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quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

DE VOLTA À INSEGURANÇA DIGITAL


A VIDA É UMA SUCESSÃO DE SUCESSOS E INSUCESSOS QUE SE SUCEDEM SUCESSIVAMENTE SEM CESSAR.

Já vimos que malware — e não vírus — é o termo que designa códigos maliciosos e/ou danosos em geral, tais como vírustrojan, wordspywarekeylogger e tantos outros integrantes dessa extensa fauna. Isso porque para se classificado como vírus o código malicioso precisa agir como seu correspondente biológico, infectando o sistema-alvo, fazendo cópias de si mesmo e tentando se espalhar para outros sistemas.

Questões semânticas à parte, fato é que os mecanismos de defesa evoluíram um bocado, mas estão sempre um passo atrás das pragas, ainda que a maioria dos antimalware já não se baseie somente na "assinatura" dessas pestes — diferentemente dos antivírus de antigamente, as ferramentas atuais dispõem de sofisticados mecanismos que analisam o comportamento dos arquivos e impedem a execução daqueles que forem considerados suspeitos. 

O problema é que é difícil neutralizar ataques potenciais que exploram brechas de segurança, em sistemas e programas, que ainda não foram documentadas, e assim passam-se horas, dias ou até semanas até que o desenvolvedor responsável crie e disponibilize a respectiva correção. Nesse entretempo, os dispositivos ficam vulneráveis, mesmo que o sistema, os aplicativos e o arsenal de defesa estejam up to date. E o mesmo vale para malwares recém-criados e ainda não catalogados (segundo a PSafe, centenas de milhares de novas pragas surgem todos os dias e 1 em cada 5 brasileiros já foi vítima de roubo de identidade na Internet).

Observação: Até meados da década de 1990, os programinhas maliciosos se espalhavam através de disquetes contaminados (notadamente disquetes que continham joguinhos para computador), razão pela qual as infecções eram meramente pontuais. Com a popularização da Internet entre usuários domésticos de computador, a bandidagem logo percebeu que o Correio Eletrônico era um meio de transporte mais rápido e eficiente para suas pragas, sobretudo quando o email se tornou capaz de transportar praticamente qualquer tipo de arquivo digital como anexo. Mas foi-se o tempo em que era preciso clicar num link ou abrir um anexo executável para ser infectado. Atualmente, isso pode acontecer sem que o internauta participe ativamente do processo, ou seja, basta aportar num site malicioso qualquer para ser vítima de ataques, mesmo quando não se faz nada além de abrir a página no navegador.   

Muito cuidado se você estiver navegando na Web e um site lhe oferecer um plugin qualquer, a pretexto de ele ser necessário para a correta exibição da página, ou então se surgir uma janelinha pop-up dando conta de que seu dispositivo foi infectado ou tem problemas de desempenho, por exemplo. Não instale nenhum plugin sem antes checar sua procedência (na dúvida, faça uma busca no Google) e, no caso das janelinhas, o propósito de 99% delas é instalar arquivos maliciosos. Ao baixar aplicativos da Web (sobretudo programas freeware), assegure-se de que a instalação não inclua qualquer penduricalho indesejável (como uma barra de ferramentas para o navegador, um novo mecanismo de buscas, etc.). 

Como nem sempre o desenvolvedor do aplicativo permite eliminar os inutilitários durante a instalação, recorra ao Unchecky, que ajuda a prevenir instalações casadas desmarcando as caixas respectivas, evitando que você pule acidentalmente alguma delas. E se o instalador tente embutir de forma dissimulada quaisquer códigos potencialmente indesejáveis, o programinha emite um alerta (mais detalhes nesta postagem).

Continua na próxima postagem.

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

AINDA SOBRE O BLOATWARE


A RELIGIÃO É COMPARÁVEL A UMA NEUROSE DA INFÂNCIA.

