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quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

QUANDO O COMPUTADOR NÃO LIGA OU O WINDOWS NÃO CARREGA... (2ª Parte)

AS RELIGIÕES PODEM MELHORAR NOSSA VIDA PORQUE AJUDAM A CARREGAR O FARDO DA MORTALIDADE. MAS OS SERES HUMANOS CONTINUAM FRÁGEIS E LIMITADOS COMO SEMPRE FORAM.

Para usar a unidade de recuperação criada segundo as instruções do post anterior, pode ser necessário redefinir a sequência de boot, ou seja, mudar a ordem de inicialização do computador, de maneira que os arquivos do sistema sejam buscados primeiro na unidade mídia removível — do contrário a máquina tentará iniciar a partir do HD, o que não adianta de nada se o Windows não consegue carregar normalmente.

Esse ajuste é feito através da tela do CMOS Setup. Para ter acesso a ela, ligue ou reinicie o computador e pressione (insistentemente) a tecla <Delete>. Note que, dependendo do modelo ou versão do BIOS, a tecla em questão pode ser <F2>, <F10>, ou mesmo combinações como <Ctrl+Esc>, <Ctrl+Alt+Enter> ou <Ctrl+Alt+F2>. Essa informação é exibida rapidamente durante o boot, mas você a encontrará no manual do aparelho ou da placa-mãe (para mais detalhes sobre o BIOS e o CMOS Setup, reveja a sequência de postagens iniciada por esta aqui).

Na tela do Setup, procure um separador ou um menu que faça referência a “boot” — se os dizeres estiverem em português, procure algo como “início” ou “inicialização”) e siga as instruções exibidas no pé da tela para navegar pelas opções (via de regra, as setas do teclado são usadas para navegar e <Enter>, para selecionar, já que o mouse não costuma funcionar no CMOS Setup). Uma vez localizada a tela desejada, altere a sequência de inicialização de modo que a unidade de mídia removível (USB) seja o dispositivo primário (1st boot device). Na própria tela haverá informações de quais teclas usar para proceder a essa alteração (as setas e/ou os teclas de + e são as opções mais comuns). Feita a reconfiguração, pressione F10 para salvar e sair (ou siga a indicação na tela para obter esse mesmo resultado).

Observação: Se você configurar a unidade USB como primária e mantiver o HD como segunda opção, não precisará reverter a ordem mais adiante — em não havendo uma unidade de resgate conectada à portinha USB, o boot será feito pelo HD. Note que, em computadores de fabricação recente, um sistema mais moderno e intuitivo (chamado UEFI) faz as vezes do BIOS, mas o procedimento é basicamente o mesmo, a exemplo das teclas usadas para alterar e salvar as configurações. Aliás, há casos em que o mouse é suportado, mas isso já é outra conversa.

Redefinida a sequência de boot, espete sua unidade de resgate numa portinha USB, ligue o computador e siga as instruções na tela para rodar a ferramenta que tenta corrigir o problema que está impedindo o Windows de inicializar normalmente. Se não funcionar, tente reverter o sistema a um ponto de restauração previamente criado. Se nem isso funcionar, tente retornar à versão anterior do sistema essa é a melhor alternativa quando o problema decorre da instalação de algum update abrangente fornecido pela Microsoft. Na pior das hipóteses, valha-se da opção que permite reinstalar o Windows, lembrando que ele permite preservar seus arquivos pessoais — o que evita um bocado de trabalho, mas nem sempre soluciona problemas mais graves, como os causados por vírus e outras pragas. Se a coisa estiver mesmo feia, o melhor a fazer e formatar a unidade e reinstalar do sistema a partir do zero.

Com exceção da restauração do sistema, todas essas soluções são, digamos, radicais, devendo ser adotadas somente quando tudo o mais falhar. Como eu disse, o próprio Windows tenta resolver problemas que o impedem de carregar, e na maioria das vezes ele consegue. Assim, não recorra a medidas invasivas (e irreversíveis) sem antes tentar reiniciar o sistema — uma, duas, ou três vezes, se for necessário. E tenha fé — se não ajudar, atrapalhar é que não vai.

Continua na próxima postagem.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

SAIBA COMO CONFIGURAR SEU PC PARA LIGAR SOZINHO EM DIA E HORÁRIO ESCOLHIDOS POR VOCÊ

UM HOMEM DE SUCESSO É O QUE GANHA MAIS DINHEIRO DO QUE SUA MULHER CONSEGUE GASTAR. UMA MULHER DE SUCESSO É A QUE CONSEGUE ENCONTRAR UM HOMEM DESSES.

Por mais que fizermos, jamais estaremos satisfeitos com o tempo de inicialização de nosso computador. Como dito alhures, bom seria ele fosse como uma lâmpada, que responde quase instantaneamente ao toque no interruptor, mas enquanto esse dia não chega, é bom saber que podemos programar o sistema para entrar em ação num horário específico tipo dez minutos antes da hora em que tencionamos começar a usá-lo, por exemplo.

Observação: Note que isso serve também para tornar menos aborrecidos aqueles procedimentos morosos como a atualização do sistema ou a desfragmentação do HD , que deixam o sistema lento e podem levar horas: mediante o recurso em questão, é só agendá-los para o meio da madrugada, por exemplo, enquanto dormimos o sono dos justos. 

Para fazer o ajuste, é necessário proceder a uma rápida incursão pelo SETUP. Para acessá-lo, ligamos ou reiniciamos o PC e pressionamos repetidamente a tecla Del ou EscF1F2F8F10, ou ainda combinações como Ctrl+Esc,Ctrl+Alt+Enter ou Ctrl+Alt+F2, conforme o modelo e a versão do programa (para saber o fazer no seu caso específico, consulte o manual do equipamento ou atente para as informações exibidas rapidamente no pé da tela durante a inicialização).
Movimentando-nos com auxílio das setas até o separador Power (ou Power Management, ou Power Management Setup), selecionamos Power up Control, teclamos Enter e, na janela Automatic Power Up, fazemos os ajustes desejados (por exemplo, definimos o horário em que o PC será ligado em Time Alarm e marcamos Everyday caso a ideia seja que isso se repita todos os dias). Ao final, salvamos as alterações e saímos do Setup. O computador será reiniciado e, a partir de então, religado no horário programado.

