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sexta-feira, 2 de agosto de 2019

BACKUP E CANJA DE GALINHA NUNCA FIZERAM MAL A NINGUÉM


NEM TUDO QUE ACABA NECESSARIAMENTE TERMINA.

Nos primórdios da computação pessoal, era comum ouvirmos dizer que hardware era a parte do PC que a gente chutava e o software, a que a gente xingava. Ouvíamos também que os usuários de computador se dividam entre os que já haviam perdido um HD e a dos que ainda iam perder. Brincadeiras à parte, esses “clichês” continuam valendo, mesmo depois que a evolução tecnológica aprimorou sobremaneira os dispositivos computacionais.

É fato que os HDs e SSDs atuais não são tão susceptíveis aos distúrbios da rede elétrica quanto os modelos fabricados 10 anos atrás, mas isso não nos desobriga de usar um nobreak, pois, além de estabilizar a tensão, esse aparelho nos protege de um apagão inesperado e do subsequente pico de tensão que tende a ocorrer quando o fornecimento de energia é restabelecido. Isso não só evita danos físicos nos delicados circuitos eletrônicos do computador, mas também previne a perda de dados se, por exemplo, a gente não configurou o salvamento automático dos arquivos em que está trabalhando nem tomou o cuidado de fazê-lo manualmente (no Word, basta pressionar Ctrl+B de tempos em tempos).

Nunca é demais lembrar que os famigerados filtros de linha não filtram coisa alguma, já que não passam de benjamins providos de fusíveis ou LEDs que fazem as vezes de varistor. O estabilizador de tensão é mais eficiente, pois “compensa” as variações de tensão da rede (para mais ou para menos), embora, de novo, a melhor solução é o nobreak, de preferência do tipo online — também conhecido como UPS —, que integra um retificador, um inversor e um banco de baterias. O bloco retificador “corrige” a rede elétrica e carrega as baterias, e a tensão, uma vez retificada, alimenta o bloco inversor, cuja função é alternar a tensão novamente para a carga. Quando há energia na tomada, as baterias são mantidas em carga lenta, e o computador e demais periféricos são alimentados via inversor; quando falta força, as baterias alimentam a carga também via inversor, e da feita que a tensão é retificada e filtrada logo na entrada, e a alimentação, provida através do circuito inversor, o nobreak elimina a maioria dos distúrbios da rede elétrica, pois suas baterias funcionam como um grande capacitor.

Como a Lei de Murphy ainda não foi revogada, ninguém está livre de, um belo dia, ligar o computador e o Windows se recusar a carregar porque um arquivo importante do sistema se corrompeu, por exemplo. Mesmo que a possibilidade de isso ocorrer seja menor do que há 5 ou 10 anos, e que o Win10, ao detectar alterações nos arquivos protegidos do sistema, aciona o Windows Resource Protector (que até o WinXP atendia por Windows File Protector) para recuperar automaticamente as versões originais a partir de cópias armazenadas numa pasta oculta, ou, ainda, que o Win10, diante de uma falha que o impede iniciar normalmente, tenta se recuperar automaticamente e, se não conseguir, reinicia no modo de segurança ou no ambiente de recuperação, cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém.

Sem embargo, a melhor maneira de evitar surpresas desagradáveis como o sequestro de dados por ransomware, por exemplo é manter backups atualizados dos arquivos importantes. Não estou falando do sistema operacional em si, nem dos aplicativos que usamos no dia a dia, até porque tudo isso é recuperável. Falo daquela foto antiga de alguém que já se foi, e cujo negativo ou cópia em papel foi parar não se sabe onde. Ou do vídeo do batizado do caçula, do parto da cadelinha de estimação, enfim, de tudo que foi armazenado no HD e que, se uma hora se perder, fo... digo, danou-se.

Usuários de computador sempre foram avessos a fazer backup, e houve um tempo que isso era compreensível: até meados dos anos 90, praticamente não havia alternativa aos frágeis disquetes, que desmagnetizavam e emboloravam com facilidade e não comportavam sequer para uma faixa musical no formato .mp3. Eles chegaram ao mercado no final de 1971, e suas primeiras versões tinham 8” (cerca de 20 cm) e míseros 8 kilobytes de capacidade. Mais adiante, vieram os modelos de 5 ¼” polegadas e 160 kilobytes, e em 1984, quando sua produção foi descontinuada, já armazenavam 1,2 MB.

Os disquetes que mais se popularizaram foram os de 3 ½” e 1,44 MB (versões de 2,88 MB e 5,76 MB chegaram a ser lançados, mas por alguma razão não emplacaram). Até a edição 95, os arquivos de instalação do Windows eram fornecidos nesse tipo de mídia (primeiro a gente instalava o MS-DOS e depois o Windows propriamente dito, que até então era apenas uma interface gráfica). Naquela época, a maioria dos PCs contava com dois ou mais floppy drives meu primeiro 286 tinha um drive para floppy de 5 ¼” e dois para 3 ½”, o que facilitava bastante a cópia de dados. A título de curiosidade, para armazenar em disquetes o conteúdo de um pendrive de 16 GB, seriam necessárias 11.111 unidades de 1,44 MB (uma pilha de respeitáveis 36 metros de altura).
       
Atualmente não existe desculpa para você não criar cópias de segurança de seus arquivos importantes e de difícil recuperação. De uns anos a esta parte, os fabricantes deixaram de equipar notebooks e desktops com drives de disquete, e são bem poucos os modelos que ainda trazem um gravador/leitor de mídia óptica, já que HDs externos (com interface USB) e pendrives de grandes capacidades custam relativamente barato e oferecem um latifúndio de espaço. Isso sem mencionar que os disco rígidos nativos também se tornaram bastante camaradas: qualquer PC de entrada de linha conta atualmente com algo entre 500 GB e 1 TB. A questão é que, se não dividirmos esse espaço em pelo menos duas unidades lógicas, nossos arquivos serão apagados se e quando formatarmos o HD para reinstalar o Windows do zero. E ainda que o particionemos e salvemos nossos backups fora da partição do sistema, os arquivos podem ficar indisponíveis se uma falha física comprometer o funcionamento do dispositivo (para mais detalhes sobre particionamento do HD, reveja esta sequência de postagens).  

