Não faz
muito tempo, “monitor” era um termo
usado somente em relação a televisores; “disco”,
quando não era de pizza, era a bolacha de vinil que reproduzia música na
vitrola; e “memória”, a capacidade
do ser humano de guardar (e recordar) lembranças ao longo da vida. Hoje, no
entanto, a associação desses vocábulos ao âmbito computacional é imediata:
quase todo mundo sabe, por exemplo, que a tela de um monitor é medida pela
diagonal e que seu tamanho é expresso em polegadas. Ou que discos ― tanto
eletromagnéticos, como os HDs,
quanto ópticos, como os CDs e DVDs ― são “dispositivos de armazenamento de dados”, cuja capacidade é expressa
em múltiplos de bytes.
Por
convenção, o bit e seus múltiplos
indicam velocidade ― como na transferência
de dados entre dois dispositivos computacionais, por exemplo ―, ao passo que o byte e seus múltiplos expressam tamanho ― de um arquivo, por exemplo ―
ou capacidade ― de armazenamento de
dados, como nos módulos de memória, discos rígidos, etc.). Entretanto, por
estarmos mais habituados com o sistema decimal do que com o binário, costumamos
associar o prefixo quilo a 1.000 (1 kg de carne = 1.000 g de carne,
por exemplo). Só que esse raciocínio nem sempre se aplica no âmbito da informática:
8 bits (e não 10) formam 1 Byte; 1 kB (kilobyte ou quilobyte) equivale a 1024 bytes (e não a 1000); 1
MB (megabyte) corresponde a 1024 kB,
e assim por diante.
Observação:
Tanto os múltiplos do bit quanto do byte são
representados pelos prefixos Kilo, Mega, Giga, Tera, Peta Exa, Zetta e
Yotta, e correspondem, respectivamente, a 210, 220,
230, 240, 250, 260,
270 e 280. Ao abreviar essas grandezas, use
sempre o “b” minúsculo para representar o bit e o “B”
maiúsculo para representar o byte, e tenha em mente que a abreviação correta do prefixo quilo é “k”
(minúsculo), já que “K” (maiúsculo) remete a Kevin (medida de temperatura criada por William Thomson, conhecido como Lord Kelvin).
Amanhã eu conto
o resto. Abraços e até lá.
TROCA NO COMANDO DO PT AMEAÇA RACHAR O PARTIDO
TROCA NO COMANDO DO PT AMEAÇA RACHAR O PARTIDO
O grupo Muda PT ―
que reúne as cinco maiores correntes de esquerda do partido ― anunciou que
pretende realizar uma série de plenárias em algumas das principais cidades do
país, com o objetivo mobilizar militantes descontentes e pressionar a corrente
majoritária ― Construindo um Novo Brasil,
a não adiar para o ano que vem a renovação da direção petista. Em resposta, a CNB, que se mostra irredutível quanto
ao calendário e à forma de escolha da nova direção, divulgou no último sábado
um texto onde reitera a defesa da manutenção das eleições diretas. Diante da
pior crise da história do partido ― que perdeu a Presidência após 13 anos,
sofreu uma das mais significativas derrotas nas eleições municipais e tem
alguns de seus principais líderes presos ou na mira da Justiça por acusações de
corrupção ―, dirigentes admitem uma nova debandada, agora de parlamentares que
receiam não se reeleger devido ao desgaste da legenda (alguns avaliam que metade da bancada petista na Câmara pode
deixar o partido).
Uma das poucas esperanças de manutenção da unidade do PT seria Lula aceitar presidi-lo por um ano e comandar sua reconstrução, mas
o petralha rejeitou categoricamente essa possibilidade, talvez porque o aperto
no cerco promovido pela Lava-Jato
tenha calado mais fundo do que ele deixa transparecer, notadamente após Emílio Odebrecht, pai do príncipe das empreiteiras (e hoje
presidiário) Marcelo Odebrecht, ter
reconhecido que o “amigo” no esquema
de propinas da construtora é mesmo Lula
― pelo visto, não há multa bilionária e perspectiva de prisão que não faça
amizades serem revistas.
Observação: Você pode conferir no site O Antagonista o saldo que o trio da propina ainda tinha a receber da Odebrecht, mas eu adianto aqui que a cota-parte que tocava ao “amigo” [Lula] era de R$ 23 milhões; ao
“italiano” [Palocci], R$ 6 milhões,
e ao “Pós-Itália” [Mantega], R$ 50
milhões. Para a Lava-Jato, o trio
recebia um percentual sobre os contratos da empreiteira. Os créditos eram
depositados no Setor de Operações
Estruturadas, em nome de cada um deles, como se fossem contas correntes,
das quais eles sacavam de acordo com suas necessidades. Nos últimos dias, o
esquema foi confirmado por Emílio Odebrecht e por outros delatores da empresa. Lula lá!
Voltando à novela do PT:
Segundo o ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência no governo
Lula, Gilberto Carvalho, em vez de se digladiarem pelo controle da
direção petista, as principais correntes do partido deveriam manter o foco em
problemas maiores que o partido enfrenta hoje: “Amanhã o Lula pode ser condenado, pode ser preso, e ter processo de
eleição direta ou congresso é o que menos neste momento. Me assusta que o tema
dominante esteja sendo este”, disse Carvalho,
que é dos petistas mais próximos do molusco abjeto. Para ele, o foco do PT deveria ser a mobilização contra a
agenda de reformas do governo Michel
Temer.
Carvalho afirma
ainda achar inadequado que, em um
momento tão grave como o que a sigla está atravessando ― “em que o país está sendo atropelado por medidas do governo Temer”
―, próceres petistas darem mais importância à renovação da direção do que a uma
união fundamental da legenda”. Para ele, é preciso “dar força para esta direção ficar de pé porque; quer queira, quer não,
esta direção vai levar o partido no mínimo até março ou abril ― seis meses
fundamentais para a gente depois deste massacre eleitoral”. Quando nada, o
cara mostra que tem os pés no chão e, ao contrário da militância abilolada,
reconhece a carraspana que as urnas infligiram ao PT.
Com informações de O Estado de S. Paulo.