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quarta-feira, 22 de maio de 2019

COMPUTADOR, SMARTPHONE, WINDOWS E UM POUCO DE HISTÓRIA — Parte 2


O INÍCIO É O CAMINHO DO FIM.

Depois que decidiram seguir caminhos diferentes, IBM e Microsoft buscaram, cada qual à sua maneira, desenvolver um sistema operacional que rompesse com as limitações do DOS. Mas a estrela de tio Bill brilhou mais forte: a arquitetura aberta se tornou padrão no mercado e o Windows, o SO para PCs mais popular em todo o mundo.

O Apple Macintosh foi criado para ter um sistema revolucionário, com interface gráfica, para o qual diversas empresas — inclusive a Microsoft — foram convidadas a desenvolver aplicativos. Porém, devido à arquitetura fechada, ao software proprietário e ao preço elevado, ele acabou se tornado um “produto de nicho”.

Antes das edições NT e 95, o sistema operacional da Microsoft era o MS-DOS. O Windows não passava de uma interface gráfica que a gente acessava digitando win no prompt de comando e pressionando a tecla Enter. No início dos anos 1990, Linus Torvalds lançou a primeira versão do Linux e abriu seu código para que outros programadores pudessem colaborar — note que Linux não é Unix, mas um núcleo de sistema operacional que, combinado com o GNU, forma o GNU/Linux, e que tanto o GNU quanto o Linux foram criados com o objetivo de serem mais simples que o Unix, mas compatíveis com a maioria dos aplicativos Unix, mas isso é outra conversa.

Os principais sistemas usados atualmente em servidores, desktops e laptops são o Windows, o Mac OS e as distribuições GNU/Linux. Nos smartphones e tablets, o Android lidera com larga vantagem sobre o iOS (75% a 23%). Symbian, BlackBerry e Windows Mobile tiveram seus 15 minutos de fama, mas não foram além disso — a Microsoft chegou a comprar a finlandesa Nokia, em 2013, quando viu que empurrar seu sistema móvel para fabricantes de smartphones que já haviam optado pelo Android era perda de tempo, mas nem assim a coisa foi adiante.

Como vimos no post anterior, o computador levou milênios para evoluir do rudimentar ábaco até os primeiros mainframes, mas bastaram poucas décadas para a computação pessoal se tornar realidade e encantar os consumidores domésticos, embora os primeiros PCs custassem caro e não passassem de meros substitutos da máquina de escrever, da calculadora, do baralho de cartas e, mais adiante, dos consoles de videogame. A partir de então, em apenas 30 anos, a evolução tecnológica fez com que desktops e laptops diminuíssem de tamanho e de preço e que seu poder de processamento e gama de recursos e funções crescessem em progressão geométrica. E daí foi um passo até surgirem os smartphones hoje tão “indispensáveis” que a gente se pergunta como conseguiu viver sem eles durante tanto tempo.

Chamamos computador a qualquer dispositivo eletrônico capaz de manipular informações sob a forma de dados digitais. Apesar de realizar cálculos monstruosos em frações de segundo, esse prodígio da tecnologia moderna só é capaz de “entender” linguagem de máquina enormes sequências de zeros e uns , já que tudo o que ele processa, lê e grava (de letras, símbolos e algarismos a músicas, imagens, vídeos e instruções operacionais) é representado através da notação binária.

bit (forma reduzida binary digit, a menor unidade de informação que um dispositivo computacional consegue manipular) só é capaz de representar dois estados opostos aberto o fechado, ligado ou desligado, verdadeiro ou falso etc. , que, por convenção, são expressos pelos algarismos 1 e 0. Para economizar tempo e espaço, quem quiser saber mais pode clicar aqui para acessar uma abordagem mais detalhada, em linguagem simples e de fácil compreensão. E o resto fica para o próximo post. Até lá.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

AINDA SOBRE A PRAGA MULTIPLATAFORMA QUE AFETA WINDOWS, MAC OS E LINUX...

A ESPERANÇA É UM MAL QUE NO MAIS DAS VEZES SERVE APENAS PARA PROLONGAR NOSSO TORMENTO.

Como vimos no post anterior, o Windows e o Linux são mais susceptíveis ao Cross RAT porque trazem o Java pré-instalado ― no Mac OS, o download e a instalação são feitos por demanda do usuário. Se você não faz ideia do que sejam kernel e Java, acompanhe uma breve explanação.

kernel é o “núcleo” do sistema operacional, que é responsável, dentre outras coisas, pela intercomunicação entre o hardware (parte física) e o software (parte lógica) do computador. Cabe a ele gerenciar a máquina e permitir que os aplicativos sejam executados e façam uso dos recursos de hardware disponíveis.

Observação: De certa forma, as atribuições do kernel se confundem com as do BIOS (sigla de Basic Input-Output System), mas o primeiro é parte do sistema operacional (software-mãe), ao passo que o outro é um programinha de baixo nível gravado num chip de memória persistente integrado à placa-mãe do computador. Quando o PC é ligado, o BIOS realiza o POST (auto teste de inicialização), executa o BOOT (mais detalhes nesta postagem), localiza o kernel, carrega-o numa área protegida da memória e dá sequência à inicialização do sistema operacional.

O Java é uma linguagem de programação desenvolvida pela Sun Microsystems na década de 90. O que a torna popular (e, consequentemente, insegura, como veremos mais adiante) é o fato de os programas escritos nessa linguagem serem executados numa Java Virtual Machine. Isso permite aos desenvolvedores criar aplicativos capazes de rodar tanto no Windows quanto no MAC ou no Linux, desde que a JVM esteja instalada.