De novo: não há desculpa para não criarmos cópias de segurança dos dados importantes e de difícil recuperação. O procedimento não tem mistério, pois consiste basicamente em copiar arquivos do drive C para outra partição do HD ou para mídias removíveis. Simples assim. Agora, se você quiser fazer backups em grande estilo, o Windows lhe dá uma forcinha, como veremos em detalhes na próxima postagem.

quinta-feira, 21 de março de 2019

AINDA SOBRE O USO EXCESSIVO DO HDD E COMO DESAFOGAR O DISCO COM UMA SEGUNDA PARTIÇÃO (CONTINUAÇÃO)



PRIMEIRO CHEGAM OS SORRISOS; DEPOIS, AS MENTIRAS; POR ÚLTIMO, O TIROTEIO.

Recapitulando: Antes de a Microsoft introduzir o Gerenciamento de Disco (no Windows 7), só era possível particionar a unidade do sistema reinstalando o Windows ou usando ferramentas de terceiros. No entanto, ainda que o gerenciador nativo continue existindo nas edições mais recentes do sistema, inclusive no Windows 10, eu prefiro o MiniTool Partition Wizard Free, por achá-lo mais intuitivo e fácil de operar.

Tanto num caso como no outro, é importante submeter o paciente à um pré-operatório. Comece por desinstalar os inutilitários e demais apps pouco usados — isso pode ser feito com a ferramenta nativa do Windows 10 (abra o menu Iniciar e clique em Configurações > Aplicativos > Aplicativos e recursos), mas melhores resultados serão obtidos com o Revo Uninstaller ou o IObit Uninstaller, que eliminam a maioria das sobras que o desinstalador nativo tende a deixar para trás. Concluída a faxina, reinicie o computador.

Abra o Explorador de Arquivos e a pasta Este Computador, dê um clique direito no ícone que representa sua unidade de sistema  geralmente C: (*, selecione Propriedades, pressione o botão Limpeza de Disco, aguarde o cálculo do espaço que pode ser recuperado e confirme em OK. Ao final, torne a pressionar o botão Limpeza de Disco, clique em Limpar arquivos do sistema, marque as opções desejadas (ou todas elas), confirme e aguarda a conclusão do processo.

(*) Partição de sistema e partição de inicialização são nomes atribuídos às unidades (ou volumes) que o Windows usa ao ser iniciado. Isso pode gerar confusão, pois a partição do sistema contém os arquivos usados para inicializar o Windows, enquanto que a partição de inicialização contém os arquivos do sistema. Como o uso consagra a regra, partição do sistema, para os efeitos desta sequência de postagens, é aquela que contém o Windows (geralmente a unidade C:).

Se seu computador estiver “redondo” clique na aba Mais Opções e exclua também os pontos de restauração do sistema (também nesse caso é melhor usar o CCleaner, que permite selecionar individualmente os pontos de restauração que você quer apagar). Ao final, reinicie a máquina, torne a abrir o Explorador de Arquivos e a pasta Este Computador, dê um clique direito no ícone que representa sua unidade de sistema, selecione a aba Ferramentas e, no campo Verificação de Erros, clique em Verificar Agora. Assinale as duas caixas de verificação e reinicie o computador (a reinicialização é necessária porque a ferramenta precisa ter acesso a arquivos de sistema que o Windows bloqueia quando está carregado).

Concluída a verificação e corrigidos eventuais erros (seja paciente, pois o processo pode levar de muitos minutos a algumas horas), volte à tela das Propriedades da Unidade C: e, no campo Otimizar e desfragmentar unidade, pressione o botão Otimizar, selecione a unidade C: (desde que não seja SSD), clique em Analisar e aguarde o resultado. 

Em circunstâncias normais, um percentual de fragmentação inferior a 2% dispensa a otimização; no procedimento pré-operatório, porém, é melhor pecar por ação do que por omissão. Portanto, clique em Otimizar e aguarde a conclusão do processo (que também pode demorar um pouco).

Observação: Se você dispõe da suíte de manutenção Advanced System Care, clique em Toolbox e rode o Smart Defrag em vez do desfragmentador nativo do Windows.

Continua na próxima postagem.

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

COMO DESAFOGAR O SISTEMA OPERACIONAL (PARTE 6)

SE PODES OLHAR, VÊ. SE PODES VER, REPARA.

Se você achou complicado usar a ferramenta nativa do Windows para particionar sua unidade não volátil de armazenamento de dados, a boa notícia é que poderá fazê-lo usando um aplicativo gratuito e muito mais amigável. Mas tenha em mente que, qualquer que seja o “centro cirúrgico” que você escolher para a realização do procedimento, a assepsia pré-operatória deverá ser feita conforme foi explicado nos capítulos anteriores. Dito isso, vamos adiante.  

1.      Baixe Mini-Tool Partition Wizard Free a partir do site do fabricante.
2.      Concluído o download, de um clique duplo sobre o executável do programinha e proceda à instalação da maneira convencional.
3.      Na tela inicial da ferramenta, clique com o botão direito sobre o drive que você deseja particionar.
4.      Selecione a opção Move/Resize (mover/redimensionar) e, no campo Partition Size (tamanho da partição), defina o tamanho da nova partição (digitando a grandeza desejada ou usando o mouse para arrastar a extremidade direita da barra). Ao final, clique em OK.

ObservaçãoO programinha não permite que a partição seja reduzida a ponto de se tornar insuficiente para conter os dados que já estão gravados (o espaço ocupado é exibido em amarelo na barra da ferramenta), mas é importante que, ao dividir o espaço, você deixe uma boa sobra na partição do sistema, não só para permitir a execução do Defrag, mas também para instalar novos aplicativos de uso frequente. Caso a ideia seja usar a nova partição para instalar outro sistema operacional em dual-boot, altere em Create as: o tipo de partição para Primária (mantenha a configuração padrão se for usar a partição para armazenar arquivos). Se for criar mais unidades (o limite é de 4 primárias ou 3 primárias e uma estendida), altere o tipo de partição para Estendida e torne a executar o MTPW para criar múltiplas unidades lógicas.

5.      A barra acinzentada que aparece à direita da partição que você redimensionou, na janela do Mini-Tool, corresponde ao espaço não alocado (unalocated). Clique  ali, selecione a opção Create (criar) e clique em OK na janela Create New Partition (criar nova partição). Uma nova partição lógica será criada e identificada por uma letra que varia conforme os drives instalados no computador. Se você tiver apenas o HDD, que, por padrão, é identificado como C:, a nova partição receberá a letra D.