Abraços a todos e até mais ler.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

SEGURANÇA DIGITAL – COMO CRIAR/REMOVER SENHA ATRAVÉS DO CMOS SETUP.

SÃO PAULO, CIDADE QUE ME SEDUZ / DE DIA FALTA ÁGUA, DE NOITE FALTA LUZ.

No malsinado Win ME, bastava teclar ESC para “pular” a tela de logon, o que levava os usuários precavidos a impedir o uso do PC por pessoas não autorizadas mediante uma senta via CMOS Setup. Essa medida se tornou dispensável nas edições XP e posteriores, pois a Microsoft aprimorou a segurança de sua política de contas de usuários e senhas, mas mesmo assim vou lhe dedicar algumas linhas, pois não é impossível que alguém adquira um PC em segunda mão ou encomende a montagem da máquina a um integrador independente e seja surpreendido pela exigência de senha quando tentar acessar o Setup (para modificar a sequência de inicialização e fazer o PC dar o boot a partir de um pendrive ou de uma mídia óptica, por exemplo).

Observação: Como ensina o Mestre Morimoto, o CMOS SETUP é o programa de configuração básica do computador, e fica armazenado em um chip de memória ROM que contém também o BIOS – responsável por reconhecer os componentes de hardware, dar o boot e prover informações básicas para o funcionamento do computador – e o POST – responsável por realizar o autoteste durante a inicialização. A porção de memória que abriga o Setup é construída com a tecnologia CMOS e, por ser volátil, é mantida energizada por uma bateria
CR2032 de 3 volts (figura à direita), responsável também por manter certo o relógio do sistema.

Fabricantes de PCs e Computer Guys responsáveis ajustam o Setup na etapa final da montagem do aparelho, e o usuário só precisa se preocupar com isso por ocasião de um upgrade abrangente de hardware ou da troca da bateria da placa-mãe. Felizmente, de uns tempos a esta parte os BIOS implementam automaticamente os parâmetros-padrão ou ajustam-nos para o melhor desempenho possível (opões Load Bios Defaults ou Load Optimal Defaults), restando apenas acertar o relógio, o calendário e a sequência de boot.
Para convocar o programa de Setup, ligamos (ou reiniciamos) o PC e, durante a contagem da memória, pressionamos repetidamente a tecla DELETE – ou Esc, F1, F2, F8, F10, ou ainda combinações como Ctrl+Esc, Ctrl+Alt+Enter ou Ctrl+Alt+F2, conforme o modelo e a versão do programa (para saber o fazer no seu caso específico, consulte o manual do equipamento ou atente para as informações exibidas rapidamente no pé da tela durante a inicialização). Uma vez dentro do Setup, usamos as setas de movimentação para navegar pelos menus, Enter para selecionar um menu, Esc para retornar ao menu anterior e Page Up e Page Down para modificar uma opção existente.
Para definir uma senha, usamos o parâmetro Change Password (o nome pode variar conforme a marca e o modelo do BIOS) e digitamos a sequência de carcateres desejada. Para definir se a senha será exigida sempre que o PC for ligado ou apenas para inibir o acesso ao Setup, abrimos a tela Advanced Setup e fazemos esse ajuste em Security Option (ou Password Checking Option). Para desativar essa camada de proteção, basta entrar com uma senha “em branco”.
Caso não nos lembremos da senha que dá acesso ao Setup, convocamos o prompt de comando e digitamos debug-o 70 e2-o 71 ff-q. No caso da senha que desbloqueia a carga do sistema, consultamos o manual da placa-mãe para localizar o jumper CLEAR CMOS e então abrimos o gabinete, conectamos os terminais indicados, esperamos alguns minutos, restabelecemos a configuração original, ligamos o PC e reconfiguramos o Setup. Caso não encontremos o manual (e não estejamos dispostos a garimpá-lo na Web), removemos a bateria e a reinstalamos depois de alguns minutos – tomando o cuidado de não inverter a polaridade – ou então recorremos ao aplicativo PC CMOS CLEANER, que é especialmente útil em notebooks, pois dispensa a desmontagem do aparelho. De qualquer forma, sempre será necessário reconfigurar o Setup para restabelecer o status quo ante (clique aqui e aqui para mais detalhes).  
Para evitar que este texto fique extenso demais, vamos deixar para tratar das contas de usuários na próxima postagem.

Passemos agora à nossa tradicional piadinha de sexta-feira:

Lula vai à igreja e se ajoelha defronte a Jesus crucificado:
- Jesus, tô arrependido e gostaria de redimir meus pecado.
- Está bem – responde Jesus. - O que tens feito?
- Depois de oito anos no governo, deixei meu povo arruinado e na miséria.
- Dê graças ao Pai – diz Jesus.
- Também traí o povo e meu partido, que me deram apoio e, quando precisaram de mim, dei as costa. Expulsei do partido os verdadeiro petista! - Dê graças ao Pai!
- Comprei um avião a jato novo, importado, dando emprego para estrangeiros. É que, receber mala preta da Embraer ia dar zebra. Protegi as maracutaia do Zé Dirceu, do Waldomiro e do tesoureiro do partido. Ajudei a roubar os cofres da Petrobras, Banco do Brasil, BNDES e Caixa Econômica Federal etc. Protegi os delinquente do MST e dei apoio às invasão do MST. Agora não sei como faze para para aquele bando de bandidos. Dei apoio ao Hugo Chavez, o maior bandido da América Latina. Protegi o Meirelles e o presidente do Banco do Brasil quando a imprensa apurou as realidade sobre as delinquência dos dois.
- Dê graças ao Pai!
- Mas Jesus, estou realmente arrependido e a única coisa que o Senhor tem para me dizer é: "dê graças ao Pai"?
- Sim, agradeça ao Pai por eu estar aqui pregado na cruz, senão desceria para te encher de porrada, seu sacripanta analfabeto deslumbrado, ladrão sem vergonha, mentiroso, golpista, corrupto...


Bom final de semana a todos e até segunda, se Deus quiser.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

WINDOWS 7 – COMO ACELERAR O BOOT E A INICIALIZAÇÃO DO SISTEMA

A PUNIÇÃO PARA QUEM NÃO SE INTERESSA POR POLÍTICA É SER GOVERNADO POR QUEM SE INTERESSA.

