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quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

AINDA SOBRE COMO SOLUCIONAR PROBLEMAS NO WINDOWS, SFC E DISM (FINAL)


CONTRADIÇÕES NÃO EXISTEM. SE VOCÊ SE DEPARAR COM UMA CONTRADIÇÃO, REVEJA SUAS PREMISSAS: ALGUMA COISA DEVE ESTAR ERRADA.

Depois de relembrar o que é e como se usa o prompt de comando no Windows — ou PowerShell, nas edições 8.1 e 10 do sistema —, volto ao DISM e o SFC, que são ferramentas nativas do Windows, mas não figuram na lista de aplicativos do menu Iniciar nem entre os miniaplicativos do Painel de Controle, pois elas são executadas via linha de comando e com privilégios de administrador.  Ambas varrem o sistema em busca de arquivos corrompidos e implementar as correções necessárias, mas a Microsoft recomenta executar primeiro o DISM no Windows 10 e Windows 8.1 e inverter essa ordem no Windows 7

Para abrir o PowerShell com privilégios de administrador, clicamos com o botão direito em Iniciar e selecionamos a opção Windows PowerShell (Admin). Na janelinha de confirmação, autorizamos a execução clicando em Sim (ou fornecemos as credenciais de administrador, dependendo do que for solicitado). Na tela do interpretador, digitamos “Dism /Online /Cleanup-Image /ScanHealth (ou “Dism /Online /Cleanup-Image /CheckHealth”, tanto faz) na linha de comando e pressionamos Enter (desconsidere as aspas ao digitar o comando, mas assegure-se de dar um espaço antes de cada “/”).

Podemos acompanhar o processo pelo avanço do percentual na tela, que demora um pouco para atingir 100% e não raro empaca nos 20% e leva uma eternidade para seguir adiante, mas devemos resistir à tentação de fechar a tela. Sugiro tomar um café, fazer um lanche ou coisa parecida, pois, ainda que seja possível continuar usando o computador enquanto a verificação está em curso, eu acho melhor evitar.

Se a mensagem exibida ao final for igual a da figura que ilustra esta postagem, não precisamos fazer mais nada, mas se for de que não há como reparar os arquivos, devemos providenciar um backup atualizado dos arquivos pessoais importantes e de difícil recuperação e proceder a uma reinstalação do Windows do zero (mais detalhes no final desta postagem). Caso a ferramenta indique a existência de arquivos corrompidos, usamos o comando “Dism /Online /Cleanup-Image /RestoreHealth” para repará-los (lembre-se de digitá-lo sem as aspas e manter os espaços antes de cada “/”). 

Devemos manter o PC conectado à internet, visto que a ferramenta usa o Windows Update para substituir os arquivos corrompidos por versões em bom estado. Se quisermos executar o DISM offline, digitamos "Dism /Online /Cleanup-Image /RestoreHealth /Source:wim:X:\sources\instlall.wim:1" /Source:wim:X:\sources\install.wim:1” (sempre sem aspas e, neste caso, substituindo o “X” pela letra correspondente à partição que abriga os arquivos de reinstalação do Windows).

Concluída essa etapa, voltamos à tela do PowerShell (Admin), digitamos “sfc /scannow” (sem as aspas e com um espaço entre sfc e /scannow) e pressionamos. Enter. A ferramenta verificará todos os arquivos protegidos do sistema e substituirá os corrompidos por uma cópia em cache armazenada me em %WinDir%\System32\dllcache. Não devemos fechar esta janela do PowerShell até que a verificação esteja 100% concluída e a ferramenta exibir uma destas mensagens: 

1) A Proteção de Recursos do Windows não encontrou nenhuma violação de integridade (ou seja, não há arquivos do sistema ausentes ou corrompidos); 

2) A Proteção de Recursos do Windows não pode executar a operação solicitada (para resolver esse problema, rodamos o SFC no modo de segurança depois de nos certificarmos de que as pastas PendingDeletes e PendingRenames existam em %WinDir%\WinSxS\Temp); 

3) A Proteção de Recursos do Windows encontrou arquivos corrompidos e os reparou com êxito. Detalhes estão incluídos na pasta CBS.Log %WinDir%\Logs\CBS\CBS.log (clique aqui para saber como acessar informações detalhadas sobre a verificação e a restauração de arquivos de sistema); 

4) A Proteção de Recursos do Windows encontrou arquivos corrompidos, mas não pôde corrigir alguns deles. Detalhes estão incluídos na pasta CBS.Log %WinDir%\Logs\CBS\CBS.log (torça para que a mensagem não seja esta).

