DEVE-SE CORRER
PARA ONDE A BOLA ESTÁ INDO, NÃO PARA ONDE ELA ESTAVA.
Dando
sequência ao assunto em tela, cumpre alertar a todos que a bandidagem digital
tem se aproveitado da popularidade dos pendrives para disseminar pragas digitais (da mesma forma como
usavam os disquetes em sua época
áurea), razão pela qual é você deve tomar muito cuidado ao plugar o dispositivo
no seu PC depois de tê-lo espetado em máquinas de terceiros, notadamente as de
lan houses, cyber cafés, escolas, etc.
Felizmente,
já existem antivírus projetados especialmente para proteger dispositivos USB,
dentre os quais eu cito o Panda USB and AutoRun Vaccine, que
é gratuito e imuniza tanto o computador quanto o dispositivo portátil. Depois
de baixar e instalar e configurar a ferramenta (autorizar sua inicialização
junto com o Windows, definir a
vacinação automática dos novos dispositivos conforme eles forem plugados,
ativar proteção de unidades formatadas com o sistema de arquivos utilizado na
mídia removível, etc.), você verá uma janelinha com dois botões: o primeiro
imuniza o PC e o segundo, o pendrive ― ou outro dispositivo USB, como um HD externo, por exemplo.
Observação: A rigor, o que essa vacina faz é evitar a proliferação de malwares inibindo o autorun.inf; ou seja, se você plugar
seu pendrive numa máquina infectada e depois conectá-lo ao seu computador, um
programinha malicioso que eventualmente se transferiu para dispositivo portátil
não será capaz de se auto executar. Isso não garante 100% de segurança ― aliás,
100% de segurança no âmbito da TI é conversa mole para boi dormir ―, mas sempre
será melhor do que nada.
Outro
programinha digno de nota é o ClevX DriveSecurity, da conceituada desenvolvedora de
programas de segurança ESET
(fabricante do festejado NOD32), que
atua a partir do próprio pendrive ou HD USB. Basta você fazer o download,
transferir os arquivos de instalação para o dispositivo externo (que já deve
estar plugado na portinha USB), comandar a instalação e seguir as instruções.
Concluído o processo, execute o programinha, abra o menu de configuração (no canto superior direito da janela), altere
o idioma para Português e clique na
lupa para dar início à varredura. O software é pago, mas oferece um período de
testes de 30 dias.
Suítes de
segurança populares ― como AVAST, AVG, NORTON e afins ― também costumam checar pendrives, bastando para
isso que o usuário abra a pasta Computador,
dê um clique direito sobre o ícone correspondente ao dispositivo e selecione a
opção respectiva no menu de contexto. Caso seu antivírus não dê conta do
recado, uma varredura online pode ajudar (experimente o HouseCall,
o ActiveScan, o Kaspersky, o F-Secure, o BitDefender ou o Microsoft Safety Scanner).
Observação: Em situações extremas, formatar o dispositivo de memória pode ser a
solução. Mas tenha em mente que esse procedimento irá apagar todo o conteúdo do
pendrive. Se não houver alternativa, plugue o chaveirinho na interface USB,
localize o ícone que o representa na pasta Computador,
dê um clique direito sobre ele e selecione a opção Formatar. Na tela seguinte, defina o sistema de arquivos, digite o
nome desejado, desmarque a opção Formatação
rápida e clique em Iniciar
(assim, além da remoção dos dados, será feita também uma verificação em busca
de setores inválidos).
O resto fica
para a próxima, pessoal. Abraços e até lá.
