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quinta-feira, 9 de maio de 2019

AINDA SOBRE COMO RESOLVER PROBLEMAS ELEMENTARES DE COMPUTAÇÃO — FINAL


NACIONALISMO EM EXCESSO PODE SER PREJUDICIAL À SAÚDE; POPULISMO, ENTÃO, É FATAL!

Complementando o que foi dito na postagem anterior, o modo de segurança do MacOS funciona de maneira parecida com o do Windows. Para convocá-lo, pressione a tecla Shift e acione o botão de ligar no seu Mac. Assim como no Windows, um reset total costuma resolver a maioria dos problemas de inicialização que não sejam relacionados ao hardware. Escolha Reinstalar o MacOS da tela do Modo de Recuperação para recomeçar tudo do zero.

Nos smartphones e tablets o procedimento é mais simples, tanto no Android quanto no iOS. A exemplo do que foi dito em relação a desktops e notebooks, vale tentar primeiro desligar o aparelho, aguardar alguns minutos e ligá-lo novamente — com alguma sorte, ele se recuperará da falha voltará a funcionar como antes. 

Se se smartphone é o Pixel, o Google recomenda segurar o botão de ligar/desligar durante 30 segundos para forçar uma reinicialização; em modelos de outros fabricantes, experimente manter pressionados os botões de ligar e de baixar o volume por pelo menos 10 segundos para forçar a reinicialização (se não funcionar, consulte o manual ou pesquise no Google o procedimento adequado ao seu caso especifico).

No iPhone, as instruções da Apple variam conforme o modelo. Para iPhone X, iPhone 8 e iPhone 8 Plus, aperte e solte rapidamente os botões que controlam o volume e mantenha pressionado o Power (liga/desliga) até que o logo da Apple seja exibido no display. No iPhone 7 ou iPhone 7 Plus, mantenha pressionado o botão de ligar e o de diminuir o volume por pelo menos 10 segundos. Para qualquer versão anterior, pressione o botão home e o botão de Power de ligar também por 10 segundos.

Se for preciso restaurar as configurações de fábrica, consulte o manual do seu aparelho. Via de regra, nos iPhones é preciso conectar o dispositivo a um computador com Windows ou Mac rodando o iTunes e fazer o reset usando a combinação de botões retrocitada, mas tomando o cuidado de mantê-los pressionados até que a tela de recuperação (que exibe um cabo e o logo do iTunes) apareça no display. No computador, clique em Atualizar e o iTunes tentará restaurar o iOS sem apagar seus dados pessoais.

No Android, tudo é feito a partir do próprio dispositivo. Com o aparelho desligado, mantenha pressionado o botão de volume para baixo e aperte o botão de ligar. Quando o robô aparecer na tela, use os botões de volume para navegar entre as opções e acessar o modo de recuperação. Feito isso, pressione o botão de Power e use os botões de volume para escolher Apagar dados/Restauração de fábrica e confirme pressionando o botão de Power. Ao final do processo, seu telefone retornará às configurações de fábrica, mas note que todos os dados serão apagados e que você terá de usar suas credenciais do Google quando ele ligar de novo.

Se nada disso resolver o problema e a causa não for falta de energia, o jeito será recorrer a uma assistência técnica confiável.

segunda-feira, 29 de abril de 2019

DICAS PARA RESOLVER PROBLEMAS ELEMENTARES DE COMPUTAÇÃO — PARTE 3


NÃO EXISTE CURA PARA A MORTE, PARA A PREGUIÇA E PARA A BURRICE.
Da mesma forma que no ambiente Windows, travamentos ocorrem também em smartphones. Nesse caso, porém, a solução requer medidas diversas das que abordamos no post anterior, e o procedimento varia conforme o sistema operacional — e a versão do aparelho, no caso do iPhone.
Se seu smartphone é um iPhone X ou posterior, deslize o dedo de baixo para cima da tela e pause levemente na região central; se for o iPhone 8 ou anterior e clique no botão de Início duas vezes para exibir os apps mais utilizados recentemente. Feito isso, deslize o dedo para a esquerda ou para a direita da tela, localize o aplicativo que você quer encerrar e então deslize o dedo para cima na tela de pré-visualização. Note que os aplicativos que aparecem na lista dos “mais utilizados recentemente” do seu iPhone não estão em execução, mas sim em standby (modo de espera). Segundo a Apple, isso visa ajudar usuário a navegar e fazer várias coisas ao mesmo tempo, mas qualquer programa rodando em segundo plano consome recursos do aparelho (ciclos do processador e espaço na memória RAM) e acelera a descarga da bateria. Mesmo assim, a empresa recomenda forçar o encerramento somente se o app não estiver respondendo.
Nos smartphones com sistema Android, é possível encerrar aplicativos teimosos através da Visão Geral, das Configurações ou, em último caso, do menu Opções do Desenvolvedor. O botão Visão Geral é representado por um quadradinho — ou por um ícone com dois retângulos sobrepostos — exibido à direita do botão Home” (ou à esquerda, no caso de o celular ser da marca Samsung). Em alguns aparelhos, esse botão é físico; em outros, ele figura na porção inferior da própria tela. Toque ou pressione (conforme o caso) o botão Home para visualizar a lista dos aplicativos abertos e, navegue por eles deslizando o dedo para cima e para baixo (ou para a esquerda e para a direita, em alguns modelos). Quando localizar o programinha que você quer fechar, arraste-o para fora da tela — se a navegação for vertical, deslize-o para um dos lados; se for horizontal, arraste-o para cima ou para baixo. Assim que desaparecer da tela, o app terá sido encerrado.
Observação: Se houver um “X” num dos cantos da página do aplicativo, toque nele para fechar o dito-cujo, mas tenha em mente que os processos de fundo vinculados a ele continuarão sendo executados.
O menu de Configurações do Android é representado pelo ícone de uma engrenagem. Deslize o dedo de cima para baixo da tela, toque no ícone em questão, navegue pelas opções até Aplicativos, toque nela, localize na lista o programa desejado, toque nele para abrir a respectiva página, acione o botão Parar (ou Forçar Parada) e confirme em OK para sair do aplicativo e encerrar seus processos de fundo.
Para usar as Opções do desenvolvedor, torne a acessar o menu Configurações, role a tela até encontrar a opção Sobre o telefone, toque nela, localize Número do build (ou da versão) e toque nessa opção repetidamente, de 7 a 10 vezes, até que seja exibida uma mensagem informando que “você é um desenvolvedor” ou algo do tipo. Acione o botão Voltar e repare que um novo menu, identificado como Opções do Desenvolvedor, será exibido próximo ao menu Sobre o telefone. Acione esse novo menu, localize a entrada Serviços em execução (que pode estar no início ou no fim da lista, de acordo com o modelo de seu dispositivo, bem como ser identificada como Processos em algumas versões do Android), localize o programa a ser encerrado, selecione-o e toque na opção Parar e confirme em OK. Isso encerrará o app e finalizará todos os serviços associados a ele, mas note que talvez seja preciso tocar em OK e/ou em Parar mais uma vez para confirmar a ação.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

AINDA SOBRE O DESEMPENHO DO PC (CONTINUAÇÃO DA CONTINUAÇÃO)


AS HORAS SÃO FATIAS DA ETERNIDADE.