Uma queixa recorrente dos usuários de PCs é a lentidão na inicialização do sistema – coisa que, ao que tudo indica, somente será solucionada quando os HDs eletromecânicos forem substituídos por drives de memória flash e o BIOS, pelo UEFI .
Como a evolução em questão não deve ocorrer da noite para o dia, manter o tempo de boot e carga do sistema em patamares aceitáveis exige a adoção de providências como:

1.   Manter o PC livre de crapware;
2.   Rodar a Limpeza de disco semanalmente;
3.   Desfragmentar o HD e a memória RAM a cada 15 dias;
4.   Manter o Registro do Windows limpo e compactado;
5.   Instalar programinhas como o StartupDelayer e o Bootvis (opcional).

Convém também revisar os aplicativos que pegam carona na inicialização do sistema e manter somente aqueles que são estritamente necessários – se você não se sentir à vontade para usar o msconfig, o gerenciador de inicialização do Advanced System Care e o startup optimizer do System Mechanic são opções pra lá de interessantes.
Usuários do Seven podem configurar mais núcleos do processador para agilizar o boot e os felizardos que dispõem das versões “top” do sistema, configurar os caronistas para carregar antes da tela de logon, o que deixa a inicialização ainda mais rápida. Para tanto:

·        Abra o Bloco de Notas, digite WScript.CreateObject("WScript.Shell").Run("rundll32 user32.dll,LockWorkStation") na janelinha e salve o arquivo como LockWorkStation.vbs.
·        Digite "control.exe userpasswords2" (sem as aspas) na linha de comando e confirme a operação.
·        Na aba Usuários, selecione a conta desejada, desmarque a opção Os usuários devem digitar um nome de usuário e uma senha para usar este computador e clique em Aplicar.
·        Na mesma tela, selecione a aba Avançado, pressione o botão Avançado, clique em Usuários, dê um clique direito na conta desejada e selecione Propriedades.
·        Na aba Perfil, digite o nome do arquivo criado na primeira etapa deste tutorial (LockWorkStation.vbs) no campo Script de Logon.
·        No diretório onde você salvou o arquivo LockWorkStation.vbs, dê um clique direito sobre ele e selecione Propriedades.
·        Vá até a aba Compartilhamento e clique em Compartilhamento avançado.
·        Na telinha que se abrir, selecione Compartilhar pasta e troque Nome do compartilhamento por NetLogon.
·        Em Limite o número de usuários simultâneos a, defina o valor como 1, clique em Permissões.
·        Na tela com a lista dos usuários que possuem permissão para compartilhar a pasta em questão, remova todos – incluindo Todos, caso essa opção esteja presente.
·        Pressione o botão Adicionar, digite o nome do usuário cuja inicialização você pretende acelerar, confirme em OK e reinicie o computador.

Abraços e até amanhã.

quinta-feira, 1 de março de 2012

BIOS, CMOS e SETUP (final)

Segundo os maledicentes, BIOS é o acrônimo de Bicho Ignorante Operando o Sistema, mas remete a Basic Input/Output System e designa um conjunto de instruções que funcionam como “ponte” entre o SO e os dispositivos de entrada e saída (de dados) do computador.

Observação: Originalmente, o BIOS era gravado num CI de memória permanente, mas a posterior adoção da memória flash (saiba mais em http://fernandomelis.blogspot.com/2008/04/atualizao-do-bios.html) e a inclusão de novas rotinas – como as do POST (autoteste de inicialização) e do bootloader (carregador da inicialização), por exemplo – fizeram desse termo um sinônimo da inicialização do computador.

Questões semânticas à parte, a morosidade na inicialização é uma das queixas mais recorrentes dos usuários do Windows. O ideal seria o PC “responder” ao botão de Power tão rapidamente quanto uma lâmpada ao interruptor (aliás, o iPad chega bem perto disso), mas, a despeito dos esforços da Microsoft, as limitações do HD e do BIOS são obstáculos de peso.
Por ser um dispositivo eletromecânico e, por conseguinte, milhares de vezes mais lento que a RAM, o disco rígido é atualmente o responsável pelo maior gargalo de dados nos sistemas computacionais (tudo indica que esse problema será sensivelmente minimizado no médio prazo, com a redução de preço e consequente popularização do SSD). Já o BIOS deve ser aposentado tão logo seja encontrada uma alternativa rápida, versátil, eficiente e economicamente viável, mas essa “busca” já dura quase três décadas. Mas a UEFI (Unified Extensible Firmware Interface, desenvolvida pela Intel em parceria com a Microsoft e aceita por empresas como a AMD, APPLE, DELL, HP e IBM) parece ser a bola da vez: em 2009, a Phoenix apresentou um notebook com drive SSD que, equipado com essa nova tecnologia, realizava o boot e entregava o comando do sistema ao usuário em apenas 10 segundos (confira no vídeo, logo abaixo). Enfim, quem viver verá. Até lá, pesquise o Blog para rever as postagens sobre como acelerar a inicialização, use e abuse da Hibernação, ou então crie o hábito de pressionar o botão de Power e ir tomar um cafezinho... 

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

BIOS, CMOS e SETUP (terceira parte)

Embora o CMOS Setup deva ser feito ao final da montagem do computador e consista, basicamente, em acertar data e hora, configurar o floppy drive, autodetectar o HD, ajustar a sequência de boot, salvar as alterações e sair do programa, é possível refazê-lo a qualquer momento para otimizar o desempenho da maquina, ativar opções desabilitadas por padrão ou resolver problemas diversos.
Convém salientar que é preciso tomar muito cuidado com as opções avançadas, pois modificações impróprias ou mal sucedidas podem inviabilizar o funcionamento do computador – perspectiva perturbadora, especialmente diante da aparente impossibilidade de retornar a coisa ao “status quo ante”. Outra perspectiva igualmente perturbadora é a de esquecemos a senha que libera o acesso ao Setup (configuração útil para quem compartilha o uso da máquina com outras pessoas).
Tanto num caso quanto no outro, a solução é “resetar” o BIOS, mas convém ter em mente que esse procedimento reverte TODOS os parâmetros para os valores originais de fábrica. Enfim, se for necessário empreendê-lo, consulte o manual da placa-mãe para localize o jumper (pequena peça que conecta eletricamente dois pinos metálicos - em azul, na ilustração) responsável pelo reset, abra o gabinete e conecte-o aos terminais indicados. Aguarde alguns minutos, recoloque o jumper na posição original, ligue o computador, acesse o Setup e refaça os ajustes e personalizações desejados.
Se você não encontrar o manual da sua placa (e não estiver disposto a garimpá-lo na Web), remova a bateria que alimenta o CMOS (à esquerda, na ilustração) e recoloque-a depois de alguma hora, aproximadamente, tomando o cuidado de não inverter a polaridade. Feito isso, feche o gabinete, ligue o computador, acesse o Setup e refaça os ajustes e personalizações desejados.
Um ótimo dia a todos e até a próxima.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

