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terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

AINDA SOBRE O DESEMPENHO DO PC (CONTINUAÇÃO DA CONTINUAÇÃO)


AS HORAS SÃO FATIAS DA ETERNIDADE.

Vimos que quando compramos um computador montado as nossas opções se reduzem à escolha da marca e do modelo, o que significa aceitar a configuração e os componentes definidos pelo fabricante. Máquinas top de linha costumam ter configuração poderosa e integrar componentes de boa qualidade, mas não é qualquer um que pode investir algo entre R$5 mil e R$ 100 mil num PC.

Se você acha que estou exagerando, o "monstro" que ilustra esta postagem tem processador de 18 núcleos, HDD de 2 TB, 32 GB de RAM e monitor full HD de 24 polegadas e custa R$ 41 mil; o iMac PRO, na versão top, custa pouco menos de US$ 14 mil nos EUA, mas, no Brasil, chega a inacreditáveis R$ 98.125. A boa notícia é que você parcelar o pagamento em até 12 vezes — ah, e o frete é grátis.

Mesmo uma Ferrari está sujeita a panes, ainda que as probabilidades de ela deixar o dono na mão sejam bem menores que as de um Chevrolet Opala ou de um Fiat Uno dos anos 80, por exemplo — que a esta altura devem estar caindo aos pedaços. Mas isso é conversa para outra hora. No caso do computador, para além da configuração física — que deve ser adequada às exigências do sistema e dos apps que o usuário pretende rodar —, algo sempre pode dar errado também no âmbito do software

Felizmente, problemas de lentidão, instabilidade, travamentos e/ou reinicializações aleatórias, acompanhadas ou não das temidas BSoD (sigla em inglês para tela azul da morte), têm grandes chances de ser resolvidos por uma simples reinicialização. Mas evite a opção “reiniciar” do menu de deligamento, pois ela refaz o boot muito rapidamente, impedindo que o conteúdo das memórias voláteis se esgote completamente. O indicado é desligar o computador e tornar a ligá-lo depois de um ou dois minutos; com alguma sorte, o Windows irá se recuperar automaticamente do erro ou iniciar no modo de segurança (ou ainda no ambiente de recuperação).

Observação: E se o sistema não exibir a tela de Logon nem as opções de recuperação? Bem, aí a porca torce o rabo. O jeito é insistir no boot três tentativas consecutivas forçam a reinicialização no WinRE (ambiente de recuperação do Windows). Na janela Selecione uma opção, escolha Solucionar problemas; em Solucionar problemas, selecione Restaurar este PC, em Restaurar este PC, defina Manter meus arquivos, selecione sua conta de usuário (digite a senha, caso isso lhe seja solicitado) e então clique em Reiniciar e reze para dar certo.

Problema intermitentes (que ocorrem uma vez ou outra) ou recorrentes (que ocorrem várias vezes num curto espaço de tempo) costumam ter causas difíceis de identificar, já que a pesquisa demanda tempo e trabalho, além de exigir conhecimentos que a maioria dos usuários domésticos geralmente não possui. Então, deixe de lado a curiosidade acadêmica e recorra à Restauração do Sistema, que, como vimos no capítulo anterior, acompanha o Windows desde a edição Millennium

Continua...

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

QUANDO O PC NÃO LIGA...


HÁ DUAS TRAGÉDIAS NESTA VIDA: UMA É NÃO OBTER O QUE SE DESEJA. A OUTRA É OBTER.

Já vimos o que fazer quando uma falha grave impede o Windows de carregar. Veremos agora como proceder quando a máquina não liga, lembrando sempre que problemas de hardware devem ser pesquisados por técnicos especializados, que dispõem de ferramental apropriado e (supostamente) sabem o que estão fazendo.

Se você pressionar o botão de power e o PC se fingir de morto, verifique, antes de qualquer outra coisa, se o fornecimento de energia elétrica não foi interrompido. Essa dica pode parecer a mais pura exaltação do óbvio, mas o fato é que nem sempre percebemos que está faltando luz quando trabalhamos num ambiente claro, que dispensa iluminação artificial.