Vimos que quando compramos um computador montado as nossas opções se reduzem à escolha da marca e do modelo, o que significa aceitar a configuração e os componentes definidos pelo fabricante. Máquinas top de linha costumam ter configuração poderosa e integrar componentes de boa qualidade, mas não é qualquer um que pode investir algo entre R$5 mil e R$ 100 mil num PC.

Se você acha que estou exagerando, o "monstro" que ilustra esta postagem tem processador de 18 núcleos, HDD de 2 TB, 32 GB de RAM e monitor full HD de 24 polegadas e custa R$ 41 mil; o iMac PRO, na versão top, custa pouco menos de US$ 14 mil nos EUA, mas, no Brasil, chega a inacreditáveis R$ 98.125. A boa notícia é que você parcelar o pagamento em até 12 vezes — ah, e o frete é grátis.

Mesmo uma Ferrari está sujeita a panes, ainda que as probabilidades de ela deixar o dono na mão sejam bem menores que as de um Chevrolet Opala ou de um Fiat Uno dos anos 80, por exemplo — que a esta altura devem estar caindo aos pedaços. Mas isso é conversa para outra hora. No caso do computador, para além da configuração física — que deve ser adequada às exigências do sistema e dos apps que o usuário pretende rodar —, algo sempre pode dar errado também no âmbito do software

Felizmente, problemas de lentidão, instabilidade, travamentos e/ou reinicializações aleatórias, acompanhadas ou não das temidas BSoD (sigla em inglês para tela azul da morte), têm grandes chances de ser resolvidos por uma simples reinicialização. Mas evite a opção “reiniciar” do menu de deligamento, pois ela refaz o boot muito rapidamente, impedindo que o conteúdo das memórias voláteis se esgote completamente. O indicado é desligar o computador e tornar a ligá-lo depois de um ou dois minutos; com alguma sorte, o Windows irá se recuperar automaticamente do erro ou iniciar no modo de segurança (ou ainda no ambiente de recuperação).

Observação: E se o sistema não exibir a tela de Logon nem as opções de recuperação? Bem, aí a porca torce o rabo. O jeito é insistir no boot três tentativas consecutivas forçam a reinicialização no WinRE (ambiente de recuperação do Windows). Na janela Selecione uma opção, escolha Solucionar problemas; em Solucionar problemas, selecione Restaurar este PC, em Restaurar este PC, defina Manter meus arquivos, selecione sua conta de usuário (digite a senha, caso isso lhe seja solicitado) e então clique em Reiniciar e reze para dar certo.

Problema intermitentes (que ocorrem uma vez ou outra) ou recorrentes (que ocorrem várias vezes num curto espaço de tempo) costumam ter causas difíceis de identificar, já que a pesquisa demanda tempo e trabalho, além de exigir conhecimentos que a maioria dos usuários domésticos geralmente não possui. Então, deixe de lado a curiosidade acadêmica e recorra à Restauração do Sistema, que, como vimos no capítulo anterior, acompanha o Windows desde a edição Millennium

Continua...

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

AINDA SOBRE COMO SOLUCIONAR PROBLEMAS NO WINDOWS, SFC E DISM (FINAL)


CONTRADIÇÕES NÃO EXISTEM. SE VOCÊ SE DEPARAR COM UMA CONTRADIÇÃO, REVEJA SUAS PREMISSAS: ALGUMA COISA DEVE ESTAR ERRADA.

Depois de relembrar o que é e como se usa o prompt de comando no Windows — ou PowerShell, nas edições 8.1 e 10 do sistema —, volto ao DISM e o SFC, que são ferramentas nativas do Windows, mas não figuram na lista de aplicativos do menu Iniciar nem entre os miniaplicativos do Painel de Controle, pois elas são executadas via linha de comando e com privilégios de administrador.  Ambas varrem o sistema em busca de arquivos corrompidos e implementar as correções necessárias, mas a Microsoft recomenta executar primeiro o DISM no Windows 10 e Windows 8.1 e inverter essa ordem no Windows 7

Para abrir o PowerShell com privilégios de administrador, clicamos com o botão direito em Iniciar e selecionamos a opção Windows PowerShell (Admin). Na janelinha de confirmação, autorizamos a execução clicando em Sim (ou fornecemos as credenciais de administrador, dependendo do que for solicitado). Na tela do interpretador, digitamos “Dism /Online /Cleanup-Image /ScanHealth (ou “Dism /Online /Cleanup-Image /CheckHealth”, tanto faz) na linha de comando e pressionamos Enter (desconsidere as aspas ao digitar o comando, mas assegure-se de dar um espaço antes de cada “/”).

Podemos acompanhar o processo pelo avanço do percentual na tela, que demora um pouco para atingir 100% e não raro empaca nos 20% e leva uma eternidade para seguir adiante, mas devemos resistir à tentação de fechar a tela. Sugiro tomar um café, fazer um lanche ou coisa parecida, pois, ainda que seja possível continuar usando o computador enquanto a verificação está em curso, eu acho melhor evitar.

Se a mensagem exibida ao final for igual a da figura que ilustra esta postagem, não precisamos fazer mais nada, mas se for de que não há como reparar os arquivos, devemos providenciar um backup atualizado dos arquivos pessoais importantes e de difícil recuperação e proceder a uma reinstalação do Windows do zero (mais detalhes no final desta postagem). Caso a ferramenta indique a existência de arquivos corrompidos, usamos o comando “Dism /Online /Cleanup-Image /RestoreHealth” para repará-los (lembre-se de digitá-lo sem as aspas e manter os espaços antes de cada “/”). 