Sobre a questão da segurança, o problema não está na linguagem em si, mas no plugin ― também chamado de extensão ou add-on ―, que serve para ampliar os recursos e funções de determinados aplicativos como navegadores de internet.

Amanhã a gente continua. Até lá.

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segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

FALHA DE SEGURANÇA NOS PROCESSADORES INTEL PÕE EM RISCO DADOS DOS USUÁRIOS

UM PLANO QUE NÃO ADMITE MUDANÇAS É UM PLANO QUE NÃO PRESTA.

A segurança é um hábito e, como tal, deve ser cultivada. A internet é um terreno inóspito, e o conhecimento e a prevenção são fundamentais para que o atravessemos incólumes. Dito isso, vamos à notícia preocupante (mais uma de muitas, como bem sabe que ainda tem estômago para assistir ao noticiário): 

Processadores da Intel da última década são passíveis de uma falha de segurança que coloca dados do usuário em risco.

A falha em questão remete a um erro de design que permitiria a um cibercriminoso visualizar blocos de memória protegidos pelo sistema operacional e, portanto, acessar informações confidenciais do usuário da máquina vulnerável, como senhas e outros dados pessoais/confidenciais. Ela está presente em processadores Intel, independentemente da geração, e incide diretamente na relação entre o chip e o kernel (núcleo) do sistema operacional, seja ele o Windows, o Mac OS ou o Linux ― embora cada qual tenha seu modelo próprio de kernel, todos são vulneráveis).

Observação: Um sistema computacional é composto basicamente de dois segmentos distintos, mas interdependentes ― o hardware e o software ―, sendo o kernel a “ponte” ― ou elemento de ligação ― entre ambos. É ele quem “reconhece” os componentes de hardware, quem gerencia os processos, os arquivos a memória e os periféricos, quem decide quais programas em execução devem receber a atenção do processador, e assim por diante.

Até agora, sabe-se apenas que CPUs da Intel permitem que softwares maliciosos enxerguem dados mantidos em caráter protegido pelo kernel em alguns pontos da memória do computador. Dessa forma, um malware desenvolvido para explorar a brecha poderia ter acesso a um conjunto de informações importantes do usuário e do computador. Tanto a Intel quanto a Microsoft, a Apple e as comunidades GNU/Linux estão trabalhando numa solução para o problema, mas o que se obteve até agora tende a comprometer o funcionamento dos chips, resultando numa redução de 7% a 30% no desempenho, dependendo do modelo de processador e do tipo de atividade realizada durante a medição.

A correção só poderá ser procedida mediante um redesenho da forma como sistemas operacionais trabalham com as áreas protegidas da memória em que o kernel reside durante a operação de processos, ou seja, tornando o próprio kernel e esses espaços de memória invisíveis ao processador.
Máquinas com processadores da AMD não foram afetadas, há informações de que CPUs ARM, usadas em smartphones e tablets, podem apresentar falha similar.

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quarta-feira, 17 de junho de 2015

SOBRE O WINDOWS 10 E SEUS PREDECESSORES RECENTES (continuação)

NÃO É O DÓLAR QUE ESTÁ FORTE, É O GOVERNO QUE ESTÁ FRACO.

Escolher um novo sistema (ou uma nova versão do mesmo sistema) é uma consequência natural da evolução tecnológica ─ não fosse assim, ainda estaríamos digitando WIN+ENTER no prompt de comando para carregar a jurássica interface gráfica baseada no MS-DOS que atendia pelo nome de Windows. Mas nem por isso é uma decisão que deva ser tomada de afogadilho.

Para quem tem um PC muito rodado, é melhor aguardar o lançamento do Windows 10 e, quando a poeira baixar, partir para uma máquina novinha em folha, de configuração compatível com as exigências dos sistemas e aplicativos atuais e com o mais novo rebento da Microsoft pré-instalado de fábrica.

Já se sua máquina em uso “abrir o bico” antes disso, o jeito será substituí-lo por outra que traga o Windows 8.1, pois a maioria dos fabricantes deixou de incluir o Seven em seu leque de opções (embora ainda existam licenças em OEM disponíveis no mercado). De qualquer forma, como dito alhures e repetido no post anterior, o upgrade para o Ten será gratuito pelo prazo de um ano a contar do seu lançamento comercial, no final do mês que vem.

Observação: Até algum tempo atrás, a gente comprava um PC com o Eight e podia solicitar o downgrade, mas acho que essa festa acabou quando versão 8.1 entrou em cena. Agora, a não ser que encomendemos a montagem da máquina a um integrador independente, dificilmente encontraremos aparelhos sem sistema operacional, ou com o FREE DOS ou uma distribuições Linux, como era comum até o final da década passada opção que seria vantajosa para quem dispõe de um DVD do Windows (note que licenças OEM tornam o sistema parte integrante do computador, não sendo possível, portanto, utilizar o mesmo key code para ativá-lo em outro aparelho.
    
Ao contrário do que muita gente imagina, existe vida inteligente fora do Planeta Microsoft. Então, não deixe de considerar a possibilidade trocar seu PC com Windows por um iMac ou MacBook, ou mesmo experimentar o Linux Ubuntu, dentre outras distribuições consideradas amigáveis para quem está tendo seus primeiros contatos com o software livre. 