BIOS, CMOS e SETUP (continuação)


Para acessar o Setup, ligamos (ou reiniciamos) o computador e pressionamos Delete durante a contagem da memória – note que a tecla de acesso pode variar conforme o fabricante e o modelo do BIOS; na dúvida, consulte o manual do aparelho ou as informações exibidas na tela durante o boot – procure algo como press X to enter setup, onde “X” é a tecla ou o atalho que você deverá pressionar no momento oportuno. Com isso, a inicialização é interrompida e a tela exibe um menu com a relação de páginas e recursos do programa, além de um esquema de teclas que mostra como navegar pelas opções e fazer as reconfigurações. Atualmente, basta ajustar alguns itens da página Standard CMOS Features, definir a sequência de boot e implementar os demais ajustes de uma só tacada com a opção Load Optmized Defaults, pressionar F10 para validar as modificações, encerrar o programa dar sequência à inicialização do computador (note que os nomes das páginas e a distribuição dos recursos em cada uma delas também pode variar).

Observação: Ao escolher a ordem dos dispositivos em que os arquivos de inicialização deverão ser procurados, configure o drive óptico como opção primária e o HD como secundária. Assim, você não precisará fazer alterações quando for reinstalar o Windows ou rodar alguma distribuição Linux diretamente do CD, por exemplo.

Note que é possível melhorar o desempenho da máquina mediante incursões nas configurações avançadas disponibilizadas pelo Setup, mas considerando que modificações indevidas ou mal sucedidas podem comprometer (ou mesmo inviabilizar) o funcionamento do computador, usuários inexperientes não devem se aventurar por essas veredas.
Vale lembrar, por oportuno, que o capítulo XIII do volume 8 da Coleção Guia Fácil Informática (Windows XP – Nível Avançado) traz mais de 10 páginas com informações e dicas práticas (ilustradas) de “ajustes finos”. Entretanto, como já faz mais de 6 anos que esse livrinho foi publicado, será difícil encontrá-lo em livrarias ou bancas de jornal.
Amanhã concluímos; abraços e até lá.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

BIOS, CMOS e SETUP


Preços atraentes, crediário fácil e parcelas a perder de vista têm levado cada vez mais gente a comprar computadores em hipermercados e grandes magazines, a despeito de a integração personalizada permitir escolher a dedo cada componente e formar um conjunto mais adequado às expectativas, necessidades e possibilidades de cada um.

Máquinas “de grife” costumam vir prontas para uso, mas sempre existe a possibilidade de você precisar acessar o Setup (após substituir a bateria que alimenta o CMOS, por exemplo, ou para modificar a sequência de inicialização antes de reinstalar o Windows), de modo que convém ter uma noção, ainda que elementar, do que é e como funciona o Setup.

Inicialmente, vale relembrar que BIOS é um programinha de baixo nível gravado numa pequena porção de memória existente num chip da placa-mãe (veja ilustração), e que o CMOS é um componente de hardware composto por um relógio permanente, uma pequena porção de memória volátil e uma bateria. Já o Boot é o processo mediante o qual o BIOS checa as informações contidas numa pequena quantidade de memória existente no CMOS, realiza o POST (autoteste de inicialização) e, se tudo estiver em ordem, determina que o Sistema Operacional seja carregado e assuma o comando da máquina.

Observação: Boot significa bota ou botina, mas se tornou sinônimo de inicialização devido à expressão “pulling oneself up by his own bootstraps” (içar a si mesmo pelos cordões das botinas), que, por extensão, significa “fazer sozinho algo impossível de ser feito sem ajuda externa”. Segundo alguns autores, isso vem do tempo em que os computadores usavam uma pequena quantidade de código para carregar instruções progressivamente mais complexas, e como esse processo era conhecido como bootstrapping...

Fazer o Setup, por sua vez, consiste oferecer respostas a uma sequência de perguntas (do tipo múltipla escolha) que permitem ao BIOS reconhecer e gerenciar o hardware, “dar o boot” e realizar outras tarefas básicas inerentes ao funcionamento do computador.

Amanhã a gente continua; abraços e até lá.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Vapt-Vupt.

Bom seria se o PC respondesse ao botão “POWER” tão prontamente quanto uma lâmpada responde ao interruptor, não é mesmo? Assim não precisaríamos esquadrinhar configurações avançadas e/ou recorrer a programinhas de terceiros para reduzir em alguns segundos o tempo de inicialização do sistema.
A boa notícia é que já existem luzes no fim do túnel, representadas notadamente pela substituição dos HDs tradicionais por drives SSD e pela aposentadoria compulsória do BIOS.
Os Solid State Drives, baseados em memória flash, são bem mais velozes e seguros do que os jurássicos drives eletromecânicos, embora sua popularização ainda esbarre no alto custo de produção.
Já o  BIOSfirmware responsável pelo boot e pelo provimento de informações essenciais ao funcionamento do computador – chegou ao fim da linha após 25 anos de bons serviços prestados, e a despeito de constantes atualizações e lançamento de novas versões para correção de problemas e ampliação de compatibilidade (mais detalhes em http://fernandomelis.blogspot.com/2008/04/atualizao-do-bios.html), tornou-se imperativo encontrar um substituto capaz de superar suas notórias limitações.
A Unified Extensible Firmware Interface – desenvolvida no início dos anos 90 pela Intel (com apoio da Microsoft) e aceita por empresas como a AMD, APPLE, DELL, HP e IBM – parece ter tudo para ser a bola da vez. Dentre outras vantagens, ela oferece suporte tanto a sistemas de 32 quanto de 64 bits, facilidade de atualização e correção de erros e interface gráfica com uso do mouse para configurações de hardware do sistema. Em 2009, a Phoenix Tecnologies apresentou um note Lenovo T400s com drive SSD que, equipado com UEFI, capaz de realizar o boot em pouco mais de 10 segundos.
É esperar para ver.
Abraços e até mais ler.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

CMOS Setup

Em atenção ao pedido do Herberth no post do último dia 4, resolvi dedicar mais algumas linhas ao CMOS Setup – que já foi abordado de passagem aqui no Blog e mereceu um capítulo inteiro no volume 8 da CGFI (Windows XP – Nível Avançado).