Devemos manter o PC conectado à internet, visto que a ferramenta usa o Windows Update para substituir os arquivos corrompidos por versões em bom estado. Se quisermos executar o DISM offline, digitamos "Dism /Online /Cleanup-Image /RestoreHealth /Source:wim:X:\sources\instlall.wim:1" /Source:wim:X:\sources\install.wim:1” (sempre sem aspas e, neste caso, substituindo o “X” pela letra correspondente à partição que abriga os arquivos de reinstalação do Windows).

Concluída essa etapa, voltamos à tela do PowerShell (Admin), digitamos “sfc /scannow” (sem as aspas e com um espaço entre sfc e /scannow) e pressionamos. Enter. A ferramenta verificará todos os arquivos protegidos do sistema e substituirá os corrompidos por uma cópia em cache armazenada me em %WinDir%\System32\dllcache. Não devemos fechar esta janela do PowerShell até que a verificação esteja 100% concluída e a ferramenta exibir uma destas mensagens: 

1) A Proteção de Recursos do Windows não encontrou nenhuma violação de integridade (ou seja, não há arquivos do sistema ausentes ou corrompidos); 

2) A Proteção de Recursos do Windows não pode executar a operação solicitada (para resolver esse problema, rodamos o SFC no modo de segurança depois de nos certificarmos de que as pastas PendingDeletes e PendingRenames existam em %WinDir%\WinSxS\Temp); 

3) A Proteção de Recursos do Windows encontrou arquivos corrompidos e os reparou com êxito. Detalhes estão incluídos na pasta CBS.Log %WinDir%\Logs\CBS\CBS.log (clique aqui para saber como acessar informações detalhadas sobre a verificação e a restauração de arquivos de sistema); 

4) A Proteção de Recursos do Windows encontrou arquivos corrompidos, mas não pôde corrigir alguns deles. Detalhes estão incluídos na pasta CBS.Log %WinDir%\Logs\CBS\CBS.log (torça para que a mensagem não seja esta).

Observação: Para reparar os arquivos corrompidos manualmente, visualize os detalhes do processo do Verificador de Arquivos de Sistema, localize o arquivo corrompido e, em seguida, substitua-o manualmente por uma cópia em bom estado.

Se tudo falhar, o jeito será reinstalar seu Windows. Para isso, clicamos em Iniciar > Configurações > Atualização e segurança > Restaurar o PC > Começar e escolhemos uma das opções disponíveis, conforme explicado a seguir:

“Manter meus arquivos” irá reinstalar o Windows 10 removendo os aplicativos, atualizações e drivers instalados pelo usuário e desfazer as reconfigurações que ele implementou no sistema, embora preserve seus arquivos pessoais. Note que isso não nos desobriga de criar cópias de segurança dos arquivos importantes e de difícil recuperação (mais informações nesta postagem), embora os aplicativos que vieram pré-instalado de fábrica com o sistema serão automaticamente reinstalados.

“Remover tudo” irá reinstalar o Windows 10 desfazendo as personalizações e reconfigurações que implementamos no sistema, removendo os aplicativos e drivers que instalamos e apagando arquivos pessoais, mas também nesse caso os programas adicionados pelo fabricante do PC serão automaticamente reinstalados. Devemos usar essa opção quando formos vender ou doar o computador, pois ela reformata a unidade do sistema e apaga todos os arquivos. Mas é bom lembrar que é apagar manualmente os dados gravados nas demais unidades lógicas, caso tenhamos particionado o HD.

Boa sorte.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

QUANDO O PC NÃO LIGA...


HÁ DUAS TRAGÉDIAS NESTA VIDA: UMA É NÃO OBTER O QUE SE DESEJA. A OUTRA É OBTER.

Já vimos o que fazer quando uma falha grave impede o Windows de carregar. Veremos agora como proceder quando a máquina não liga, lembrando sempre que problemas de hardware devem ser pesquisados por técnicos especializados, que dispõem de ferramental apropriado e (supostamente) sabem o que estão fazendo.

Se você pressionar o botão de power e o PC se fingir de morto, verifique, antes de qualquer outra coisa, se o fornecimento de energia elétrica não foi interrompido. Essa dica pode parecer a mais pura exaltação do óbvio, mas o fato é que nem sempre percebemos que está faltando luz quando trabalhamos num ambiente claro, que dispensa iluminação artificial.

Observação: Quando pressionamos o botão de power do PC, pelo menos uma luzinha acende no gabinete, e normalmente é possível ouvir o “sopro” das ventoinhas. Se isso ocorrer e a tela do monitor permanecer escura, o problema pode estar no próprio monitor. Nos modelos antigos, de tubo, era comum os controles de brilho e contraste serem “fechados” quando o a gente passava um pano para remover a poeira. Mesmo que isso não costume acontecer com telas LCD, muito menos em notebooks, onde os ajustes são feitos diretamente pelo teclado, fica aqui a dica.

Se você ligar a luz do cômodo e ela acender, suspeite da tomada. Talvez a faxineira tenha retirado o cabo do computador para usar o aspirador de pó, por exemplo, e não o tenha religado posteriormente. Se o problema não for esse, ligue um abajur ou outro dispositivo elétrico na tomada e veja se ele funciona. Se funcionar, o problema pode ser o plugue do cabo de energia do PC, o próprio cabo, ou mesmo o estabilizador de tensão/filtro de linha.

Se nenhuma dessas suspeitas se confirmar, talvez o vilão da história seja a fonte de alimentação. Nos portáteis, testar a fonte (ou carregador) é mais fácil, desde que se disponha de uma peça sobressalente. Nos desktops, é preciso abrir o gabinete para verificar se o fusível de proteção ou os varistores não estão queimados. Se você não tiver expertise para tanto, procure ajuda especializada.

Periféricos conectados ao computador também devem ser chegados. Desconecte todos eles (com exceção do mouse e do teclado) e torne a ligar o PC. Se a máquina funcionar, desligue-a novamente, reconecte um dispositivo de cada vez e ligue o computador em seguida. Quando o problema se repetir, você terá encontrado o periférico responsável.

