Mostrando postagens com marcador Setup. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Setup. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

QUANDO O COMPUTADOR NÃO LIGA OU O WINDOWS NÃO CARREGA... (2ª Parte)

AS RELIGIÕES PODEM MELHORAR NOSSA VIDA PORQUE AJUDAM A CARREGAR O FARDO DA MORTALIDADE. MAS OS SERES HUMANOS CONTINUAM FRÁGEIS E LIMITADOS COMO SEMPRE FORAM.

Para usar a unidade de recuperação criada segundo as instruções do post anterior, pode ser necessário redefinir a sequência de boot, ou seja, mudar a ordem de inicialização do computador, de maneira que os arquivos do sistema sejam buscados primeiro na unidade mídia removível — do contrário a máquina tentará iniciar a partir do HD, o que não adianta de nada se o Windows não consegue carregar normalmente.

Esse ajuste é feito através da tela do CMOS Setup. Para ter acesso a ela, ligue ou reinicie o computador e pressione (insistentemente) a tecla <Delete>. Note que, dependendo do modelo ou versão do BIOS, a tecla em questão pode ser <F2>, <F10>, ou mesmo combinações como <Ctrl+Esc>, <Ctrl+Alt+Enter> ou <Ctrl+Alt+F2>. Essa informação é exibida rapidamente durante o boot, mas você a encontrará no manual do aparelho ou da placa-mãe (para mais detalhes sobre o BIOS e o CMOS Setup, reveja a sequência de postagens iniciada por esta aqui).

Na tela do Setup, procure um separador ou um menu que faça referência a “boot” — se os dizeres estiverem em português, procure algo como “início” ou “inicialização”) e siga as instruções exibidas no pé da tela para navegar pelas opções (via de regra, as setas do teclado são usadas para navegar e <Enter>, para selecionar, já que o mouse não costuma funcionar no CMOS Setup). Uma vez localizada a tela desejada, altere a sequência de inicialização de modo que a unidade de mídia removível (USB) seja o dispositivo primário (1st boot device). Na própria tela haverá informações de quais teclas usar para proceder a essa alteração (as setas e/ou os teclas de + e são as opções mais comuns). Feita a reconfiguração, pressione F10 para salvar e sair (ou siga a indicação na tela para obter esse mesmo resultado).

Observação: Se você configurar a unidade USB como primária e mantiver o HD como segunda opção, não precisará reverter a ordem mais adiante — em não havendo uma unidade de resgate conectada à portinha USB, o boot será feito pelo HD. Note que, em computadores de fabricação recente, um sistema mais moderno e intuitivo (chamado UEFI) faz as vezes do BIOS, mas o procedimento é basicamente o mesmo, a exemplo das teclas usadas para alterar e salvar as configurações. Aliás, há casos em que o mouse é suportado, mas isso já é outra conversa.

Redefinida a sequência de boot, espete sua unidade de resgate numa portinha USB, ligue o computador e siga as instruções na tela para rodar a ferramenta que tenta corrigir o problema que está impedindo o Windows de inicializar normalmente. Se não funcionar, tente reverter o sistema a um ponto de restauração previamente criado. Se nem isso funcionar, tente retornar à versão anterior do sistema essa é a melhor alternativa quando o problema decorre da instalação de algum update abrangente fornecido pela Microsoft. Na pior das hipóteses, valha-se da opção que permite reinstalar o Windows, lembrando que ele permite preservar seus arquivos pessoais — o que evita um bocado de trabalho, mas nem sempre soluciona problemas mais graves, como os causados por vírus e outras pragas. Se a coisa estiver mesmo feia, o melhor a fazer e formatar a unidade e reinstalar do sistema a partir do zero.

Com exceção da restauração do sistema, todas essas soluções são, digamos, radicais, devendo ser adotadas somente quando tudo o mais falhar. Como eu disse, o próprio Windows tenta resolver problemas que o impedem de carregar, e na maioria das vezes ele consegue. Assim, não recorra a medidas invasivas (e irreversíveis) sem antes tentar reiniciar o sistema — uma, duas, ou três vezes, se for necessário. E tenha fé — se não ajudar, atrapalhar é que não vai.