O termo BIOS é o acrônimo de Basic Input/Output System e remete a um firmware – conjunto de instruções programadas pelo fabricante de um equipamento eletrônico – que funciona como uma “ponte” entre o hardware e o sistema operacional. Embora seja um programa – a primeira camada de software do computador – ele não fica armazenado no HDD (drive de disco rígido), mas sim num chip de memória não volátil instalado na própria placa-mãe.

Já CMOS (Complementary Metal Oxide Semiconductor) é um componente de hardware composto por dois circuitos que incluem um relógio permanente, uma pequena porção de memória volátil e uma bateria destinada a mantê-los energizados. “Fazer o CMOS Setup”, por sua vez, significa configurar os parâmetros armazenados na memória do CMOS, de modo a permitir que o BIOS reconheça e gerencie adequadamente os componentes instalados, dê o boot e adote outros procedimentos básicos que envolvem o funcionamento do PC.

Observação: Ao invés de dizer que “entrou no BIOS”, prefira dizer que você "acessou o CMOS Setup" (ou “fez o Setup”) para configurar o BIOS. “Setup” significa “ajuste”, em português, e essa configuração não surte efeito no CMOS (que é hardware), mas sim no BIOS (que é software).

Fazer o Setup consiste em oferecer respostas a uma longa sequência de perguntas num sistema de múltipla escolha, e essa providência costuma ser exigida somente ao final da montagem do PC ou de um upgrade abrangente. Todavia, há casos em que precisamos acessar o Setup para modificar a sequência de boot e inicializar o sistema através de um disquete, de um CD ou de um pendrive (assunto que veremos em detalhes mais adiante). Vale lembrar que também é possível resolver problemas e/ou incrementar o desempenho do computador mediante incursões pelas configurações avançadas do Setup, mas isso só deve ser empreendido por técnicos e usuários avançados, já que modificações indevidas ou mal sucedidas podem comprometer ou inviabilizar o funcionamento da máquina.

A AMI e a Phoenix-Award dominam o mercado de BIOS para a plataforma PC, e a despeito de haver diferenças entre seus produtos, a tela inicial do Setup sempre exibe um menu com a relação de páginas e recursos do programa, bem como um esquema de teclas para navegar pelas opções e fazer as configurações. Para acessá-la, devemos ligar (ou reiniciar) o computador e, tão logo o POST termine a contagem da memória, pressionar repetidamente a tecla Delete (ou Esc, F1, F2, F8, F10, ou ainda combinações como Ctrl+Esc, Ctrl+Alt+Enter ou Ctrl+Alt+F2, por exemplo; para saber como proceder no seu caso específico, consulte o manual do equipamento ou atente para as informações exibidas rapidamente no pé da tela, durante o boot).

Em PCs antigos, fazer o Setup era bem mais complicado. Hoje em dia, só precisamos configurar alguns itens da página “Standard CMOS Setup” (ou “Main”, conforme o caso) que aparece selecionada por default e, ao contrário das demais, não têm opção de autoconfiguração. Depois de ajustar o calendário e o relógio do computador, devemos declarar o drive A (FDD ou “Legacy Diskette A/B” em alguns programas de Setup) como 1.44MB 3.5 in, e o drive B como “none” ou “disabled” (a menos que exista um segundo Floppy Drive, evidentemente). Caso haja a opção Floppy3 Mode Support, devemos deixá-la desabilitada.

Observação: Apesar de pouco utilizado (pelo menos em micros novos) o drive de disquete pode ser útil em alguns casos, como para carregar drivers da porta SATA ou RAID ao instalar o Windows XP, por exemplo. Esse problema foi resolvido nas versões posteriores do Windows, nas quais os drivers podem ser carregados também a partir de um CD-ROM ou pendrive.

Antigamente, a detecção de HDs IDE/ATA tinha de ser configurada manualmente ou mediante a opção "IDE HDD Auto Detection", presente no menu principal do Setup, mas atualmente ela é feita de forma automática durante o POST. Já configuração de drives padrão SATA varia conforme a marca e modelo da placa-mãe, de modo que o ideal é obter as informações na documentação da placa ou no site do fabricante. No entanto, só precisamos nos preocupar com isso no caso de uma montagem ou de um upgrade de placa ou de HD.

A configuração da sequência de boot costuma ser disponibilizada na seção "Advanced Setup" ou algo de nome semelhante, onde definimos a ordem dos dispositivos em que os arquivos de inicialização devem ser procurados. Até algum tempo atrás, era comum darmos prioridade ao drive de disquete, embora fosse igualmente comum o BIOS travar quando não encontrava um sistema de inicialização no primeiro dispositivo. Como os programas mais recentes são mais “inteligentes”, podemos tranquilamente configurar o CD-ROM e o HDD como opções primária e secundária (algumas placas permitem utilizar também pendrives, HDDs externos e outras unidades de armazenamento removível), dispensando, assim, alterações na hora de reinstalar o Windows ou de rodar uma distribuição Linux diretamente do CD, por exemplo.

Cumpridas essas etapas, salvamos as configurações, retornamos à tela inicial, selecionamos “Load Setup Defaults”, “Load Optmized Defaults” ou algo semelhante (para que os demais parâmetros sejam implementados automaticamente) e seguimos as instruções na tela para salvar as configurações, encerrar o Setup e reiniciar o computador com os parâmetros otimizados devidamente carregados.

Observação: A opção “Load Defaults...” implementa parâmetros bastante funcionais, embora não tanto quando os ajustes finos feitos manualmente por usuários experientes. “Load Fail...” reduz drasticamente o desempenho da máquina (as caches são desativadas, o clock da CPU é reduzido, e o tempo de acesso da memória é o mais elevado possível), mas pode ser útil na hora de pesquisar a causa de eventuais problemas. A opção “Load Original Value”, quando disponível, recarrega a configuração padrão, desfazendo as modificações implementadas pelo usuário.