Observação: Para reparar os arquivos corrompidos manualmente, visualize os detalhes do processo do Verificador de Arquivos de Sistema, localize o arquivo corrompido e, em seguida, substitua-o manualmente por uma cópia em bom estado.

Se tudo falhar, o jeito será reinstalar seu Windows. Para isso, clicamos em Iniciar > Configurações > Atualização e segurança > Restaurar o PC > Começar e escolhemos uma das opções disponíveis, conforme explicado a seguir:

“Manter meus arquivos” irá reinstalar o Windows 10 removendo os aplicativos, atualizações e drivers instalados pelo usuário e desfazer as reconfigurações que ele implementou no sistema, embora preserve seus arquivos pessoais. Note que isso não nos desobriga de criar cópias de segurança dos arquivos importantes e de difícil recuperação (mais informações nesta postagem), embora os aplicativos que vieram pré-instalado de fábrica com o sistema serão automaticamente reinstalados.

“Remover tudo” irá reinstalar o Windows 10 desfazendo as personalizações e reconfigurações que implementamos no sistema, removendo os aplicativos e drivers que instalamos e apagando arquivos pessoais, mas também nesse caso os programas adicionados pelo fabricante do PC serão automaticamente reinstalados. Devemos usar essa opção quando formos vender ou doar o computador, pois ela reformata a unidade do sistema e apaga todos os arquivos. Mas é bom lembrar que é apagar manualmente os dados gravados nas demais unidades lógicas, caso tenhamos particionado o HD.

Boa sorte.

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

AINDA SOBRE COMO SOLUCIONAR PROBLEMAS NO WINDOWS, PROMPT DE COMANDO E WINDOWS POWERSHELL (CONTINUAÇÃO)


AS LEIS SEMPRE SE ADAPTAM ÀS PAIXÕES E AOS PRECONCEITOS DO LEGISLADOR.

Como vimos na postagem anterior, mesmo depois que deixou de ser uma simples interface gráfica baseada no MS-DOS o Windows manteve um interpretador de linha de comando, de modo a permitir a interação do usuário com o computador através de comandos baseados em textos e parâmetros.

Claro que usar a interface gráfica do sistema, com suas janelas, menus e ícones clicáveis, é muito mais fácil, mas o Prompt ainda tem serventia, e o PowerShell, mais moderno e pródigo em recursos, faz a festa dos saudosistas de plantão e de quem, para exibir seus “avançados conhecimentos”, usa comandos até para enviar emails.

Com o lançamento do Windows XP  baseado no kernel do WinNT , o command.com do velho DOS, que integrava as edições 3.x e 9x/ME, foi substituído pelo cmd.exe, que, mais recentemente, cedeu lugar ao Windows PowerShell. No Windows 10, se você der um clique direito no botão que convoca o menu Iniciar (ou pressionar o atalho Win+X), verá que as opões exibidas no menu suspenso são Windows PowerShell e Windows PowerShell (Admin).

Se você se inclui entre os muitos usuários que não apreciaram essa mudança, abra o menu Iniciar e clique em Personalização. Na janela seguinte, clique em Barra de Tarefas; na próxima, localize a opção que permite substituir o Prompt de Comando pelo Windows PowerShell e mova o botão de controle para a posição “desativado” (oriente-se pela imagem que ilustra esta postagem). Feito isso, dê um clique direito sobre o botão Iniciar (ou teclar Win+X) e confira o resultado.