O ano é 2019. O autoexílio de certo ex-presidente no Uruguai jogou a derradeira pá de cal sobre o ilha dos Castro ou na Venezuela. Há quem especule até que a imprestável tenha abreviado sua torpe existência, mas não existam evidências que embasam essa tese.
espúrio partido que ele gestou e pariu ― e com o qual se locupletou a não mais poder. Do paradeiro de sua cria e pupila, penabundada em agosto de 2016, pouco se sabe. Para alguns, ela simplesmente se foi, como aquele marido que saiu para comprar cigarros e nunca mais voltou. Para outros, resolveu passar o resto de seus dias na
MARIA, A ÚLTIMA PETISTA
espúrio partido que ele gestou e pariu ― e com o qual se locupletou a não mais poder. Do paradeiro de sua cria e pupila, penabundada em agosto de 2016, pouco se sabe. Para alguns, ela simplesmente se foi, como aquele marido que saiu para comprar cigarros e nunca mais voltou. Para outros, resolveu passar o resto de seus dias na
Mas nossa história é sobre Maria,
a última petista (nada a ver com a boa moça lá da turma do Gantois,
consagrada por Toquinho e Vinicius
na canção “Maria vai com as outras”). Não sei
se Maria Aparecida, Maria Clara, Maria da Conceição, de Lourdes, das Dores ou, por
desgraça, Maria das Graças.
Simplesmente Maria. A última petista.
O PT se foi, mas Maria não se deu conta. Filiada à sigla
desde sua fundação, impermeável ao bom senso e descolada da realidade, a moça
(agora velha) dedicou a vida à militância petralha. Na sua avalição, Lula e Dilma foram grandes presidentes. Nunca duvidou de que o primeiro
era mesmo a alma mais honesta do Brasil,
e que a segunda foi uma gerentona competente, vítima inocente de um golpe de
estado tramado pelas “zelites”, pela mídia, pelos “coxinhas”, e por aí afora. (Como
dizia Sócrates, existe apenas um bem ― o saber; e apenas um mal ― a ignorância.)
O projeto de vida de Maria
era se mudar para São Bernardo, berço
do partido. Sonhava em tirar diploma de torneiro mecânico no Senai e arrumar emprego numa fábrica de
autopeças (cogitou até de amputar o dedinho da mão esquerda, mas acabou
demovida da ideia pela família). Tinha orgasmos múltiplos só de pensar em um
dia ser vizinha de Lula. Mas Lula se foi e Maria continua nos cafundós do Ceará.
Do partido, além das lembranças, restam-lhe fotos da
militância em meio a seus amados líderes. A de Dilma está cheia de rabiscos, bigodes e chifrinhos feitos a caneta
num momento de loucura ― quando a estocadora
de vento ameaçou trocar o partido da estrela pelo PMDB, a pretexto de “cercar-se de gente honesta”.
Toda manhã, Maria
veste a puída camisetinha vermelha, toma o café imersa em reminiscências (bons
tempos aqueles em que o PT estava no
poder), liga o computador e se conecta às redes sociais, onde
passa ao menos 15 horas postando aleivosias em defesa do socialismo, da
ideologia lulopetista e do seu amado partido ― sabe-se lá se por não ser capaz de
reconhecer publicamente que tudo isso acabou ou se por pura teimosia. Seja
como for, a “mortadela” de cada dia continua chegando todo fim de mês ― o depósito
foi programado pelo último tesoureiro, com dinheiro do BNDES, ela supõe, ou da Petrobras.
Maria ainda
mantém seu blog ― O DIÁRIO DA ESQUERDA
DO MUNDO ―, que raramente recebe visitas. Antigamente, ela passava horas
respondendo exaustivamente mensagens de repúdio ao PT. Agora, os comentários minguaram. “Mas
só porque os coxinhas finalmente entenderam que o que queremos é um Brasil melhor,
e que a esquerda é o caminho”, justifica a tresloucada delirante.
De tempos em tempos, Maria
vai até o jardim, onde a bandeira vermelha tremula ao vento. No passado,
atiravam-lhe ovos; as manchas ainda estão no tecido. Agora, nem isso. Às vezes,
passam dias sem que alguém fale do PT.
De repente, o computador emite um bip. “Olhaí, alguém comentou...”,
pensa Maria, que entra correndo, os olhos brilhantes de esperança.
Maria olha a tela
e... alarme falso: era só o Suplicy
cantando Bob Dylan. De novo.
Maria é um caso
perdido.
(Texto inspirado na crônica Fred, o último petista, de Mentor
Neto).