Observação: Quando pressionamos o botão de power do PC, pelo menos uma luzinha acende no gabinete, e normalmente é possível ouvir o “sopro” das ventoinhas. Se isso ocorrer e a tela do monitor permanecer escura, o problema pode estar no próprio monitor. Nos modelos antigos, de tubo, era comum os controles de brilho e contraste serem “fechados” quando o a gente passava um pano para remover a poeira. Mesmo que isso não costume acontecer com telas LCD, muito menos em notebooks, onde os ajustes são feitos diretamente pelo teclado, fica aqui a dica.

Se você ligar a luz do cômodo e ela acender, suspeite da tomada. Talvez a faxineira tenha retirado o cabo do computador para usar o aspirador de pó, por exemplo, e não o tenha religado posteriormente. Se o problema não for esse, ligue um abajur ou outro dispositivo elétrico na tomada e veja se ele funciona. Se funcionar, o problema pode ser o plugue do cabo de energia do PC, o próprio cabo, ou mesmo o estabilizador de tensão/filtro de linha.

Se nenhuma dessas suspeitas se confirmar, talvez o vilão da história seja a fonte de alimentação. Nos portáteis, testar a fonte (ou carregador) é mais fácil, desde que se disponha de uma peça sobressalente. Nos desktops, é preciso abrir o gabinete para verificar se o fusível de proteção ou os varistores não estão queimados. Se você não tiver expertise para tanto, procure ajuda especializada.

Periféricos conectados ao computador também devem ser chegados. Desconecte todos eles (com exceção do mouse e do teclado) e torne a ligar o PC. Se a máquina funcionar, desligue-a novamente, reconecte um dispositivo de cada vez e ligue o computador em seguida. Quando o problema se repetir, você terá encontrado o periférico responsável.

Falhas nos módulos de memória RAM impedem o computador de funcionar. Nesse caso, uma mensagem de erro costuma ser exibida na tela, mas essas mensagens nem sempre são de fácil interpretação. Se você se sentir apto a abrir o gabinete, remova os módulos de memória dos slots, passe uma borracha (daquelas de desenho) na trilha de conectores (de ambos os lados), sopre os resíduos com ar em spray e recoloque as peças no lugar. Se houver dois slots ocupados, experimente mudar os módulos de posição; se a memória problemática for transferida para o segundo banco e o computador funcionar, basta substituir o módulo defeituoso para restabelecer a capacidade original de memória.

Aproveite o embalo para verificar os conectores do HDD (hard disk drive ou drive de disco rígido). Se não encontrar nada de anormal, tente reiniciar o PC a partir de um disco de resgate (detalhes nas postagens anteriores). Se o problema não for o drive, remova todos os plugues de energia, placas de expansão, cabos lógicos, etc., certifique-se de que não haja oxidação ou acúmulo excessivos de poeira e reconecte tudo outra vez. Vale lembrar que a poeira pode prejudicar o funcionamento das ventoinhas, tanto da fonte e do gabinete quanto do cooler do processador. Para evitar que o processador “frite”, um dispositivo de segurança desliga o computador — ou impede que ele ligue — no caso de essa ventoinha não funcionar.

Se nada disso resolver, remova tudo do sistema — exceto a placa-mãe, o teclado e a placa de vídeo. Se, depois disso, a máquina ligar, um desses componentes deve ser o culpado (de novo: reinstale-os um por vez até descobrir qual deles substituir). Se nem assim funcionar, o problema deve estar no processador, na placa gráfica ou na própria placa-mãe, e aí o jeito é ligar para seu computer gay ou levar o aparelho a uma assistência técnica de confiança.

Boa sorte.

sexta-feira, 8 de junho de 2018

DEU PAU? REINICIE, QUE (QUASE SEMPRE) RESOLVE


A MAIORIA DOS TRABALHOS MANUAIS EXIGEM TRÊS MÃOS PARA SER EXECUTADOS.

Panes, travamentos e telas azuis da morte eram mais comuns nas edições vetustas dos Windows, embora possam ocorrer também no Ten, ainda que não com a irritante regularidade de outros tempos. A boa notícia é que uma reinicialização quase sempre recoloca o bonde nos trilhos (e isso vale tanto para a plataforma PC quanto para smartphones, tablets, modens, roteadores, impressoras e até decodificadores de TV por assinatura).