Continua na próxima postagem.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

SEGURANÇA DIGITAL – COMO CRIAR/REMOVER SENHA ATRAVÉS DO CMOS SETUP.

SÃO PAULO, CIDADE QUE ME SEDUZ / DE DIA FALTA ÁGUA, DE NOITE FALTA LUZ.

No malsinado Win ME, bastava teclar ESC para “pular” a tela de logon, o que levava os usuários precavidos a impedir o uso do PC por pessoas não autorizadas mediante uma senta via CMOS Setup. Essa medida se tornou dispensável nas edições XP e posteriores, pois a Microsoft aprimorou a segurança de sua política de contas de usuários e senhas, mas mesmo assim vou lhe dedicar algumas linhas, pois não é impossível que alguém adquira um PC em segunda mão ou encomende a montagem da máquina a um integrador independente e seja surpreendido pela exigência de senha quando tentar acessar o Setup (para modificar a sequência de inicialização e fazer o PC dar o boot a partir de um pendrive ou de uma mídia óptica, por exemplo).

Observação: Como ensina o Mestre Morimoto, o CMOS SETUP é o programa de configuração básica do computador, e fica armazenado em um chip de memória ROM que contém também o BIOS – responsável por reconhecer os componentes de hardware, dar o boot e prover informações básicas para o funcionamento do computador – e o POST – responsável por realizar o autoteste durante a inicialização. A porção de memória que abriga o Setup é construída com a tecnologia CMOS e, por ser volátil, é mantida energizada por uma bateria
CR2032 de 3 volts (figura à direita), responsável também por manter certo o relógio do sistema.

Fabricantes de PCs e Computer Guys responsáveis ajustam o Setup na etapa final da montagem do aparelho, e o usuário só precisa se preocupar com isso por ocasião de um upgrade abrangente de hardware ou da troca da bateria da placa-mãe. Felizmente, de uns tempos a esta parte os BIOS implementam automaticamente os parâmetros-padrão ou ajustam-nos para o melhor desempenho possível (opões Load Bios Defaults ou Load Optimal Defaults), restando apenas acertar o relógio, o calendário e a sequência de boot.
Para convocar o programa de Setup, ligamos (ou reiniciamos) o PC e, durante a contagem da memória, pressionamos repetidamente a tecla DELETE – ou Esc, F1, F2, F8, F10, ou ainda combinações como Ctrl+Esc, Ctrl+Alt+Enter ou Ctrl+Alt+F2, conforme o modelo e a versão do programa (para saber o fazer no seu caso específico, consulte o manual do equipamento ou atente para as informações exibidas rapidamente no pé da tela durante a inicialização). Uma vez dentro do Setup, usamos as setas de movimentação para navegar pelos menus, Enter para selecionar um menu, Esc para retornar ao menu anterior e Page Up e Page Down para modificar uma opção existente.
Para definir uma senha, usamos o parâmetro Change Password (o nome pode variar conforme a marca e o modelo do BIOS) e digitamos a sequência de carcateres desejada. Para definir se a senha será exigida sempre que o PC for ligado ou apenas para inibir o acesso ao Setup, abrimos a tela Advanced Setup e fazemos esse ajuste em Security Option (ou Password Checking Option). Para desativar essa camada de proteção, basta entrar com uma senha “em branco”.
Caso não nos lembremos da senha que dá acesso ao Setup, convocamos o prompt de comando e digitamos debug-o 70 e2-o 71 ff-q. No caso da senha que desbloqueia a carga do sistema, consultamos o manual da placa-mãe para localizar o jumper CLEAR CMOS e então abrimos o gabinete, conectamos os terminais indicados, esperamos alguns minutos, restabelecemos a configuração original, ligamos o PC e reconfiguramos o Setup. Caso não encontremos o manual (e não estejamos dispostos a garimpá-lo na Web), removemos a bateria e a reinstalamos depois de alguns minutos – tomando o cuidado de não inverter a polaridade – ou então recorremos ao aplicativo PC CMOS CLEANER, que é especialmente útil em notebooks, pois dispensa a desmontagem do aparelho. De qualquer forma, sempre será necessário reconfigurar o Setup para restabelecer o status quo ante (clique aqui e aqui para mais detalhes).  
Para evitar que este texto fique extenso demais, vamos deixar para tratar das contas de usuários na próxima postagem.

