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quinta-feira, 1 de março de 2012

BIOS, CMOS e SETUP (final)

Segundo os maledicentes, BIOS é o acrônimo de Bicho Ignorante Operando o Sistema, mas remete a Basic Input/Output System e designa um conjunto de instruções que funcionam como “ponte” entre o SO e os dispositivos de entrada e saída (de dados) do computador.

Observação: Originalmente, o BIOS era gravado num CI de memória permanente, mas a posterior adoção da memória flash (saiba mais em http://fernandomelis.blogspot.com/2008/04/atualizao-do-bios.html) e a inclusão de novas rotinas – como as do POST (autoteste de inicialização) e do bootloader (carregador da inicialização), por exemplo – fizeram desse termo um sinônimo da inicialização do computador.

Questões semânticas à parte, a morosidade na inicialização é uma das queixas mais recorrentes dos usuários do Windows. O ideal seria o PC “responder” ao botão de Power tão rapidamente quanto uma lâmpada ao interruptor (aliás, o iPad chega bem perto disso), mas, a despeito dos esforços da Microsoft, as limitações do HD e do BIOS são obstáculos de peso.
Por ser um dispositivo eletromecânico e, por conseguinte, milhares de vezes mais lento que a RAM, o disco rígido é atualmente o responsável pelo maior gargalo de dados nos sistemas computacionais (tudo indica que esse problema será sensivelmente minimizado no médio prazo, com a redução de preço e consequente popularização do SSD). Já o BIOS deve ser aposentado tão logo seja encontrada uma alternativa rápida, versátil, eficiente e economicamente viável, mas essa “busca” já dura quase três décadas. Mas a UEFI (Unified Extensible Firmware Interface, desenvolvida pela Intel em parceria com a Microsoft e aceita por empresas como a AMD, APPLE, DELL, HP e IBM) parece ser a bola da vez: em 2009, a Phoenix apresentou um notebook com drive SSD que, equipado com essa nova tecnologia, realizava o boot e entregava o comando do sistema ao usuário em apenas 10 segundos (confira no vídeo, logo abaixo). Enfim, quem viver verá. Até lá, pesquise o Blog para rever as postagens sobre como acelerar a inicialização, use e abuse da Hibernação, ou então crie o hábito de pressionar o botão de Power e ir tomar um cafezinho... 

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

BIOS, CMOS e SETUP (terceira parte)

Embora o CMOS Setup deva ser feito ao final da montagem do computador e consista, basicamente, em acertar data e hora, configurar o floppy drive, autodetectar o HD, ajustar a sequência de boot, salvar as alterações e sair do programa, é possível refazê-lo a qualquer momento para otimizar o desempenho da maquina, ativar opções desabilitadas por padrão ou resolver problemas diversos.
Convém salientar que é preciso tomar muito cuidado com as opções avançadas, pois modificações impróprias ou mal sucedidas podem inviabilizar o funcionamento do computador – perspectiva perturbadora, especialmente diante da aparente impossibilidade de retornar a coisa ao “status quo ante”. Outra perspectiva igualmente perturbadora é a de esquecemos a senha que libera o acesso ao Setup (configuração útil para quem compartilha o uso da máquina com outras pessoas).
Tanto num caso quanto no outro, a solução é “resetar” o BIOS, mas convém ter em mente que esse procedimento reverte TODOS os parâmetros para os valores originais de fábrica. Enfim, se for necessário empreendê-lo, consulte o manual da placa-mãe para localize o jumper (pequena peça que conecta eletricamente dois pinos metálicos - em azul, na ilustração) responsável pelo reset, abra o gabinete e conecte-o aos terminais indicados. Aguarde alguns minutos, recoloque o jumper na posição original, ligue o computador, acesse o Setup e refaça os ajustes e personalizações desejados.
Se você não encontrar o manual da sua placa (e não estiver disposto a garimpá-lo na Web), remova a bateria que alimenta o CMOS (à esquerda, na ilustração) e recoloque-a depois de alguma hora, aproximadamente, tomando o cuidado de não inverter a polaridade. Feito isso, feche o gabinete, ligue o computador, acesse o Setup e refaça os ajustes e personalizações desejados.
Um ótimo dia a todos e até a próxima.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

BIOS, CMOS e SETUP (continuação)


Para acessar o Setup, ligamos (ou reiniciamos) o computador e pressionamos Delete durante a contagem da memória – note que a tecla de acesso pode variar conforme o fabricante e o modelo do BIOS; na dúvida, consulte o manual do aparelho ou as informações exibidas na tela durante o boot – procure algo como press X to enter setup, onde “X” é a tecla ou o atalho que você deverá pressionar no momento oportuno. Com isso, a inicialização é interrompida e a tela exibe um menu com a relação de páginas e recursos do programa, além de um esquema de teclas que mostra como navegar pelas opções e fazer as reconfigurações. Atualmente, basta ajustar alguns itens da página Standard CMOS Features, definir a sequência de boot e implementar os demais ajustes de uma só tacada com a opção Load Optmized Defaults, pressionar F10 para validar as modificações, encerrar o programa dar sequência à inicialização do computador (note que os nomes das páginas e a distribuição dos recursos em cada uma delas também pode variar).

Observação: Ao escolher a ordem dos dispositivos em que os arquivos de inicialização deverão ser procurados, configure o drive óptico como opção primária e o HD como secundária. Assim, você não precisará fazer alterações quando for reinstalar o Windows ou rodar alguma distribuição Linux diretamente do CD, por exemplo.