Também é preciso reiniciar o computador para validar a instalação de determinados aplicativos, componentes de hardware e atualizações de software, bem como para um sem-número de procedimentos de manutenção. Isso porque importantes arquivos do sistema, dentre os quais o Registro, não podem ser alterados com o Windows carregado.

Observação: Por Reiniciar, entenda-se desligar o aparelho e tornar a ligá-lo em seguida. Reinicializar não é exatamente a mesma coisa, mas o uso consagra a regra e eu não tenciono discutir questões de semântica neste momento). 

Quando desligamos o computador, interrompemos o fornecimento da energia que alimenta os circuitos da placa-mãe e demais componentes, o que resulta no “esvaziamento” das memórias voláteis. Se recorremos à opção “Reiniciar”, o tempo que transcorre entre o encerramento do sistema e o boot subsequente pode não ser suficiente para os capacitores esgotarem totalmente suas reservas de energia. Portanto, sempre que uma reinicialização se fizer necessária, o melhor é desligar o computador e religa-los depois de um ou dois minutos.

Em caso de pane eventual e sem causa aparente, reiniciar o aparelho é mais prático do que investigar a origem da anormalidade. Se o dispositivo voltar a funcionar normalmente, problema resolvido ― claro que erros recorrentes, que podem ser causados tanto por falhas de hardware quanto por problemas de software, devem ser investigados a fundo, mas isso já outra conversa.

Tanto o sistema operacional quanto os aplicativos e arquivos que manipulamos no PC são carregados na memória RAM. As edições mais recentes do Windows, notadamente de 64-bits, são capazes de gerenciar centenas de gigabytes de memória, e máquinas top de linha costumam integrar de 6 GB e 8 GB de RAM. No entanto, esse espaço sempre será finito, e à medida que ele diminui, a memória virtual entra em ação para evitar travamentos acompanhados de mensagens de memória insuficiente (comuns no Windows 3.x/9x).

Por se tratar de um paliativo baseado no disco rígido ― que é muito mais lento que a RAM ―, a memória virtual (ou swap file, ou arquivo de troca) degrada o desempenho do computador, daí ser importante reiniciá-lo de tempos em tempos, embora seja possível recorrer à hibernação por dias a fio (saiba mais sobre as alternativas ao desligamento do computador nesta postagem).

Tenha em mente que qualquer programa em execução ocupa memória. Alguns não liberam o espaço que alocaram ao ser encerrados, e outros se tornam gulosos durante a sessão, consumindo mais e mais memória. Com isso, a máquina tende a ficar lenta e, em casos extremos, sujeita a travamentos (combinados ou não com a exibição das temidas telas azuis da morte). A boa notícia é que uma simples reinicialização pode resolver o problema; portanto, antes de recorrer a alternativas mais invasivas, reinicie o aparelho e avalie o resultado.

Amanhã a gente continua.

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terça-feira, 13 de junho de 2017

WINDOWS 7 PODE TRAVAR APENAS COM A VISITA A UM SITE

A TORPEZA, A IGNOMÍNIA, A PODRIDÃO DAS ENTRANHAS VIVAS, O NASCER OU MORRER INFAMADO OU INFAME É SÓ DO HOMEM.

O site russo Habrhabr.ru divulgou recentemente um bug que pode travar o Windows 7 (e o Vista e o Eight) quando o usuário visita um site em que o nome do diretório que armazena as imagens tenha sido alterado para $MFT.

$MFT é o nome de um determinado arquivo de metadados. Se alguém resolver batizar um diretório com esse nome, o Windows ficará “confuso”, o que causará lentidão e, em situações extremas, a exibição de uma BSOD (sigla em inglês para Tela Azul da Morte) e o subsequente travamento ― que, felizmente, pode ser revertido mediante a reinicialização do computador.

A explicação é que, da mesma forma que o sistema, os websites têm estruturas de arquivos com diretórios (popularmente conhecidos como pastas). Normalmente, as imagens são armazenadas em algo como nomedosite.com/images/, e talvez por isso esse bug tenha passado despercebido ― afinal, quem pensaria em renomear o diretório ou subdiretório de imagens para $MFT?

Quando por mais não seja, está mais do que na hora de migrar para o Windows 10. O período de suporte base do Seven terminou em 2015 (o estendido vai até 2020); o do Eight termina em janeiro do ano que vem (e o estendido, em 2023).