Observação: A verdade é que a Microsoft desenvolveu o Eight pensando principalmente em aumentar sua pífia participação no segmento de smartphones e tablets, e o resultado foi uma interface pouco amigável para a turma do teclado e mouse. Depois de 18 meses gritando aos quatro ventos as virtudes do seu (então) mais recente rebento, e vendo que ele não decolava nem com reza brava, a empresa disponibilizou um Service Pack com novas funcionalidades e elementos de design que o tornaram mais fácil de usar em computadores convencionais. 

O Windows 10 deverá contar com uma interface amigável e ainda fácil de usar, dispensando o aborrecido período de adaptação. As atualizações/correções críticas serão implementadas automaticamente, e a nova Central de Ações concentrará as mensagens numa única janela, facilitando a ação imediata do usuário. O Project Spartan propiciará uma navegação mais aprimorada do que o longevo MS Internet Explorer, permitindo, dentre outras coisas, que o internauta escreva diretamente nas webpages, leia artigos sem distrações e salve seus favoritos para acessá-los offline. O HoloLens dará vida a um mundo de hologramas de alta definição, fazendo com que o conteúdo digital pareça tão real quanto os objetos físicos da sala. O XBOX virá integrado nativamente ao sistema, e a Loja do Windows 10 oferecerá centenas de milhares de aplicativos, incluindo jogos, músicas, vídeos e uma nova versão do Office. É esperar para ver.

Abraços a todos e até amanhã. 

quarta-feira, 13 de maio de 2015

REVISITANDO O LINUX/UBUNTU

A UM GOVERNO QUE PUGNA POR SILENCIAR SEUS OPOSITORES RESTA SOMENTE IR TOMANDO DECISÕES CADA VEZ MAIS REPRESSIVAS, POIS O ATO DE REPRESSÃO PRATICADO HOJE SÓ SE MANTERÁ DE PÉ SE SUSTENTADO PELO DE AMANHÃ. É A RECEITA DAS TIRANIAS.

Como dizia o impagável Nelson Rodrigues, “TODA UNANIMIDADE É BURRA”, de modo que não causa espécie o fato de a Microsoft ter defensores e detratores. Mas “OS CÃES LADRAM E A CARAVANA PASSA essa eu não sei a quem atribuir; nem mesmo dizer se é de origem portuguesa ou árabe , e o Windows continua sendo o sistema operacional para PCs mais usado no mundo inteiro. Sua popularidade é tanta que, somadas, as edições XP e posteriores abocanham quase 87% do mercado sistemas operacionais para computadores pessoais, enquanto o Mac OS tem 9,9% e o Linux, 1,8% note que o Pinguim fica atrás até mesmo do malfadado Windows Vista, que conta com 2,4% da preferência dos usuários.

Observação: Quem pesquisar nosso Blog encontrará várias postagens sobre o Linux, focadas, em sua maioria, na distribuição UBUNTU, que é a preferida pelos neófitos e, devido a suas semelhanças com o Windows, é a escolhida pela maioria dos usuários que abandonam o Planeta Microsoft. O nome da distribuição em questão significa algo como “humanidade para os outros” e remete a um dos princípios fundamentais da Nova República Sul-Africana e ao “renascimento africano”. 

O Linux tem fama de ser um sistema difícil, complicado, incompatível e, portanto, mais adequado a nerds, geeks e distinta companhia. No entanto, boa parte dessa conotação negativa advém de uma questão cultural estimulada pela concorrência. Ainda que os neófitos possam o Pinguim “estranho” num primeiro momento, essa impressão tende a desaparecer depois de algum tempo, diante da interface gráfica opcional, do ambiente completamente personalizável e dos gerenciadores de pacotes que permitem ampliar o leque de funções com poucos cliques  sem consumir exageradamente os recursos do PC nem exigir programas caros e vigilância constante contra malwares. Os aplicativos nativos permitem fazer praticamente tudo o que se faz no Windows, mas de forma mais barata – e até mais simples (uma possível exceção fica por conta do Shell Unix/Linux, conquanto o aprendizado dos comandos seja meramente optativo).

Como “NA PRÁTICA A TEORIA É OUTRA”, não falta quem reclame da impossibilidade de rodar programas específicos, e, pior, de não encontrar substitutos à altura no âmbito do open source o Gimp pode até ser um excelente editor de imagens, mas, decididamente, não é o Photoshop, como tampouco o LibreOffice é o MS Office  mas, para usuários comuns, ele nada fica devendo à festejada suíte de escritório da Microsoft, e não custa um centavo. Demais disso, pacotes como o Wine permitem rodar uma vasta gama de programas desenvolvidos nativamente para o Windows.

Há também quem reclame do não reconhecimento de determinados dispositivos de hardware, porém convenhamos que isso não é prerrogativa do Linux. Não é incomum o Windows dar um baile no usuário para reconhecer determinadas placas gráficas e Wi-Fi, por exemplo. Além disso, no Pinguim é possível recorrer à comunidade para obter uma solução para o problema (seguir instruções obtidas a partir de fóruns na Web parece preocupante, mas essa é uma prática comum no universo do software livre).

Quem não é da velha escola e sequer sabe o que é o prompt de comando (legado do velho MS DOS que continua presente nas edições mais recentes do Windows, embora raramente seja utilizado por usuários iniciantes e intermediários) pode se atrapalhar ao ter de usá-lo no concorrente para fazer um aplicativo ou dispositivo funcionar corretamente. Mas isso é raro, e, volto a lembrar, basta recorrer à comunidade para descobrir como proceder.

