O PUDOR É A MAIS AFRODISÍACA DAS VIRTUDES.
Como dito anteriormente, numa escala de 0 a 10, onde o valor máximo corresponde
à música gravada em estúdio, a qualidade de reprodução dos discos de vinil leva nota 7,
e a dos CDs comerciais, nota 5. Usando a mesma escala para responder
a pergunta que eu deixei em aberto no post anterior, os MP3 Players levam uma singela nota
0,5 (meio ponto).
Claro que isso se refere à qualidade sonora, já que esses
ecléticos gadgets são capazes
não só de reproduzir arquivos no formato .Mp3, com também, em muitos casos, manipular arquivos .Wav e .Wma, gravar
áudio, funcionar como dispositivos portáteis de armazenamento de dados e até
sintonizar estações de rádio.
De tamanho reduzido, os brinquedinhos cabem no bolso ou na bolsa, e sua capacidade de armazenamento é espantosa (um iPod chega a comportar cerca de 40.000 arquivos), permitindo ouvir música ininterruptamente, por meses a fio, sem repetir uma única faixa.
De tamanho reduzido, os brinquedinhos cabem no bolso ou na bolsa, e sua capacidade de armazenamento é espantosa (um iPod chega a comportar cerca de 40.000 arquivos), permitindo ouvir música ininterruptamente, por meses a fio, sem repetir uma única faixa.
Existe uma vasta gama de formatos
de arquivos de áudio, e detalhar cada um deles foge ao escopo deste
post. Para simplificar, digamos que eles se dividem, basicamente, em “comprimidos” e “não comprimidos”, e que os primeiros privilegiam a economia de espaço em detrimento da
qualidade de reprodução, ao passo que nos demais se dá justamente o oposto.
O formato .WAV,
p. ex., criado pela Microsoft em
parceria com a IBM, baseia-se no PCM – sigla de Modulação por Código de Pulsos, em inglês, que é a mais antiga das
tecnologias de digitalização sonora –, e preserva (dentro das suas limitações)
a qualidade da gravação original, além de ser compatível com a maioria dos Players disponíveis no mercado (o problema é que 1 minuto de gravação
nesse formato ocupa, em média, 10 MB).
Já o consagrado .MP3, surgido nos
anos 90, tornou-se extremamente popular por gerar arquivos leves, ideais para
envio por email ou publicação na Web
(uma faixa musical nesse formato ocupa apenas um décimo do espaço do arquivo original).
Observação: No tempo da Internet discada, o download de um disco levava quase 40 horas (quase 4 horas para cada
faixa), enquanto um CD inteiro em MP3
podia ser baixado em cerca de 100
minutos. Atualmente, o download do disco em alta qualidade leva 2 horas, e a versão em MP3, cerca de 6 minutos.
Claro que uma compressão capaz de tal façanha implica
necessariamente em perda de qualidade sonora, ainda que não a ponto de tornar a
audição desagradável, ou mesmo ser perceptível para a maioria de nós. Mas também existem
formatos comprimidos que quase não sacrificam a qualidade da reprodução,
dentre os quais o mais popular é o FLAC.
Um .FLAC mediano
preserva 70% da qualidade de
reprodução sonora original – o que equivale a um vinil da melhor categoria –,
enquanto um top de linha chega a 99%. Já o tamanho resultante fica entre 40% e
60% do original. O grande problema é o preço:
para ouvir em casa, gasta-se, no mínimo, R$ 10 mil em equipamentos (PC com banda larga responsável,
conversor digital-analógico, pré-amplificador, amplificador e caixas acústicas
de última geração), embora haja aficionados que, chegam a pagar mais
de US$ 50 mil só pelas caixas de som
(RAHIDO). Para ouvir música em trânsito, não entanto, não basta um iPod ou smartphone; é preciso investir cerca de R$ 2 mil num player adequado e num bom par de headphones.
Durma-se com um barulho desses!
Abraços e até amanhã.
Observação:
Esta
postagem integra informações obtidas a partir da matéria publicada na seção
TECNOLOGIA da revista VEJA, edição de 27/08/11.
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