Para saber mais, afie seu inglês e leia a postagem publicada no site THE VERGE. O link é https://www.theverge.com/2017/5/26/15696704/microsoft-windows-7-windows-8-pc-crash-bug-ntfs.

O QUE AINDA ESTÁ POR VIR?

Quando achávamos que a colaboração premiada dos executivos da Odebrecht era a “delação do fim do mundo”, os irmãos Batista nos lembraram de que no Brasil o buraco é bem mais embaixo e que o que está ruim sempre pode piorar. E piorou, como se viu no julgamento de compadrio da chapa Dilma-Temer, quando, num flagrante atentado ao estado democrático de direito (se bem que, no Brasil, “democracia” é uma palavra que há muito deixou de ter significado), decidiu-se simplesmente ignorar a caudalosa enxurrada de provas de abuso de poder econômico e outros malfeitos que garantiram a reeleição da dupla dinâmica, em 2014.

Dilma, com a cara-de-pau que o diabo lhe deu, comemorou (pela segunda vez) a mantença de seus direitos políticos, e agora diz que, se voltar ao poder, “vai arrumar este país que o Temer estragou”. Sem comentários. 

Temer, aliviado com a carta de alforria que recebeu do amigo de fé, irmão e camarada ministro Gilmar Mendes, parece disposto a imitar a anta vermelha, que, durante a campanha pela reeleição, disse que faria o diabo para permanecer no cargo: pondo de lado os escrúpulos, sua excelência mandou às favas as aparências e deixou transparecer o monstro que habita sob o manto do articulador habilidoso, culto, melífluo e de boas maneiras.

Observação: Segundo José Simão, neste Dia dos Namorados o presidente teria presenteado o ministro Gilmar Mendes com uma cesta contendo dois ursos de pelúcia, um pote de geleia de marmelo e uma toga de... ursinhos. No cartão, a singela mensagem: Te amo. Beijos no Jaburu.

Segundo denúncia publicada em Veja desta semana, Temer acionou a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) para investigar a vida pregressa do ministro Fachin, visando desmoralizá-lo, intimidá-lo e, se possível, tirar-lhe a relatoria da Lava-Jato no Supremo (veja mais detalhes nesta postagem). No sábado, Cármen Lúcia afirmou ser inadmissível a prática de gravíssimo crime contra o Supremo, contra a democracia e contra as liberdades, se confirmada informação de devassa ilegal da vida de um de seus integrantes, mas mudou o discurso dois dias depois, afirmando que “não tomará nenhuma providência a respeito da denúncia, uma vez que o Palácio do Planalto negou a informação”.

Como se fosse possível confiar na palavra de um presidente atolado até os beiços em suspeitas de corrupção. Um presidente que se reúne à sorrelfa com investigados na Justiça, ouve relatos estarrecedores e não toma nenhuma providência (segundo ele, por achar que o moedor de carne, um falastrão, estaria contando vantagem). Um presidente que mente descaradamente, negando qualquer relacionamento pessoal com Joesley Batista, embora tenha viajado com a família em seu avião particular, e de ter telefonado pessoalmente para agradecer as flores que o anfitrião ofereceu a sua esposa... Enfim, cada Lula tem o Bumlai que merece.

Finda a ópera bufa encenada no TSE, ficamos com o quê? Com um presidente impopular, mas que vinha conseguindo debelar a monstruosa crise gerada e parida pelos governos petistas, mesmo a custa de distribuir cargos e verbas em troca de apoio parlamentar, Um presidente que move mundos e fundos para manter próximos (e fora do alcance das varas penais de primeira instância) Eliseu Padilha, Wellington Moreira Franco e outros amigos e apoiadores envolvidos em práticas nada republicanas. Um presidente que não tem o decoro de se afastar do cargo, para melhor se defender das seriíssimas acusações que pesam contra si. Um presidente que aposta na Câmara dos Deputados para barrar a instauração de um inquérito contra si, já que boa parte dos congressistas é composta de investigados ou réus na Lava-Jato (Janot deve denunciar formalmente o presidente até o final deste mês; se o ministro Fachin acolher a denúncia e 2/3 da Câmara avalizar a abertura do processo, Temer se tornará réu e será afastado compulsoriamente do cargo por até 180 dias).