Como eu adiantei na abertura desta sequência, o Windows não facilita a remoção do crapware, mas tampouco impede de fazê-lo um usuário que conheça o caminho das pedras. Já nos smartphones com sistema Android a história é outra, pois a maioria das ferramentas desenvolvidas para desinstalar os inutilitários demanda privilégios de superusuário, ou seja, ter acesso ao root do aparelho.  

Não faltam tutoriais na Web — inclusive em vídeo — ensinando a rootear smartphones. Basicamente, o procedimento consiste em baixar e instalar num PC com Windows os drivers do smartphone e o aplicativo que será utilizado no processo (há miríades de programinhas, tanto pagos quanto gratuitos, mas é importante escolher um que seja adequado à marca e ao modelo do seu telefone e respectiva versão do sistema). Ao final, é só conectar o telefone ao computador via cabo de dados e seguir as instruções do tutorial. Por outro lado, o root não só anula a garantia do smartphone com também pode transformar o dispositivo num caríssimo peso de papel. Pense bem, portanto, antes de se aventurar por águas turvas.

Veremos agora como remover apps inúteis ou indesejáveis — ou pelo menos fazer com que eles desapareçam do menu. Acompanhe:

·         Desbloqueie a tela e toque no botão Aplicativos (ilustração acima, à esquerda).

·         No painel seguinte, selecione a aba Aplicativos e o ícone Ajustar (ilustração à esquerda).

·         Role a tela até o campo Dispositivo, selecione Aplicativos e role os painéis, da direita para esquerda, até o último (TODOS).

·         Identifique o crapware e demais inutilitários que você deseja eliminar, toque neles, um por vez, e repare que a próxima janela exibe os dados do dito-cujo (ícone, nome e versão) e, logo abaixo, dois botões virtuais.

Observação: Se você não usa seu smartphone para jogar, por exemplo, comece a faxina pelos games; se não tem conta no Facebook ou no Twitter, elimine também esses itens; se ficar em dúvida em relação a algum aplicativo de nome estranho, faça uma busca no Google ou deixe-o como está, mas mantenha distância das entradas com o ícone do Bugdroid (robozinho verde que simboliza o Android).

O botão da esquerda (Forçar interrupção) encerra o app – desde que ele esteja sendo executado, naturalmente –, mas permite reabilitá-lo a qualquer momento. Já o botão direito oferece três possibilidades: Desinstalar, Desabilitar ou Desinstalar atualizações

A primeira remove programinhas baixados e instalados pelo usuário; a segunda desativa aplicativos pré-carregados ou que fazem parte do sistema, e a terceira reverte-os às condições de fábrica e, em determinados casos, possibilita sua desabilitação. Note que apps desinstalados são eliminados (conquanto possam ser baixados e reinstalados a qualquer tempo), ao passo que os desabilitados continuam ocupando espaço na memória interna do aparelho – para removê-los em definitivo, só mesmo mediante o root (mais detalhes na postagem anterior).

Ainda assim, se o que o incomoda é a profusão de ícones desnecessários na tela Aplicativos, pouse o dedo na tecla virtual Menu, selecione Ocultar/Exibir Aplicativos e faça os ajustes desejados.

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

DE VOLTA AO BLOATWARE (PARTE 3)


SE OS BANDIDOS COMBINARAM COMO ROUBAR O BRASIL, POR QUE OS MOCINHOS NÃO PODERIAM COMBINAR COMO PRENDÊ-LOS?

Se você achou muito complicado o caminho sugerido na postagem anterior, saiba que a renomada suíte de manutenção CCleaner, da Piriform, facilita a remoção do bloatware e ainda oferece uma porção de ferramentas muito úteis, como você pode conferir nesta postagem.

O software é disponibilizado tanto como shareware quanto como freeware. A versão paga dispõe de alguns recursos adicionais, mas a gratuita (para uso não-comercial) atende perfeitamente às necessidades do usuário doméstico. Feito o download e concluída a instalação do programa, faça o seguinte:

— Execute o CCleaner e selecione a opção Ferramentas e clique em Desinstalar;

— Na aba Editor, você poderá identificar os aplicativo Microsoft, incluindo os nativos do Windows 10. Dê um clique direito sobre o item que você deseja remover e, no menu suspenso, selecione a opção Desinstalar;

— Será exibida uma mensagem de confirmação. Clique em OK.