Passemos agora à nossa tradicional piadinha de sexta-feira:

Lula vai à igreja e se ajoelha defronte a Jesus crucificado:
- Jesus, tô arrependido e gostaria de redimir meus pecado.
- Está bem – responde Jesus. - O que tens feito?
- Depois de oito anos no governo, deixei meu povo arruinado e na miséria.
- Dê graças ao Pai – diz Jesus.
- Também traí o povo e meu partido, que me deram apoio e, quando precisaram de mim, dei as costa. Expulsei do partido os verdadeiro petista! - Dê graças ao Pai!
- Comprei um avião a jato novo, importado, dando emprego para estrangeiros. É que, receber mala preta da Embraer ia dar zebra. Protegi as maracutaia do Zé Dirceu, do Waldomiro e do tesoureiro do partido. Ajudei a roubar os cofres da Petrobras, Banco do Brasil, BNDES e Caixa Econômica Federal etc. Protegi os delinquente do MST e dei apoio às invasão do MST. Agora não sei como faze para para aquele bando de bandidos. Dei apoio ao Hugo Chavez, o maior bandido da América Latina. Protegi o Meirelles e o presidente do Banco do Brasil quando a imprensa apurou as realidade sobre as delinquência dos dois.
- Dê graças ao Pai!
- Mas Jesus, estou realmente arrependido e a única coisa que o Senhor tem para me dizer é: "dê graças ao Pai"?
- Sim, agradeça ao Pai por eu estar aqui pregado na cruz, senão desceria para te encher de porrada, seu sacripanta analfabeto deslumbrado, ladrão sem vergonha, mentiroso, golpista, corrupto...


Bom final de semana a todos e até segunda, se Deus quiser.

quinta-feira, 1 de março de 2012

BIOS, CMOS e SETUP (final)

Segundo os maledicentes, BIOS é o acrônimo de Bicho Ignorante Operando o Sistema, mas remete a Basic Input/Output System e designa um conjunto de instruções que funcionam como “ponte” entre o SO e os dispositivos de entrada e saída (de dados) do computador.

Observação: Originalmente, o BIOS era gravado num CI de memória permanente, mas a posterior adoção da memória flash (saiba mais em http://fernandomelis.blogspot.com/2008/04/atualizao-do-bios.html) e a inclusão de novas rotinas – como as do POST (autoteste de inicialização) e do bootloader (carregador da inicialização), por exemplo – fizeram desse termo um sinônimo da inicialização do computador.

Questões semânticas à parte, a morosidade na inicialização é uma das queixas mais recorrentes dos usuários do Windows. O ideal seria o PC “responder” ao botão de Power tão rapidamente quanto uma lâmpada ao interruptor (aliás, o iPad chega bem perto disso), mas, a despeito dos esforços da Microsoft, as limitações do HD e do BIOS são obstáculos de peso.
Por ser um dispositivo eletromecânico e, por conseguinte, milhares de vezes mais lento que a RAM, o disco rígido é atualmente o responsável pelo maior gargalo de dados nos sistemas computacionais (tudo indica que esse problema será sensivelmente minimizado no médio prazo, com a redução de preço e consequente popularização do SSD). Já o BIOS deve ser aposentado tão logo seja encontrada uma alternativa rápida, versátil, eficiente e economicamente viável, mas essa “busca” já dura quase três décadas. Mas a UEFI (Unified Extensible Firmware Interface, desenvolvida pela Intel em parceria com a Microsoft e aceita por empresas como a AMD, APPLE, DELL, HP e IBM) parece ser a bola da vez: em 2009, a Phoenix apresentou um notebook com drive SSD que, equipado com essa nova tecnologia, realizava o boot e entregava o comando do sistema ao usuário em apenas 10 segundos (confira no vídeo, logo abaixo). Enfim, quem viver verá. Até lá, pesquise o Blog para rever as postagens sobre como acelerar a inicialização, use e abuse da Hibernação, ou então crie o hábito de pressionar o botão de Power e ir tomar um cafezinho... 