Temer venceu uma batalha importante, mas a guerra está longe de terminar. Resta saber se Rodrigo Rocha Loures vai abrir o bico, e como se comportará Geddel Vieira Lima ― amigo e aliado de longa data do presidente, em torno do qual a PF está fechando o cerco. Demais disso, boa parte das atuais lideranças políticas tornar-se-á inelegível até as próximas eleições (quando serão escolhidos todos os 513 deputados federais e 2/3 dos 81 senadores para a próxima legislatura). Até lá, só nos resta contar com o Judiciário, que poderia nos fazer a gentileza de olhar para suas próprias mazelas. E parece que insiste em não fazê-lo, a julgar pela atitude de Cármen Lúcia, que, como dito parágrafos atrás, depois de criticar duramente o executivo por supostas investigações clandestinas contra o ministro Fachin, amenizou o discurso afirmando que “o presidente da República garantiu não ter ordenado qualquer medida naquele sentido [de determinar à Abin a investigação do ministro Fachin]” e que “não há o que questionar quanto à palavra do presidente da República”. Ao final, a ministra acrescentou que “o tema está, por ora, esgotado”. Tomara que seja só “por ora”.

Confira minhas atualizações diárias sobre política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

WINDOWS – MENSAGENS DE ERRO

A GRANDE TRAGÉDIA DA VIDA É QUE FICAMOS VELHOS CEDO DEMAIS E SÁBIOS TARDE DEMAIS.

DISSE A CIGANA AO JOÃOZINHO:
─ QUANDO CRESCER, MENINO, VOCÊ VAI ESCREVER COISAS QUE TODO MUNDO VAI LER, COISAS QUE IRÃO ATERRORIZAR AS PESSOAS.
JOÃOZINHO, QUE JÁ GOSTAVA DE HISTÓRIAS DE TERROR, SAIU DA TENDA SENTINDO-SE UM MISTO DE ALFRED HITCHCOCK E EDGAR ALLAN POE, CAPAZ DE OFUSCAR O PRÓPRIO STEPHEN KING. E COMO AS CARTAS NÃO MENTEM JAMAIS, ANOS DEPOIS ELE CONSEGUIU EMPREGO NA MICROSOFT, NO SETOR DE CRIAÇÃO DE MENSAGENS DE ERRO PARA O WINDOWS.

Brincadeira à parte, ainda que sejam desagradáveis e até certo ponto assustadoras, as mensagens de erro (e as próprias telas azuis da morte) oferecem pistas para a solução de diversos problemas. Com base nelas, é possível localizar a causa do travamento e, com um pouco de sorte, encontrar a respectiva solução, embora não exista uma receita mágica aplicável a todos os casos.

Os travamentos do Windows são chamados de interrupções quando causados por falhas de hardware ou pelo próprio sistema operacional, e de exceções quando decorrentes de aplicativos. Diante de uma mensagem de erro, tente primeiramente identificar seu tipo ou categoria, descobrir quando e por que ela ocorreu, quais as informações que ela oferece e onde obter ajuda.
Quando o problema é apenas software, a sua reinstalação ─ ou, em situações extremas, a formatação do disco rígido seguida de reinstalação do sistema ─ faz o PC voltar ao normal, mas se o culpado for o hardware, não adianta formatar e reinstalar o software. Para piorar, problemas de hardware podem ter as mais variadas causas, que vão do simples superaquecimento do processador a defeitos na placa-mãe, nas memórias, na fonte de alimentação, e assim por diante. Se você quiser tentar fazer um diagnóstico por conta própria, experimente o PC-CHECK.

Quando não consegue contornar um problema, o Windows pode reiniciar automaticamente, dificultando a obtenção de informações a partir da mensagem de erro. Para alterar essa configuração, abra o Painel de Controle, clique em Sistema > Configurações avançadas do sistema e, no campo Inicialização e Recuperação, pressione o botão Configurações. No caso de futuros travamentos, anote pelo menos os dois dígitos iniciais do código do erro exibido na mensagem antes de reiniciar o computador.

As mensagens de erro se dividem em quatro categorias principais: Exceções Fatais, Erros de Proteção, Páginas Inválidas e Kernel32.dll.

