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quinta-feira, 28 de março de 2019

AINDA SOBRE O USO EXCESSIVO DO HDD E COMO DESAFOGAR O DISCO COM UMA SEGUNDA PARTIÇÃO (FINAL)


SE NINGUÉM VÊ, NÃO ACONTECEU.

Como vimos ao longo das últimas postagens, uma lentidão anormal do sistema nos minutos subsequentes à inicialização pode ter várias causas, mas uma das mais comuns é o perfil do usuário usado para fazer logon no Windows. Com o passar do tempo e o uso normal do computador, esse repositório de informações tende a se agigantar a tal ponto que seu impacto na performance do disco rígido faz com que abrir um simples documento se torne um verdadeiro calvário.

A lentidão tende a diminuir e até “desaparecer” depois de alguns minutos, quando o sistema conclui a inicialização. Sempre se pode ligar o computador e ir tomar um café ou fazer qualquer outra enquanto isso não acontece. Mas não é assim que as coisas deveriam ser. Trançando um paralelo com um veículo cujo motor de partida apresenta defeito, sempre se pode empurrar o carro e fazê-lo pegar “no tranco”, mas o ideal seria consertar ou substituir o componente problemático, até porque o procedimento alternativo não aconselhável, sobretudo em modelos providos de injeção eletrônica. Mas isso é outra conversa.

É normal o computador perder o “viço” com o passar do tempo, o que obriga o usuário a reinstalar o Windows do zero. Isso é tão inevitável quanto a morte e os impostos, mas existem medidas que podem retardar significativamente o processo, como vimos ao longo das postagens publicadas a partir de 18 de fevereiro. Ainda que não seja um bicho de sete cabeças (*), a reinstalação toma tempo e dá um trabalho danando — notadamente devido às atualizações, personalizações, reinstalações de aplicativos, regates de backups e o que mais for preciso fazer depois da reinstalação propriamente dita.

(*) Para reinstalar o Windows 10, clique em Iniciar > Configurações > Atualização e segurança > Restaurar o PC > Começar e escolha uma das opções disponíveis, quais sejam “Manter meus arquivos” e “Remover tudo”. A primeira remove os aplicativos e atualizações (inclusive de drivers de dispositivo) e desfaz as configurações e personalizações que você implementou ao longo do tempo, mas preserva seus arquivos pessoais e recupera automaticamente os aplicativos que vieram pré-instalados com o sistema. A questão é que ela nem sempre resolver problemas causados por pragas digitais mais invasivas ou para resgatar a performance original do computador, razão pela qual é melhor escolher “Remover tudo”, que irá formatar a unidade do sistema e apagar todos os dados antes de reinstalar o Windows, que ressurgirá exatamente como era quando você ligou o PC pela primeira vez. Note que, independentemente da opção que você escolher, não deixe criar previamente backups dos seus arquivos importantes e de difícil recuperação (mais informações nesta postagem), a menos que você os tenha transferido para outra partição que não a do sistema.

Voltando ao perfil do usuário, é possível “desidratá-lo” de diversas maneiras (também já vimos como fazer isso ao longo das últimas postagens), mas o melhor é excluí-lo e deixar o Windows criar um novo. Também nesse caso será preciso reconfigurar e personalizar tudo outra vez, mas os aplicativos, arquivos e outros que tais serão preservados — embora ícones no desktop, na área de acesso rápida da Barra de Tarefas e outros que tais terão de ser recriados, a trabalheira será bem menor. Mas vamos por partes.

Observação: Mover as pastas Área de Trabalho, Documentos, Downloads, Imagens, Músicas e Vídeos da unidade do sistema para a nova partição (se você a criou, conforme foi sugerido e explicado nas postagens anteriores) também pode ajudar. Se for o caso, este vídeo detalha o procedimento tintim por tintim. Você pode ainda recorrer ao software da EaseUS, que facilita sobremaneira a transferência do sistema, de arquivos pessoais, da pasta usuários e de aplicativos de um disco rígido ou partição para outro(a) e roda nas versões 10, 8.1, 7 e XP do Windows.

O primeiro passo é fazer um backup dos arquivos importantes e de difícil recuperação — afinal, nunca se sabe... Feito isso, reinicie o computador, faça logon com um perfil administrativo (se não houver outro, use o que você vai excluir mais adiante) e crie uma nova conta offline no Windows 10. Veja como:

1) Abra o menu Iniciar e clique em Configurações  > Contas  e Família e outros usuários (em algumas edições do Windows, você verá Outros usuários).