6.      No canto superior esquerdo da próxima tela, clique no botão Apply (aplicar) para que as alterações sejam efetivadas. O programa recomenda fechar todos os aplicativos e desabilitar a economia de energia antes de prosseguir; faça-o e responda Yes (sim) à pergunta Apply Changes? Se quiser desistir do particionamento, essa é sua última chance. Clique em No (não) e encerre o aplicativo.
7.      Se for seguir adiante, clique em Yes. Na mensagem dando conta de que as alterações não podem ser levadas a efeito porque o drive C: está sendo usado, clique em Restart Now (reiniciar agora).
8.      Uma nova tela o instruirá a não desligar o computador e informará que o Windows será reinicializado automaticamente após a conclusão do trabalho. Enquanto espera, você pode acompanhar a evolução do processo através das barras de progressão.   

Se tudo correr bem, em alguns minutos seu PC será reiniciado com as modificações efetivadas. Clique em Iniciar > Computador e confira o resultado.

Continuamos na próxima postagem, pessoal. Até lá.  

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segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

COMO DESAFOGAR O SISTEMA OPERACIONAL (PARTE 5)

EU VOTEI NO AÉCIO; VOCÊ, NO LULA E NA CHAPA DILMA/TEMER. A DIFERENÇA ENTRE NÓS É QUE EU QUERO O AÉCIO NA CADEIA, ENQUANTO VOCÊ QUER LULA PRESIDENTE.

Concluído o “pré-operatório” (vide roteiro nos capítulos anteriores), a unidade de sistema do seu PC estará pronta para ser submetida à “cirurgia” mediante a qual você criará a nova partição ― ou volume, ou unidade lógica, tanto faz. Veremos como fazer isso, primeiro com as ferramentas nativas do Windows, depois com um aplicativo gratuito que facilita sobremaneira o trabalho.

Primeiramente, você precisa definir a distribuição do espaço. Para tanto, abra o Explorador de Arquivos, clique em Computador (na coluna esquerda da janela), dê um clique direito ícone que representa a unidade que você quer particionar e clique em Propriedades. Na janelinha que se abrirá em seguida, você verá (em gigabytes e numa representação gráfica) a proporção entre o espaço ocupado e o espaço livre remanescente na unidade.

Quanto tiver decidido qual será o tamanho da nova partição ― note que é importante não “estrangular” o sistema operacional, pois, conforme já foi mencionado, ele precisa de, no mínimo, 20% de espaço livre para trabalhar com alguma folga, volte ao menu Iniciar, dê um clique direito em Computador (na coluna à esquerda da janela), clique em GerenciarGerenciamento do computadorRepositório > Gerenciamento de disco. A próxima tela exibirá todas as partições existentes. Então:
1)      Dê um clique direito sobre a unidade desejada (jamais mexa na pequena partição oculta, que armazena os arquivos de restauro do software), selecione a opção Diminuir Volume..., aguarde o cálculo do espaço disponível, defina o tamanho da nova partição e clique em Diminuir.
2)      Ainda na tela do Gerenciamento de disco, dê um clique direito sobre o espaço não alocado e selecione a opção Novo Volume Simples...
3)      Na janela do Assistente para Novas Partições Simples, clique em Avançar e ajuste a quantidade de espaço a ser utilizado (por padrão, o Windows seleciona todo o espaço não alocado disponível, mas você pode alterar esse valor caso pretenda criar mais partições).
4)      Escolha a letra que designará a nova unidade, formate o espaço respectivo e, se quiser, digite um nome no campo Rótulo do Volume.
5)      Confira se os dados correspondem àquilo que você definiu. Se estiver satisfeito, clique em Concluir e aguarde até que o espaço anteriormente marcado como não alocado fique pronto para ser usado como uma nova partição.

Para que seja possível armazenar arquivos de forma efetiva na nova partição, você terá de formatá-la. Na caixa de diálogo Formatar partição, clique em Avançar para executar o procedimento com as configurações padrão e então clique em Concluir. Note que os sistemas de arquivos mais utilizados pelo Windows são o NTFS e o FAT32; recomendo usar o primeiro (*), que, além de mais seguro, oferece suporte a grandes volumes de arquivos e permissões de acesso mais efetivas.

(*) O NTFS (sigla de New Technology File System) foi desenvolvido com base no HPFS (High Performance File System, criado pela gigante IBM) e implementado no Windows NT. Devido à sua confiabilidade e desempenho superiores aos da FAT, além da capacidade de recuperação em caso de falhas ― como depois de um desligamento inesperado do computador provocado por um apagão na rede elétrica, por exemplo ―, do esquema de permissões de acesso e da eficiência no gerenciamento de unidades de disco volumosas, esse sistema de arquivos é utilizado por padrão para formatar a unidade onde o Windows 10 será instalado, já que, combinado com o tamanho dos clusters, o uso de 64 bits no endereçamento dos dados permite gerenciar partições de até 256 Terabytes(enquanto os limites da FAT 16 e 32 são, respectivamente, de 2 GB e 2 TB).

Para criar mais partições, repita o procedimento. Para desativar uma partição, acesse a janela do Gerenciamento de disco, clique com o botão direito sobre ela selecione a opção Excluir volume... (note que todos os dados gravados nessa unidade serão apagados, de modo que convém criar um backup antes de excluí-la).

Se quiser ocultar uma partição ― para mantê-la escondida dos curiosos ou para evitar que outros usuários do PC façam modificações indesejáveis nos seus backups ―, basta fazer desaparecer a letra que designa a unidade em questão. Há pelo menos duas maneiras de você fazer isso. A mais complicada, nós já discutimos nesta postagem; a mais simples ― que eu recomendo utilizar ― consiste em abrir o menu Iniciar, dar um clique direito em Computador, selecionar a opção Gerenciar, clicar em Repositório > Gerenciamento de disco, dar um clique direito sobre o ícone que representa a unidade desejada, selecionar a opção Alterar letra da unidade e caminho e, na janelinha que exibe a letra da unidade realçada, clicar no botão Remover e reiniciar o PC para efetivar a alteração. Para reverter essa configuração, repita os mesmo passos, clique no botão Adicionar, assinale a opção Atribuir a seguinte letra à unidade e clique em OK para que lhe seja atribuída a próxima letra disponível ― ou na setinha ao lado da letra sugerida, caso queira escolher outra letra qualquer que não esteja em uso. Feito isso, clique em OK e confira o resultado.