Falhas nos módulos de memória RAM impedem o computador de funcionar. Nesse caso, uma mensagem de erro costuma ser exibida na tela, mas essas mensagens nem sempre são de fácil interpretação. Se você se sentir apto a abrir o gabinete, remova os módulos de memória dos slots, passe uma borracha (daquelas de desenho) na trilha de conectores (de ambos os lados), sopre os resíduos com ar em spray e recoloque as peças no lugar. Se houver dois slots ocupados, experimente mudar os módulos de posição; se a memória problemática for transferida para o segundo banco e o computador funcionar, basta substituir o módulo defeituoso para restabelecer a capacidade original de memória.

Aproveite o embalo para verificar os conectores do HDD (hard disk drive ou drive de disco rígido). Se não encontrar nada de anormal, tente reiniciar o PC a partir de um disco de resgate (detalhes nas postagens anteriores). Se o problema não for o drive, remova todos os plugues de energia, placas de expansão, cabos lógicos, etc., certifique-se de que não haja oxidação ou acúmulo excessivos de poeira e reconecte tudo outra vez. Vale lembrar que a poeira pode prejudicar o funcionamento das ventoinhas, tanto da fonte e do gabinete quanto do cooler do processador. Para evitar que o processador “frite”, um dispositivo de segurança desliga o computador — ou impede que ele ligue — no caso de essa ventoinha não funcionar.

Se nada disso resolver, remova tudo do sistema — exceto a placa-mãe, o teclado e a placa de vídeo. Se, depois disso, a máquina ligar, um desses componentes deve ser o culpado (de novo: reinstale-os um por vez até descobrir qual deles substituir). Se nem assim funcionar, o problema deve estar no processador, na placa gráfica ou na própria placa-mãe, e aí o jeito é ligar para seu computer gay ou levar o aparelho a uma assistência técnica de confiança.

Boa sorte.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

QUANDO O COMPUTADOR NÃO LIGA OU O WINDOWS NÃO CARREGA... (3ª Parte)

MELHOR DO QUE SER BEM RECEBIDO NA ENTRADA É SER BEM FALADO NA SAÍDA.

Já vimos como criar e usar uma unidade de recuperação para usar no caso de uma falha grave impedir o Windows de iniciar, mas se você não dispõe desse “salva vidas” e seu sistema empacar, há basicamente dois cenários possíveis: no primeiro, o sistema chega a exibir a tela de logon; no segundo, o boot empaca antes disso, dificultando, inclusive, o desligamento do computador.

A partir da tela de logon, você pode acessar as opções de desligamento (clicando no terceiro ícone, da esquerda para a direita, no canto inferior direito da tela) e escolher “desligar”. Sugiro evitar a opção “reiniciar”, que refaz o boot muito rapidamente, podendo não dar tempo para o total esvaziamento do conteúdo das memórias voláteis). Aguarde alguns minutos e ligue o computador novamente. Com alguma sorte, o Windows se recuperará automaticamente ou reabrirá no modo de segurança ou no ambiente de recuperação (WinRE).

Quando o sistema empaca antes de exibir a tela de logon, não há como desligar ou reiniciar o computador via software. Nessa situação, deve-se forçar o desligamento mantendo o botão liga/desliga (power) pressionado por 5 segundos. De novo: depois que a máquina desligar, espere um ou dois minutos, cruze os dedos e torne a ligar... Com alguma sorte, tudo voltará a ser como antes no Quartel de Abrantes.

Observação: Evite desligar o aparelho simplesmente interrompendo o fornecimento de energia elétrica, seja desplugando o cabo da tomada, seja desligando o estabilizador de tensão. Nos notebooks isso não adianta de nada, já que a bateria continua fornecendo energia; nos desktops pode até funcionar, mas sob pena de corromper dados ou causar danos físicos no disco rígido.

Quando não é capaz de inicializar normalmente, o Windows tenta fazê-lo no modo de segurança. Na impossibilidade, ele exibe as opções avançadas de inicialização. Se nada disso acontecer, ou  seja, a máquina realmente se fingir de morta, desligue-a e religue três vezes seguidas. Na terceira tentativa, a tela das opções avançadas de inicialização deverá ser exibida e você poderá avaliar o que fazer a partir daí.

Observação: O modo de segurança é uma modalidade de inicialização em que o Windows é carregado com um conjunto limitado de arquivos e drivers e resolução gráfica em VGA (não estranhe, portanto, a aparência dos ícones e demais elementos exibidos na tela). Se o sistema iniciar dessa maneira, você saberá ao menos que o problema não está nas configurações-padrão do sistema, e poderá desinstalar uma atualização do próprio sistema ou de driver, e até mesmo um programa qualquer que possa estar impedindo o Windows de carregar normalmente. Vale também executar a restauração do sistema, que, se funcionar, reverterá a máquina a um ponto criado anteriormente, quando tudo funcionava direitinho. Se der certo, você economizará tempo e trabalho.

Para convocar o modo de segurança, pressionamos simultaneamente as teclas Win+R, digitamos msconfig na caixa do menu Executar e clicamos em OK. Na aba Inicialização do Sistema, marcamos as caixas de seleção ao lado de Inicialização Segura e de Mínimo, confirmamos em OK e reiniciamos o computador. A questão é que não há como fazer isso quando sistema empaca durante o boot. E agora, José?  

Nas edições vetustas do Windows, acessávamos o modo de segurança pressionando repetidamente a tecla F8 no momento do boot, durante a contagem da memória, mas isso deixou de funcionar a partir do Windows 8 e/ou em máquinas com UEFI e SSD (nas quais o boot leva cerca de dois décimos de segundo). No Windows 10, se você conseguir ao menos acessar as opções de desligamento da tela de logon, mantenha a tecla Shift pressionada e clique em Reiniciar. Se tudo correr bem, as opções de inicialização avançadas serão exibidas, e você poderá convocar o modo de segurança clicando em Solução de Problemas > Configurações Avançadas > Configurações de Inicialização > Reiniciar e selecionando a modalidade desejada a partir das teclas F4 ou F5 — escolha esta última se precisar acessar a Internet enquanto estiver no modo de segurança.

ObservaçãoUEFI (de Unified Extensible Firmware Interface) é uma interface de firmware padrão para PCs que representa uma sensível evolução em relação ao limitado BIOS (para mais informações, clique aqui; para saber mais sobre drives SSD, reveja esta postagem).