2) Selecione Adicionar outra pessoa a este PC

3)Selecione Não tenho as informações de entrada dessa pessoa e, na página seguinte, selecione Adicionar um usuário sem uma conta Microsoft.

4) Digite um nome de usuário, uma senha, uma dica de senha, escolha as perguntas de segurança e selecione Avançar.

5) Em Configurações  > Contas  > Família e outros usuários, selecione a conta que você acabou de criar e clique em Alterar o tipo de conta. Em Tipo de conta, selecione Administrador e confirme em  OK.

Reinicie o computador, faça o logon com o perfil que você acabou de criar e aguarde até que o Windows termine de configurá-lo. Em seguida, pressione o atalho Win+R para abrir o menu Executar, digite sysdm.cpl e tecle Enter. Na tela das Propriedades do Sistema, clique na aba Avançado e, na seção Perfis de Usuário, pressione o botão Configurações. Agora é só selecionar o perfil que você quer remover e pressionar o botão Excluir — volto a lembrar que esse botão estará inoperante se você não tiver privilégios administrativos ou estiver logado com a conta de administrador vinculada ao perfil que deseja remover. 

Finalmente, reinicie o computador e torne a se logar no sistema com os dados (nome de usuário e senha) referentes ao perfil que você acabou de remover. Ele será recriado, mas estará vazio, de modo que será preciso personalizar tudo de novo. Note que você não terá de reinstalar os aplicativos que já tinha antes, apenas recolocar alguns atalhos na área de inicialização rápida da Barra de Tarefas e fazer outros ajustes.

Como dizem os gringos, “não há almoço grátis”, mas esse “lanche” sairá mais em conta do que a refeição completa — ou seja, levará menos tempo e dará menos trabalho do que formatar a unidade do sistema e reinstalar o Windows do zero. Boa sorte.

quarta-feira, 27 de março de 2019

AINDA SOBRE O USO EXCESSIVO DO HDD E COMO DESAFOGAR O DISCO COM UMA SEGUNDA PARTIÇÃO (SEXTA PARTE)


NÃO DEIXE SUA LÍNGUA SE TORNAR SEU PIOR INIMIGO.

Concluído o particionamento da unidade do sistema (geralmente C:) e a formatação da nova partição (D: ou qualquer que seja a letra designada para identificá-la), você já pode usar a unidade suplementar para desafogar o Windows e melhorar o desempenho do computador como um todo. 

Para explorar melhor as vantagens do particionamento do disco, o ideal é manter separados, ou seja, em unidades diferentes, o Windows e os aplicativos que você usa com frequência do restante do conteúdo salvo no computador. Mas transferir seus arquivos pessoais (músicas, vídeos, fotos, backups, etc.), que costumam ocupar um bocado de espaço, já pode ser suficiente para desafogar a partição do sistema e, consequentemente, dar mais fôlego ao computador como um todo. Para fazer isso você pode copiar e colar manualmente os arquivos ou pastas  selecione-os e pressione Ctrl+C para copiar, depois clique no local de destino e pressione Ctrl+V para colar  ou abir as janelas de origem e de destino e arrastar os itens desejados com o mouse. Como a transferência é feita entre duas unidades distintas, os arquivos originais são preservados, mas você deve apagá-los manualmente, ou não haverá grandes vantagens em transferi-los de uma partição para a outra.

Observação: Se quiser acessar mais rapiadamente um arquivo ou pasta que você transferiu para a unidade suplementar, basta dar um clique direito sobre ele e clicar em Enviar para > Área de trabalho (criar atalho)

Para modificar o local dos programas já instalados, abra o menu Iniciar, clique em Configurações > Aplicativos e recursos, selecione o app que você quer mudar, clique em Mover e siga as instruções na tela. Para que os novos programas passem a ser instalados na partição suplementar, clique no botão Iniciar, selecione Configurações (na coluna à esquerda), clique em Sistema > Armazenamento > Alterar onde o novo conteúdo é salvo e faça os devido ajustes. A partir daí, os apps que você e instalar a partir Loja do Windows irão automaticamente para a unidade que você redefiniu como padrão.

Observação: Se o botão Mover não estiver disponível, é porque se trata de um aplicativo padrão do Windows; nesse caso, pressione o botão Desinstalar, aguarde a conclusão do processo, baixe novamente o aplicativo a partir da Loja do Windows e torne a instalá-lo depois de reconfigurar a localização padrão, naturalmente.