Para concluir, vale lembrar que as demais seções do Setup oferecem uma vasta gama de configurações que só devem ser modificadas em caso de real necessidade e, mesmo assim, por alguém que saiba o que está fazendo. Vale lembrar também que todo programa passa por atualizações durante seu ciclo de existência, e o BIOS não é exceção – à medida que surgem novos dispositivos e padrões, ele precisa "evoluir" para reconhecê-los. 

Note que um upgrade do BIOS (veja mais detalhes em http://fernandomelis.blogspot.com/2008/04/atualizao-do-bios.html) não é uma operação para ser levada a efeito por principiantes, pois uma gravação feita a partir de um arquivo errado, por exemplo, pode inutilizar a Flash ROM, que precisará ser trocada por outra igual, com o BIOS correto já gravado. No entanto, se o BIOS gravado na ROM estiver errado, não será possível executar um boot, e sem o boot, não será possível usar o programa gravador para reprogramar o BIOS correto.

Por último, mas não menos importante, aviso aos interessados que, se me mandarem um e-mail com “CMOS Setup” no campo do assunto, receberão de volta o PDF com um texto detalhado sobre as demais possibilidades do CMOS Setup.

Tenham todos um ótimo dia.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Problemas e soluções

Todo aparelho está sujeito a panes, e o computador não é exceção. Se até mesmo nosso corpo – tido como criação divina e havido como a mais perfeita das “máquinas” – requer visitas regulares ao médico, o que seria de se esperar de geringonças projetadas e construídas por seres humanos, sabidamente falíveis?
No entanto, embora os técnicos também precisem comer, antes de gastar dinheiro levando seu PC para o conserto é bom saber que muitos problemas podem ser resolvidos em questão de minutos e com um mínimo de esforço. Confira a seguir algumas dicas e estratégias que cobrem os defeitos mais comuns:

Se você ligar o PC e ele se fingir de morto, verifique primeiramente o fornecimento de energia elétrica (estabilizador de tensão, filtro de linha e a própria tomada, que pode ser testada com um multímetro ou simplesmente ligando a ela um abajur, rádio ou coisa parecida). Caso tudo esteja normal, remova a tampa do gabinete e certifique-se de que todos os conectores e componentes – placas de vídeo, memória RAM, etc. – estejam bem encaixados. Se nem assim a máquina ligar, é possível que o problema esteja relacionado com a fonte de alimentação ou, pior, com placa-mãe (e a não ser que você seja um usuário experiente e disponha de peças sobressalentes, o melhor a fazer será procurar ajuda especializada).

Observação: Se você ouvir alguns bipes “estranhos” durante a inicialização, é sinal de que o BIOS está tentando dar pistas do problema. Todavia, como esses códigos não são padronizados, será preciso consultar o manual do aparelho ou acessar o site do fabricante (através de outra máquina, evidentemente) para obter mais informações a propósito.

Supondo que o computador ligue, mas o Windows não carregue corretamente, reinicie o sistema e tecle F8 repetidamente durante o boot. No menu que surgir na tela, escolha “Última configuração válida”, tecle ENTER e torça para dar certo. Se não funcionar, escolha a opção "Modo de Segurança com Prompt de Comando", faça login como administrador, digite windows\system32\restore\rstrui.exe na linha de comando, tecle ENTER e siga as instruções exibidas na tela. Se nem isso resolver, volte ao Modo de Segurança, clique em Iniciar, Todos os Programas, Acessórios, Ferramentas do Sistema e, em Restauração do Sistema, tente reverter o sistema para o último ponto de restauração criado. Se ainda assim o Windows não carregar, experimente desinstalar o último aplicativo que você instalou e/ou reverter uma eventual atualização de drivers.

Observação: Se nem o Modo de Segurança funcionar, é possível que seu HD esteja falhando. Tente dar o boot com auxílio do CD/DVD de recuperação fornecido pelo fabricante para, pelo menos, salvar seus arquivos pessoais (alternativamente, você pode instalar seu disco como Slave em outro computador e, a partir dali, copiar os arquivos para um DVD-R ou um pendrive).

Se o Windows iniciar e der pau logo em seguida, certifique-se de que seu antivírus esteja atualizado e faça uma varredura completa. Na dúvida, obtenha uma segunda opinião sobre a saúde do sistema com um serviço online (como os oferecidos nos sites da Kaspersky, McAfee, Panda, Symantec e TrendMicro). Se nada de estranho for encontrado, vale checar a inicialização (clique em Iniciar, Executar, digite msconfig e dê OK; selecione a aba Iniciar, desmarque as opções suspeitas e reinicie o computador), os processos que rodam em segundo plano (abra o Gerenciador de Tarefas, clique na aba Processos e use o site ProcessLibrary.com como referência para descobrir o significado dos itens obscuros) Para mais informações sobre como tentar solucionar problemas dessa natureza, clique aqui.

Se nada disso resolver o problema, talvez seja o caso de formatar o HD e reinstalar o Windows a partir do zero (ou de dar o braço a torcer e procurar ajuda especializada).

Observação: Em alguns casos, instabilidades e travamentos do sistema podem ser solucionados com a atualização do BIOS (para mais detalhes, clique aqui).

Bom dia a todos e até mais ler.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Firmwares e atualizações

Todo projeto passa por atualizações ao longo do seu ciclo de existência, e o PC não é exceção. Até porque o BIOS precisa “evoluir” para poder reconhecer os novos dispositivos e padrões que surgem constantemente. Aliás, o BIOS é um bom exemplo de “firmware” – termo que designa um conjunto de instruções programadas pelo fabricante de um equipamento eletrônico e armazenadas permanentemente num chip de memória não volátil (ROM, PROM, EPROM, EEPROM ou Flash).

O firmware não é um atributo exclusivo dos computadores. Ele está presente também num vasto leque de equipamentos eletrônicos modernos – tais como celulares, iPODs e outros tocadores portáteis de mídia digital, câmeras digitais, consoles de games, impressoras, fornos micro-ondas, lavadoras, etc. E ainda que essa programação seja tida como “inalterável”, já que fornece as mesmas informações sempre que o aparelho é ligado, há situações em que o usuário pode – e deve – atualizá-la, seja para tornar o aparelho mais rápido, estável e seguro, seja para incluir novas funcionalidades e ampliar sua vida útil.