Se o modo de segurança não resolver seu problema, há outras possibilidades a explorar, mas talvez seja melhor reinstalar o Windows logo de uma vez: ainda no ambiente de recuperação do sistema, na sessão Solução de Problemas (oriente-se pela figura 02), selecione a opção Restaurar este PC, informe se deseja ou não manter seus arquivos pessoais, siga as instruções do assistente e torça para dar certo.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

QUANDO O COMPUTADOR NÃO LIGA OU O WINDOWS NÃO CARREGA... (2ª Parte)

AS RELIGIÕES PODEM MELHORAR NOSSA VIDA PORQUE AJUDAM A CARREGAR O FARDO DA MORTALIDADE. MAS OS SERES HUMANOS CONTINUAM FRÁGEIS E LIMITADOS COMO SEMPRE FORAM.

Para usar a unidade de recuperação criada segundo as instruções do post anterior, pode ser necessário redefinir a sequência de boot, ou seja, mudar a ordem de inicialização do computador, de maneira que os arquivos do sistema sejam buscados primeiro na unidade mídia removível — do contrário a máquina tentará iniciar a partir do HD, o que não adianta de nada se o Windows não consegue carregar normalmente.

Esse ajuste é feito através da tela do CMOS Setup. Para ter acesso a ela, ligue ou reinicie o computador e pressione (insistentemente) a tecla <Delete>. Note que, dependendo do modelo ou versão do BIOS, a tecla em questão pode ser <F2>, <F10>, ou mesmo combinações como <Ctrl+Esc>, <Ctrl+Alt+Enter> ou <Ctrl+Alt+F2>. Essa informação é exibida rapidamente durante o boot, mas você a encontrará no manual do aparelho ou da placa-mãe (para mais detalhes sobre o BIOS e o CMOS Setup, reveja a sequência de postagens iniciada por esta aqui).

Na tela do Setup, procure um separador ou um menu que faça referência a “boot” — se os dizeres estiverem em português, procure algo como “início” ou “inicialização”) e siga as instruções exibidas no pé da tela para navegar pelas opções (via de regra, as setas do teclado são usadas para navegar e <Enter>, para selecionar, já que o mouse não costuma funcionar no CMOS Setup). Uma vez localizada a tela desejada, altere a sequência de inicialização de modo que a unidade de mídia removível (USB) seja o dispositivo primário (1st boot device). Na própria tela haverá informações de quais teclas usar para proceder a essa alteração (as setas e/ou os teclas de + e são as opções mais comuns). Feita a reconfiguração, pressione F10 para salvar e sair (ou siga a indicação na tela para obter esse mesmo resultado).

Observação: Se você configurar a unidade USB como primária e mantiver o HD como segunda opção, não precisará reverter a ordem mais adiante — em não havendo uma unidade de resgate conectada à portinha USB, o boot será feito pelo HD. Note que, em computadores de fabricação recente, um sistema mais moderno e intuitivo (chamado UEFI) faz as vezes do BIOS, mas o procedimento é basicamente o mesmo, a exemplo das teclas usadas para alterar e salvar as configurações. Aliás, há casos em que o mouse é suportado, mas isso já é outra conversa.

Redefinida a sequência de boot, espete sua unidade de resgate numa portinha USB, ligue o computador e siga as instruções na tela para rodar a ferramenta que tenta corrigir o problema que está impedindo o Windows de inicializar normalmente. Se não funcionar, tente reverter o sistema a um ponto de restauração previamente criado. Se nem isso funcionar, tente retornar à versão anterior do sistema essa é a melhor alternativa quando o problema decorre da instalação de algum update abrangente fornecido pela Microsoft. Na pior das hipóteses, valha-se da opção que permite reinstalar o Windows, lembrando que ele permite preservar seus arquivos pessoais — o que evita um bocado de trabalho, mas nem sempre soluciona problemas mais graves, como os causados por vírus e outras pragas. Se a coisa estiver mesmo feia, o melhor a fazer e formatar a unidade e reinstalar do sistema a partir do zero.

Com exceção da restauração do sistema, todas essas soluções são, digamos, radicais, devendo ser adotadas somente quando tudo o mais falhar. Como eu disse, o próprio Windows tenta resolver problemas que o impedem de carregar, e na maioria das vezes ele consegue. Assim, não recorra a medidas invasivas (e irreversíveis) sem antes tentar reiniciar o sistema — uma, duas, ou três vezes, se for necessário. E tenha fé — se não ajudar, atrapalhar é que não vai.

Continua na próxima postagem.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

QUANDO O COMPUTADOR NÃO LIGA OU O WINDOWS NÃO CARREGA...


NÃO HÁ PODER DE CONTROLE SOBRE O UNIVERSO MAIOR DO QUE O PODER QUE NOS CONTROLA.

Mesmo com as facilidades do smartphone e da conexão móvel, às vezes precisamos ou preferimos usar um PC convencional. No ambiente Windows contemporâneo, mensagens de erro, travamentos, reinicializações aleatórias e “telas azuis da morte” não são tão frequentes quanto eram nas edições 9x/ME, mas ninguém está livre de ligar o PC e ele se fingir de morto, ou o Windows 10 se recusar a carregar. Máquinas são máquinas, e se até mesmo o corpo humano, que, dizem, foi criado a partir de um projeto divino e aperfeiçoado ao longo de centenas de milhares de anos, tem lá seus piripaques, o que esperar de obras idealizadas, projetadas e construídas por seres sabidamente falíveis?

Um sistema computacional é composto basicamente de dois segmentos distintos — mas interdependentes —, que são o hardware e o software. Normalmente, o próprio Windows tenta se recuperar de falhas de software que o impedem de carregar, e, na impossibilidade, exibe a tela das opções de recuperação (voltaremos a essas opções mais adiante). Mas há casos em que o "problema" é uma simples falta de energia. Ou então a faxineira desplugou o cabo do PC para ligar o aspirador de pó, por exemplo. Ou aconteceu alguma coisa com o plugue, com a própria tomada ou com o estabilizador de tensão.

Mas há casos em que pode ser preciso usar um disco de resgate para recolocar o bonde nos trilhos. O CD que era fornecido com a documentação do computador — e que servia para reinstalar o software — cumpria esse papel, mas deixou de ser fornecido pelos fabricantes, que passaram a economizar alguns trocados gravando os arquivos de instalação numa pequena partição oculta, criada no HDD exclusivamente para esse fim. Então, quem quiser um disco de resgate terá de criá-lo. Veja como.   