Note que é possível melhorar o desempenho da máquina mediante incursões nas configurações avançadas disponibilizadas pelo Setup, mas considerando que modificações indevidas ou mal sucedidas podem comprometer (ou mesmo inviabilizar) o funcionamento do computador, usuários inexperientes não devem se aventurar por essas veredas.
Vale lembrar, por oportuno, que o capítulo XIII do volume 8 da Coleção Guia Fácil Informática (Windows XP – Nível Avançado) traz mais de 10 páginas com informações e dicas práticas (ilustradas) de “ajustes finos”. Entretanto, como já faz mais de 6 anos que esse livrinho foi publicado, será difícil encontrá-lo em livrarias ou bancas de jornal.
Amanhã concluímos; abraços e até lá.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

BIOS, CMOS e SETUP


Preços atraentes, crediário fácil e parcelas a perder de vista têm levado cada vez mais gente a comprar computadores em hipermercados e grandes magazines, a despeito de a integração personalizada permitir escolher a dedo cada componente e formar um conjunto mais adequado às expectativas, necessidades e possibilidades de cada um.

Máquinas “de grife” costumam vir prontas para uso, mas sempre existe a possibilidade de você precisar acessar o Setup (após substituir a bateria que alimenta o CMOS, por exemplo, ou para modificar a sequência de inicialização antes de reinstalar o Windows), de modo que convém ter uma noção, ainda que elementar, do que é e como funciona o Setup.

Inicialmente, vale relembrar que BIOS é um programinha de baixo nível gravado numa pequena porção de memória existente num chip da placa-mãe (veja ilustração), e que o CMOS é um componente de hardware composto por um relógio permanente, uma pequena porção de memória volátil e uma bateria. Já o Boot é o processo mediante o qual o BIOS checa as informações contidas numa pequena quantidade de memória existente no CMOS, realiza o POST (autoteste de inicialização) e, se tudo estiver em ordem, determina que o Sistema Operacional seja carregado e assuma o comando da máquina.

Observação: Boot significa bota ou botina, mas se tornou sinônimo de inicialização devido à expressão “pulling oneself up by his own bootstraps” (içar a si mesmo pelos cordões das botinas), que, por extensão, significa “fazer sozinho algo impossível de ser feito sem ajuda externa”. Segundo alguns autores, isso vem do tempo em que os computadores usavam uma pequena quantidade de código para carregar instruções progressivamente mais complexas, e como esse processo era conhecido como bootstrapping...

Fazer o Setup, por sua vez, consiste oferecer respostas a uma sequência de perguntas (do tipo múltipla escolha) que permitem ao BIOS reconhecer e gerenciar o hardware, “dar o boot” e realizar outras tarefas básicas inerentes ao funcionamento do computador.

Amanhã a gente continua; abraços e até lá.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Bateria

Devido a um comentário deixado no post da última quinta-feira, resolvi voltar ao CMOS Setup para dar mais detalhes sobre a bateria que alimenta o relógio de tempo real do computador e a memória de configuração do CMOS. Por questões que agora não vem ao caso, baterias de níquel-cádmio e NVRAM caíram em desuso, dando lugar a modelos de lítio (CR2032, de 3 v), semelhantes a uma moeda de R$ 0,25, com vida útil estimada em quatro ou cinco anos.
O primeiro indicativo de que a carga da bateria está “no osso” provém do relógio do sistema, que perde a capacidade de manter a hora certa. Se você ignorar esse sinal, logo passará a receber mensagens do tipo LOW BATTERY, CMOS CHECKSUM FAILURE, CMOS BATTERY STATE LOW, CMOS SYSTEM OPTIONS NOT SET, CMOS TIME AND DATE NOT SET ou algo parecido.
A boa notícia é que essa bateria (CR = bateria de lithium, 20 = diâmetro em mm; 32 = espessura em 1/10 de mm) pode ser encontrada facilmente em relojoarias e lojas de foto e de informática. Caso queira fazer a substituição por sua conta e risco, o primeiro passo é ler atentamente as instruções fornecidas na documentação do computador ou da placa-mãe (ou ainda consultar os websites dos respectivos fabricantes).

Observação: Embora não seja um bicho de sete cabeças, substituir a bateria requer alguma familiaridade com procedimentos de hardware. Caso você não se sinta à vontade para fazê-lo pessoalmente, ou se abrir o gabinete e encontrar uma bateria diferente da “moeda” que ilustra esta postagem, nem perca tempo: ligue para o técnico e ponto final. Vale lembrar que segurados da Porto Seguro costumam ter direito a diversos serviços emergenciais gratuitos, inclusive para solucionar problemas com o computador.

Basicamente, o procedimento consiste em acessar o CMOS Setup e anotar as configurações do BIOS (para poder reproduzi-las posteriormente, se necessário); desligar o computador (inclusive da tomada); remover a tampa lateral do gabinete, localizar a bateria e anotar a posição correta (o pólo positivo é geralmente voltado para cima).
A maneira adequada de remover a bateria varia conforme a placa-mãe e o respectivo soquete. Via de regra, basta afrouxar a presilha com os dedos ou com o auxílio de uma chave de fenda fina, mas modelos com presilha metálica superior são mais delicados. Nesse caso, o ideal é afrouxar a pequena trava plástica existente na lateral do soquete e fazer a bateria deslizar lateralmente – se você simplesmente forçar a presilha metálica para cima, ela poderá perder a pressão ou mesmo se quebrar.
Ao instalar a bateria nova, certifique-se de que ela seja posicionada corretamente e fique presa firmemente no soquete, para que o contato não seja prejudicado. Ao final, remonte a tampa lateral do gabinete, reconecte os cabos, ligue o computador, acesse o Setup e faça as reconfigurações necessárias (conforme vimos no post da última quinta-feira).

Bom dia a todos e até mais ler.