Para concluir, é oportuno salientar que minha experiência com o Linux se resume a algumas distribuições que eu testei no final da década passada para embasar a criação de dois ou três volumes da COLEÇÃO GUIA FÁCIL INFORMÁTICA, nos quais meu então parceiro Robério teve a brilhante ideia de focar o software livre e o seu mais digno representante. Assim, do alto da minha ignorância, posso afirmar não achei a experiência pior ou melhor do que a que tenho com o Windows no dia a dia ou a que tive com o Mac OS; apenas diferente. Mas “ATÉ AÍ MORREU NEVES”, pois a gente também encontra diferenças no Seven (ainda que para melhor), quando faz a migração a partir do XP, e daquele para o 8.1 (e não será diferente com o Windows 10, que, tudo indica, chega ao mercado até o final do semestre).

Observação: Se você está curioso, a resposta é NÃO! A não ser por conta de um motivo de extrema relevância  a falência da Microsoft, p. ex. , eu não trocaria o Windows, nem pelo Pinguim, nem pelo Maçã.

Abraços e um ótimo dia a todos. 

P.S. Ontem foi o patch tuesday de Maio. Caso você não tenha habilitado as atualizações automáticas, rode o Windows Update para atualizar seu sistema.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

DE NOVO O UBUNTU – MÍDIA DE INSTALAÇÃO

QUALQUER TECNOLOGIA SUFICIENTEMENTE AVANÇADA NÃO PODE SER DIFERENCIADA DE MÁGICA.

Se você criou a mídia de instalação do Ubuntu, mas resolveu não utilizar o sistema, nem por isso jogue fora o CD Live, pois ele pode ser um aliado valioso em diversas situações:

Vamos supor que de repente e sem qualquer motivo aparente o seu computador se recuse a carregar o Windows. Depois de muito relutar, você se conforma em reinstalar o sistema, mas como seus backups não são muito confiáveis (se é que você os fez), o risco de perder dados importantes e de difícil recuperação é preocupante. Já se você dispuser do disquinho, basta inseri-lo na gavetinha, ligar o PC, acessar a partição do Windows e copiar os arquivos para um pendrive, HD externo ou disco virtual. Simples assim.

Outra ferramenta útil é o Gparted – aplicativo que acompanha o Ubuntu e permite criar, redimensionar, trocar letras e excluir partições de maneira simples e rápida. A despeito de o Windows dispor de um gerenciador de disco em suas versões recentes, nas mais antigas é preciso formatar a unidade ou a recorrer a programas de terceiros.

Tenham todos um ótimo dia.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

ALTERNATIVAS AO WINDOWS – LINUX UBUNTU


NÃO HÁ VENTO FAVORÁVEL PARA AQUELE QUE NÃO SABE AONDE VAI.

Para concluir esta sequência, cumpre dedicar algumas linhas ao UBUNTU, que, a meu ver, é a distribuição GNU/Linux mais amigável para quem ensaia seus primeiros passos nos domínios do Pinguim.

Observação: Numa tradução livre, o termo UBUNTU significa algo como “humanidade para os outros” e designa uma filosofia africana que defende uma irmandade universal.

Mesmo sem participação no preço de capa, eu recomendaria a leitura do volume dedicado ao Linux Ubuntu na saudosa Coleção Guia Fácil Informática, mas como Robério e eu lançamos essa edição em 2007, as possibilidades de encontrar um exemplar pedido por aí são bastante remotas. Fuçando a Web atrás do dito-cujo, porém, eu encontrei uma alternativa gratuita que você pode baixar clicando aqui.
Durante o período em que eu utilizei o Ubuntu para respaldar a elaboração do nosso livrinho, chamaram-me a atenção sua praticidade, capacidade de rodar em PCs de configurações “pobres” e ampla compatibilidade com dispositivos de hardware e periféricos, além do seu excelente conjunto de aplicativos (navegador, cliente de e-mail, player de músicas e vídeos, software para organização de imagens e suíte de produtividade equivalente ao pacote MS Office). E por se tratar de um software “open source” gratuito, usuários avançados podem também estudá-lo, aprimorá-lo e redistribuí-lo sem ônus algum e dentro da mais completa legalidade.
Para baixar o arquivo de instalação diretamente do site da Comunidade Ubuntu Brasil, clique aqui – caso seu hardware suporte, escolha a versão 64-bit. Enquanto espera a conclusão do download (são 883 MB), clique em Faça um Tour online para ir se familiarizando com o novo sistema.

Observação: O resultado do download será uma imagem de disco (um arquivo único com as mesmas pastas, arquivos e propriedades do disco original), que você terá de transportar para um DVD. Caso não disponha de alguma suíte de gravação de terceiros, você poderá utilizar os recursos nativos do próprio Windows (para saber como, clique aqui). Na época da elaboração do livrinho, também era possível solicitar o envio da mídia de instalação pelo correio, mas agora, quando eu fui checar, de não ser mais gratuito (o preço atual é de £ 5,04 para uma unidade), o serviço estava temporariamente suspenso por falta de material.      