No caso de softwares de terceiros, pode acontecer de o botão Modificar estar indisponível. Nesse caso, o jeito é desinstalar o programa e instalá-lo novamente, definindo, durante o processo de instalação, sua nova partição como local de destino.

Se o seu perfil de usuário está inflado, vale a pena você o transferir para a nova partição (para mais detalhes, reveja a sequência de postagens iniciada no último dia 8). Em muitos casos, porém, mover somente algumas pastas (como Documentos, Downloads, Imagens, Vídeos, por exemplo, que tendem a acumular uma grande quantidade de arquivos). Para isso, primeiro é preciso criar uma nova pasta na partição suplementar. Abra o Explorador de Arquivos, selecione Este Computador, dê duplo clique no ícone que representa a partição que você criou, dê um clique direito num ponto vazio dentro da janela e, no menu suspenso, aponte para Novo e selecione Pasta). 

Feito isso, volte à tela do Explorador de Arquivos e, sob Este Computador, abra a pasta C:, dê um clique direito sobre Downloads, Área de Trabalho ou Documentos, por exemplo (essas pastas tendem a acumular uma grande quantidade de arquivos) e clique em Propriedades, clique na aba Local, informe a localização da nova pasta e siga as instruções na tela.

O resto fica para o próximo capítulo.

segunda-feira, 25 de março de 2019

AINDA SOBRE O USO EXCESSIVO DO HDD E COMO DESAFOGAR O DISCO COM UMA SEGUNDA PARTIÇÃO (QUARTA PARTE)

CHI NASCE ASINO NON PUÒ MORIRE CAVALLO.

Já vimos que é recomendável particionar o drive de HD e como fazê-lo usando o Gerenciamento de Disco do Windows 10 para alocar parte do espaço livre na unidade do sistema e criar uma nova partição. Faltou detalhar como formatar a unidade recém-criada, sem o que ela não pode ser usada de forma efetiva para armazenar arquivos.

Na verdade, nem seria preciso acrescentar mais nada, pois a coisa é bastante intuitiva: na janela do Assistente para Novas Partições Simples (a mesma usada no procedimento descrito na postagem anterior para atribuir a letra que identificará a nova partição), clique em Avançar para formatar a unidade com as configurações-padrão e então clique em Concluir. Feito isso, volte ao Explorador de Arquivos, clique em Este Computador e repare que a nova partição aparece lá com o nome a letra que você lhe atribuiu (note que os passos são basicamente os mesmos no Windows 8.1 e no Seven).

Observação: O sistema de arquivos NTFS (sigla de New Technology File System) foi desenvolvido com base no HPFS (de High Performance File System, criado pela gigante IBM) e implementado no Windows NT. Devido à sua confiabilidade e desempenho superiores aos da FAT, além da capacidade de recuperação em caso de falhas como depois de um desligamento inesperado do computador provocado por um apagão na rede elétrica, por exemplo , do esquema de permissões de acesso e da eficiência no gerenciamento de unidades de disco volumosas, esse sistema de arquivos é usado por padrão para formatar a unidade onde o Windows 10 será instalado, já que, combinado com o tamanho dos clusters, o uso de 64 bits no endereçamento dos dados permite gerenciar partições de até 256 Terabytes (enquanto os limites da FAT 16 e 32 são, respectivamente, de 2 GB e 2 TB).

Para criar mais partições, basta seguir o mesmo tutorial detalhado no post anterior e neste. Para desativar uma partição, torne a acessar a tela do Gerenciamento de disco, clique com o botão direito sobre a partição em questão e selecione a opção Excluir volume... (note que todos os dados gravados nessa unidade serão apagados, de modo que convém criar um backup antes de excluí-la).

Se quiser ocultar uma partição para mantê-la escondida dos curiosos ou para evitar que outros usuários do PC mexam nos seus backups , basta fazer desaparecer a letra que designa a unidade em questão. Há pelo menos duas maneiras de fazer isso. 

A mais complicada foi vista nesta postagem; a mais simples é acessar o Gerenciamento de disco, dar um clique direito sobre o ícone que representa a unidade desejada, selecionar a opção Alterar letra da unidade e caminho e, na janelinha que exibe a letra da unidade realçada e clicar no botão Remover. Feito isso, reinicie o computador para efetivar a alteração. 