Simples assim.

Na próxima postagem, focaremos a remoção de crapware em smartphones Android.

terça-feira, 19 de novembro de 2019

DE VOLTA AO BLOATWARE (CONTINUAÇÃO)

QUEM PARIU MATEUS QUE O EMBALE.

Vimos que bloatwares (ou crapwares) são inutilitários que os fabricantes de PC e smartphone — e até as operadoras de telefonia celular — atocham em seus produtos para engordar os lucros, que só ocupam espaço e disputam memória e processamento com apps úteis e necessários, mas que nem sempre são fáceis de remover. Mas difícil não é impossível, como vermos a seguir, tanto em PCs com Windows quanto em smartphones baseados no Android.

No Win10 é possível remover essa craca com ou sem o auxílio de ferramentas de terceiros. Sugiro tentar primeiro a maneira mais fácil, lembrando que ela não garante 100% de sucesso em todos os casos. Basicamente, basta você acessar o menu Iniciar, dar um clique direito sobre o app que se quer remover, selecionar a opção Desinstalar e, na mensagem de confirmação, clicar no botão Desinstalar.

Se você não conseguir remover algum inutilitário com esse método, retorne ao menu Iniciar, clique em Configurações (ícone da engrenagem) e depois em Aplicativos. Localize na lista o programa desejado (ou indesejável, melhor dizendo), selecione-o e clique em Desinstalar. Também nesse caso uma mensagem de confirmação será exibida; pressione o botão Desinstalar para concluir o processo.

Se nem assim der certo, antes de recorrer a uma ferramenta de terceiros vale fazer uma tentativa com o Windows PowerShell (versão aprimorada do velho e bom prompt de comando)

Observação: Mesmo após ter sido promovido a sistema operacional autônomo, em 1995, o Windows manteve um interpretador de linha de comando. Com o lançamento da edição XP  baseada no kernel do WinNT , o command.com do velho DOS, que integrava as edições 3.x e 9x/ME, foi substituído pelo cmd.exe. Mais adiante, este cedeu o lugar ao PowerShell, que está para o Prompt de comando assim como o MS-Word para o Bloco de Notas que serve para automação de scripts e pode ajuda-lo a desinstalar aplicativos nativos que se recusam a dar adeus.

Com o PowerShell, qualquer aplicativo pode ser removido, mas, a exemplo do Editor do Registro do Windows, que permite reconfigurar manualmente esse importante banco dinâmico de dados, é preciso tomar cuidado ao utilizá-lo Portanto, não deixe criar um backup do Registro e um ponto de restauração do sistema antes de seguir os passos sugeridos mais adiante (para mais detalhes sobre o Registro e respectivo backup, releia a sequência de postagens iniciada por esta aqui; para saber como criar um ponto de restauração do sistemaclique aqui).

Tomadas essas precauções, pressione o atalho Win+X e clique na opção Windows PowerShell (Adimin). Caso ela não esteja visível, digite PowerShell no campo de buscas do Windows, clique com o botão direito do mouse sobre o resultado Windows PowerShell e selecione a opção Executar como administrador. Na caixa de diálogo que pergunta se você deseja permitir que esse aplicativo faça alterações no seu dispositivo, clique em SimFeito isso, copie e cole na tela do PowerShell o comando correspondente ao app que você quer desinstalar e pressione Enter. Confira a lista a seguir:

Para desinstalar o app 3D Builder: Get-AppxPackage *3dbuilder* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Adquira o Office (ou Get Office): Get-AppxPackage *officehub* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Alarmes e Relógio: Get-AppxPackage *windowsalarms* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Calculadora: Get-AppxPackage *windowscalculator* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Calendário e o Email: Get-AppxPackage *windowscommunicationsapps* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Câmera: Get-AppxPackage *windowscamera* | Remove-AppxPackage

