BRINCANDO,
PODE-SE DIZER TUDO. ATÉ A VERDADE.
Nos tempos
de antanho, computadores não tinham disco rígido; os programas eram carregados
através de fitas magnéticas e, mais adiante, de “disquetes”.
Lançados no
final dos anos 1960, esse tipo de mídia removível só chegou ao mercado no final
de 1971. Suas primeiras versões mediam 8 polegadas (cerca de 20 cm), mas
ofereciam míseros 8 kB de espaço
para armazenamento de dados. Viriam em seguida os modelos de 5 ¼ polegadas e 160 kB (em 1984, quando
sua produção foi descontinuada, eles já eram capazes de armazenar 1,2 MB) e, mais adiante, as versões de 3 ½ polegadas, que reinaram na década
de 90 como solução primária para armazenamento e transferência de arquivos
digitais, a despeito de comportarem apenas 1,44 MB
(houve modelos de 2,88 MB e 5,76 MB, mas, por qualquer razão, eles
não se popularizaram entre usuários de PCs).
Devido à
capacidade medíocre e à tendência de embolorar e desmagnetizar dos disquetes,
foram desenvolvidas alternativas como o ZipDrive,
que era parecido com um Floppy Disk de 3 ½ polegadas, mas oferecia bem mais espaço (entre 100 e 750 megabytes),
além de velocidade de transferência superior e menor tempo de busca. A solução representou
uma verdadeira revolução em armazenamento removível, mas não chegou a se
popularizar entre usuários domésticos; primeiro, devido ao preço elevado,
segundo, por conta das expressivas vantagens das mídias ópticas, notadamente
quanto até mesmo os PCs de entrada de linha passaram a integrar leitoras/gravadores de CD e DVD. Por
conta disso, os fabricantes de computadores deixaram de oferecer o floppy drive (ou drive de disquete, se você preferir) ― inicialmente nos notebooks,
depois nos desktops.
Com o novo
milênio veio o
pendrive, que utiliza
memória flash e a revolucionária
interface
USB. Seu tamanho reduzido
e sua respeitável capacidade de armazenamento logo conquistaram os usuários e
levaram os fabricantes de PCs a eliminar de suas planilhas de custos os drives
de mídia óptica, embora alguns modelos continuem integrando esses dispositivos.
Claro que a maioria de nós ainda tem um
DVD
Player acoplado à TV, mesmo que as locadoras de filmes em DVD estejam
minguando, devido em grande medida à popularização dos serviços de streaming,
como o
Netflix ― que, aliás, deve
receber em breve uma atualização que permitirá baixar os filmes e assisti-los
posteriormente, sem conexão com a internet (o que talvez seja uma resposta à
deplorável
franquia de dados que as
operadoras querem impingir aos usuários de banda larga fixa ― assunto que eu já
abordei em diversas oportunidades nos últimos meses, como foi o caso
desta postagem).
Continua no
próximo post, pessoal. Abraços e até lá.
A REDUÇÃO NO NÚMERO DE PARTIDOS E OS PROTESTOS CONTRA A PEC
DOS GASTOS
O Senado aprovou na última quarta-feira a redução do número
de partidos políticos. A medida precisa passar por mais um turno de votação e
receber também o aval da Câmara dos Vagabundos, digo, dos Deputados, para
passar a valer nas próximas eleições, quando então as siglas terão de obter um
mínimo de 2% dos votos válidos em ao menos 14 estados ― percentual que subirá
para 3% a partir de 2022.
Diante do absurdo que é o cenário político atual, com 35 partidos inscritos no
TSE ― e uma penca de agremiações pleiteando registro para mamar nas tetas do
fundo partidário ―, o Legislativo não tem como funcionar. E o mesmo se aplica ao
Executivo, notadamente num sistema presidencialista de coalizão, pois é
impossível reunir tantas vertentes distintas para formar uma base aliada. E,
como sabemos, os cargos e as que o governo usa como moeda de troca na compra de
apoio de rufiões da pátria e proxenetas do Congresso ― na excelente definição
do ex-senador Delcídio do Amaral ― são limitados.
Reduzir o número de partidos é apenas um dos itens da ampla reforma
política que precisa ser levada a efeito no Brasil. Infelizmente, são as
raposas que tomam conta do galinheiro, e como os políticos veem primeiro seus
interesses ― e só depois, se calhar, sobrar tempo e der jeito, dedicar alguma
atenção aos interesses da população como um todo ―, a conclusão é óbvia.