Para reverter essa configuração, repita os mesmos passos, clique no botão Adicionar, assinale a opção Atribuir a seguinte letra à unidade e clique em OK para lhe atribuir a próxima letra disponível ou na setinha ao lado da letra sugerida, caso queira escolher outra letra qualquer que não esteja em uso. Feito isso, clique em OK e confira o resultado.

Se você achou esse tutorial complicado, veremos na próxima postagem como fazer a mesma coisa com o Mini-Tool Partition Wizard, que é gratuito e mais amigável que o Gerenciador de Disco nativo do Windows. Até lá.

quinta-feira, 21 de março de 2019

AINDA SOBRE O USO EXCESSIVO DO HDD E COMO DESAFOGAR O DISCO COM UMA SEGUNDA PARTIÇÃO (CONTINUAÇÃO)



PRIMEIRO CHEGAM OS SORRISOS; DEPOIS, AS MENTIRAS; POR ÚLTIMO, O TIROTEIO.

Recapitulando: Antes de a Microsoft introduzir o Gerenciamento de Disco (no Windows 7), só era possível particionar a unidade do sistema reinstalando o Windows ou usando ferramentas de terceiros. No entanto, ainda que o gerenciador nativo continue existindo nas edições mais recentes do sistema, inclusive no Windows 10, eu prefiro o MiniTool Partition Wizard Free, por achá-lo mais intuitivo e fácil de operar.

Tanto num caso como no outro, é importante submeter o paciente à um pré-operatório. Comece por desinstalar os inutilitários e demais apps pouco usados — isso pode ser feito com a ferramenta nativa do Windows 10 (abra o menu Iniciar e clique em Configurações > Aplicativos > Aplicativos e recursos), mas melhores resultados serão obtidos com o Revo Uninstaller ou o IObit Uninstaller, que eliminam a maioria das sobras que o desinstalador nativo tende a deixar para trás. Concluída a faxina, reinicie o computador.

Abra o Explorador de Arquivos e a pasta Este Computador, dê um clique direito no ícone que representa sua unidade de sistema  geralmente C: (*, selecione Propriedades, pressione o botão Limpeza de Disco, aguarde o cálculo do espaço que pode ser recuperado e confirme em OK. Ao final, torne a pressionar o botão Limpeza de Disco, clique em Limpar arquivos do sistema, marque as opções desejadas (ou todas elas), confirme e aguarda a conclusão do processo.

(*) Partição de sistema e partição de inicialização são nomes atribuídos às unidades (ou volumes) que o Windows usa ao ser iniciado. Isso pode gerar confusão, pois a partição do sistema contém os arquivos usados para inicializar o Windows, enquanto que a partição de inicialização contém os arquivos do sistema. Como o uso consagra a regra, partição do sistema, para os efeitos desta sequência de postagens, é aquela que contém o Windows (geralmente a unidade C:).

Se seu computador estiver “redondo” clique na aba Mais Opções e exclua também os pontos de restauração do sistema (também nesse caso é melhor usar o CCleaner, que permite selecionar individualmente os pontos de restauração que você quer apagar). Ao final, reinicie a máquina, torne a abrir o Explorador de Arquivos e a pasta Este Computador, dê um clique direito no ícone que representa sua unidade de sistema, selecione a aba Ferramentas e, no campo Verificação de Erros, clique em Verificar Agora. Assinale as duas caixas de verificação e reinicie o computador (a reinicialização é necessária porque a ferramenta precisa ter acesso a arquivos de sistema que o Windows bloqueia quando está carregado).

Concluída a verificação e corrigidos eventuais erros (seja paciente, pois o processo pode levar de muitos minutos a algumas horas), volte à tela das Propriedades da Unidade C: e, no campo Otimizar e desfragmentar unidade, pressione o botão Otimizar, selecione a unidade C: (desde que não seja SSD), clique em Analisar e aguarde o resultado. 

Em circunstâncias normais, um percentual de fragmentação inferior a 2% dispensa a otimização; no procedimento pré-operatório, porém, é melhor pecar por ação do que por omissão. Portanto, clique em Otimizar e aguarde a conclusão do processo (que também pode demorar um pouco).

Observação: Se você dispõe da suíte de manutenção Advanced System Care, clique em Toolbox e rode o Smart Defrag em vez do desfragmentador nativo do Windows.

Continua na próxima postagem.