Para desinstalar Clima: Get-AppxPackage *bingweather* | Remove-AppxPackage

Para desinstalar Complemento para o Telefone: Get-AppxPackage *windowsphone* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Dinheiro: Get-AppxPackage *bingfinance* | Remove-AppxPackage

Para desinstalar Esportes: Get-AppxPackage *bingsports* | Remove-AppxPackage

Para desinstalar Filmes e TV: Get-AppxPackage *zunevideo* | Remove-AppxPackage

Para desinstalar Fotos: Get-AppxPackage *photos* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Get Skype: Get-AppxPackage *skypeapp* | Remove-AppxPackage

Para desinstalar Gravador de Voz: Get-AppxPackage *soundrecorder* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Groove Música: Get-AppxPackage *zunemusic* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Introdução: Get-AppxPackage *getstarted* | Remove-AppxPackage

Para desinstalar Leitor: Get-AppxPackage *reader* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Loja: Get-AppxPackage *windowsstore* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Mapas: Get-AppxPackage *windowsmaps* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Microsoft Solitaire Collection: Get-AppxPackage *solitairecollection* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Notícias: Get-AppxPackage *bingnews* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar OneNote: Get-AppxPackage *onenote* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Pessoas: Get-AppxPackage *people* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Xbox: Get-AppxPackage *xboxapp* | Remove-AppxPackage;

Uma barra na cor verde confirmará a desinstalação, que pode demorar alguns minutos para ser concluída. Ao final, reinicie o computador e confira o resultado.

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

DE VOLTA AO BLOATWARE

EXISTE A HISTÓRIA, A HISTÓRIA DA HISTÓRIA E A HISTÓRIA POR TRÁS DA HISTÓRIA.

Bloatware (bloat = inchar) e Crapware (crap = merda) são termos que designam aplicativos que vêm pré-carregados em PCs e smartphones porque os respectivos desenvolvedores remuneram os fabricantes dos aparelhos (e as operadoras, no caso dos celulares) por cada cópia instalada.

Manter uma profusão inutilitários ocupando espaço e disputando memória e ciclos do processador com apps realmente úteis é gastar boa vela com mau defunto, mas nem sempre é fácil remover essa lixaria — que, inclusive, retorna quando o Windows é reinstalado ou o smartphone é revertido às configurações de fábrica.

Empresas como Samsung, Asus, LG e distinta companhia sempre atocharam carradas de inutilitários em seus produtos, de navegadores próprios a lojas de apps, galerias e que tais. A quantidade vem diminuindo, mas ainda está além do que seria razoável.

Embora o crapware seja mais comumente associado a celulares Android, os PCs também não escapam. ASUSSamsungLG, Lenovo, Dell, entre outros fabricantes, adicionam, no mínimo, uma porção de programas de monitoramento e ajuste de performance, enquanto a Microsoft recheia o Windows 10 com itens da Windows Store que nem sempre têm utilidade (mas que podem ser removidos mais facilmente que no Android, como veremos na sequência).

Costuma-se dizer que quando não pagamos por um produto é porque nós somos o produto. Mas convenhamos: diferentemente dos apps freeware e webservices gratuitos, computadores e smartphones custam um bom dinheiro — ou muito dinheiro, considerando o poder aquisitivo do brasileiro e a carga tributária que incide sobre esses produtos (em torno de 40 % nos smartphones e tablets, 50% nos iPads e 30% em PCs com preços acima de R$ 3 mil).

No Windows 10, há pelo menos quatro maneiras de desinstalar aplicativos nativos, três delas a partir de recursos do próprio sistema e uma com o auxílio de ferramentas de terceiros. O resultado não é 100% garantido, mas, no geral, costuma ser bom.

Como o tutorial é um tanto longo e dividi-lo em duas partes não me parece uma boa ideia, vou deixar para publicá-lo inteiro na próxima postagem.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

COMO BARRAR PROGRAMINHAS MALICIOSOS AO INSTALAR APLICATIVOS LEGÍTIMOS (PARTE 4)


RIA E O MUNDO RIRÁ COM VOCÊ. CHORE E VOCÊ CHORARÁ SOZINHO.