- Depois de providenciar um pendrive (ou HDD externo) com pelo menos 4 GB de espaço livre, ligue o PC (que deve estar funcionando direitinho), conecte a internet, dê um clique direito no botão que convoca o menu Iniciar, clique em Sistema e anote a versão do seu Windows 10.

- Acesse a página de downloads da Microsoft, baixe a ferramenta de criação de mídia e execute-a no computador.

- Clique em Criar mídia de instalação para outro computador e em Avançar. Na tela seguinte, selecione o idioma, a versão (Home ou Professional) e a arquitetura (x86 para 32-bits ou x64 para 64-bits, conforme o caso) e, no campo Edição, escolha a que você anotou anteriormente.

- Marque Unidade flash USB, espete o pendrive (ou o cabinho do HD externo) numa portinha USB do PC, clique em avançar e aguarde a conclusão do processo.

Observação: Se houver arquivos importantes no pendrive ou no HD externo, copie-os previamente para outro local, pois todo o conteúdo será apagado durante a formatação.

Também é possível criar a unidade de regate sem o concurso da ferramenta da Microsoft. Para isso:

- Digite criar unidade na caixa de pesquisas da Barra de Tarefas (ou na caixa de diálogo da Cortana, conforme a configuração do seu Windows) e clique na opção Criar unidade de recuperação Painel de Controle.

- A tela seguinte permite escolher entre simplesmente criar a unidade ou incluir um backup do sistema. Escolha a segunda opção, ainda que o processo seja mais demorado e os arquivos ocupem mais espaço na mídia removível (cerca 16 GB), pois ela poupará tempo e trabalho quando e se você precisar reinstalar o sistema.

- Espete o pendrive (ou o cabo do HD externo) numa portinha USB, indique-o ao assistente de criação, clique em Avançar e em OK na mensagem de que a unidade será formatada, clique no botão Criar e aguarde a conclusão do processo. Quando for exibida uma mensagem dando conta de que a unidade de recuperação está pronta, clique em Concluir.

Continua na próxima postagem.

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

LIMPOU A MEMÓRIA RAM E SEU SMARTPHONE CONTINUA LENTO E TRAVANDO?


POLÍTICOS E FRALDAS DEVEM SER TROCADOS DE TEMPOS EM TEMPOS. E PELO MESMO MOTIVO.

Limpar o cache dos aplicativos pode minimizar problemas de lentidão e travamentos, sobretudo em aparelhos com pouca memória RAM.

Observação: O “cache” é uma área da memória destinada a armazenar arquivos temporários. Em tese, o acesso aos arquivos a partir desse “banco de dados” agiliza a execução dos programinhas, mas na prática a teoria costuma ser outra e o desempenho global do aparelho pode se degradar conforme esse espaço vai sendo ocupado (seria interessante detalhar como e por que isso ocorre, mas vamos deixar essa conversa para uma outra vez).

O gerenciamento do cache foi otimizado ao longo das edições do Android, desobrigando o usuário de realizar limpezas frequentes. No entanto, se determinado aplicativo trava constantemente, ou se o sistema continua a apresentar lentidão, mesmo depois de você ter seguido as sugestões que eu apresentei nos posts anteriores, limpar o cache manualmente pode ser a solução. Mas é bom ter em mente que sistemas e programas cada vez mais exigentes condenam à obsolescência aparelhos em perfeitas condições de funcionamento, e que a única maneira de resolver esse problema é trocando o smartphone por um modelo atualizado. Dito isso, vejamos como limpar o cache dos aplicativos em smartphones ou tablets com sistema Android — a nomenclatura e os menus podem variar um pouquinho, conforme a versão do seu sistema, mas nada que o impeça de seguir o tutorial:

— Toque no ícone da engrenagem (Configurações);

— Selecione a opção Armazenamento;

— Toque em Interno (ou em Armazenamento interno compartilhado, se você tem um SD Card que amplia a memória interna do seu aparelho);

— Selecione Dados em cache e aguarde o cálculo ser concluído para saber o montante do espaço utilizado;

— Na telinha que pergunta Limpar os dados em cache?, toque em OK e para confirmar a exclusão dos dados (não é preciso reiniciar o telefone).

Como é informado na própria telinha, esse procedimento apaga os dados em cache de todos os 
aplicativos. Para apagar apenas os arquivos de um app específico:

— Clique no ícone da engrenagem;

— Selecione Aplicativos (ou Gerenciar aplicativos);

— Filtre por Todos os aplicativos para localizar o app desejado;

— Toque no aplicativo para selecioná-lo e toque em Armazenamento.

— Repare que haverá duas opções: Limpar dados e Limpar cache. A primeira apaga todos os arquivos do aplicativo, como músicas, fotos, bancos de dados, configurações, etc., ou seja reverte o programinha às configurações originais. A segunda opção produz o mesmo efeito do passo-a-passo anterior, mas atua somente sobre os arquivos em cache referentes ao app selecionado.

Era isso, pessoal. Espero ter ajudado.  

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quinta-feira, 26 de julho de 2018

AINDA SOBRE NAVEGADORES


O SEGURO COBRE TUDO. MENOS O QUE ACONTECEU.

Vimos os principais navegadores de internet se equivalem na performance e na gama de recursos que disponibilizam, mas que todos eles tendem, em menor ou maior grau, a consumir muita memória, o que resulta em lentidão, instabilidades e até travamentos. Em situações extremas, a solução é reinstalar o aplicativo, mas não convém “chutar o pau da barraca antes de tentar algumas medidas menos invasivas.

No post anterior eu sugeri instalar o plugin The Great Suspender, que funciona no Chrome e demais browsers baseados no projeto Chromium, como é o caso do excelente UC-Browser (se você usa o Mozilla Firefox, não deixe de dar uma olhada neste link). Todavia, quando o browser começa a apresentar problemas de desempenho e estabilidade, o melhor a fazer é, nesta ordem: 1) encerrá-lo e reabri-lo em seguida; 2) finalizar seus processos via Gerenciador de Tarefas; 3) “sair” do Windows e fazer novamente o logon; 4) desligar o computador e religa-lo após alguns minutos.

