terça-feira, 22 de agosto de 2023

VALE A PENA USAR O WHATSAPP? — PARTE 3

COZINHEIROS DEMAIS ESTRAGAM A SOPA

 

O curto-circuito que eletrocutou a semana de Bolsonaro gerou uma cortina de fumaça providencial para Lula. Hipnotizado pela rotina criminal faiscante do capitão, o país já nem se lembra do apagão que deixou 29 milhões de brasileiros sem energia elétrica. 
Um dia depois de o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarar que não descartava a hipótese de sabotagem, o chefe da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o apagão do último dia 15 foi provocado por falhas técnicas. Mesmo assim, o ministro da Justiça, Flávio Dino, acionou a Polícia Federal. 
Lula foi informado sobre o ocorrido quando estava no Paraguai. Depois de 2 mandatos e no oitavo mês do terceiro, ele deveria saber que o governo paga mais caro pelas crises sempre que tenta pechinchar. Enviado de volta a Brasília às pressas e sem a orientação devida, Silveira ignorou a primeira regra básica da teoria dos buracos: sempre que cair dentro de um, pare de cavar. O ministro ainda não parou de cavar, e caberia a seu chefe interromper a escavação — até porque, num regime presidencialista, a cara das crises costuma ficar muito parecida com o semblante do presidente.


Quem quer trocar de mensageiro ou ter uma opção quando e se o WhatsApp tornar a sair do ar (quem tem dois tem um e quem tem um não tem nenhum) deve considerar o Telegram, que é gratuito, tem versões para Android e iOS e foi um dos 5 aplicativos mais baixados em todo o mundo em 2022. No entanto, ainda que ele contabilize 700 milhões de usuários mensais, você dificilmente encontrará todos os seus contatos do Zap. 

 

Observação: Facebook russo ganhou notoriedade no Brasil quando um bando hackers caipiras invadiu o celular de Deltan Dallagnol e o site panfletário "The Intercept Brasil" divulgou mensagens supostamente trocadas entre o então procurador da Lava-Jato e o ex-juiz Sergio Moro

 

O Telegram se assemelha mais ao Facebook Messenger e ao Skype do que ao WhatsApp. Ele permite enviar arquivos de até 1,5 GB — o que é um latifúndio se comparado ao Zap —, criar grupos com até 200 mil membros, editar mensagens até 48 horas depois de enviá-las (no WhatsApp o prazo é de 15 minutos) e excluí-las sem notificar o destinatário. No Zap, é possível ver mensagens antigas de outras pessoas mediante uma sessão no WhatsApp Web, mas isso demanda acesso total ao celular e exige a senha do arquivo salvo na nuvem (supondo que esse backup exista, pois fica a critério do usuário fazê-lo ou não). No Telegram, basta ter acesso à linha telefônica para ativar a conta e ver todas as mensagens.

 

Inicialmente, o mensageiro da Meta tinha poucos recursos de segurança e podia ser grampeado em qualquer rede Wi-Fi com um programinha primário. O Telegram, mesmo sendo pioneiro em chats secretos criptografados, apostou na comodidade, privilegiando o uso em múltiplos dispositivos e o armazenamento centralizado das conversas — isso facilita a migração, mas compromete a segurança de quem não se dá ao trabalho usar o chat secreto e ativar autenticação em dois fatores pela aba Privacidade e Segurança". 

 

Observação: No WhatsApp, o histórico de conversas é armazenado localmente, de modo que apagá-lo de tempos em tempos não só aprimora sua segurança como libera espaço precioso na memória interna do telefone (e não deixe de ativar a autenticação em dois fatores.

 

Em 2016, constantes vazamentos levaram o mensageiro queridinho dos brasileiros a implementar uma tecnologia de embaralhamento de mensagens copiada do Signal, que muita gente considera o melhor app da categoria — e que você deve usar se realmente faz questão de privacidade em suas comunicações. A versão para Android pode ser baixada a partir deste link.


Continua...