A profusão de apps gratuitos que podem ser baixados e instalados mediante uns poucos cliques do mouse potencializa os riscos de nos tornarmos vítimas de maracutaias digitais. Um antivírus ativo, operante e atualizado ajuda, mas não nos blinda totalmente contra vírus e assemelhados. Por essas e outras, seguem algumas recomendações importantes:

Antes de instalar um software, qualquer que seja ele, veja se não há um webservice (serviço baseado na Web) que cumpra mesma função. Esses serviços rodam a partir do navegador, dispensando instalação e eventual remoção posterior — o que é uma mão na roda, pois toda desinstalação deixa resíduos indesejáveis que acabam minando a estabilidade do sistema (para saber mais, clique aqui). 

Para visualizar arquivos .PDF, por exemplo, já não é preciso dispor instalar o Adobe Acrobat Reader ou outro programa residente, pois o próprio navegador é capaz de exibir esse conteúdo. E o fato de isso depender de uma conexão ativa com a Internet não constitui problema para a maioria dos internautas, dada a popularização do acesso em banda larga 24/7.

Supondo que você realmente precise (ou queira) instalar um aplicativo, use o Google (ou outro buscador de sua preferência) para ver se existe alguma associação do programa a vírus e/ou outras maracutaias. Se não encontrar nada que o desabone, veja no Baixaki ou em outro portal de downloads se exite uma avaliação ou comentários de usuários. Quando for fazer o download, faça a partir do site do fabricante, o que não garante 100% de segurança, mas ajuda a evitar possíveis penduricalhos adicionados pelos “atravessadores”.

A exemplo dos fabricantes de computadores — que, ao pré-instalar o Windows, acrescentam uma porção de programinhas de utilidade duvidosos para engordar seus lucros —, desenvolvedores de software costumam incluir em seus arquivos de instalação barras de ferramentas, gerenciadores de senhas e outros adendos nos quais o consumidor provavelmente não estará interessado, daí ser importante ler atentamente o EULA, acompanhar a instalação tela a tela e desmarcar as caixas de confirmação dos módulos indesejados. Mas há casos em que a gente só se dá conta do problema depois que o crapware foi instalado, e aí a porca torce o rabo, pois nem sempre e fácil (ou mesmo possível) eliminar o entulho sem desinstalar o programa principal. 

Para evitar levar gato por lebre, o UNCHECKY é uma mão na roda. Ele desmarca as ofertas não relacionadas com o aplicativo e/ou avisa alerta para acréscimos potencialmente perigosos. Para ajudar com o EULA (que quase ninguém lê), o EULALYZER  analisa os contratos e exibe informações resumidas de seu conteúdo.

Concluímos na próxima postagem. Até la.

terça-feira, 19 de abril de 2016

COMPUTADOR NOVO ― PARTE III

DÓI MAIS TER ALGO E PERDER DO QUE NUNCA TER TIDO.

Vimos que os fabricantes de PCs instalam uma porção de programinhas que não têm a menor serventia para os usuários, mas que invariavelmente ocupam espaço no disco e disputam recursos valiosos (notadamente memória e ciclos de processamento) com os aplicativos úteis. Portanto, depois de concluir as providências de que tratamos nas postagens anteriores, faça uma faxina em regra e elimine o crapware ― isto é, tudo aquilo de que você não precisa.

Abrindo o menu Iniciar e clicando em Todos os aplicativos, você terá uma ideia do que se encontra instalado no seu computador, mas se clicar em Configurações > Sistema, selecionar Aplicativos e recursos, poderá não só conferir a lista completa dos aplicativos, mas também selecionar aqueles que forem dispensáveis e removê-lo pressionando o botão Desinstalar. No entanto, o melhor mesmo é se valer de uma ferramenta dedicada, como o IOBit Uninstaller ― ele integra a suíte de manutenção Advanced System Care, mas você pode instalá-lo isoladamente a partir deste link. A grande vantagem é que, depois de executar o desinstalador do próprio aplicativo, esse valioso utilitário varre o disco à cata de “sobras” indesejáveis e as elimina mediante um simples clique do mouse.