Note que você pode economizar tempo e trabalho tentando, antes de partir para a reinstalação, solucionar problemas de cache entupido e extensões malcomportadas, que costumam ser os vilões da história. No caso do Chrome — que eu vou focar por ser o browser mais popular —, clique nos três pontinhos alinhados verticalmente à direita da barra de endereços, selecione a opção Configurações, role a tela até o final, clique em Mostrar configurações avançadas e em Redefinir configurações do navegador e confirmar quando solicitado. Isso irá limpar todos os dados armazenados, desativar as extensões e redefinir as páginas e abas iniciais com as configurações padrão (quando o programa voltar a funcionar direitinho, você pode reabilitar ou reinstalar os plug-ins através da aba Extensões).

Se for mesmo necessário reinstalar o navegador, abra o Gerenciador de Tarefas do Windows (dê um clique direito num ponto vazio da Barra de tarefas e selecione a opção correspondente), clique na aba Processos, vasculhe a lista em busca de entradas identificadas com o logo do Chrome, dê um clique direito sobre cada uma delas e, no menu suspenso que será exibido, clique em Finalizar Processo e confirme quando solicitado. Feito isso, desinstale o programa a partir do menu Aplicativos da tela de configurações do Windows 10 (ou do Painel de Controle, caso sua versão do sistema seja mais antiga), ou, melhor ainda, recorra ao excelente IObit Uninstaller.

Observação: O desinstalador nativo do Windows não é tão eficaz quanto o excelente IObit Uninstaller, que acompanha a renomada suíte de manutenção Advanced System Care, mas pode ser baixado isoladamente do site do fabricante (a versão gratuita atende perfeitamente as necessidades da maioria dos usuários). Além de executar o desinstalador do próprio aplicativo (coisa que o utilitário nativo também faz), ele varre o computador em busca de sobras indesejáveis, exibe a lista do que pode ser removido e se propõe a realizar a tarefa mediante um simples clique do mouse (coisa que a ferramenta do Windows não faz). Além disso, o IObit Uninstaller pode ser configurado para criar automaticamente um ponto de restauração antes de remover o aplicativo, facilitando a reversão ao status quo ante no caso de a desinstalação ser malsucedida.

Continuamos na próxima postagem.

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terça-feira, 19 de junho de 2018

WINDOWS 10 — INICIALIZAÇÃO EMPACADA


NÃO SE PODE MUDAR O VENTO, MAS PODE-SE AJUSTAR AS VELAS DO BARCO PARA CHEGAR ONDE SE QUER IR.

Já vimos que o Windows, diante de algum problema que o impeça de reiniciar, procura corrigir o erro, carregar a última configuração válida ou, em determinados casos, abrir a tela das opções de inicialização avançadas, que permite ao usuário restaurar o PC a um ponto anterior ou reinstalar o sistema (preservando ou não os arquivos pessoais).

Em teoria, isso é muito bonito, mas, na prática, a teoria pode ser outra, de modo que é bom saber que há dois caminhos a seguir se você tomar um chá de ampulheta e seu PC não exibir nem mesmo a tela de boas-vindas.

O primeiro é forçar o desligamento do aparelho (basta manter o botão de energia pressionado por cerca de 5 segundos) e tornar a ligá-lo em seguida. Se o Windows não carregar, repita esse procedimento por três vezes consecutivas para acessar a tela das opções de inicialização avançadas.

Se nem isso funcionar, reinicie o PC mantendo a tecla <Shift> pressionada. Em tese, isso fará com que a janela de solução de problemas seja exibida. Se der certo, clique em Solução de Problemas > Opções avançadas > Configurações de inicialização > Reiniciar e selecione a opção Modo seguro com rede.

Observação: Se você religar o aparelho mantendo a tecla <Shift> pressionada e a tela em questão não for exibida, repita o procedimento tentando <Shift+F2> ou <Shift+F11>, já que isso pode variar conforme o fabricante do computador. Não custa procurar essa informação no manual do aparelho; com um pouco de sorte, você a encontrará por lá.

A partir da tela de solução de problemas, você pode tentar executar a restauração do sistema ou outra medida que eventualmente faça o aparelho voltar a funcionar. Se não resolver, repita o procedimento para reiniciar no modo seguro, acesse o prompt de comando e execute o chkdsk (na tela de prompt, digite CHKDSK /F /R e pressione Enter). Concluída a verificação e corrigidos eventuais erros, reinicie a máquina e veja o que acontece. 

Se necessário, repita os passos sugeridos linhas atrás. Em último caso, tente usar uma unidade de resgate para reinstalar o Windows, conforme a gente viu nas postagens anteriores.

Boa sorte. 

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quinta-feira, 14 de junho de 2018

DISCO DE RESGATE DO WINDOWS 10 ― CONTINUAÇÃO


O BRASIL NÃO TEM A MENOR CHANCE DE SER CONFUNDIDO COM UM PAÍS SÉRIO.

Como dito no capítulo anterior, meu Windows não carregou normalmente após eu reiniciar o computador para validar uma suposta atualização do sistema, não reiniciou automaticamente no modo de segurança e tampouco abriu a tela das opções de recuperação quando forcei o desligamento e tornei a ligar o PC por três vezes consecutivas.

Insistindo na tecla F2 durante o boot, consegui abrir a tela do CMOS Setup, o que desfez minhas suspeitas de problemas relacionados ao monitor ou placa de vídeo. Todavia, não consegui acessar o Modo de Segurança via tecla F8... enfim, resumindo: depois de muito malabarismo, o computador reiniciou normalmente. Então, depois de me assegurar de que tudo estava como dantes no Quartel de Abrantes, resolvi criar um disco de resgate.

Como a maioria dos notebooks e all in ones atuais deixou de incluir o drive de mídia óptica, “disco de resgate” é uma maneira de dizer, já que a unidade de recuperação é criada num pendrive. Esclarecido esse detalhe, passemos ao procedimento propriamente dito, que é bastante simples.

― Com o Windows ativo e operante, digitamos “criar unidade de recuperação” (sem aspas) na caixa de pesquisas da Barra de Tarefas (ou na caixa de diálogo da Cortana) e clicamos em Criar unidade de recuperação ― Painel de Controle.