Enfim, a proposta tem seus méritos e pode corrigir distorções que prejudicam o
país, embora seja eminentemente oportunista, já que o motivo de nossos
parlamentares se debruçarem sobre essa questão é a redução da verba de campanha
imposta pela proibição de doações de pessoas jurídicas, que os estimula a compensar
as perdas com uma fatia maior do fundo partidário.
Outro ponto importante é a PEC dos gastos, que o governo vem
tentando aprovar a toque de caixa para evitar que o Brasil se torne um Rio de
Janeiro de dimensões continentais (para quem não sabe, o segundo estado mais
importante da Federação está sem recursos até mesmo para honrar a folha de
pagamento dos servidores ativos e aposentados). Tem muita gente contra,
inclusive estudantes secundaristas, que recentemente invadiram escolas e
tumultuaram a realização do ENEM, prejudicando quase 200 mil colegas ― que
terão de realizar a prova no início do mês que vem.
Ocorre que esses
“manifestantes”, em sua maioria, não têm a menor ideia de contra o que estão
protestando. Além de não saberem do que trata a tal PEC, eles desconhecem até
mesmo o significado da sigla: dias atrás, o próprio Michel Temer afirmou ter ouvido um estudante dizer que “PEC” é uma
“PROPOSTA DE ENSINO COMERCIAL”.
O número de alunos que concluem o ensino médio sem saber ler
e escrever vem crescendo em progressão geométrica, em parte por culpa das
escolas ― tanto públicas quanto privadas ―, onde professores despreparados,
desmotivados e mal remunerados desviam o foco do português e da matemática para
a doutrinação política, religiosa e de gênero. Parafraseando a jornalista Ruth
de Aquino, “Escolas deveriam ensinar;
alunos deveriam estudar; deputados e senadores deveriam trabalhar; vereadores NÃO
deveriam aprovar sua própria aposentadoria; prefeitos e seus apaniguados NÃO
deveriam rezar o Pai-Nosso e transformar Deus num correligionário ― como fez
Crivella no Rio de Janeiro. Hospitais deveriam ter leitos, medicamentos,
tomógrafos e ser centros de cura, não centros de humilhação. Policiais deveriam
garantir a segurança, e não sair matando gente inocente. O desvio de função é
que nos deixa sem teto e sem chão”.
Para piorar, gente que supostamente deveria saber o que diz
― até por dever de ofício, já que ocupa uma cadeira no Senado Federal ― aposta
no quanto pior melhor e faz oposição sistemática e revanchista às tentativas do
governo de reverter o quadro deplorável criado pela incompetente que
desgovernou o país até meados de abril passado. Falo de Gleisi Hoffmann, que, durante a discussão da PEC dos gastos, Gleisi
Hoffmann, propôs que a medida, se aprovada, seja submetida a um plebiscito
antes entrar em vigor.
Mulher do ex-ministro
Paulo
Bernardo ― que foi preso em meados deste ano, suspeito de ter comandado um
esquema de corrupção que rapinou mais de R$ 100 milhões dos servidores públicos
que contraíram empréstimos consignados entre 2010 e 2015, mas
foi solto pouco depois por obra e
(des)graça do ministro
Dias Toffoli
―,
Gleisi é endeusada por uma seleta
confraria de apedeutas que, como os camarões,
parecem ter os intestinos na cabeça. Dias atrás, uma publicação num
“Petralha-News” qualquer dizia que essa energúmena teria “
destruído argumentos a favor da PEC e deixado seus pares boquiabertos”.
Pura falácia. Na verdade, a petista começou a denegrir sua biografia quando
resolveu liderar a tropa de choque de
Lula
e
Dilma e, concluído o impeachment,
adotou uma postura inconsequente, revanchista e despropositada.
Para o senador Eunício
Oliveira, relator da PEC, o
propósito de Gleisi era tumultuar
trabalhos e retardar a votação de uma medida essencial para o país a sair da
crise ― gestada e parida pela nefelibata
da mandioca, que a senadora tanto defende. Felizmente, os demais
parlamentares (salvo a turminha vermelha e sem-vergonha) viram a manobra como
ela realmente é, ou seja, uma clara tentativa de sabotagem. Aliás, quando
conversava com uma jornalista, Gleisi
foi perguntada por uma passante se já estava pronta para ir para a cadeia. Ela
respondeu que não, mas que a mulher bem poderia ir em seu lugar. Mas ouviu na
lata que a bandida, ali, era ela [Gleisi].
No entanto, como vimos e ouvimos baixarias ainda piores nas campanhas pela sucessão presidencial da maior potência do mundo, vou encerrar por
aqui.