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quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

DE VOLTA À INSEGURANÇA DIGITAL


A VIDA É UMA SUCESSÃO DE SUCESSOS E INSUCESSOS QUE SE SUCEDEM SUCESSIVAMENTE SEM CESSAR.

Já vimos que malware — e não vírus — é o termo que designa códigos maliciosos e/ou danosos em geral, tais como vírustrojan, wordspywarekeylogger e tantos outros integrantes dessa extensa fauna. Isso porque para se classificado como vírus o código malicioso precisa agir como seu correspondente biológico, infectando o sistema-alvo, fazendo cópias de si mesmo e tentando se espalhar para outros sistemas.

Questões semânticas à parte, fato é que os mecanismos de defesa evoluíram um bocado, mas estão sempre um passo atrás das pragas, ainda que a maioria dos antimalware já não se baseie somente na "assinatura" dessas pestes — diferentemente dos antivírus de antigamente, as ferramentas atuais dispõem de sofisticados mecanismos que analisam o comportamento dos arquivos e impedem a execução daqueles que forem considerados suspeitos. 

O problema é que é difícil neutralizar ataques potenciais que exploram brechas de segurança, em sistemas e programas, que ainda não foram documentadas, e assim passam-se horas, dias ou até semanas até que o desenvolvedor responsável crie e disponibilize a respectiva correção. Nesse entretempo, os dispositivos ficam vulneráveis, mesmo que o sistema, os aplicativos e o arsenal de defesa estejam up to date. E o mesmo vale para malwares recém-criados e ainda não catalogados (segundo a PSafe, centenas de milhares de novas pragas surgem todos os dias e 1 em cada 5 brasileiros já foi vítima de roubo de identidade na Internet).

Observação: Até meados da década de 1990, os programinhas maliciosos se espalhavam através de disquetes contaminados (notadamente disquetes que continham joguinhos para computador), razão pela qual as infecções eram meramente pontuais. Com a popularização da Internet entre usuários domésticos de computador, a bandidagem logo percebeu que o Correio Eletrônico era um meio de transporte mais rápido e eficiente para suas pragas, sobretudo quando o email se tornou capaz de transportar praticamente qualquer tipo de arquivo digital como anexo. Mas foi-se o tempo em que era preciso clicar num link ou abrir um anexo executável para ser infectado. Atualmente, isso pode acontecer sem que o internauta participe ativamente do processo, ou seja, basta aportar num site malicioso qualquer para ser vítima de ataques, mesmo quando não se faz nada além de abrir a página no navegador.   

Muito cuidado se você estiver navegando na Web e um site lhe oferecer um plugin qualquer, a pretexto de ele ser necessário para a correta exibição da página, ou então se surgir uma janelinha pop-up dando conta de que seu dispositivo foi infectado ou tem problemas de desempenho, por exemplo. Não instale nenhum plugin sem antes checar sua procedência (na dúvida, faça uma busca no Google) e, no caso das janelinhas, o propósito de 99% delas é instalar arquivos maliciosos. Ao baixar aplicativos da Web (sobretudo programas freeware), assegure-se de que a instalação não inclua qualquer penduricalho indesejável (como uma barra de ferramentas para o navegador, um novo mecanismo de buscas, etc.). 

Como nem sempre o desenvolvedor do aplicativo permite eliminar os inutilitários durante a instalação, recorra ao Unchecky, que ajuda a prevenir instalações casadas desmarcando as caixas respectivas, evitando que você pule acidentalmente alguma delas. E se o instalador tente embutir de forma dissimulada quaisquer códigos potencialmente indesejáveis, o programinha emite um alerta (mais detalhes nesta postagem).

Continua na próxima postagem.

terça-feira, 19 de novembro de 2019

DE VOLTA AO BLOATWARE (CONTINUAÇÃO)

QUEM PARIU MATEUS QUE O EMBALE.

Vimos que bloatwares (ou crapwares) são inutilitários que os fabricantes de PC e smartphone — e até as operadoras de telefonia celular — atocham em seus produtos para engordar os lucros, que só ocupam espaço e disputam memória e processamento com apps úteis e necessários, mas que nem sempre são fáceis de remover. Mas difícil não é impossível, como vermos a seguir, tanto em PCs com Windows quanto em smartphones baseados no Android.