A instalação é intuitiva e dispensa intervenções – a não ser quanto à escolha do idioma, layout de teclado e outros requisitos básicos –, mas eu sugiro a você que não “queime as caravelas” logo de cara: teste primeiro o novo sistema diretamente da mídia (que não é Bombril, mas tem diversas utilidades, como veremos em outra oportunidade). Se gostar, faça uma instalação em dual boot (clique aqui para acessar um tutorial detalhado a propósito) use o Ubuntu por alguns meses e, somente quando tiver certeza de que é o certo a fazer, reparticione o disco para reaproveitar o espaço ocupado pelo velho XP.
Note o leitor que as distribuições Linux também são tidas e havidas como blindadas contra malwares, mas isso não é bem verdade. Volto a lembrar que a quantidade de usuários é um fator determinante para colocar um software na mira da bandidagem digital, e como a participação do Pinguim está em torno de 1,5% (contra quase 90% da Microsoft) a conclusão é óbvia.
A rigor, não existe sistema operacional 100% seguro. É certo que a permissão do usuário ROOT (com amplos poderes) é exigida antes de qualquer instalação ou modificação ser procedida no sistema, mas os cibercriminosos, sempre muito criativos, já encontraram meios de contornar esse obstáculo. A bola da vez é o “water hole”, que consiste em infectar um site legítimo que, por sua vez, repassará a praga para seus visitantes desprotegidos. Há também grupos que compram espaço publicitário em sites de grande acesso e colocam anúncios aparentemente legítimos, mas cujos links redirecionam os incautos para um site destinado a disseminar o malware. Aliás, a própria comunidade  Ubuntu reconhece a necessidade de manter o Pinguim protegido, como você pode conferir clicando aqui.

Um grande abraços a todos e até mais ler.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Adeus, WINDOWS XP, olá WINDOWS 7, bem-vindo, WINDOWS 8


Lançado em 2001, o XP logo desbancou o consagrado Win 98 (missão da qual a malsinada edição Millennium não foi capaz de se desincumbir), e devido ao fiasco do Vista – outro “azarão” –, tornou-se a mais longeva edição do Windows de todos os tempos. No entanto, devido à excelente aceitação do Seven (veja gráfico à direita), sua aposentadoria compulsória se dará em abril de 2014 – para desgosto de seus inúmeros fãs –, a partir de quando a Microsoft deixará de lhe oferecer suporte estendido.

Observação: Ainda que o XP seja adequado às suas necessidades, e que o fim do suporte estendido não fará com que ele deixe de funcionar, tenha em mente que sem novas correções e atualizações o seu PC ficará mais vulnerável a malwares e cibercriminosos, sem mencionar que a redução progressiva no número de usuários desestimulará os desenvolvedores de software e fabricantes de hardware a manter a compatibilidade de seus novos produtos com essa versão do Windows.

O sucessor natural do XP é o Seven (esqueça o Vista), mesmo com o Eight chegando em outubro. A propósito, a experiência demonstra que o melhor momento de se adotar uma nova versão do sistema é logo após a liberação do seu primeiro Service Pack (os pioneiros são reconhecidos pela flecha espetada no peito). Mesmo assim, você pode ter uma prévia do mais novo membro da família Windows fazendo um “test drive” de seu Release Preview – que traz interface, funções e recursos bem próximos dos da versão definitiva. Nem todo mundo que experimentou gostou, é bom que se diga, mas se você resolver realmente adotá-lo, a aquisição de uma máquina nova com o sistema pré-instalado pelo fabricante pode evitar muita dor de cabeça.
Por último, mas não menos importante, muita gente se esquece de que existe vida inteligente fora do “Planeta Microsoft”. Talvez esteja na hora de experimentar o MacOs – se dinheiro não for problema, pois se os produtos da Apple são considerados caros no país de origem, imagine aqui, mercê a carga tributária obscena com que somos escorchados. Já se o orçamento estiver apertado, avalie a possibilidade de adotar o Pinguim. O Ubuntu, por exemplo, é uma distribuição pra lá de amigável.
Pense cuidadosamente no assunto; afinal, você ainda tem 21 meses para tomar sua decisão.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A evolução dos computadores...

Atendendo a uma sugestão apócrifa deixada no post do último dia 9, vou dedicar algumas linhas à evolução dos computadores, começando por definir “informática” como a ciência que visa ao tratamento da informação mediante o uso de equipamentos e métodos da área de processamento de dados – até porque processar dados é o que o computador faz ao arquivar, gerenciar e manipular informações.

Reza a lenda que tudo começou com o ábaco – geringonça criada há mais de 3.500 anos no antigo Egito –, cuja desenvoltura na execução de operações aritméticas seria superada somente no século XVII pela Pascalina, desenvolvida pelo matemático francês Blaise Pascal e aprimorada pelo alemão Gottfried Leibniz, que lhe adicionou a capacidade de multiplicar e dividir. Mas o “processamento de dados” só tomaria impulso dois séculos mais adiante, com o Tear de Jacquard – primeira máquina mecânica programável –, que serviu de base para Charles Babbage projetar um dispositivo mecânico capaz de computar e imprimir extensas tabelas científicas, que serviu de base para Herman Hollerith construir um tabulador estatístico com cartões perfurados. (Depois de diversas fusões e mudanças de nomes, a empresa de Hollerith viria a se tornar a International Business Machine, mais conhecida como IBM, mas isso já é outra história).
Lá pelos anos 30, Claude Shannon aperfeiçoou o Analisador Diferencial (dispositivo de computação movido a manivelas) mediante a instalação de circuitos elétricos baseados na lógica binária, ao mesmo tempo em que o alemão Konrad Zuze criava o Z1 (primeiro computador binário digital). Com a deflagração da Segunda Guerra Mundial, a necessidade de decifrar mensagens codificadas e calcular trajetórias de mísseis levou potências como os EUA, Alemanha e Inglaterra a investir no desenvolvimento de computadores como o Mark 1, o Z3 e o Colossus. Aliás, foi com o apoio do exército norte-americano que pesquisadores da Universidade da Pensilvânia construíram o ENIAC – portento de 18 mil válvulas e 30 toneladas –, que produziu um enorme blecaute ao ser ligado, em 1946.