Se você achou esse roteiro complicado, não deixe de ler a próxima postagem, que encerrará esta sequência ensinando a fazer a mesma coisa com o Mini-Tool Partition Wizard, que é gratuito e bem mais rápido e amigável do que o particionador nativo do Windows. Até lá.

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sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

COMO DESAFOGAR O SISTEMA OPERACIONAL (PARTE 4)

SE GILMAR MENDES É CONTRA, ENTÃO É BOM PARA O BRASIL.

Lidas, compreendidas e postas em prática as sugestões elencadas no post anterior, abra a pasta Computador, clique com o botão direito no ícone que representa sua unidade de sistema e selecione a aba Ferramentas. No campo Verificação de Erros, clique em Verificar Agora, assinale as duas caixas de verificação e reinicie o computador (essa providência necessária para que a ferramenta tenha acesso aos arquivos de sistema que o Windows bloqueia quando está carregado) e vá tomar um café, que a finalização do processo costuma demorar um pouco.

Concluída a verificação e corrigidos os eventuais erros no disco, volte à janelinha das Propriedades da Unidade C: e, no campo Desfragmentação, pressione o botão Desfragmentar agora. Na tela do Desfragmentador, selecione a unidade desejada (desde que não seja SSD) e clique em Analisar disco. Se o índice de fragmentação for superior a 3%, clique em Desfragmentar disco e siga as instruções na tela ― de acordo com o tamanho do drive e o percentual de fragmentação dos arquivos, esse processo também pode demorar um pouco.

Note que o roteiro sugerido para o “pré-operatório” utiliza os recursos nativos do sistema. Com uma suíte de manutenção como o Advanced System Care, por exemplo, você obterá melhores resultados em menos tempo e com menos trabalho. Aliás, outra suíte que eu recomendo instalar é o CCleaner, que (acho que eu já disse, mas nunca é demais repetir) permite selecionar um a um os pontos de restauração do sistema que se deseja apagar. Ambos os programas são disponibilizados gratuitamente para uso pessoal, mas registrá-los lhe dará acesso a alguns recursos adicionais, que talvez não sejam imprescindíveis, mas nem por isso deixam de ser bem-vindos.

Agora “o paciente está pronto para a cirurgia” que reduzirá o tamanho da unidade do sistema e abrirá espaço para a criação de uma segunda partição. Cada drive de HD pode ser dividido em até quatro partições primárias ― ou em três partições primárias e uma estendida. A partição estendida pode ser subdivida em múltiplas unidades lógicas, sendo cada qual identificada por uma letra do alfabeto. Como as letras A e B eram reservadas, tradicionalmente, para os drives de disquete de  e  polegadas, o volume do sistema recebe a letra C, e o drive de mídia óptica, se houver, a letra D. Assim, as demais partições partem da letra E ― a menos que você tenha configurado um pendrive ou um SD Card para “ampliar” a RAM através do ReadyBoost, caso em que a nova partição receberá a letra F.

ObservaçãoÉ possível alterar as letras em questão abrindo a pasta Computador e, na coluna à esquerda, dando um clique direito em Computador e selecionando a opção Gerenciar.
  
O resto fica para o próximo capítulo.

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quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

COMO DESAFOGAR O SISTEMA OPERACIONAL (CONTINUAÇÃO)

O AMOR É UM SONHO, O CASAMENTO É O DESPERTADOR! 

Para fazer o que eu sugeri no finalzinho do post anterior, é preciso que seu computador integre duas unidades não voláteis de armazenamento de dados (drives de HD ou de memória sólida), ou, na falta de um segundo drive, que o existente tenha sido particionado em duas unidades lógicas.

Como os discos rígidos atuais são gigantescos (qualquer PC de configuração mediana conta com algo entre 500 GB e 1 TB de espaço) e os notebooks tomaram o lugar dos tradicionais desktops, quase ninguém mais tem dois HDDs internos, o jeito particionar o drive que se tem.

Particionar, como o nome sugere, é dividir o espaço disponível em duas ou mais unidades lógicas ― que o Windows enxerga como se fossem dispositivos distintos. O recomendável seria adotar essa providência durante a instalação do sistema, mas a maioria dos fabricantes de PCs fornecem seus produtos com o Windows pré-carregado, e poucos se dão ao trabalho de criar outra unidade lógica que não uma pequena partição oculta, que é usada para armazenar os arquivos de restauro (assim, eles economizam alguns trocados deixando de fornecer a mídia de instalação do software, que até algum tempo atrás acompanhava o computador).

Reinstalar o Windows não é um bicho-de-sete-cabeças, mas nem por isso é uma tarefa agradável ― tanto que, nessas horas, a maioria dos usuários recorre a um computer guy de confiança. Nas edições 9x/ME do Windows, esse procedimento era realizado com o auxílio de duas ferramentas nativas (FDISK e FORMAT), executadas via prompt de comando. Fazê-lo a posteriori, com o sistema já instalado, demandava o uso de aplicativos de terceiros, como o festejado Partition Magic. Hoje em dia, felizmente, a história é outra. Mas vamos por partes.

Dividir uma unidade de armazenamento de dados não volátil em duas ou mais partições (para os efeitos desta postagem, vamos desconsiderar a tal partição oculta criada pelo fabricante do aparelho e focar somente na unidade do sistema ― geralmente C:) apresenta diversas vantagens. Uma delas é a possibilidade de ter dois sistemas operacionais no mesmo computador (é possível instalar mais de na mesma partição, mas isso não é aconselhável, já que eles não costumam coexistir pacificamente).

Mas uma segunda partição também ajuda a proteger arquivos pessoais e backups importantes da ação de malwares ― ou prevenir o apagamento desses arquivos durante uma eventual reinstalação do sistema, quando e se algum problema mais grave exigir tal providência ―, sem mencionar que evita o consumo desmedido de espaço na unidade C, visto que, conforme eu já comentei, o Windows precisa de pelo menos 20% de espaço livre para trabalhar.

Observação: Tenha em mente que esse procedimento não protege os dados em caso de pane física do drive, situação em que ambas as unidades lógicas podem se tornar inacessíveis.