No Win10 é possível remover essa craca com ou sem o auxílio de ferramentas de terceiros. Sugiro tentar primeiro a maneira mais fácil, lembrando que ela não garante 100% de sucesso em todos os casos. Basicamente, basta você acessar o menu Iniciar, dar um clique direito sobre o app que se quer remover, selecionar a opção Desinstalar e, na mensagem de confirmação, clicar no botão Desinstalar.

Se você não conseguir remover algum inutilitário com esse método, retorne ao menu Iniciar, clique em Configurações (ícone da engrenagem) e depois em Aplicativos. Localize na lista o programa desejado (ou indesejável, melhor dizendo), selecione-o e clique em Desinstalar. Também nesse caso uma mensagem de confirmação será exibida; pressione o botão Desinstalar para concluir o processo.

Se nem assim der certo, antes de recorrer a uma ferramenta de terceiros vale fazer uma tentativa com o Windows PowerShell (versão aprimorada do velho e bom prompt de comando)

Observação: Mesmo após ter sido promovido a sistema operacional autônomo, em 1995, o Windows manteve um interpretador de linha de comando. Com o lançamento da edição XP  baseada no kernel do WinNT , o command.com do velho DOS, que integrava as edições 3.x e 9x/ME, foi substituído pelo cmd.exe. Mais adiante, este cedeu o lugar ao PowerShell, que está para o Prompt de comando assim como o MS-Word para o Bloco de Notas que serve para automação de scripts e pode ajuda-lo a desinstalar aplicativos nativos que se recusam a dar adeus.

Com o PowerShell, qualquer aplicativo pode ser removido, mas, a exemplo do Editor do Registro do Windows, que permite reconfigurar manualmente esse importante banco dinâmico de dados, é preciso tomar cuidado ao utilizá-lo Portanto, não deixe criar um backup do Registro e um ponto de restauração do sistema antes de seguir os passos sugeridos mais adiante (para mais detalhes sobre o Registro e respectivo backup, releia a sequência de postagens iniciada por esta aqui; para saber como criar um ponto de restauração do sistemaclique aqui).

Tomadas essas precauções, pressione o atalho Win+X e clique na opção Windows PowerShell (Adimin). Caso ela não esteja visível, digite PowerShell no campo de buscas do Windows, clique com o botão direito do mouse sobre o resultado Windows PowerShell e selecione a opção Executar como administrador. Na caixa de diálogo que pergunta se você deseja permitir que esse aplicativo faça alterações no seu dispositivo, clique em SimFeito isso, copie e cole na tela do PowerShell o comando correspondente ao app que você quer desinstalar e pressione Enter. Confira a lista a seguir:

Para desinstalar o app 3D Builder: Get-AppxPackage *3dbuilder* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Adquira o Office (ou Get Office): Get-AppxPackage *officehub* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Alarmes e Relógio: Get-AppxPackage *windowsalarms* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Calculadora: Get-AppxPackage *windowscalculator* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Calendário e o Email: Get-AppxPackage *windowscommunicationsapps* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Câmera: Get-AppxPackage *windowscamera* | Remove-AppxPackage

Para desinstalar Clima: Get-AppxPackage *bingweather* | Remove-AppxPackage

Para desinstalar Complemento para o Telefone: Get-AppxPackage *windowsphone* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Dinheiro: Get-AppxPackage *bingfinance* | Remove-AppxPackage

Para desinstalar Esportes: Get-AppxPackage *bingsports* | Remove-AppxPackage

Para desinstalar Filmes e TV: Get-AppxPackage *zunevideo* | Remove-AppxPackage

Para desinstalar Fotos: Get-AppxPackage *photos* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Get Skype: Get-AppxPackage *skypeapp* | Remove-AppxPackage

Para desinstalar Gravador de Voz: Get-AppxPackage *soundrecorder* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Groove Música: Get-AppxPackage *zunemusic* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Introdução: Get-AppxPackage *getstarted* | Remove-AppxPackage

Para desinstalar Leitor: Get-AppxPackage *reader* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Loja: Get-AppxPackage *windowsstore* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Mapas: Get-AppxPackage *windowsmaps* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Microsoft Solitaire Collection: Get-AppxPackage *solitairecollection* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Notícias: Get-AppxPackage *bingnews* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar OneNote: Get-AppxPackage *onenote* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Pessoas: Get-AppxPackage *people* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Xbox: Get-AppxPackage *xboxapp* | Remove-AppxPackage;

Uma barra na cor verde confirmará a desinstalação, que pode demorar alguns minutos para ser concluída. Ao final, reinicie o computador e confira o resultado.