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

BIOS, CMOS e SETUP (terceira parte)

Embora o CMOS Setup deva ser feito ao final da montagem do computador e consista, basicamente, em acertar data e hora, configurar o floppy drive, autodetectar o HD, ajustar a sequência de boot, salvar as alterações e sair do programa, é possível refazê-lo a qualquer momento para otimizar o desempenho da maquina, ativar opções desabilitadas por padrão ou resolver problemas diversos.
Convém salientar que é preciso tomar muito cuidado com as opções avançadas, pois modificações impróprias ou mal sucedidas podem inviabilizar o funcionamento do computador – perspectiva perturbadora, especialmente diante da aparente impossibilidade de retornar a coisa ao “status quo ante”. Outra perspectiva igualmente perturbadora é a de esquecemos a senha que libera o acesso ao Setup (configuração útil para quem compartilha o uso da máquina com outras pessoas).
Tanto num caso quanto no outro, a solução é “resetar” o BIOS, mas convém ter em mente que esse procedimento reverte TODOS os parâmetros para os valores originais de fábrica. Enfim, se for necessário empreendê-lo, consulte o manual da placa-mãe para localize o jumper (pequena peça que conecta eletricamente dois pinos metálicos - em azul, na ilustração) responsável pelo reset, abra o gabinete e conecte-o aos terminais indicados. Aguarde alguns minutos, recoloque o jumper na posição original, ligue o computador, acesse o Setup e refaça os ajustes e personalizações desejados.
Se você não encontrar o manual da sua placa (e não estiver disposto a garimpá-lo na Web), remova a bateria que alimenta o CMOS (à esquerda, na ilustração) e recoloque-a depois de alguma hora, aproximadamente, tomando o cuidado de não inverter a polaridade. Feito isso, feche o gabinete, ligue o computador, acesse o Setup e refaça os ajustes e personalizações desejados.
Um ótimo dia a todos e até a próxima.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

BIOS, CMOS e SETUP (continuação)


Para acessar o Setup, ligamos (ou reiniciamos) o computador e pressionamos Delete durante a contagem da memória – note que a tecla de acesso pode variar conforme o fabricante e o modelo do BIOS; na dúvida, consulte o manual do aparelho ou as informações exibidas na tela durante o boot – procure algo como press X to enter setup, onde “X” é a tecla ou o atalho que você deverá pressionar no momento oportuno. Com isso, a inicialização é interrompida e a tela exibe um menu com a relação de páginas e recursos do programa, além de um esquema de teclas que mostra como navegar pelas opções e fazer as reconfigurações. Atualmente, basta ajustar alguns itens da página Standard CMOS Features, definir a sequência de boot e implementar os demais ajustes de uma só tacada com a opção Load Optmized Defaults, pressionar F10 para validar as modificações, encerrar o programa dar sequência à inicialização do computador (note que os nomes das páginas e a distribuição dos recursos em cada uma delas também pode variar).

Observação: Ao escolher a ordem dos dispositivos em que os arquivos de inicialização deverão ser procurados, configure o drive óptico como opção primária e o HD como secundária. Assim, você não precisará fazer alterações quando for reinstalar o Windows ou rodar alguma distribuição Linux diretamente do CD, por exemplo.

Note que é possível melhorar o desempenho da máquina mediante incursões nas configurações avançadas disponibilizadas pelo Setup, mas considerando que modificações indevidas ou mal sucedidas podem comprometer (ou mesmo inviabilizar) o funcionamento do computador, usuários inexperientes não devem se aventurar por essas veredas.
Vale lembrar, por oportuno, que o capítulo XIII do volume 8 da Coleção Guia Fácil Informática (Windows XP – Nível Avançado) traz mais de 10 páginas com informações e dicas práticas (ilustradas) de “ajustes finos”. Entretanto, como já faz mais de 6 anos que esse livrinho foi publicado, será difícil encontrá-lo em livrarias ou bancas de jornal.
Amanhã concluímos; abraços e até lá.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

BIOS, CMOS e SETUP


Preços atraentes, crediário fácil e parcelas a perder de vista têm levado cada vez mais gente a comprar computadores em hipermercados e grandes magazines, a despeito de a integração personalizada permitir escolher a dedo cada componente e formar um conjunto mais adequado às expectativas, necessidades e possibilidades de cada um.