Observação: Apesar de consumir 160 kW/h, o ENIAC só conseguia fazer 5 mil somas, 357 multiplicações ou 38 divisões simultâneas por segundo – uma performance incrível para a época, mas que qualquer videogame dos anos 90 já superava “com um pé nas costas”. Para piorar, de dois em dois minutos uma válvula queimava, e como a máquina só possuía memória interna suficiente para manipular dados envolvidos na tarefa em execução, qualquer modificação exigia que os programadores corressem de um lado para outro da sala, desligando e religando centenas de fios.

Em 1947 surgiria o EDVAC – já com memória, processador e dispositivos de entrada e saída de dados –, seguido pelo UNIVAC – que utilizava fita magnética em vez de cartões perfurados –, mas foi o transistor que revolucionou a indústria dos computadores, notadamente a partir de 1954, quando seu custo de produção foi barateado pela utilização do silício como matéria prima.
No final dos anos 50, a IBM lançou os primeiros computadores totalmente transistorizados (IBM 1401 e 7094) e uma década depois a TEXAS INSTRUMENTS revolucionou o mundo da tecnologia com os circuitos integrados (compostos por conjuntos de transistores, resistores e capacitores), usados com total sucesso no IBM 360 (lançado em 1964). No início dos anos 70, a INTEL desenvolveu uma tecnologia capaz de agrupar vários CIs numa única peça, dando origem aos microprocessadores, e daí à criação de equipamentos de pequeno porte foi um passo: em poucos anos surgiria o ALTAIR 8800 (vendido sob a forma de kit), o PET 2001 (lançado em 1976 e tido como o primeiro microcomputador pessoal) e os Apple I e II (este último já com unidade de disco flexível).
O sucesso estrondoso da Apple despertou o interesse da IBM no filão dos microcomputadores, levando-a a lançar seu PC (sigla de PERSONAL COMPUTER), cuja arquitetura aberta e a adoção do MS-DOS da Microsoft viriam a estabelecer um padrão de mercado.
De olho no desenvolvimento de uma interface gráfica com sistema de janelas, caixas de seleção, fontes e suporte ao uso do mouse – tecnologia de que a XEROX dispunha desde a década de 70, conquanto só tivesse interesse em computadores de grande porte –, a Apple fez a lição de casa e incorporou esses conceitos inovadores num microcomputador revolucionário. E a despeito de a IBM pressionar a Microsoft no sentido de não atrasar o lançamento de sua interface gráfica para rodar em DOS, a Apple já estava anos-luz à frente quando o Windows 2.0 chegou ao mercado.
Muita água rolou por baixa da ponte desde então. Em vez de aperfeiçoar o PC de maneira a utilizar o novo processador 80386 da INTEL, a IBM preferiu lançar o PS/2, com arquitetura fechada e proprietária. Mas a Compaq – que já vinha ameaçando destronar a rival – convenceu os fabricantes a continuarem utilizando a arquitetura aberta. Paralelamente, o estrondoso sucesso do Windows 3.1 contribuiu para liquidar de vez a parceria Microsoft/IBM, conquanto ambas as empresas continuassem buscando desenvolver, cada qual à sua maneira, um sistema que rompesse as limitações do DOS. Depois de uma disputa tumultuada entre o OS/2 WARP e o Windows 95 (já um sistema operacional autônomo), a estrela de Bill Gates brilhou mais forte, e o lançamento do Win 98 sacramentou a Microsoft como a “Gigante do Software”.
O resto é história recente: a arquitetura aberta se tornou padrão de mercado; o Windows se firmou como o SO mais utilizado em todo o mundo (a despeito da evolução das distribuições LINUX e dos fãs da Apple/Macintosh); a evolução tecnológica vem favorecendo o surgimento de dispositivos de hardware cada vez mais poderosos – e propiciando a criação de softwares cada vez mais exigentes –; a INTEL e a AMD continuam disputando “a tapa” a preferência dos usuários pelos seus processadores (agora com 2, 3, 4 ou mais núcleos); memórias SDRAM de 64/128 MB cederam lugar para 2 ou mais GB DDR2 ou DDR3; placas gráficas de última geração permitem jogar games radicais, assistir a filmes em alta definição e com efeitos 3D, e por aí vai. 
Tenham todos um ótimo dia.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Windows 7 x Linux

Parece que desta vez a Microsoft acertou a mão e conseguiu varrer para baixo do tapete a má-impressão causada pelo malfadado Windows Vista. A popularidade do Windows 7 aumentou a renda da empresa em 35% (US$ 4,42 bilhões no último trimestre de 2009). O curioso é que o “fiasco” anterior não ajudou o Pingüim a decolar, já que os usuários que resolveram abandonar o Windows migraram, em sua maioria, para o Mac OS – ou seja, em meio à pior recessão desde a Segunda Guerra Mundial, quem trocou de sistema escolheu uma opção mais cara.
Talvez o maior encanto do Linux consista no fato de ele ser gratuito, o que tanto cativa quem busca um PC de baixo custo quanto quem precisa de um sistema destinado a propósitos muito específicos e que não tenha necessariamente de rodar o Windows, como é o caso clássico dos servidores. No entanto, a despeito de muitas das novas funcionalidades do Seven – tais como a personalização do ambiente de trabalho, as ferramentas de controle para maximizar e gerir janelas abertas, os ícones de pré-visualização e o aprimoramento da proteção contra a instalação de programas indesejados – já fazerem parte do ambiente Linux, quem apostou na ascensão do Pingüim por conta do fraco desempenho comercial do Vista ficou a ver navios.
Por outro lado, a crescente popularização do Windows 7 não deve influenciar consumidores tradicionalmente avessos à Microsoft, e a chegada do Chrome OS pode favorecer o Pingüim, não só porque serão muitos os computadores a incluir o novo sistema operacional do Google, mas também porque haverá mais programadores interessados em desenvolver novas aplicações para rodar em Linux.
Enfim, quem viver verá.
Até amanhã.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