Preferências pessoais à parte, o PowerShell está para o Prompt de comando como o MS-Word para o Bloco de Notas. Seus recursos, bem mais aprimorados, facilitam a criação de comandos e scripts em linguagem C # (PowerShell e C # são integrados ao .NET Framework da Microsoft) e permitem, por exemplo, a execução remota e automação de tarefas, a execução de tarefas em segundo plano, a tubulação de comando, etc. Trocando em miúdos: o PowerShell é mais adequado a usuários avançados, enquanto o Prompt de comando atende às necessidades básicas dos leigos e iniciantes, ainda que a maioria de nós passe muito bem sem nenhum dos dois

Na próximo capítulo, voltaremos às ferramentas DISM e SFC, que, como precisam ser executadas via linha de comando, me levaram a tecer as considerações expendidas nesta postagem e na anterior.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

AINDA SOBRE COMO SOLUCIONAR PROBLEMAS NO WINDOWS, PROMPT DE COMANDO E WINDOWS POWERSHELL


A IGNORÂNCIA É A MÃE DE TODAS AS TRADIÇÕES.

Eu não poderia encerrar a sequência sobre correção de falhas que impedem o Windows de carregar ou provocam instabilidades, mensagens de erro, reinicializações aleatórias e outras anormalidades sem dedicar algumas linhas ao Verificador de Arquivos do sistema (SFC) e ao Gerenciamento e Manutenção de Imagens de Implantação (DISM). Ambos são ferramentas nativas do Windows, mas não figuram na lista de apps do menu Iniciar nem no Painel de Controle. Para usá-los, é preciso recorrer ao velho Prompt de Comando.

Observação: No site da TechNet, a Microsoft disponibiliza um script (“roteiro” que o sistema interpreta e transforma em ações, automatizando a execução de tarefas que de outra forma o usuário teria de realizar individualmente) que visa à correção de erros de integridade do Windows utilizando o SFC e alguns parâmetros do DISM. Para saber mais e baixar o arquivo, clique aqui, mas note que eu não testei essa ferramenta, e que pode ser necessário converter o arquivo do formato .TXT para .BAT e executá-lo com privilégios de administrador.

Antes de discorrer sobre o SFC e o DISM, acho oportuno relembrar que, até o lançamento do Win95, o MS-DOS era o sistema operacional e o Windows, uma simples interface gráfica que o usuário convocava digitando win na linha de comando e pressionando a tecla Enter. O DOS foi o primeiro sistema amplamente adotado em microcomputadores, embora fosse pobre em recursos e bem pouco intuitivo. Para operá-lo com desenvoltura, era preciso memorizar centenas de comandos intrincados, compostos de letras, números e outros sinais gráficos, e digitá-los sem qualquer erro, pois um espaço ou caractere faltando, sobrando ou fora de lugar resultava numa mensagem de erro (para mais detalhes, acesse esta postagem).

Mesmo depois que o Windows foi promovido a sistema autônomo, o Prompt de Comando foi mantido e continua sendo útil na realização de procedimentos de manutenção (como é o caso das ferramentas que eu mencionei no primeiro parágrafo desta matéria). Todavia, a partir do aziago Windows 8 a Microsoft substituiu o velho prompt pelo Windows PowerShell na lista de comandos do sistema, mas basta digitar cmd.exe na caixa de diálogo do menu Executar para a telinha do prompt ser exibida.

Observação: Falando no menu Executar, desde o lançamento do Windows 7 que a dona Microsoft deixou de incluir essa entrada da lista de comandos do menu Iniciar, talvez porque o atalho de teclado Win+R faça o mesmo efeito. Mas é fácil ressuscitá-lo, ainda que na forma de um live tile (bloco dinâmico configurável): basta digitar executar na caixa de pesquisas da barra de tarefas (ou na caixa de diálogo do Cortana, conforme a configuração), dar um clique direito sobre a opção Executar – Aplicativo da área de trabalho e, no menu suspenso, selecionar a opção Fixar na Tela Inicial.

Veremos na próxima postagem as principais diferenças entre o Prompt de Comando e o Windows PowerShell. Até lá.