Depois que Elon Musk comprou o Twitter, muita gente migrou para o Bluesky ou manteve apenas o Facebook, o Instagram e o WhatsApp — que, juntos, têm mais de 3 bilhões de usuários.
O apoio público de Mark Zuckerberg a Donald Trump (que era vidro e se quebrou) e as mudanças políticas que reduziram a verificação de fatos afrouxaram as regras no Face, desagradando a muita gente. Mas livrar-se dos produtos da Meta pode ser um problema para quem é fã de carteirinha das redes ou usa o WhatsApp para trabalhar e/ou se comunicar com familiares.
CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA
Falta pouco para a paz armada virar guerra declarada. Em meio à beligerância que eletrifica as relações entre governo e Congresso, Lula fez uma tímida concessão: Em entrevista à TV Bahia nesta quarta-feira, disse que vai conversar com os presidentes da Câmara e do Senado depois que retornar da viagem à Argentina e de participar da reunião de cúpula dos Brics, no Rio de Janeiro. "Vamos voltar à normalidade política nesse país", rosnou o macróbio, com o dedo em riste, a voz roufenha e os garranchos verbais que se tornaram sua marca registrada.
A "normalidade" de que fala Lula é material indisponível no Congresso. Ao assumir o controle de R$ 50 bilhões do orçamento federal, deputados e senadores conquistaram a autossuficiência. Quem tem o dinheiro tem o poder, e quem pode mais chora menos. No anos de chumbo, quando queriam subjugar os congressistas, os generais fechavam o Congresso. De lá para cá, o sistema se tornou mais sofisticado. O Legislativo ora se vendia, ora se rendia — ou se rendia depois de se vender.
Até o governo FHC, o Planalto comprava governabilidade liberando verbas a conta-gotas. Nos seus primeiros mandatos, Lula comprou o apoio parlamentar com o mensalão e o petrolão. Na gestão Dilma, o Congresso começou a tornar impositivos pagamentos de emendas que eram opcionais. Sob Bolsonaro, o melado passou a escorrer pelo ladrão das emendas secretas.
Hoje, os parlamentares mandam e, sobretudo, demandam em cerca de 25% do pedaço do Orçamento disponível para investimentos. Nesse contexto, a governabilidade idealizada por Lula já não depende de acertos do Executivo com os chefes da Câmara e do Senado. No limite, o apoio às iniciativas do governo depende de acertos com cada um dos 513 deputados e dos 81 senadores.
O novo normal é a falência do presidencialismo de coalizão (ou de cooptação). Algo profundamente anormal precisaria acontecer para que o país e o orçamento público sejam salvos.
Para "ensaiar um desembarque" antes de excluir definitivamente suas contas, desinstale os aplicativos do celular — isso não afeta as contas nem os dados, que continuarão acessíveis caso você reinstale os apps futuramente. Já se a ideia for chutar o balde". No Facebook:
— Acesse sua conta, siga este link e clique em Excluir minha conta. A partir desse momento, você terá até 30 dias para se arrepender; basta fazer login dentro desse prazo para a conta ser automaticamente reativada. Note que fotos em que você foi marcado por terceiros não serão removidas. Para isso será preciso solicitar a exclusão a quem as publicou ou recorrer à plataforma, alegando que a postagem não foi autorizada.
No Twitter (X):
— Vá às de configurações de conta e selecione Desativar a minha conta — a exclusão definitiva ocorrerá em algumas semanas.
No LinkedIn:
— O processo é semelhante, faça logon na rede, vá à aba Conta e selecione a opção Encerrar sua conta.
No Instagram:
— Use o navegador para acessar página de exclusão, insira seus dados de login, selecione um motivo, digite sua senha novamente e toque em "Excluir (nome do usuário)". A conta poderá recuperada em até 30 dias; caso não se logue nesse prazo, a exclusão pode levar até 90 dias (período em que a plataforma mantém uma cópia dos dados por motivos legais, violações de termos e prevenção de danos).
Antes de tomar qualquer decisão, baixe uma cópia dos comentários, curtidas, mensagens, publicações e fotos salvas. Ter uma lista de amigos ou seguidores também facilita a criação de contas em outras plataformas. No caso do Instagram e do Threads, talvez seja necessário baixar dois conjuntos distintos de informações.
Para baixar seus dados:
No Face:
— Acesse Menu > Configurações e privacidade > Configurações > Central de contas > Suas informações e permissões > Baixar suas informações > Baixar ou transferir informações e escolha entre Informações disponíveis (tudo) e Tipos específicos de informações (personalizado). Indique o local de destino, defina o intervalo de datas, marque HTML como formato, toque em Criar arquivos e aguarde a notificação de conclusão do processo.
Observação: Você pode salvar os arquivos no seu dispositivo ou na nuvem, mas terá de abrir o arquivo Start here no navegador para visualizar os dados.
No Insta, acesse seu perfil, toque nas três linhas verticais (no canto superior direito), entre em Central de contas, selecione Suas informações e permissões e siga os mesmos passos do Face. Se quiser baixar apenas os dados do Threads, siga os mesmos passos para chegar à página Download your information > Download current activity > Algumas de suas informações > Threads.
Os dados do Messenger estão incluídos no download do Face, mas você pode acessá-los diretamente tocando em Menu > Configurações > Central de contas e seguindo os mesmo passos do Face.
No WhatsApp, acesse Configurações > Conta > Solicitar informações da conta > Solicitar relatório da conta. O relatório final pode levar até três dias e não incluirá suas mensagens, mas trará uma lista de números de telefone sem nenhum nome. Você será avisado quando ele estiver disponível para download.
Também é possível transferir alguns dados para o Google Photos, Dropbox e outros serviços de armazenamento. No Face ou no Insta, acesse a Central de contas Meta > Suas informações e permissões > Transferir uma cópia de suas informações, selecione a conta desejada, os arquivos que quer transferir e o respectivo destino.
Por último, mas não menos importante: trocar o WhatsApp pelo Telegram ou pelo Signal pode ser interessante, desde que você consiga convencer seus contatos a fazerem o mesmo. Caso resolva continuar com os apps da Meta, restrinja as informações que a plataforma coleta/divulga.