De volta ao Pinguim e Humor de sexta-feira

A postagem do dia 13 prometia encerrar a trilogia sobre o Linux, mas alguns e-mails que venho recebendo desde então dão conta de que há leitores com interesse em conhecer melhor as distribuições. Assim, resolvi apresentar um resumo das características das cinco opções mais populares.
Confira:

Em primeiro lugar vem o Ubuntu, que é baseado no Debian e inclui aplicativos bastante conhecidos – como o Firefox e OpenOffice.org (BrOffice, aqui pelas nossas bandas). A inclusão de um assistente de migração para usuários do Windows e o suporte para as tecnologias mais recentes faz dessa distribuição uma das mais amigáveis entre centenas de opções disponíveis. Sua versão 10.10 (codinome Maverick Meerkat), que já está disponível para download, incorpora diversas as mudanças, dentre as quais um instalador otimizado, uma loja de aplicativos reorganizada e um ambiente desktop totalmente novo, que promete facilitar o dia-a-dia e reduzir o desperdício de precioso espaço no monitor. De quebra, ela ainda oferece compatibilidade com telas muiltitoque e comandos de gestos.

O segundo lugar fica para o Fedora, que é particularmente forte em recursos corporativos e oferece um calendário de atualização semestral. Embora seja vista como uma “distro” para usuários intermediários e avançados, ela não deixa de ser uma boa escolha também para os iniciantes, graças às melhorias recebidas nos últimos anos.

Em terceiro lugar vem o Mint, que é baseado no Ubuntu, mas adiciona seu próprio tema de desktop e um conjunto diferente de aplicações e ferramentas gráficas voltadas ao aprimoramento da usabilidade – tais como mintDesktop (para configuração do ambiente desktop), mintInstall (para instalação mais fácil de software) e mintMenu (para navegação mais fácil). Essa distribuição goza de boa reputação pela facilidade de uso e por seus codecs de mídia proprietários, que asseguram melhor compatiblidade com hardware, sendo uma escolha interessante para usuários iniciantes.

openSUSE tem nível de dificuldade “médio”, mas ocupa o quarto lugar em popularidade devido a seu excelente utilitário de administração (YaST). Sua edição em caixinha vem com uma das documentações impressas mais bem elaboradas já feitas por uma “distro”.

Em quinto lugar fica com o PCLinuxOS, que usa o ambiente de desktop KDE e é essencialmente uma versão enxuta do Mandriva. Com bom suporte para drivers gráficos, plug-ins de navegador e codecs de mídia, ele pode ser uma boa escolha para iniciantes, ainda que seu ciclo de lançamentos seja irregular e que não haja versão de 64 bits.

Observação: Vale lembrar que a maioria das distribuições Linux permite fazer um “test drive” sem instalar o sistema no computador. Para isso, você tanto pode encomendar o Live CD da distribuição desejada no respectivo site, quanto fazer o download dos arquivos e queimar a sua própria mídia (nesse caso, o processo é bem mais trabalhoso). Com o CD em mãos, basta introduzi-lo na gavetinha do drive e reiniciar o computador (não estranhe se notar alguma lentidão, já que, rodando a partir do drive CD, o desempenho do sistema será inferior ao que teria se fosse instalado no HD). Quando você retirar o CD do drive e reiniciar o computador, seu Windows voltará a funcionar como de costume. Se preferir, você pode rodar o Linux a partir de um pendrive, já que assim ele funcionará quase tão rapidamente quanto se estivesse sendo executado a partir do disco rígido.

Passemos agora ao nosso tradicional humor de sexta-feira:

FRASES POPULARES EM LINGUAGEM JURÍDICA

A fêmea ruminante deslocou-se para terreno sáfaro e alagadiço. (A vaca foi para o brejo)
Desejo veementemente que V.Sa. receba contribuições inusitadas em vossa cavidade retal. (Vá tomar no cú)
Desejo veementemente que V.Sa. performe fornicação na imagem de sua própria pessoa. (Vá se foder)
Creio que V.Sa. apresenta comportamento galhofeiro perante a situação aqui exposta. (Você tá de sacanagem)
Prosopopéia flácida para acalentar bovinos. (Conversa mole pra boi dormir )
Saldar dívica com um primata. (Pagar um mico)
Inflar a bolsa escrotal. (Encher o saco)
Impulsionar a extremidade do membro inferior contra a região glútea de outrem. (Dar um pé na bunda)
Derrubar, com a extremidade do membro inferior, o suporte sustentáculo de uma das unidades de acampamento. (Chutar o pau da barraca)
Deglutir um batráquio. (Engolir um sapo)
Colocar o prolongamento caudal em meio aos membros inferiores. (Meter o rabo entre as pernas)
Derrubar com intenções mortais. (Cair matando)
Aplicar a contravenção do Senhor João, este deficiente físico desprovido de um dos membros superiores. (Dar uma de João sem braço)
Sequer considerar a utilização de um longo pedaço de madeira. (Nem a pau)
Nem sequer considerando a possibilidade da fêmea bovina expirar fortes contrações laringo-bucais. (Nem que a vaca tussa)
Nem sequer considerando a utilização de instrumentos metálicos. (Nem ferrando)
Derramar água pelo chão através do tombamento violento e premeditado de seu recipiente. (Chutar o balde)
O orifício circular conjugado, localizado na parte ínfero-lombar da região glútea de um individuo em avançado estado etílico, deixa de estar em consonância com os ditames referentes ao direito individual de propriedade. (Cu de bêbado não tem dono)