A boa notícia é que as edições mais recentes do Windows permitem realizar o particionamento da unidade C: a qualquer tempo com ferramentas do próprio sistema, embora eu recomende usar utilitários de terceiros, como veremos nos próximos capítulos.

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terça-feira, 5 de dezembro de 2017

VEJA COMO DESAFOGAR O SISTEMA OPERACIONAL

RIDE BENE CHI RIDE L'ULTIMO. 

Depois que os HDDs se tornaram gigantescos, até os PCs mais baratos passaram a integrar drives de 500 GB a 1 TB, e com isso os usuários foram desobrigados de se preocupar com armazenamento de dados. Mas fartura de espaço não é sinônimo de espaço ilimitado; quem coleciona filmes em alta definição e/ou toneladas de música em .mp3 precisa ter em mente que, mais hora, menos hora, o Windows vai “chiar” ― até porque, para funcionar adequadamente, o sistema operacional precisa de pelo menos 20% livres na unidade em que está instalado.

Nos SSDs essa história é um pouco diferente (confira na sequência que eu publiquei recentemente sobre a memória de massa do computador). Embora sejam superiores aos modelos eletromecânicos sob diversos aspectos, os drives sólidos de grandes capacidades custam caro e equipam quase que exclusivamente PCs top de linha ― nos demais, eles raramente estão presentes, e quando estão, dificilmente oferecem mais de 256 GB.

Pendrives de grande capacidade e HDDs externos são boas opções para armazenar vídeos, músicas, imagens, backups e tudo mais que não precisa dividir espaço com o Windows na partição do sistema. E o mesmo valeria para CDs e DVDs graváveis, se a maioria dos fabricantes de notebooks não tivesse eliminado os drives ópticos de seus produtos.

Enfim, se você dispõe de pouco espaço livre em disco (entenda que “disco”, neste contesto, é a memória de massa do PC, independentemente da tecnologia do dispositivo em si), remova os aplicativos inúteis e transfira arquivos de backup, vídeos e músicas para outras mídias. Para evitar que seus arquivos se agigantem a ponto de comprometer o desempenho do sistema operacional, repita o procedimento regularmente ou, se preferir, particione o drive em duas (ou mais) unidades lógicas. Assim, você poderá reservar a unidade C para o sistema e os aplicativos mais usados e concentrar todo o restante na unidade D (ou qualquer que seja a letra que você atribuir à partição recém-criada).

O próprio Windows permite modificar a localização padrão de arquivos e pastas, como veremos depois que tratarmos do particionamento da unidade de sistema. Acompanhe isso e muito mais nas próximas postagens.

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quarta-feira, 8 de novembro de 2017

HDD/SSD ― A MEMÓRIA DE MASSA DO PC ― Parte 5

ESPERE O MELHOR, PREPARE-SE PARA O PIOR E VIRE-SE COM O QUE VIER.

Continuando de onde paramos na postagem da última quarta-feira: a FAT 16 opera com, no máximo, 2 GB ― para aplicá-la num drive de 5 GB, por exemplo, ocupar todo o espaço disponível exigiria criar duas partições de 2 GB e uma terceira de 1 GB, também por exemplo. Por conta disso, a Microsoft passou a utilizar a FAT 32 nas edições 95 (versão OSR 2) 98 e ME do Windows, e o (bem mais avançado) NTFS a partir das edições 2000 e XP. Mas vamos por partes.

A FAT trabalha com clusters, que, como vimos, são conjuntos de setores do disco rígido. Na FAT16, cada cluster pode armazenar 2 KB, 4 KB, 8 KB, 16 KB ou 32 KB. Note que esse tamanho é uniforme ― ou seja, não pode haver, na mesma unidade, clusters de tamanhos diferentes. Cada arquivo utiliza tantos clusters quantos forem necessários para contê-lo integralmente; um arquivo com 50 KB, por exemplo, pode ser gravado em 2 clusters de 32 KB cada, mas isso desperdiçaria 16 KB, pois a sobra não pode ser destinada a gravação de dados pertencentes a outro arquivo. Daí se conclui que o maior problema do sistema FAT, além da limitação a 2 GB, é o brutal desperdício de espaço.

Explicando melhor: FAT 16 usa 16 bits para endereçamento dos dados (daí o número 16 na sigla), o que, na prática, significa que ele pode trabalhar com, no máximo, 65536 clusters (216). Então, 65536 clusters de 32 KB cada resulta num espaço total de 2.097.152 KB, que corresponde a 2 GB (note que, quando maior for o cluster, maior será, consequentemente, o desperdício de espaço). Já a FAT 32 utiliza 32 bits no endereçamento de dados e suporta o uso de clusters menores (de 4 KB, p.ex.), reduzindo significativamente o desperdício de espaço.

O limite da FAT 32 é de 2 terabytes (TB). No entanto, se repetirmos o cálculo anterior considerando 32 em vez de 16 (232) e multiplicarmos o resultado pelo tamanho máximo do cluster (também 32), chegaremos a 128 TB. A questão é que, embora cada endereçamento tenha 32 bits, no número máximo de clusters, são considerados apenas 28 bits. Daí termos 228, que dá 268.435.456, ou seja, aproximadamente 268 milhões de clusters, que, multiplicados esse número por 32, resultam em 8 TB.

Ainda faltam 6 TB, mas isso se explica pelo fato de a Microsoft ter limitado a FAT 32 a 232 considerando o número máximo de setores, não de clusters. Como cada setor possui 512 bytes (ou 0,5 kilobyte), a conta a ser feita é 232 (4.294967296) multiplicado por 0,5, que dá 2.147.483.648 KB, ou seja, 2 TB ― de outra forma, poderia haver problemas com a inicialização do sistema operacional devido a limitações na área de boot. 

Observação: Volto a lembrar que setor e cluster são coisas distintas; o primeiro corresponde à menor unidade física do HDD, ao passo que o segundo, que é formado por um conjunto de setores, remete à menor unidade lógica que o SO é capaz de acessar para armazenar dados.

Por hoje está de bom tamanho, pessoal. Continuaremos no próximo capítulo, quando então falaremos formato de arquivos NTFS e (finalmente) da desfragmentação dos dados. Até lá.

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sexta-feira, 13 de março de 2015

PARTICIONAMENTO DO DISCO RÍGIDO COM O MINI-TOOL PARTITION WIZARD FREE

NÃO BASTA SER POBRE, TEM QUE BAIXAR O VOLUME DA TV PARA ESCUTAR QUANDO TEM BRIGA NO VIZINHO.

