NÃO CORRIGIR
AS PRÓPRIAS FALHAS É COMETER A PIOR
DELAS.
Já vimos como criar uma unidade
de recuperação a partir do próprio Windows
e com a ferramenta de criação de mídia
da Microsoft. Agora, veremos como usar esse salva-vidas, mas não sem
antes relembrar que, como qualquer medida profilática, é preciso criá-lo antes que o problema se manifeste ― em
outras palavras, ele é como um plano de saúde: melhor ter e não precisar usar do que precisar e não ter.
Observação: Igualmente importante é identificar esse
pendrive como “disco de resgate” ou outro nome qualquer que remeta à sua
finalidade, evitando, assim, que ele seja usado acidentalmente para
outros fins.
Outro detalhe que eu reputo importante: ao usar
um pendrive em vez de um DVD como unidade de armazenamento externo, é mais fácil recorrer aos recursos do próprio Windows (ou
seja, sem baixar o assistente de criação de mídia da Microsoft). Basta seguir os passos indicados no post do último dia
14, marcar a opção “Faça backup dos
arquivos do sistema na unidade de recuperação” e seguir as instruções do
assistente. Note, porém, que serão necessários 16 gigabytes de espaço livre no dispositivo, que o processo demora
bem mais do que quando simplesmente criamos a unidade de resgate sem incluir o backup dos arquivos do sistema e que,
embora possamos continuar usando o computador durante a cópia dos arquivos,
é melhor evitar, porque a execução concomitante de outros aplicativos não só retarda o processo como também aumenta o risco de os arquivos se corromperem.
Feitas essas ressalvas, vamos ao que interessa: se e
quando você for usar sua unidade de recuperação para resolver problemas com seu
Windows, poderá ser necessário redefinir
a sequência de boot, ou seja reconfigurar
a ordem de inicialização de modo que os arquivos do sistema sejam procurados
primeiro na unidade mídia removível ― ou a máquina tentará iniciar a partir do
HD. Esse ajuste é feito através da tela do CMOS
Setup, que a gente acessa reiniciando o computador e pressionando uma
tecla específica durante a contagem da memória.
Observação:
Se você não sabe qual tecla pressionar para
acessar o Setup, consulte o manual
do aparelho ou da placa-mãe, já que isso varia conforme o fabricante e o modelo
do BIOS. Na maioria dos casos, essa
tecla é <delete>, <F2>
ou <F10>, mas também pode ser , , ou mesmo uma combinação de teclas como Ctrl+Esc, Ctrl+Alt+Enter ou Ctrl+Alt+F2
(para mais detalhes sobre o BIOS e o
CMOS Setup, reveja a sequência de
postagens iniciada por esta
aqui).
Na tela inical do Setup,
procure alguma referência a “boot”
(ou “início”, ou ainda “inicialização”, caso os menus estejam
em português). Pode ser um separador ou uma opção embutida num menu. No pé da
tela, haverá informações de como navegar pelas opções (via de regra, as setas do teclado são usadas para
navegar e <Enter> para
selecionar, já que o mouse não costuma funcionar no CMOS Setup).
Uma vez localizada a tela, altere a sequência de modo que a
unidade de mídia removível (USB) se
torne o dispositivo prioritário (1st
boot device). Na própria tela você encontrará informações de quais teclas
usar nessa alteração (normalmente são as setas
e/ou os teclas de + e –). Sugiro definir a unidade USB como prioritária e manter o HD como
segunda opção, pois assim não será preciso reverter à configuração anterior
mais adiante, uma vez que, sem uma unidade de resgate conectada à portinha USB,
o boot será feito pelo HD. Concluída a reconfiguração, pressione para salvar e sair (ou siga a indicação na tela para
obter esse mesmo resultado).
Observação: Em computadores de fabricação recente, o BIOS pode ter sido substituído por um
sistema chamado UEFI, que é bem mais
intuitivo, mas o procedimento é basicamente o mesmo, como também as teclas
usadas para alterar e salvar as configurações. Aliás, há casos em que o uso do
mouse é suportado, mas isso já é outra conversa.
Para iniciar o computador a partir da unidade de resgate,
conecte o pendrive numa portinha
USB,
ligue a máquina e siga as instruções na tela. Entre as opções disponíveis, você poderá executar a ferramenta que tenta corrigir os erros que estejam impedindo
o computador de inicializar normalmente, reverter o sistema a um
ponto de restauração
criado previamente, retornar à
versão anterior do sistema ― o que pode ser
interessante se você estiver tendo problemas após ter instalado algum
update
abrangente fornecido pela
Microsoft
― ou mesmo reinstalar o
Windows preservando (ou não) seus arquivos pessoais.
Boa sorte.
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