O disquete surgiu no início dos anos 70 e reinou durante décadas como solução primária para armazenamento portátil e transporte de dados. O modelo de 8 polegadas (de 80 KB a 1 MB) cedeu espaço ao de 5¼ polegadas (de 160 KB a 1.2 MB), que deu lugar, por sua vez, ao popular disquinho de 3½ polegadas (de 320 KB a 5.76 MB), cuja versão de 1.44 MB ainda é encontrada em algumas lojas de suprimentos de informática.
Até meados dos anos 90, a instalação de softwares era feita por meio desse tipo de mídia (o Windows foi comercializado assim até a versão 95), mas sua capacidade limitada condenou-a ao ostracismo – imagine quantas unidades seriam necessárias para fazer backup de um HD atual ou armazenar os arquivos de instalação das versões mais recentes do Windows, por exemplo. Demais disso, além da tendência a embolorar e desfragmentar com relativa facilidade, os disquetes têm vida útil bastante limitada – depois de certo tempo, a camada magnética começa a se desprender da matéria plástica e a sujar as cabeças de leitura e gravação.
A despeito de ter sido criado com vistas ao mercado fonográfico, o CD logo foi guindado à condição de “substituto natural” do disquete, notadamente devido à sua durabilidade (de 50 a 100 anos, segundo os fabricantes) e capacidade de armazenamento (700 MB). Mais adiante, veio o DVD, com seus 4.7 GB de espaço na versão mais comum – ou 8.5 GB (duas camadas), 9.4 GB (dupla face) e 17.08 GB (dupla face + dupla camada). Vale lembrar, todavia, que as mídias genéricas (vendidas “à baciada” pelos melhores camelôs do ramo) são mais susceptíveis a variações de temperatura, luz e umidade, e costuma empenar e se tornar quebradiças após pouco tempo de uso.
Observação: O lançamento de programas em CD-ROM levou os usuários de PCs a instalar os assim chamados “kits multimídia” (leitor de CD + placa de som + caixas acústicas). Mais adiante, com a popularização das mídias ópticas graváveis e regraváveis, os PCs passaram a vir de fábrica com “combos” (leitoras de DVD capazes de ler e gravar CDs) ou gravadores de DVDs (que também lêem e gravam CDs).
Embora os práticos “pendrives” venham oferecendo cada vez mais espaço por preços cada vez menores – um modelo de 8 GB corresponde a mais de 5.000 disquetes e permite armazenar 64 horas de música ou 1.600.000 páginas de livro –, as mídias ópticas continuam em alta. Aliás, a empresa americana Millenniata anunciou recentemente o lançamento do M-DISC, no qual o material orgânico reflexivo utilizado nos CDs/DVDs convencionais é substituído por um produto sintético que oferece maior resistência, tanto a danos físicos quanto a degradações naturais.
O M-DISC possui capacidade de armazenamento semelhante à de um DVD comum (4,7 GB) e preço unitário de US$ 2,99. Para gravar, é preciso dispor de um drive fabricado pela LG – com preço entre 50 e 200 dólares –, mas a leitura pode ser feita por qualquer player de DVD ou Blu-Ray (saiba mais em http://millenniata.com/m-disc/).
Um ótimo dia a todos e até mais ler.