Observação: Para sabe mais sobre a maneira correta de desinstalar programas, reveja esta postagem.

Supondo que você não se sinta à vontade para separar o joio do trigo, o SlimComputer e o  PCDecrapfier podem ser uma mão na roda. O primeiro se propõe a desabilitar serviços, remover links, desinstalar softwares inúteis e barras de navegador indesejáveis, além de otimizar serviços e desativar a inicialização automática de aplicativos que não precisam carregar junto com o Windows (se preferir, baixe a versão portátil, que pode ser levada num pendrive e utilizada em qualquer computador). O segundo dispensa qualquer tipo de instalação e oferece os préstimos de assistentes que fazem o trabalho utilizando telas passo a passo. Basta escolher as opções desejadas e clicar em “Next” para dar andamento ao processo, o que torna a utilização do programinha fácil e segura, mesmo para leigos e iniciantes. Mas não deixe de aceitar a sugestão do assistente quanto à criação de um ponto de restauração do sistema ; afinal seguro morreu de velho.

Não custa lembrar que, mesmo sendo extremamente versátil, o Windows não provê todos os recursos de que necessitamos no dia-a-dia ― e nem lhe caberia fazê-lo, até porque a função precípua de um sistema operacional é servir de base para os demais aplicativos. Assim, vemo-nos obrigados a instalar diversos programas ― de segurança, produtividade, manutenção, entretenimento, etc. ―, mas isso não significa entupir o disco com toneladas de freewares inúteis, até porque, como já discutimos em outras oportunidades, isso degrada o desempenho do sistema e pode até comprometer a segurança do computador. Aliás, volto a recomendar que você recorra sempre que possível a serviços online, que são executados partir do navegador e, portanto, dispensam instalação e consequente remoção.

Amanhã a gente conclui, pessoal. Abraços e até lá.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

CRAPWARE e etc... (parte 3)

HÁ DUAS MANEIRAS DE VIVER A VIDA: COMO SE NADA FOSSE POR MILAGRE, E COMO SE TUDO FOSSE POR MILAGRE.

Muitos desenvolvedores têm a decência de informar os usuários da existência de adwares e outros PUPs em seus programas, além de facilitar a respectiva eliminação durante a instalação – razão pela qual eu recomendo enfaticamente acompanhar o processo tela após tela. Ainda assim são grandes chances de a gente levar gato por lebre, e em muitos casos as medidas corretivas são bem mais complicadas do que as preventivas. Para piorar, cada caso é um caso, e o mesmo remédio não cura todos os males. Mas se as alterações levadas a efeito pelo PUP afetarem somente o navegador, tente o seguinte:
  • No Chrome, pressione o botão com três barras horizontais (no canto superior direito da barra de endereços), clique em Ferramentas > Extensões e no pequeno ícone da lixeira, à direita da extensão que você deseja remover. Clique então no link Configurações (na coluna superior à esquerda da página) e desfaça as modificações nos campos Iniciação e Pesquisa.
  • No IE, abra o menu Ferramentas, clique em Gerenciar Complementos e, em Tipos de Complemento, desfaça as alterações em Barra de Ferramentas e Extensões e em Provedores de Pesquisa. Feito isso, selecione Opções da Internet e, na guia Geral, resgate sua página inicial no campo HOME PAGE.
  • No Firefox, clique no botão Firefox (em vermelho, no canto superior esquerdo da tela), selecione Complementos > Extensões e desfaça as alterações. Ao final, arraste a página que você deseja usar como homepage e solte-a no ícone da casinha, à direita da Barra de endereços.
Se o problema persistir, recorra àquele ponto de restauração do sistema que você criou antes de instalar o aplicativo que lhe rendeu o PUP. Se não funcionar, tente os dois pontos imediatamente anteriores. Se nem assim funcionar, abra o Painel de Controle, clique em Programas e Recursos > Desinstalar ou alterar um programa, selecione o intruso, clique em Desinstalar e, ao final, reinicie o computador

Observação: Melhor ainda é utilizar um desinstalador de terceiros, como o Revo Uninstall Free, ou as ferramentas oferecidas por suítes como o CCleaner ou o Advanced System Care Free, que fazem um serviço mais primoroso. Aliás, esse último conta ainda com um módulos específico para desinstalar barras de ferramentas e plug-ins.

