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quarta-feira, 10 de abril de 2019

PRIVACIDADE E SEGURANÇA NA WEB


QUE FORMOSA APARÊNCIA TEM A FALSIDADE!

De acordo com a Kaspersky Lab, quase metade dos internautas perderam dados em seus smartphones (47%), computadores (52%) e tablets (20%). 

Ações como revisar notificações em redes sociais e verificar emails a todo instante e em qualquer local colocam em risco a privacidade e a segurança se não forem tomados os devidos cuidados. Por essas e outras, vale repetir (mais uma vez) que, ao instalar aplicativos, prefira baixá-los de fontes seguras e se limitar àqueles que realmente terão alguma utilidade para você.

Jamais clique em “Aceito” sem analisar quais as permissões o programinha solicita. Uma lanterna ou um gravador de voz, por exemplo, não precisa saber a sua localização e tampouco ter acesso à sua lista de contatos. Instalar tudo que você vê pela frente, e de forma açodada, é procurar sarna para se coçar, pois envolve um risco muito grande em troca de pouco ou nenhum benefício.

O Windows continua sendo o sistema operacional para PCs mais usado em todo o mundo, e é justamente dessa popularidade que advém sua propalada insegurança — por óbvio, hackers, crackers e assemelhados preferem focar um programa largamente utilizado a investir em outro que pouca gente utiliza. Portanto, baixar e instalar as atualizações e correções disponibilizadas pelo Windows update é fundamental.

Infelizmente, ainda não descobriram uma alternativa viável aos antivírus. Até que isso aconteça, instalar, configurar adequadamente e manter atualizada uma suíte de segurança é de importância vital, mesmo que nenhuma dessas ferramentas seja 100% confiável.

Proteger seu computador, smartphone ou tablet com uma senha de segurança previne a ação de bisbilhoteiros e dificulta o uso do aparelho por amigos do alheio. Convém também não repetir senhas (isto é, usar a mesma combinação alfanumérica para se logar em múltiplos sites ou serviços). Logar-se com sua conta do Gmail ou do Facebook, por exemplo, é cômodo, mas tenha em mente que comodidade e segurança raramente andam de mãos dadas.

Sistemas operacionais são multitarefa, mas você, não. Eu, pelo menos, não sou. Dizem que as mulheres tem mais facilidade de gerenciar diversas tarefas ao mesmo tempo, mas, no computador ou no celular, com muitas distrações na tela os usuários tendem a prestar menos atenção ao que estão fazendo e acabam clicando em links ou baixando arquivos de sites maliciosos. Portanto, mantenha o mínimo de aplicativos e abas do navegador abertos ao mesmo tempo e procure se concentrar no que realimente interessa.

Falando em links suspeitos, uma das maneiras de os cibercriminosos fisgarem suas vítimas e valer-se da curiosidade inerente ao ser humano. Redobre os cuidados ao pensar em abrir anexos ou clicar em links em mensagens ou páginas com títulos chamativos ou curiosos, por exemplo. Como diz o ditado, “a curiosidade matou o gato” — há quem diga que a satisfação o ressuscitou, mas isso é outra conversa.  

Fabricantes de aplicativos e prestadores de serviços online se valem da notória aversão que a maioria de nós tem pela leitura dos intermináveis contratos (EULA e afins) que regulamentam o que o usuário pode ou não fazer, resguarda os direitos do desenvolvedor (propriedade intelectual), e por aí afora. Como esses contratos costumam ser muito e de difícil compreensão, quase sempre aceitamos os termo e seguimos adiante com a instalação. Mas basta ler um deles com atenção para desistir de instalar o programinha — mais de 80% dos apps para Android têm acesso a contas, contatos, mensagens, chamadas e arquivos armazenados no aparelho do usuário. Depois não adianta reclamar, pois foi você mesmo que autorizou essa devassa na sua privacidade ao concordar com os termos e instalar o software. 

Observação: A título de sugestão, instale o EULAlyzer no seu Windows. Com ele, bastam alguns cliques para visualizar um relatório rápido e conciso do conteúdo potencialmente perigoso.

Por último, mas não menos importante: tome muito cuidado com fotos e outros conteúdos sensíveis que você publica em suas redes sociais e que tais, pois pessoas mal-intencionadas podem usar essas informações de diversas maneiras. Ainda de acordo com a Kaspersky Lab, apenas 7% dos internautas não compartilham informações em suas redes — portanto, pense duas vezes antes de fazer parte dos outros 93% que disponibilizam na internet todo tipo de informação.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

COMO BARRAR PROGRAMINHAS MALICIOSOS AO INSTALAR APLICATIVOS LEGÍTIMOS (PARTE 4)


RIA E O MUNDO RIRÁ COM VOCÊ. CHORE E VOCÊ CHORARÁ SOZINHO.

A profusão de apps gratuitos que podem ser baixados e instalados mediante uns poucos cliques do mouse potencializa os riscos de nos tornarmos vítimas de maracutaias digitais. Um antivírus ativo, operante e atualizado ajuda, mas não nos blinda totalmente contra vírus e assemelhados. Por essas e outras, seguem algumas recomendações importantes:

Antes de instalar um software, qualquer que seja ele, veja se não há um webservice (serviço baseado na Web) que cumpra mesma função. Esses serviços rodam a partir do navegador, dispensando instalação e eventual remoção posterior — o que é uma mão na roda, pois toda desinstalação deixa resíduos indesejáveis que acabam minando a estabilidade do sistema (para saber mais, clique aqui). 

Para visualizar arquivos .PDF, por exemplo, já não é preciso dispor instalar o Adobe Acrobat Reader ou outro programa residente, pois o próprio navegador é capaz de exibir esse conteúdo. E o fato de isso depender de uma conexão ativa com a Internet não constitui problema para a maioria dos internautas, dada a popularização do acesso em banda larga 24/7.

Supondo que você realmente precise (ou queira) instalar um aplicativo, use o Google (ou outro buscador de sua preferência) para ver se existe alguma associação do programa a vírus e/ou outras maracutaias. Se não encontrar nada que o desabone, veja no Baixaki ou em outro portal de downloads se exite uma avaliação ou comentários de usuários. Quando for fazer o download, faça a partir do site do fabricante, o que não garante 100% de segurança, mas ajuda a evitar possíveis penduricalhos adicionados pelos “atravessadores”.

A exemplo dos fabricantes de computadores — que, ao pré-instalar o Windows, acrescentam uma porção de programinhas de utilidade duvidosos para engordar seus lucros —, desenvolvedores de software costumam incluir em seus arquivos de instalação barras de ferramentas, gerenciadores de senhas e outros adendos nos quais o consumidor provavelmente não estará interessado, daí ser importante ler atentamente o EULA, acompanhar a instalação tela a tela e desmarcar as caixas de confirmação dos módulos indesejados. Mas há casos em que a gente só se dá conta do problema depois que o crapware foi instalado, e aí a porca torce o rabo, pois nem sempre e fácil (ou mesmo possível) eliminar o entulho sem desinstalar o programa principal. 

Para evitar levar gato por lebre, o UNCHECKY é uma mão na roda. Ele desmarca as ofertas não relacionadas com o aplicativo e/ou avisa alerta para acréscimos potencialmente perigosos. Para ajudar com o EULA (que quase ninguém lê), o EULALYZER  analisa os contratos e exibe informações resumidas de seu conteúdo.

Concluímos na próxima postagem. Até la.