Máquinas “de grife” costumam vir prontas para uso, mas sempre existe a possibilidade de você precisar acessar o Setup (após substituir a bateria que alimenta o CMOS, por exemplo, ou para modificar a sequência de inicialização antes de reinstalar o Windows), de modo que convém ter uma noção, ainda que elementar, do que é e como funciona o Setup.

Inicialmente, vale relembrar que BIOS é um programinha de baixo nível gravado numa pequena porção de memória existente num chip da placa-mãe (veja ilustração), e que o CMOS é um componente de hardware composto por um relógio permanente, uma pequena porção de memória volátil e uma bateria. Já o Boot é o processo mediante o qual o BIOS checa as informações contidas numa pequena quantidade de memória existente no CMOS, realiza o POST (autoteste de inicialização) e, se tudo estiver em ordem, determina que o Sistema Operacional seja carregado e assuma o comando da máquina.

Observação: Boot significa bota ou botina, mas se tornou sinônimo de inicialização devido à expressão “pulling oneself up by his own bootstraps” (içar a si mesmo pelos cordões das botinas), que, por extensão, significa “fazer sozinho algo impossível de ser feito sem ajuda externa”. Segundo alguns autores, isso vem do tempo em que os computadores usavam uma pequena quantidade de código para carregar instruções progressivamente mais complexas, e como esse processo era conhecido como bootstrapping...

Fazer o Setup, por sua vez, consiste oferecer respostas a uma sequência de perguntas (do tipo múltipla escolha) que permitem ao BIOS reconhecer e gerenciar o hardware, “dar o boot” e realizar outras tarefas básicas inerentes ao funcionamento do computador.

Amanhã a gente continua; abraços e até lá.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Bateria

Devido a um comentário deixado no post da última quinta-feira, resolvi voltar ao CMOS Setup para dar mais detalhes sobre a bateria que alimenta o relógio de tempo real do computador e a memória de configuração do CMOS. Por questões que agora não vem ao caso, baterias de níquel-cádmio e NVRAM caíram em desuso, dando lugar a modelos de lítio (CR2032, de 3 v), semelhantes a uma moeda de R$ 0,25, com vida útil estimada em quatro ou cinco anos.
O primeiro indicativo de que a carga da bateria está “no osso” provém do relógio do sistema, que perde a capacidade de manter a hora certa. Se você ignorar esse sinal, logo passará a receber mensagens do tipo LOW BATTERY, CMOS CHECKSUM FAILURE, CMOS BATTERY STATE LOW, CMOS SYSTEM OPTIONS NOT SET, CMOS TIME AND DATE NOT SET ou algo parecido.
A boa notícia é que essa bateria (CR = bateria de lithium, 20 = diâmetro em mm; 32 = espessura em 1/10 de mm) pode ser encontrada facilmente em relojoarias e lojas de foto e de informática. Caso queira fazer a substituição por sua conta e risco, o primeiro passo é ler atentamente as instruções fornecidas na documentação do computador ou da placa-mãe (ou ainda consultar os websites dos respectivos fabricantes).

Observação: Embora não seja um bicho de sete cabeças, substituir a bateria requer alguma familiaridade com procedimentos de hardware. Caso você não se sinta à vontade para fazê-lo pessoalmente, ou se abrir o gabinete e encontrar uma bateria diferente da “moeda” que ilustra esta postagem, nem perca tempo: ligue para o técnico e ponto final. Vale lembrar que segurados da Porto Seguro costumam ter direito a diversos serviços emergenciais gratuitos, inclusive para solucionar problemas com o computador.