Para encerrar esta sequência sobre o particionamento, vamos focar o freeware Mini-Tool Partition Wizard, que, a meu ver, é mais rápido e bem mais amigável do que o particionador nativo do Seven – objeto da postagem anterior. Digo isso com conhecimento de causa, pois usei o programinha para criar uma nova partição primária no meu HD quando me preparei para reinstalar o Windows devido a uma inusitada sucessão de travamentos irritantes, mas que consegui resolver com a remoção de um PUP que se aboletou no sistema aproveitando-se de um momento de distração.
Passando ao que interessa, a assepsia pré-operatória é idêntica à que foi explicada no tutorial sobre o particionamento do disco com o utilitário nativo do Seven, bem como são válidas as recomendações sobre a criação de um backup atualizado e de uma imagem do sistema (ou discos de pré-definição). Muda somente o cirurgião, que agora será o Mini-Tool Partition Magic Free 9, que pode ser descarregado diretamente do site do fabricante e permite criar, apagar, redimensionar, copiar, formatar e converter e partições, além de mudar as letras que as identificam, tudo através de uma interface gráfica amigável e sem perda de dados. Aliás, sugiro baixar também a imagem ISO do Wizard Bootable CD e gravá-la em mídia óptica – assim, se ocorrer algum problema durante o particionamento, bastará dar o boot pelo CD para recolocar o bonde nos trilhos.

Observação: Se você não está familiarizado com arquivos .ISO, não se preocupe: no Seven, basta clicar com o botão direito na imagem ISO, selecionar Abrir Com>Gravador de Imagem de Disco do Windows, indicar o gravador de mídia óptica e pressionar o botão Gravar. Se não puder (ou não quiser) proceder à gravação em mídia, instale o MagicISO, dê um clique direito no ícone que será adicionado na Área de Notificação, selecione Virtual CD/DVD-ROM>Media>Mount, clique no arquivo .ISO em questão e acesse-o via menu Iniciar>Computador. Para encerrar, dê um clique direito no ícone do drive virtual e selecione Ejetar.

Sem mais interrupções, vamos dar início à cirurgia:

1.   Depois de instalar o Mini-Tool Partition Magic Free 9, dê um clique direito no ícone criado Área de Trabalho (ou abra o programinha a partir da lista Todos os Programas do menu Iniciar) e, na tela inicial, dê um clique direito sobre o drive que deseja particionar.
2.   Selecione a opção Move/Resize (mover/redimensionar) e, no campo Partition Size (tamanho da partição), defina o tamanho da nova partição – digitando a grandeza desejada no campo respectivo ou arrastando com o mouse a extremidade direita da barra; ao final, clique em OK.

Observação: O programa impede que a partição seja reduzida a ponto de se tornar insuficiente para armazenar os dados que já estão gravados (o espaço ocupado é exibido em amarelo na barra que a representa). No entanto, convém deixar uma boa sobra, não só para permitir a execução do Defrag, mas também para instalar novos aplicativos, já que eles ocupam a mesma partição que contém o SO – ainda que seja possível, é no mínimo desaconselhável alterar essa configuração padrão do Windows.

Tomando como exemplo o meu notebook ACER ASPIRE, dos 500 GB nominais – 465 GB reais (*) –, 57 GB eram utilizados pelo Windows, seus componentes e demais aplicativos, 18 GB reservados para a partição de restauro e 100 MB para o System Reserved (partição que o sistema mantém oculta e sobre a qual falaremos mais adiante). Isso me permitiu reduzir a unidade C: para 349 GB e criar uma nova partição primária de 98 GB – ela até poderia ser lógica, já que vou utilizá-la para armazenar dados e não para instalar outro SO, mas enfim... 

Observação: Se você está criando a nova partição com vistas a instalar outro SO em dual-boot, altere o tipo de partição em Create as: de Lógica para Primária. Se for apenas usá-la para armazenar backups e outros arquivos pessoais, mantenha a configuração padrão. Se a ideia for instalar um segundo SO, mude o tipo de partição de lógica para primária. Caso pretenda criar mais unidades (o limite é de 4 primárias ou 3 primárias e uma estendida), mude o tipo de partição para estendida e depois volte a executar o programinha para dividi-la em múltiplas unidades lógicas (veja mais detalhes sobre partição primária, partição estendida e unidades lógicas na postagem da última quarta-feira).

(*) Para valorizar seus produtos, os fabricantes de HDs utilizam a notação decimal para referenciar a capacidade dos drives. Assim, eles consideram 500 GB como sendo 500.000.000.000 de bytes, economizando quase 37 bilhões de bytes – que precisariam acrescentar caso utilizassem a notação binária, na qual 1 GB corresponde a exatamente 1.073.741.824 bytes, e 500 GB, a 536.870.912.000. Em face do exposto, meu drive de 500 GB nominais tinha “apenas” 465 GB reais.

3.   Cumpridas as etapas 1 e 2, a tela inicial do Mini-Tool passa a exibir um espaço não alocado (unalocated) à direita da partição que você redimensionou (no caso, C:), indicado por uma barra acinzentada (figura à direita). Assim que você clicar sobre ela, selecionar a opção Create (criar) e dar OK na janela Create New Partition (criar nova partição), uma nova partição lógica será criada e identificada pela letra F (no nosso exemplo, a letra E designa o drive do ReadyBoost). Se desejar, dê um nome a ela no campo Partition Label (título da partição).
4.   Na próxima tela, você deve clicar no botão Apply (aplicar), no canto superior esquerdo da janela, para que as alterações sejam feitas. O programa recomenda fechar todos os aplicativos e desabilitar a economia de energia antes de prosseguir. Tomadas essas providências, você deve responder Yes (sim) à pergunta Apply Changes? (aplicar alterações?). Se quiser desistir do particionamento, esse é o momento: basta clicar em No (não) e encerrar o programa.
5.   Surge então uma mensagem dando conta de que as alterações não podem ser levadas a efeito porque o drive C: está sendo usado. Clique em Restart Now (reiniciar agora).
6.   Uma nova janela o instrui a não desligar o computador e dá conta de que o Windows será reinicializado automaticamente após a conclusão do trabalho. Enquanto aguarda, você pode acompanhar a evolução do processo através das barras de progressão.
7.   Se tudo correr como esperado, em alguns minutos o PC será reiniciado com as modificações efetivadas. Clique em Iniciar>Computador e confira o resultado (figura à esquerda).  