Observação: Uma exceção fatal, por exemplo, ocorre quando o processador depara com uma operação impossível de ser executada – devido a uma falha de programação, um código demasiadamente confuso, uma operação matemática que não pode ser resolvida, setores danificados na RAM, componentes mal instalados ou mal configurados, recursos incorretamente alocados, e por aí afora.

A Base de Conhecimentos da Microsoft é um verdadeiro manancial de informações, mas, ao pesquisar, você não deve inserir a mensagem de erro inteira, mas sim limitar-se ao tipo da mensagem e aos códigos eventualmente presentes. Por exemplo, para A fatal exception oE has ocurred at 028:Co282dBo in VxD IFSMGR(03) + oooo CF7C, escreva fatal exception oE VxD em sua pesquisa; se não obtiver resultados, tente remover uma palavra e/ou selecionar All Microsoft Search Topics em vez de um produto específico. Diante de múltiplos resultados, refine a pesquisa acrescentando outras palavras, expressões completas ou combinações de palavras, incluindo a expressão original. Alternativamente, você pode usar as informações reportadas na mensagem para pesquisar com o Google (ou outro buscador de sua preferência). Por exemplo, na mensagem A fatal exception XY has ocurred at xxxx:xxxxxxxx, o XY diz respeito ao tipo de exceção que ocorreu, e os dados subsequentes indicam a localização do erro na memória.

A ferramenta Visualizar Eventos é uma mão na roda para identificar erros que resultam em panes no Windows ou nos aplicativos. Para acessá-la, abra o Painel de Controle, clique em Ferramentas Administrativas e selecione o ícone Visualizar Eventos
O item Sistema, situado na árvore de diretório do utilitário, registra as atividades realizadas no Windows, e o item Aplicação, o que está relacionado a outros softwares (é possível que outros tipos de aplicativos criem mais itens na árvore de diretório). 

Observação: Os eventos são razoavelmente auto-explicativos, e as caixas de Erro e de Alerta são as que merecem maior atenção. Dando duplo clique sobre um evento, você abre a tela das Propriedades do Evento e encontra detalhes sobre o erro em questão e um link para o site de suporte da Microsoft. Para mais detalhes sobre os tipos de erros e o que eles significam, acesse o site http://eventid.net/ (copie o número do evento no campo eventID ou pesquise por palavras-chave que vêm na mensagem de erro usando o campo Source).

Vale lembrar que inúmeros problemas não geram mensagens de erro ou, quando geram, não oferecem informações suficientes para embasar uma pesquisa detalhada. O lado bom da história é que reiniciar o computador costuma ser suficiente para fazer tudo voltar a ser como antes no Quartel de Abrantes. Caso o problema que o atormenta seja recorrente e você não consiga identificar o culpado, reinicie o computador no modo de segurança (pressione repetidamente a tecla F8 durante a inicialização, antes que o logo do Windows seja exibido, e, na tela de opções de inicialização, selecione modo de segurança). Se o problema não voltar a ocorrer, o culpado deve ser algum programa, serviço ou driver que inicializa com o Windows. Para identificá-lo, dê um boot limpo e reabilite os programas e processos de terceiros, um de cada vez, e reinicie o computador em seguida. Quando o erro tornar a ocorrer, você saberá quem é o causador da anormalidade, e poderá removê-lo, se for o caso.

Observação: Para dar um boot limpo:
1. Feche todos os programas em execução;
2. Pressione o atalho Windows+R, digite msconfig na caixa do menu Executar e tecle Enter;
3. Na tela do Utilitário de Configuração do Sistema, clique na aba Geral, habilite a opção Inicialização Seletiva e desabilite a opção carregar itens de inicialização;
4. Na aba Serviços, habilite a opção Ocultar todos os serviços Microsoft, desabilite os serviços restantes e clique em Aplicar > OK e SIM quando perguntado se deseja reiniciar o Windows.

Após a reinicialização, verifique se o erro persiste. Caso afirmativo, crie uma nova conta de usuário com privilégios administrativos e veja se isso resolve de vez o problema (para saber mais sobre contas de usuário no Windows 7, inclusive como criá-las, acesse a trinca de postagens iniciada por esta aqui).

Abraços a todos e até a próxima.