A freqüência de atualização de um firmware varia conforme o produto, cabendo ao usuário buscar periodicamente novas versões e ficar atento aos alertas que os próprios fabricantes costumam divulgar. Alguns dispositivos não recebem nenhuma atualização durante toda sua vida útil (como é o caso dos processadores, que se beneficiam das atualizações da placa-mãe); outros, somente em caso de problemas críticos (caso dos HDs e drives ópticos, entre outros).

Alguns fabricantes recomendam ignorar as atualizações, a menos que o equipamento esteja realmente com problemas de hardware. A despeito de muitos especialistas defenderem o uso da versão mais recente, o upgrade do firmware pode acarretar problemas de difícil reversão. Portanto, se você for proceder a esse tipo de atualização num dispositivo qualquer, só o faça depois de ler e entender as instruções fornecidas pelo manual do usuário ou site da empresa, e de ter certeza de que a versão do firmware é a correta. Feito isso, siga cuidadosamente as instruções do fabricante e, em caso de dúvida, consulte o suporte técnico.

A maneira mais simples de atualizar firmwares de placas-mãe (upgrade de BIOS, assunto da postagem de 17 de abril do ano passado) é através de aplicativos de "flash" que rodam no Windows, mas vale lembrar que nem todas as marcas e modelos oferecem essa facilidade (algumas contam somente com um utilitário baseado no DOS, que deve ser executado a partir de um disquete bootável (além de dificultar a atualização, isso aumenta significativamente o risco de algo sair errado). 

Celulares, roteadores e dispositivos móveis costumam ser mais amigáveis – na maioria dos dispositivos de rede, por exemplo, basta acessar a tela de configuração digitando o endereço de IP em seu navegador, localizar a opção de atualização de firmware, baixar a nova versão, dar alguns cliques e reiniciar o aparelho para validar o upgrade.

Boa sorte.

P.S. Falando em atualizações, hoje é dia de Patch Tuesday, e a Microsoft ficou de liberar cinco correções para falhas de alto risco, quatro das quais afetam o Vista e o Server 2008 do Windows (mas as versões 2000, XP e Server 2003 também devem ser atualizadas).

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Sutilezas da Placa-Mãe (final)

Existem diversas marcas e modelos de placas-mãe no mercado – algumas renomadas, outras sabidamente de qualidade duvidosa. Além dos recursos providos por esse importante componente (notadamente pelo chipset), você deve levar em conta suas preferências pessoais e disponibilidade financeira, bem como confirmar com o revendedor a compatibilidade do produto com o processador e com as memórias que pretende utilizar.

Observação: A compatibilidade do processador com a placa-mãe depende diretamente do chipset, e alguns modelos aceitam mais de um tipo de CPU do mesmo fabricante (o Intel G35 Express, por exemplo, suporta CPUs Intel Core2Duo e Core2Quad, oferecendo uma possibilidade interessante de expansão futura).

Tanto a Intel quando a AMD desenvolvem chipsets para seus respectivos processadores. A VIA também oferece boas opções para CPUs da AMD, ao passo que a SiS amargou uma reputação duvidosa por seus produtos equiparem alguns modelos tenebrosos de placas da PC Chips, campeãs em trilhas defeituosas, circuitos ruins e projetos mal definidos, ainda que o problema fosse das placas, não dos chipsets.
A ALI teve presença marcante no tempo do socket7, e embora tenha perdido espaço no mercado, lançou há poucos anos um modelo bastante interessante para o Athlon 64. Já a nVidia, muito popular por suas aceleradoras gráficas, ainda está “engatinhando” no segmento de chipsets, conquanto seu nForce apresente um padrão de qualidade e desempenho digno de nota (foi com ele, aliás, que se implementou o sistema dual para memórias DDR, mas o preço elevado não estimulou muito o mercado de placas superintegradas).
Na hora de escolher sua placa-mãe, tome cuidado com ofertas do tipo ponta de estoque. Prefira produtos atuais, que dêem margem a futuras expansões (atente para a quantidade de soquetes para memórias e slots PCI, AGP e PCI-Express, suporte ao USB 2.0 e outros detalhes que tais).
Placas-mãe com som onboard se tornaram tão comuns que é difícil encontrar alguma sem esse recurso, e as mais recentes trazem subsistemas com seis canais de áudio digital, o que é mais do que suficiente para jogar games comuns e ouvir música no computador (caso você pretenda instalar uma placa dedicada que ofereça melhor qualidade sonora e suporte a áudio 3D, lembre-se de que talvez seja preciso reconfigurar o Setup para desabilitar o som integrado).
O preço dos componentes costuma variar conforme a marca e o fornecedor, de modo que vale a pena cotar produtos de fabricantes idôneos que ofereçam recursos equivalentes. De qualquer forma, fuja de artigos suspeitos, comercializados por marreteiros, barraqueiros e assemelhados, e resista à tentação de privilegiar a economia optando por uma plataforma onboard se a idéia for desabilitar mais adiante os recursos integrados e espetar placas autônomas. Embora essa possibilidade exista e possa ser um quebra-galho no caso de defeitos setorizados, ela não costuma ser uma boa idéia em termos de upgrade.
Por último (ufa!), mas nem por isso menos importante, tenha em mente que manual da placa é uma valiosa fonte de informações; leia-o com atenção e guarde-o para futuras referências.
Bom dia a todos e até mais ler.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Sutilizas da Placa-Mãe (continuação)

Independentemente do formato e do modelo – aspectos que não vêm ao caso para os propósitos desta postagem – , as placas-mãe contam basicamente com os mesmos itens essenciais: além do BIOS, chipset, reguladores de tensão, circuitos de apoio e bateria, há uma quantidade variável de slots destinados a abrigar as placas de expansão (vídeo, som, modem, rede etc.), além de soquetes para o processador e módulos de memória, controladoras para o Floppy Drive e interfaces SATA e/ou IDE/ATA (drives de HD e leitoras/gravadores de CD/DVD), portas seriais, paralelas, USB e conectores para teclado e mouse.

Do ponto de vista que realmente nos interessa, essas placas se dividem em “onboard” e “offboard”, conforme ofereçam ou não funções embarcadas (nativas). Aliás, essa nomenclatura continua sendo utilizada apenas por uma questão de tradição, já que fazia mais sentido na pré-história dos microcomputadores, quando os modelos offboard quase nada ofereciam além do BIOS e do chipset, e todos os demais recursos – inclusive as controladoras IDE e FDD, as portas seriais e de impressora, a memória cache e co-processadores matemáticos – eram vendidos à parte e instalados em soquetes apropriados.