Para concluir, cumpre salientar que a finalidade precípua do System Reserved é dar suporte ao BitLocker Drive Enryption e armazenar o bootloader – que, por sua vez, tem por função acessar o HD (memória de massa) e carregar o sistema operacional na RAM (memória física). Como esse recurso criptográfico só funciona na versão Ultimate do Seven e o bootloader é redundante (ele é armazenado também na partição que contém o SO), há quem elimine essa partição. No entanto, como ela ocupa míseros 100 MB (no Seven, no Eight são 350 MB), eu, particularmente, acho que o trabalho não compensa. Ainda assim, veremos como fazê-lo numa próxima oportunidade.

Passemos agora à nossa tradicional piadinha de final de semana: 

Em tempos de eleição, dois candidatos mineiros adversários, um da cidade - o "Coroné" -, e outro caipira - o "Mineirim", se encontram na mesma barbearia lá pras banda de Belzonte. Lá sentados, lado a lado, não se falou palavra alguma.
Os barbeiros temiam iniciar qualquer conversa, pois poderia descambar para discussão, e o Coroné só andava armado.
Terminaram a barba de seus clientes, mais ou menos ao mesmo tempo.
O primeiro barbeiro estendeu o braço para pegar a loção pós-barba e oferecer ao Coroné, no que foi interrompido rapidamente por seu cliente: - Não, obrigado. A minha esposa vai sentir o cheiro e pensar que eu estive num puteiro.
O segundo barbeiro virou-se para o Mineirim: - E o senhor? - indagou.
- Uai, popassá, sô! A minha muié num sabe memo como é cheiro de puteiro... Nunca trabaiô pur lá...


Bom final de semana a todos.

quinta-feira, 12 de março de 2015

PARTICIONAMENTO DO HD COM O UTILITÁRIO NATIVO DO SEVEN

NÃO HÁ MELHOR MOMENTO DO QUE HOJE PARA DEIXAR PARA AMANHÃ O QUE VOCÊ NÃO VAI FAZER NUNCA. 

Veremos agora (finalmente) como particionar o HD com o utilitário nativo do Seven, tomando como exemplo um drive no qual todo o espaço disponível foi alocado para a criação da unidade do sistema (geralmente C:) quando da instalação do Windows.

Como é sempre melhor pecar por ação do que por omissão, lembro a todos que esta postagem faz parte de uma sequência iniciada na última segunda-feira (09), e que é importante você ler todas elas antes de arregaçar as mangas e por mãos à obra. Feita essa observação, passemos ao tutorial.

1.   Com a unidade C: limpa, livre de erros e devidamente desfragmentada (vide postagens anteriores), confira o espaço livre através do gráfico em forma de pizza exibido na tela das Propriedades de C:, que você pode visualizar clicando em Iniciar>Computador, dando um clique direito no ícone que representa a unidade em questão e clicando em Propriedades.

2.   Tendo em mente a quantidade de espaço que será ocupado pela nova partição, torne a clicar em Iniciar, dê um clique direito em Computador, selecione a opção Gerenciar e, na coluna à esquerda da tela Gerenciamento do computador, clique em Repositório > Gerenciamento de disco.

3.   A tela seguinte exibe todas as partições existentes, inclusive as ocultas. Dê um clique direito sobre a unidade desejada (que, para efeito deste tutorial, é a unidade C:), selecione a opção Diminuir Volume..., aguarde o cálculo do espaço disponível e então defina o espaço da nova partição e clique em Diminuir.

ObservaçãoEssas configurações devem ser feitas tomando por base o tamanho do disco e das partições em megabytes, que podem ser convertidos em gigabytes mediante a divisão do valor por 1.024.

4.   Ainda na tela do Gerenciamento de disco, dê um clique direito sobre o espaço não alocado e selecione a opção Novo Volume Simples...

5.   Na janela do Assistente para Novas Partições Simples, clique em Avançar e ajuste a quantidade de espaço a ser utilizado (por padrão, o Windows seleciona todo o espaço não alocado disponível, mas você pode alterar esse valor caso pretenda criar mais partições).

6.   Escolha a letra que designará a nova unidade, formate o espaço respectivo e digite um nome no campo Rótulo do Volume (opcional).

7.   Confira se os dados correspondem àquilo que você definiu. Se estiver satisfeito, clique em Concluir e aguarde até que o espaço anteriormente marcado como não alocado fique pronto para ser usado como uma nova partição.

8.   Para que seja possível armazenar arquivos de forma efetiva na nova partição, será preciso formatá-la. Na caixa de diálogo Formatar partição, clique em Avançar para executar o procedimento com as configurações padrão, e então clique em Concluir

ObservaçãoNote que os sistemas de arquivos mais comumente utilizados pelo Windows são o NTFS e o FAT32 (recomendo o primeiro, que, além de mais seguro, permite trabalhar com grandes volumes de arquivos e criar permissões de acesso de forma mais elaborada).

Para criar mais partições, basta repetir os procedimentos sugeridos. Já para desativar uma partição, é só acessar a janela do Gerenciamento de disco, clicar com o botão direito sobre ela e selecionar a opção Excluir volume... Como isso apagará todos os dados gravados nessa unidade, convém criar um backup antes de excluí-la.

Caso você deseje ocultar uma partição – para mantê-la longe dos olhos de curiosos ou para evitar que outros usuários do PC façam modificações indesejáveis nos seus backups –, basta fazer desaparecer a letra que designa a unidade em questão. Para tanto, há pelo menos duas maneiras. A mais complicada, nós já discutimos nesta postagem; a mais simples – cujo uso eu recomendo – consiste em abrir o menu Iniciar, dar um clique direito em Computador, selecionar a opção Gerenciar, clicar em Repositório > Gerenciamento de disco, dar um clique direito sobre o ícone que representa a unidade desejada, selecionar a opção Alterar letra da unidade e caminho e, na janelinha exibe a letra da unidade realçada, clicar no botão Remover, reiniciar o PC para efetivar a alteração e clicar em Computador para conferir o resultado.

Para reverter ao status quo ante, é só seguir os mesmo passos, clicar no botão Adicionar, marcar a opção Atribuir a seguinte letra à unidade e clicar em OK para que lhe seja atribuída a próxima letra disponível – ou clicar na setinha ao lado da letra sugerida, escolher outra letra qualquer que não esteja em uso, confirmar em OK e conferir o resultado.