Note que alguns PUPs são de uma rebeldia a toda prova, e mesmo depois de desinstalados – e até depois da remoção dos aplicativos que os trouxe ao sistema – impedem o resgate da página inicial e/ou do mecanismo de buscas. Mas para não estender demais este texto, vamos deixar para tratar disso amanhã.
Abraços e até lá.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

WINDOWS 7 – COMO ACELERAR O BOOT E A INICIALIZAÇÃO DO SISTEMA

A PUNIÇÃO PARA QUEM NÃO SE INTERESSA POR POLÍTICA É SER GOVERNADO POR QUEM SE INTERESSA.

Uma queixa recorrente dos usuários de PCs é a lentidão na inicialização do sistema – coisa que, ao que tudo indica, somente será solucionada quando os HDs eletromecânicos forem substituídos por drives de memória flash e o BIOS, pelo UEFI .
Como a evolução em questão não deve ocorrer da noite para o dia, manter o tempo de boot e carga do sistema em patamares aceitáveis exige a adoção de providências como:

1.   Manter o PC livre de crapware;
2.   Rodar a Limpeza de disco semanalmente;
3.   Desfragmentar o HD e a memória RAM a cada 15 dias;
4.   Manter o Registro do Windows limpo e compactado;
5.   Instalar programinhas como o StartupDelayer e o Bootvis (opcional).

Convém também revisar os aplicativos que pegam carona na inicialização do sistema e manter somente aqueles que são estritamente necessários – se você não se sentir à vontade para usar o msconfig, o gerenciador de inicialização do Advanced System Care e o startup optimizer do System Mechanic são opções pra lá de interessantes.
Usuários do Seven podem configurar mais núcleos do processador para agilizar o boot e os felizardos que dispõem das versões “top” do sistema, configurar os caronistas para carregar antes da tela de logon, o que deixa a inicialização ainda mais rápida. Para tanto:

·        Abra o Bloco de Notas, digite WScript.CreateObject("WScript.Shell").Run("rundll32 user32.dll,LockWorkStation") na janelinha e salve o arquivo como LockWorkStation.vbs.
·        Digite "control.exe userpasswords2" (sem as aspas) na linha de comando e confirme a operação.
·        Na aba Usuários, selecione a conta desejada, desmarque a opção Os usuários devem digitar um nome de usuário e uma senha para usar este computador e clique em Aplicar.
·        Na mesma tela, selecione a aba Avançado, pressione o botão Avançado, clique em Usuários, dê um clique direito na conta desejada e selecione Propriedades.
·        Na aba Perfil, digite o nome do arquivo criado na primeira etapa deste tutorial (LockWorkStation.vbs) no campo Script de Logon.
·        No diretório onde você salvou o arquivo LockWorkStation.vbs, dê um clique direito sobre ele e selecione Propriedades.
·        Vá até a aba Compartilhamento e clique em Compartilhamento avançado.
·        Na telinha que se abrir, selecione Compartilhar pasta e troque Nome do compartilhamento por NetLogon.
·        Em Limite o número de usuários simultâneos a, defina o valor como 1, clique em Permissões.
·        Na tela com a lista dos usuários que possuem permissão para compartilhar a pasta em questão, remova todos – incluindo Todos, caso essa opção esteja presente.
·        Pressione o botão Adicionar, digite o nome do usuário cuja inicialização você pretende acelerar, confirme em OK e reinicie o computador.

Abraços e até amanhã.