Atualmente, a diferença mais expressiva entre as duas arquiteturas remete ao subsistema de vídeo. Nas placas onboard, é a CPU principal que executa o processamento gráfico e de multimídia, e parte da RAM é alocada para fazer as vezes de memória de vídeo. Já as placas offboard não trazem vídeo integrado; sendo preciso instalar uma aceleradora gráfica autônoma que, por contar com GPU (processador de vídeo) e memória dedicada, não só oferece imagens de melhor qualidade como também deixa o processador principal e a RAM do sistema livres para a execução das demais tarefas.

Convém ter em mente que, de uns anos para cá, cada vez mais componentes vêm sendo “embutidos” nos processadores, chipsets e circuitos das placas-mãe, diminuindo a necessidade de placas de expansão e reduzindo sensivelmente o custo final do computador. Para os fabricantes de chipsets, é conveniente integrar funções adicionais no “espaço ocioso” deixado pela progressiva miniaturização dos transistores; para os fabricantes de placas, basta integrar os conectores respectivos para aproveitar esses recursos e tornar seus produtos mais competitivos (uma placa atual, com funções de vídeo, áudio, modem, rede e RAID integradas, custa menos do que uma placa “nua” custava alguns anos atrás).

Vale lembrar também que as placas onboard (melhor seria chamá-las de “superintegradas”) foram as grandes responsáveis pelo barateamento e popularização dos PCs. É certo que alguns usuários mais exigentes ainda torcem o nariz quando falam nelas, mas isso é um procedimento preconceituoso que deve ser reavaliado à luz da evolução tecnológica. Houve um tempo em que essa arquitetura realmente apresentava um desempenho inferior – especialmente o subsistema gráfico, que, conforme já foi dito, por alocar recursos do processador principal e não dispor de memória dedicada, oferecia uma performance sofrível e degradava a performance global da máquina. Atualmente, com chips de dois ou mais núcleos e fartura de memória RAM de tecnologia de ponta, essa degradação é quase imperceptível, e a maioria dos chipsets traz controladoras de áudio, vídeo, modem e rede bastante satisfatórias (claro que alguns fabricantes extrapolam os limites concebíveis da integração, chegando ao absurdo de soldar o processador e os módulos de memória na placa!).

Para um usuário doméstico comum, que não tenha dinheiro sobrando e precise de um computador que cumpra funções corriqueiras (criação de documentos de texto e planilhas de cálculo, navegação na web, correio eletrônico e até mesmo gravação de CDs e DVDs), optar por um sistema onboard de boa qualidade pode ser a melhor solução: além de sair bem mais em conta, ele não ficará devendo muito um conjunto offboard de configuração equivalente, até porque o resultado depende mais da qualidade da placa do que da arquitetura propriamente dita. Mas o desempenho pode deixar a desejar na execução de tarefas mais complexas, tais como processamento de vídeo e games radicais (nesse caso, convém escolher uma placa offboard que disponha de um slot PCI ExpressX16 para acomodar uma aceleradora gráfica de ponta).

Sistema onboard costumam ser vistos também como soluções momentâneas, quando a idéia é expandir ou reconfigurar a máquina mais adiante, assim que a situação financeira permitir. No entanto, mesmo que a maioria deles permita desabilitar alguns recursos embarcados, a inclusão de placas autônomas requer disponibilidade de slots, e alguns modelos onboard trazem somente um slot PCI para esse fim - e olhe lá!

Amanhã a gente conclui.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Sutilezas da Placa-Mãe

Dando seqüência à postagem da última quarta-feira e atendendo a sugestão deixada por um leitor na matéria do dia seguinte, vou dedicar mais algumas linhas à placa-mãe – também conhecida como “placa de sistema”, “placa de CPU” ou “motherboard” – cujas características e qualidade são fundamentais para que o computador ofereça bom desempenho, estabilidade e capacidade de expansão (upgrade). Convém salientar, por oportuno, que o nível desta abordagem será elementar, tanto para não tornar a leitura maçante e de difícil compreensão para leigos e iniciantes, quanto para não fugir aos propósitos e possibilidades deste Blog, que visa apenas a um “bate-papo informal e despretensioso” e não a ministrar um curso avançado de hardware à distância.

Passando ao que interessa, se o processador é o “cérebro”, a placa-mãe é o “coração” de um sistema computacional: além de resistores, capacitores e diversos circuitos de apoio, ela integra o CHIPSET, que provê funcionalidade ao computador e determina, dentre outras coisas, quais processadores poderão ser utilizados, o tipo e a quantidade máxima de memória suportada, as freqüências dos barramentos e a oferta de slots de expansão (que definem quais e quantos dispositivos podem ser agregados ao sistema).

Observação: O chipset costuma ser constituído por dois “módulos” interdependentes (“ponte-norte” e “ponte-sul”) que gerenciam a intercomunicação entre os diversos componentes do sistema, definem o “clock” (freqüência do sinal responsável pela transmissão dos dados entre o processador, as memórias e os demais dispositivos), controlam os barramentos (PCI, AGP, PCI-Express, etc.), as interfaces IDE/ATA e/ou SATA, as portas paralelas e seriais, as memórias RAM e cache, etc. – mas isso já é outra história e fica para outra vez.

Diante do exposto, fica fácil compreender a relevância da placa-mãe – alguns especialistas chegam a dizer que "um PC nada mais é do que uma placa de CPU dentro de uma caixa metálica e com alguns dispositivos ligados ao seu redor” – e a importância de se escolher um produto confiável, que garanta boa performance e estabilidade ao sistema como um todo.

Por ser constituída a partir de várias “camadas” prensadas e interligadas, a placa-mãe deve ser projetada e fabricada com tecnologias de ponta e ferramentais altamente sofisticados – qualquer erro, por menor que seja, pode comprometer o desempenho e a confiabilidade do computador. Pense nisso quando se sentir tentado a comprar um produto barato, de segunda linha ou origem “suspeita”, e lembre-se de que a aquisição de um computador de grife não dispensa a análise cuidadosa da placa que o equipa, ainda que as opções, nesse caso, sejam simplesmente aceitar ou rejeitar a configuração estabelecida pelo fabricante.
 
Amanhã a gente continua.

Abraços e até lá.