Era isso, pessoal. Na próxima postagem – que encerra esta sequência (ufa!) – veremos como criar partições mais facilmente com o excelente freeware Mini-Tool Partition Wizard. No entanto, antes de encerrar:


Em se tratando de alguém que afirma “ter o maior respeito pelo ET de Varginha”, a “chefa” não surpreende com a tresloucada história de “galáxias no Rio de Janeiro”, ou coisa parecida. Tampouco causa espécie o fato de ela ter sido reeleita com 51% dos votos, considerando o nível intelectual de boa parte dos eleitores tupiniquins e o suposto auxílio de algumas urnas, que funcionaram no piloto automático (mais detalhes no clipe de vídeo abaixo). Incrível mesmo é o fato de essa senhora se manter teimosamente no cargo, a despeito da pane geral que sua incapacidade administrativa impôs e continua impondo ao seu “governo”.  Parafraseando o impagável J.R. Guzzo (diretor editorial do Grupo Exame e colunista das revistas Exame), “Dilma não perdeu praticamente nenhuma oportunidade de errar (...), transformou em déficit tudo o que era superávit e desenvolveu uma técnica invencível para trocar abundância por escassez (...), consegue, ao mesmo tempo, aumentar impostos e diminuir a arrecadação (...) , socou um aumento de até 45% nas contas de luz e nas bombas de combustível. Pode dar certo um negócio desses?”

Enfim, o jeito é esperar para ver que bicho dá esse protesto nacional marcado para o próximo domingo. E que Deus nos ajude a todos.


Abraços a todos e até amanhã.

quarta-feira, 11 de março de 2015

AINDA O PARTICIONAMENTO DO HD

EU NÃO TENHO MEDO DE MORTE, APENAS NÃO QUERO ESTAR LÁ QUANDO ACONTECER.

Supondo que você já tenha criado os discos de restauro ou a imagem do sistema e disponha de um backup atualizado dos seus arquivos pessoais (mais detalhes no post anterior), é hora de fazer uma assepsia pré-operatória no paciente (note que algumas das providências sugeridas a seguir requerem amplos poderes; caso você costume se logar com uma conta de Usuário Padrão, forneça sua senha de Administrador se e quando isso lhe for solicitado).

Feitas essas observações, mãos à obra:

1.   Abra o Painel de Controle, clique em Programas e Recursos e analise cuidadosamente a lista dos aplicativos instalados – sempre há algo supérfluo ou que você usa muito raramente – e remova os inutilitários, de preferência usando uma ferramenta mais poderosa do que o desinstalador nativo  como é o caso do Revo Uninstaller ou do IObit Uninstaller.

2.   Clique em Iniciar>Computador, dê um clique direito no ícone correspondente à sua unidade de sistema (geralmente C:), selecione Propriedades e analise o gráfico em forma de pizza para ter uma ideia de quanto espaço livre lhe resta (área cor de rosa). Clique então no botão Limpeza de Disco, aguarde o utilitário calcular o espaço a ser recuperado e confirme em OK. Ao final, pressione novamente o botão, clique em Limpar arquivos do sistema, marque as opções desejadas (ou todas elas) e clique na aba Mais Opções. Ignore a opção Limpar do campo Programas e Recursos (ela apenas replica o miniaplicativo de mesmo nome, do Painel de controle, que vimos no tópico anterior, pois a esta altura você já deve ter removido o crapware) e passe ao campo Restauração do Sistema e Cópias de Sombra, mas só apague os pontos de restauração se seu PC estiver estável.

3.   Concluída a faxina, ainda na telinha das Propriedades da Unidade C:, clique na aba Ferramentas e, no campo Verificação de Erros, clique em Verificar Agora, marque as duas caixas de verificação e reinicie o computador (do contrário, a ferramenta não terá acesso aos arquivos de sistema que o Windows bloqueia quando está carregado). Feito isso, vá tomar um lanche, ver TV, lavar o carro, telefonar para a(o) namorada(o) ou algo do gênero, pois esse procedimento pode demorar de muitos minutos a algumas horas.

4.   Finda a verificação de erros, volte à tela das Propriedades da Unidade C: e, no campo Desfragmentação, pressione o botão Desfragmentar agora. Na tela do Desfragmentador, selecione a unidade desejada (desde que não seja SSD), clique em Analisar disco e, caso o índice seja superior a 3%, clique em Desfragmentar disco e siga as instruções na tela (de acordo com o tamanho do seu HD e o percentual de fragmentação dos arquivos, esse processo também pode demorar um bocado).

Esse roteiro serve para realizar o “pré-operatório” com os recursos nativos do sistema. Convém lembrar que, com uma suíte de manutenção como o Advanced System Care, por exemplo, você obterá o mesmo resultado (ou até melhor) em menos tempo e com menos trabalho. Sugiro também instalar o CCleaner, que, dentre outras virtudes, permite selecionar um a um os pontos de restauração do sistema que você deseja apagar (apesar de esses softwares serem comerciais, ambos estão disponíveis em versões gratuitas para uso pessoal).

Concluídas essas etapas, o paciente está pronto para a cirurgia que reduzirá o tamanho da unidade do sistema de maneira a abrir espaço para gerar uma segunda partição. Note que um drive de HD pode conter até quatro partições primárias ou três primárias e uma estendida, e que esta última pode ser subdivida em múltiplas unidades lógicas, cada qual identificada por uma letra do alfabeto. Como as letras A e B eram originalmente reservadas para os drives de disquete (de e polegadas, respectivamente), a unidade do sistema geralmente recebe a letra C e o drive de mídia óptica, a letra D. Com isso, as demais partições partem da letra E (a menos que você tenha configurado um pendrive ou um SD Card para “ampliar” a RAM através do ReadyBoost, pois aí a nova partição receberá a letra F).

Observação: Note que é possível alterar as letras em questão via Gerenciamento de Disco, bastando dar um clique direito sobre a unidade desejada e selecionar a opção Alterar letra da unidade e caminho..., mas isso já é outra história e fica para outra vez.

Como de costume, minhas considerações conceituais acabaram se estendendo além do previsto, razão pela qual o particionamento em si ficará para o próximo post. Não percam.

Abraços a todos e até mais ler.