― A janelinha que se abre em seguida permite escolher entre criar o disco de resgate, pura e simplesmente, ou incluir um backup do sistema ― opção que permite reinstalar o Windows a partir da unidade de recuperação que vamos criar. Nesse caso, porém, o processo é mais demorado e ocupa bem mais espaço. Mesmo assim, sugiro que você escolha essa opção (mais adiante, veremos como criar esse "disco de resgate" com o auxílio da ferramenta de criação de mídia da Microsoft, mas isso é assunto para o próximo capítulo). 

― Os próximos passos são espetar o pendrive numa portinha USB, indicá-lo ao assistente de criação, clicar em Avançar e, em seguida, em OK na mensagem dando conta de que o dispositivo será formatado (se houver arquivos importantes no pendrive, devemos providenciar um backup com antecedência, pois todo o conteúdo será apagado durante a formatação).

― Finalmente, clicamos no botão Criar e aguardamos a conclusão do processo. Quando for exibida a mensagem de que a unidade de recuperação está pronta, clicamos em Concluir.

Na próxima postagem, veremos como criar a unidade de recuperação com a ferramenta de criação de mídia da Microsoft. Até lá.

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sexta-feira, 8 de junho de 2018

DEU PAU? REINICIE, QUE (QUASE SEMPRE) RESOLVE


A MAIORIA DOS TRABALHOS MANUAIS EXIGEM TRÊS MÃOS PARA SER EXECUTADOS.

Panes, travamentos e telas azuis da morte eram mais comuns nas edições vetustas dos Windows, embora possam ocorrer também no Ten, ainda que não com a irritante regularidade de outros tempos. A boa notícia é que uma reinicialização quase sempre recoloca o bonde nos trilhos (e isso vale tanto para a plataforma PC quanto para smartphones, tablets, modens, roteadores, impressoras e até decodificadores de TV por assinatura).

Também é preciso reiniciar o computador para validar a instalação de determinados aplicativos, componentes de hardware e atualizações de software, bem como para um sem-número de procedimentos de manutenção. Isso porque importantes arquivos do sistema, dentre os quais o Registro, não podem ser alterados com o Windows carregado.

Observação: Por Reiniciar, entenda-se desligar o aparelho e tornar a ligá-lo em seguida. Reinicializar não é exatamente a mesma coisa, mas o uso consagra a regra e eu não tenciono discutir questões de semântica neste momento). 

Quando desligamos o computador, interrompemos o fornecimento da energia que alimenta os circuitos da placa-mãe e demais componentes, o que resulta no “esvaziamento” das memórias voláteis. Se recorremos à opção “Reiniciar”, o tempo que transcorre entre o encerramento do sistema e o boot subsequente pode não ser suficiente para os capacitores esgotarem totalmente suas reservas de energia. Portanto, sempre que uma reinicialização se fizer necessária, o melhor é desligar o computador e religa-los depois de um ou dois minutos.

Em caso de pane eventual e sem causa aparente, reiniciar o aparelho é mais prático do que investigar a origem da anormalidade. Se o dispositivo voltar a funcionar normalmente, problema resolvido ― claro que erros recorrentes, que podem ser causados tanto por falhas de hardware quanto por problemas de software, devem ser investigados a fundo, mas isso já outra conversa.

Tanto o sistema operacional quanto os aplicativos e arquivos que manipulamos no PC são carregados na memória RAM. As edições mais recentes do Windows, notadamente de 64-bits, são capazes de gerenciar centenas de gigabytes de memória, e máquinas top de linha costumam integrar de 6 GB e 8 GB de RAM. No entanto, esse espaço sempre será finito, e à medida que ele diminui, a memória virtual entra em ação para evitar travamentos acompanhados de mensagens de memória insuficiente (comuns no Windows 3.x/9x).

Por se tratar de um paliativo baseado no disco rígido ― que é muito mais lento que a RAM ―, a memória virtual (ou swap file, ou arquivo de troca) degrada o desempenho do computador, daí ser importante reiniciá-lo de tempos em tempos, embora seja possível recorrer à hibernação por dias a fio (saiba mais sobre as alternativas ao desligamento do computador nesta postagem).

Tenha em mente que qualquer programa em execução ocupa memória. Alguns não liberam o espaço que alocaram ao ser encerrados, e outros se tornam gulosos durante a sessão, consumindo mais e mais memória. Com isso, a máquina tende a ficar lenta e, em casos extremos, sujeita a travamentos (combinados ou não com a exibição das temidas telas azuis da morte). A boa notícia é que uma simples reinicialização pode resolver o problema; portanto, antes de recorrer a alternativas mais invasivas, reinicie o aparelho e avalie o resultado.

Amanhã a gente continua.

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segunda-feira, 7 de maio de 2018

BUG TRAVA WHATSAPP NO ANDROID


A INFORMAÇÃO MAIS NECESSÁRIA É SEMPRE A MENOS DISPONÍVEL.

Se você tem um smartphone com sistema Android e é usuário do WhatsApp, não clique no emoji do esquilinho (veja na imagem que ilustra este post). Se você clicar, o aplicativo pode congelar, é só voltará a funcionar depois que você o reiniciar (ou reiniciar o smartphone).

É importante frisar que não se trata de um malware (vírus ou código malicioso assemelhado), mas de uma falha no sistema que vem sendo explorada pelos desocupados de plantão. Uma trollagem semelhante a tantas outras que já vimos no passado, como os caracteres árabes que travavam o iOS e também atingiam usuários do Twitter

Desta vez, porém, os alvos são os usuários do Android, e o responsável é uma string (conjunto de caracteres ocultos, no caso), que, ao ser processada, resulta no travamento do WhatsApp.

A mensagem é uma “brincadeira” que já vinha sendo feito na Europa e Estados Unidos, agora “climatizada” com texto em português e a imagem do simpático esquilinho. Lá fora, ela aparecia de forma mais simples, com o texto desafiando o usuário a não tocar na mensagem ― ou no ícone de uma bola preta, o “botão” que causaria o travamento.

Assim como aconteceu no exterior, os mesmos usuários que enganaram os contatos com a imagem do esquilo já começam a encaminhar o código novamente com um botão preto, indicando que essa seria a solução para o problema de travamento no WhatsApp.

Seja como for, além do congelamento do aplicativo e da necessidade de reinicialização, o usuário não tem com que se preocupar. Como dito, o travamento é causado por um bug de software e, portanto, não afeta sua conta, seus dados, senhas de acesso ou informações pessoais. Mesmo assim, é recomendável apagar a mensagem via WhatsApp na Web, ou então excluir toda a conversa.

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