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

DE VOLTA AO BLOATWARE

EXISTE A HISTÓRIA, A HISTÓRIA DA HISTÓRIA E A HISTÓRIA POR TRÁS DA HISTÓRIA.

Bloatware (bloat = inchar) e Crapware (crap = merda) são termos que designam aplicativos que vêm pré-carregados em PCs e smartphones porque os respectivos desenvolvedores remuneram os fabricantes dos aparelhos (e as operadoras, no caso dos celulares) por cada cópia instalada.

Manter uma profusão inutilitários ocupando espaço e disputando memória e ciclos do processador com apps realmente úteis é gastar boa vela com mau defunto, mas nem sempre é fácil remover essa lixaria — que, inclusive, retorna quando o Windows é reinstalado ou o smartphone é revertido às configurações de fábrica.

Empresas como Samsung, Asus, LG e distinta companhia sempre atocharam carradas de inutilitários em seus produtos, de navegadores próprios a lojas de apps, galerias e que tais. A quantidade vem diminuindo, mas ainda está além do que seria razoável.

Embora o crapware seja mais comumente associado a celulares Android, os PCs também não escapam. ASUSSamsungLG, Lenovo, Dell, entre outros fabricantes, adicionam, no mínimo, uma porção de programas de monitoramento e ajuste de performance, enquanto a Microsoft recheia o Windows 10 com itens da Windows Store que nem sempre têm utilidade (mas que podem ser removidos mais facilmente que no Android, como veremos na sequência).

Costuma-se dizer que quando não pagamos por um produto é porque nós somos o produto. Mas convenhamos: diferentemente dos apps freeware e webservices gratuitos, computadores e smartphones custam um bom dinheiro — ou muito dinheiro, considerando o poder aquisitivo do brasileiro e a carga tributária que incide sobre esses produtos (em torno de 40 % nos smartphones e tablets, 50% nos iPads e 30% em PCs com preços acima de R$ 3 mil).

No Windows 10, há pelo menos quatro maneiras de desinstalar aplicativos nativos, três delas a partir de recursos do próprio sistema e uma com o auxílio de ferramentas de terceiros. O resultado não é 100% garantido, mas, no geral, costuma ser bom.

Como o tutorial é um tanto longo e dividi-lo em duas partes não me parece uma boa ideia, vou deixar para publicá-lo inteiro na próxima postagem.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

CRAPWARE, BLOATWARE, INUTILITÁRIOS e afins...


Substituir seu PC velho de guerra por outro novinho em folha não significa simplesmente retirar este último da embalagem, conectar os periféricos, plugar o cabo de energia na tomada e dar adeus ao XP e as boas vindas ao Seven (o Windows 8 pode esperar). Afinal, toda mudança dá trabalho, e a do computador não é exceção: além de atualizar e configurar o sistema, instalar aplicativos e transferir para a máquina nova todos os seus arquivos pessoais, você ainda terá que lidar com o CRAPWARE.

Observação: Crapware (crap=merda) é o nome que se dá àquela penca de aplicativos inúteis que vêm pré-instalados em computadores de grife. Isso porque, para manter seus produtos competitivos, os fabricantes são obrigados a operar com margens de lucro reduzidas, e como as empresas de software se dispõem a bancar a diferença em troca da divulgação de seus Bloatwares (bloat=entulho), juntam-se a fome e a vontade de comer.

Tecnicamente, tudo que não faz parte do Windows pode ser descartado (para evitar desperdício de espaço no disco e/ou consumo desnecessário de recursos do sistema), mas convém fazer uma análise criteriosa antes de sair apagando programas a torto e a direito.

Claro que sempre é possível esquadrinhar a lista de aplicativos e remover manualmente tudo que for dispensável (para saber mais, clique aqui), mas é mais rápido e prático recorrer ao SlimComputer ou ao PCDecrapfier, que identificam e eliminam os inutilitários mais comuns.

Observação: Reinstalar o Windows a partir da mídia original da Microsoft também é uma opção, mas como as máquinas de grife geralmente trazem discos de recuperação personalizados pelos fabricantes, utilizá-los será como trocar seis por meia dúzia, pois o retorno do sistema às condições originais de fábrica incluirá toda a “craca” que você quer eliminar.

Amanhã a gente continua; abraços e até lá.