UM SONHO, O CASAMENTO É O DESPERTADOR! 

Para fazer o que eu sugeri no finalzinho do post anterior, é preciso que seu computador integre duas unidades não voláteis de armazenamento de dados (drives de HD ou de memória sólida), ou, na falta de um segundo drive, que o existente tenha sido particionado em duas unidades lógicas.

Como os discos rígidos atuais são gigantescos (qualquer PC de configuração mediana conta com algo entre 500 GB e 1 TB de espaço) e os notebooks tomaram o lugar dos tradicionais desktops, quase ninguém mais tem dois HDDs internos, o jeito particionar o drive que se tem.

Particionar, como o nome sugere, é dividir o espaço disponível em duas ou mais unidades lógicas ― que o Windows enxerga como se fossem dispositivos distintos. O recomendável seria adotar essa providência durante a instalação do sistema, mas a maioria dos fabricantes de PCs fornecem seus produtos com o Windows pré-carregado, e poucos se dão ao trabalho de criar outra unidade lógica que não uma pequena partição oculta, que é usada para armazenar os arquivos de restauro (assim, eles economizam alguns trocados deixando de fornecer a mídia de instalação do software, que até algum tempo atrás acompanhava o computador).

Reinstalar o Windows não é um bicho-de-sete-cabeças, mas nem por isso é uma tarefa agradável ― tanto que, nessas horas, a maioria dos usuários recorre a um computer guy de confiança. Nas edições 9x/ME do Windows, esse procedimento era realizado com o auxílio de duas ferramentas nativas (FDISK e FORMAT), executadas via prompt de comando. Fazê-lo a posteriori, com o sistema já instalado, demandava o uso de aplicativos de terceiros, como o festejado Partition Magic. Hoje em dia, felizmente, a história é outra. Mas vamos por partes.

Dividir uma unidade de armazenamento de dados não volátil em duas ou mais partições (para os efeitos desta postagem, vamos desconsiderar a tal partição oculta criada pelo fabricante do aparelho e focar somente na unidade do sistema ― geralmente C:) apresenta diversas vantagens. Uma delas é a possibilidade de ter dois sistemas operacionais no mesmo computador (é possível instalar mais de na mesma partição, mas isso não é aconselhável, já que eles não costumam coexistir pacificamente).

Mas uma segunda partição também ajuda a proteger arquivos pessoais e backups importantes da ação de malwares ― ou prevenir o apagamento desses arquivos durante uma eventual reinstalação do sistema, quando e se algum problema mais grave exigir tal providência ―, sem mencionar que evita o consumo desmedido de espaço na unidade C, visto que, conforme eu já comentei, o Windows precisa de pelo menos 20% de espaço livre para trabalhar.

Observação: Tenha em mente que esse procedimento não protege os dados em caso de pane física do drive, situação em que ambas as unidades lógicas podem se tornar inacessíveis.

A boa notícia é que as edições mais recentes do Windows permitem realizar o particionamento da unidade C: a qualquer tempo com ferramentas do próprio sistema, embora eu recomende usar utilitários de terceiros, como veremos nos próximos capítulos.

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