Basicamente, o procedimento consiste em acessar o CMOS Setup e anotar as configurações do BIOS (para poder reproduzi-las posteriormente, se necessário); desligar o computador (inclusive da tomada); remover a tampa lateral do gabinete, localizar a bateria e anotar a posição correta (o pólo positivo é geralmente voltado para cima).
A maneira adequada de remover a bateria varia conforme a placa-mãe e o respectivo soquete. Via de regra, basta afrouxar a presilha com os dedos ou com o auxílio de uma chave de fenda fina, mas modelos com presilha metálica superior são mais delicados. Nesse caso, o ideal é afrouxar a pequena trava plástica existente na lateral do soquete e fazer a bateria deslizar lateralmente – se você simplesmente forçar a presilha metálica para cima, ela poderá perder a pressão ou mesmo se quebrar.
Ao instalar a bateria nova, certifique-se de que ela seja posicionada corretamente e fique presa firmemente no soquete, para que o contato não seja prejudicado. Ao final, remonte a tampa lateral do gabinete, reconecte os cabos, ligue o computador, acesse o Setup e faça as reconfigurações necessárias (conforme vimos no post da última quinta-feira).

Bom dia a todos e até mais ler.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

CMOS Setup

Em atenção ao pedido do Herberth no post do último dia 4, resolvi dedicar mais algumas linhas ao CMOS Setup – que já foi abordado de passagem aqui no Blog e mereceu um capítulo inteiro no volume 8 da CGFI (Windows XP – Nível Avançado).

O termo BIOS é o acrônimo de Basic Input/Output System e remete a um firmware – conjunto de instruções programadas pelo fabricante de um equipamento eletrônico – que funciona como uma “ponte” entre o hardware e o sistema operacional. Embora seja um programa – a primeira camada de software do computador – ele não fica armazenado no HDD (drive de disco rígido), mas sim num chip de memória não volátil instalado na própria placa-mãe.

Já CMOS (Complementary Metal Oxide Semiconductor) é um componente de hardware composto por dois circuitos que incluem um relógio permanente, uma pequena porção de memória volátil e uma bateria destinada a mantê-los energizados. “Fazer o CMOS Setup”, por sua vez, significa configurar os parâmetros armazenados na memória do CMOS, de modo a permitir que o BIOS reconheça e gerencie adequadamente os componentes instalados, dê o boot e adote outros procedimentos básicos que envolvem o funcionamento do PC.

Observação: Ao invés de dizer que “entrou no BIOS”, prefira dizer que você "acessou o CMOS Setup" (ou “fez o Setup”) para configurar o BIOS. “Setup” significa “ajuste”, em português, e essa configuração não surte efeito no CMOS (que é hardware), mas sim no BIOS (que é software).

Fazer o Setup consiste em oferecer respostas a uma longa sequência de perguntas num sistema de múltipla escolha, e essa providência costuma ser exigida somente ao final da montagem do PC ou de um upgrade abrangente. Todavia, há casos em que precisamos acessar o Setup para modificar a sequência de boot e inicializar o sistema através de um disquete, de um CD ou de um pendrive (assunto que veremos em detalhes mais adiante). Vale lembrar que também é possível resolver problemas e/ou incrementar o desempenho do computador mediante incursões pelas configurações avançadas do Setup, mas isso só deve ser empreendido por técnicos e usuários avançados, já que modificações indevidas ou mal sucedidas podem comprometer ou inviabilizar o funcionamento da máquina.

A AMI e a Phoenix-Award dominam o mercado de BIOS para a plataforma PC, e a despeito de haver diferenças entre seus produtos, a tela inicial do Setup sempre exibe um menu com a relação de páginas e recursos do programa, bem como um esquema de teclas para navegar pelas opções e fazer as configurações. Para acessá-la, devemos ligar (ou reiniciar) o computador e, tão logo o POST termine a contagem da memória, pressionar repetidamente a tecla Delete (ou Esc, F1, F2, F8, F10, ou ainda combinações como Ctrl+Esc, Ctrl+Alt+Enter ou Ctrl+Alt+F2, por exemplo; para saber como proceder no seu caso específico, consulte o manual do equipamento ou atente para as informações exibidas rapidamente no pé da tela, durante o boot).

