quinta-feira, 24 de agosto de 2023

VALE A PENA USAR O WHATSAPP — PARTE 4

SE CAMINHAR FIZESSE BEM, OS CARTEIROS SERIAM IMORTAIS.

 

Desenvolvido em 2014 pelo Open Whisper Systems, o Signal é um projeto de código aberto sem anúncios nem "rastreamento sinistro". A exemplo do WhatsApp, ele oferece criptografia de ponta a ponta para todas as conversas e chamadas de áudio ou vídeo, PIN de acesso renovado mensalmente, criptografia de informações pessoais do perfil do usuário (como foto e dados de contato) e funções para borrar fotos e enviar mensagens temporárias. 
 
Diferentemente do app da Meta, o Signal não armazena metadados de mensagens, apenas memoriza a última vez que o usuário se conectou e se limita ao dia (ou seja, não registra a hora exata do acesso). A lista de contatos só é enviada ao servidor depois que uma função hash altera a combinação dos números de telefone, o servidor responde com os contatos que já estão no Signal, e então descarta essa informação. Isso
 impede que mensagens privadas sejam fornecidas (acidentalmente ou não) a empresas de terceiros ou governos. 

Por outro lado, se o usuário perder o telefone, todo o histórico de chat também se perderá. Embora a versão para Android permita fazer backup local, exportar e importar dados do aplicativo só funciona na troca do aparelho, e isso se o usuário tiver acesso ao dispositivo do antigo (a versão para iOS não oferece essa opção). 
 
Apesar de ser um tanto espartano, o app é sopa no mel para quem preza a privacidade e se preocupa com segurança em geral. No entanto, da mesma forma que quando se migra para Telegram, é preciso convencer familiares, amigos e colegas a instalar o aplicativo — que, vale destacar, esbanja segurança, suporta bate-papos em grupo (permitindo falar com várias pessoas ao mesmo tempo) e chamadas de voz e vídeo de qualidade, tanto para interlocutores que estão do outro lado da rua quanto para os que estão do outro lado do mundo.
 
Usar o chat é intuitivo, sobretudo se você está acostumado com o WhatsApp. Com o Signal instalado, basta tocar no botão que representa um lápis para iniciar uma conversa ou criar um grupo. Mas note que as chamadas e mensagens criptografadas usam a conexão de dados de Internet, de modo que os participantes da conversa precisam estar online. E a "autodestruição" das mensagens deve ser definida individualmente, a cada conversa. 

Observação: Toque nos três pontinhos e, em "mensagens efêmeras", defina o tempo após o qual as mensagens desaparecerão (as opções vão de 5 segundos a uma semana). Para saber mais, clique aqui, aqui e aqui.
 
Usuários do iPhone contam com o app nativo iMessage, que não só envia mensagens por SMS como permite conversar com qualquer outra pessoa que tenha uma conta no iCloud (clique aqui para informações). Já o Messenger (app mensageiro da Meta, antiga Facebook Inc) permite a integração entre contas do Facebook e do Instagram para troca de mensagens em conversas privadas sem a necessidade de atrelar o número do telefone celular.