Existem diversas marcas e modelos de placas-mãe no mercado – algumas renomadas, outras sabidamente de qualidade duvidosa. Além dos recursos providos por esse importante componente (notadamente pelo chipset), você deve levar em conta suas preferências pessoais e disponibilidade financeira, bem como confirmar com o revendedor a compatibilidade do produto com o processador e com as memórias que pretende utilizar.
Observação: A compatibilidade do processador com a placa-mãe depende diretamente do chipset, e alguns modelos aceitam mais de um tipo de CPU do mesmo fabricante (o Intel G35 Express, por exemplo, suporta CPUs Intel Core2Duo e Core2Quad, oferecendo uma possibilidade interessante de expansão futura).
Tanto a Intel quando a AMD desenvolvem chipsets para seus respectivos processadores. A VIA também oferece boas opções para CPUs da AMD, ao passo que a SiS amargou uma reputação duvidosa por seus produtos equiparem alguns modelos tenebrosos de placas da PC Chips, campeãs em trilhas defeituosas, circuitos ruins e projetos mal definidos, ainda que o problema fosse das placas, não dos chipsets.
A ALI teve presença marcante no tempo do socket7, e embora tenha perdido espaço no mercado, lançou há poucos anos um modelo bastante interessante para o Athlon 64. Já a nVidia, muito popular por suas aceleradoras gráficas, ainda está “engatinhando” no segmento de chipsets, conquanto seu nForce apresente um padrão de qualidade e desempenho digno de nota (foi com ele, aliás, que se implementou o sistema dual para memórias DDR, mas o preço elevado não estimulou muito o mercado de placas superintegradas).
Na hora de escolher sua placa-mãe, tome cuidado com ofertas do tipo ponta de estoque. Prefira produtos atuais, que dêem margem a futuras expansões (atente para a quantidade de soquetes para memórias e slots PCI, AGP e PCI-Express, suporte ao USB 2.0 e outros detalhes que tais).
Placas-mãe com som onboard se tornaram tão comuns que é difícil encontrar alguma sem esse recurso, e as mais recentes trazem subsistemas com seis canais de áudio digital, o que é mais do que suficiente para jogar games comuns e ouvir música no computador (caso você pretenda instalar uma placa dedicada que ofereça melhor qualidade sonora e suporte a áudio 3D, lembre-se de que talvez seja preciso reconfigurar o Setup para desabilitar o som integrado).
O preço dos componentes costuma variar conforme a marca e o fornecedor, de modo que vale a pena cotar produtos de fabricantes idôneos que ofereçam recursos equivalentes. De qualquer forma, fuja de artigos suspeitos, comercializados por marreteiros, barraqueiros e assemelhados, e resista à tentação de privilegiar a economia optando por uma plataforma onboard se a idéia for desabilitar mais adiante os recursos integrados e espetar placas autônomas. Embora essa possibilidade exista e possa ser um quebra-galho no caso de defeitos setorizados, ela não costuma ser uma boa idéia em termos de upgrade.
Por último (ufa!), mas nem por isso menos importante, tenha em mente que manual da placa é uma valiosa fonte de informações; leia-o com atenção e guarde-o para futuras referências.
Bom dia a todos e até mais ler.