Em PCs antigos, fazer o Setup era bem mais complicado. Hoje em dia, só precisamos configurar alguns itens da página “Standard CMOS Setup” (ou “Main”, conforme o caso) que aparece selecionada por default e, ao contrário das demais, não têm opção de autoconfiguração. Depois de ajustar o calendário e o relógio do computador, devemos declarar o drive A (FDD ou “Legacy Diskette A/B” em alguns programas de Setup) como 1.44MB 3.5 in, e o drive B como “none” ou “disabled” (a menos que exista um segundo Floppy Drive, evidentemente). Caso haja a opção Floppy3 Mode Support, devemos deixá-la desabilitada.

Observação: Apesar de pouco utilizado (pelo menos em micros novos) o drive de disquete pode ser útil em alguns casos, como para carregar drivers da porta SATA ou RAID ao instalar o Windows XP, por exemplo. Esse problema foi resolvido nas versões posteriores do Windows, nas quais os drivers podem ser carregados também a partir de um CD-ROM ou pendrive.

Antigamente, a detecção de HDs IDE/ATA tinha de ser configurada manualmente ou mediante a opção "IDE HDD Auto Detection", presente no menu principal do Setup, mas atualmente ela é feita de forma automática durante o POST. Já configuração de drives padrão SATA varia conforme a marca e modelo da placa-mãe, de modo que o ideal é obter as informações na documentação da placa ou no site do fabricante. No entanto, só precisamos nos preocupar com isso no caso de uma montagem ou de um upgrade de placa ou de HD.

A configuração da sequência de boot costuma ser disponibilizada na seção "Advanced Setup" ou algo de nome semelhante, onde definimos a ordem dos dispositivos em que os arquivos de inicialização devem ser procurados. Até algum tempo atrás, era comum darmos prioridade ao drive de disquete, embora fosse igualmente comum o BIOS travar quando não encontrava um sistema de inicialização no primeiro dispositivo. Como os programas mais recentes são mais “inteligentes”, podemos tranquilamente configurar o CD-ROM e o HDD como opções primária e secundária (algumas placas permitem utilizar também pendrives, HDDs externos e outras unidades de armazenamento removível), dispensando, assim, alterações na hora de reinstalar o Windows ou de rodar uma distribuição Linux diretamente do CD, por exemplo.

Cumpridas essas etapas, salvamos as configurações, retornamos à tela inicial, selecionamos “Load Setup Defaults”, “Load Optmized Defaults” ou algo semelhante (para que os demais parâmetros sejam implementados automaticamente) e seguimos as instruções na tela para salvar as configurações, encerrar o Setup e reiniciar o computador com os parâmetros otimizados devidamente carregados.

Observação: A opção “Load Defaults...” implementa parâmetros bastante funcionais, embora não tanto quando os ajustes finos feitos manualmente por usuários experientes. “Load Fail...” reduz drasticamente o desempenho da máquina (as caches são desativadas, o clock da CPU é reduzido, e o tempo de acesso da memória é o mais elevado possível), mas pode ser útil na hora de pesquisar a causa de eventuais problemas. A opção “Load Original Value”, quando disponível, recarrega a configuração padrão, desfazendo as modificações implementadas pelo usuário.

Para concluir, vale lembrar que as demais seções do Setup oferecem uma vasta gama de configurações que só devem ser modificadas em caso de real necessidade e, mesmo assim, por alguém que saiba o que está fazendo. Vale lembrar também que todo programa passa por atualizações durante seu ciclo de existência, e o BIOS não é exceção – à medida que surgem novos dispositivos e padrões, ele precisa "evoluir" para reconhecê-los. 

Note que um upgrade do BIOS (veja mais detalhes em http://fernandomelis.blogspot.com/2008/04/atualizao-do-bios.html) não é uma operação para ser levada a efeito por principiantes, pois uma gravação feita a partir de um arquivo errado, por exemplo, pode inutilizar a Flash ROM, que precisará ser trocada por outra igual, com o BIOS correto já gravado. No entanto, se o BIOS gravado na ROM estiver errado, não será possível executar um boot, e sem o boot, não será possível usar o programa gravador para reprogramar o BIOS correto.

Por último, mas não menos importante, aviso aos interessados que, se me mandarem um e-mail com “CMOS Setup” no campo do assunto, receberão de volta o PDF com um texto detalhado sobre as demais possibilidades do CMOS Setup.

Tenham todos um ótimo dia.