Um bom f.d.s. a todos e até mais ler.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Linux Ubuntu

Antes de passar ao cerne desta postagem - que encerra nossa trilogia sobre o Linux - vale salientar que este que vos escreve não tem a menor intenção de abandonar o velho Windows; se existe alguma perspectiva de mudança no curto prazo, ela remete ao Seven. A rigor, minha idéia era apenas trazer à baila algumas noções sobre a “vida inteligente fora do Planeta Microsoft” (gosto dessa frase), ainda que de maneira elementar, já que não tenho familiaridade com o Pinguim além do pouco que amealhei, por dever de ofício, durante a criação do livrinho sobre o Ubuntu.

Observação: O termo “Ubuntu” (que significa algo como “humanidade para os outros”) foi escolhido para batizar uma distribuição Linux baseada no Debian – mas muito mais simples de instalar e utilizar – que incorpora uma ideologia ética sul africana focada no compromisso e nas relações entre as pessoas (um dos princípios fundamentais da Nova República Sul-Africana e ao “renascimento africano”).

Falando em Ubuntu, não custa lembrar que você pode fazer um “test drive” diretamente da mídia de instalação (função Live CD). Caso haja interesse, basta dirigir-se ao site http://www.ubuntu-br.org/, fazer o download gratuito do programa e criar seu próprio disco, embora eu sugira encomendá-lo já pronto (escolha a versão mais atual, mas fuja de qualquer coisa que seja alfa, beta ou RC). Com o CD em mãos, além de conhecer melhor essa distribuição (que é pra lá de amigável e, portanto, indicada – não só, mas principalmente – para quem está tendo seus primeiros contatos com o Pingüim), você pode ainda vasculhar vírus em seu computador, navegar na Web de forma segura, apagar definitivamente os dados do HD e muito mais. Vejamos isso melhor:

Se sua máquina se recusar a dar o boot e você desconfiar de uma infecção viral, insira o disco de instalação do Ubuntu no drive e selecione a opção TESTAR O UBUNTU SEM QUALQUER MUDANÇA EM SEU COMPUTADOR. Feito isso, Abra o Firefox, baixe o avast! Linux Home Edition  e escolha a opção ABRIR do Firefox, de modo a instalar a ferramenta. No menu LOCAIS, clique nas partições do Windows, acesse o programa em APLICATIVOS > ACESSÓRIOS > AVAST ANTIVÍRUS e clique em FERRAMENTAS > ATUALIZAR O BANCO DE DADOS. Em PASTAS SELECIONADAS, pressione o botão de adição (+), localize as partições do Windows (que ficam na pasta MEDIA) e clique em INICIAR ESCANEAMENTO para localizar e neutralizar o malware.

Para navegar na Web de forma mais segura (ao realizar transações via Net Banking ou outras operações que exijam segurança máxima), repita os passos da dica anterior para iniciar o Ubuntu e acessar o Firefox. Se for preciso utilizar Flash, clique em SISTEMA > ADMINISTRAÇÃO > GERENCIADOR DE PACOTES SYNAPTIC, localize UBUNTU RESTRICTED EXTRAS, dê um clique direito sobre essa opção, selecione MARCAR PARA INSTALAÇÃO, clique em APLICAR e novamente em APLICAR.

Para limpar o HD de forma irreversível (e garantir que alguém a quem você venda ou doe seu computador não tenha acesso às informações gravadas no disco) use o SYNAPTIC para instalar o pacote WIPE, selecione APLICATIVOS > ACESSÓRIOS > TERMINAL e execute o comando SUDO FDISK –L. Escolha as partições do Windows (ou aplique a solução para todas, caso queira apagar tudo em todos os discos) e use o comando “sudo wipe /dev/sdb1” (sem as aspas e substituindo a expressão sdb1 em cada caso).

Tenham todos uma ótima semana.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Pinguim (continuação) e humor de sexta-feira

Prosseguindo no assunto do post de anteontem, vale relembrar que, nos primórdios da informática, o valor real dos computadores estava no hardware, não no software. No entanto, com o crescimento da indústria de TI, os programas passaram a ser comercializados separadamente, e isso levou os desenvolvedores a buscar mecanismos de proteção de propriedade intelectual para garantir suas vantagens competitivas. Atualmente, do ponto de vista da distribuição, os softwares se dividem basicamente em LIVRES (como é o caso do Linux) e PROPRIETÁRIOS (como é o caso do Windows, cujo código-fonte tão bem guardado quanto a fórmula da Coca-Cola). No primeiro caso, os programas são distribuídos no modo fonte (o “código-fonte” é o “núcleo” do programa), e podem ser copiados, adaptados, modificados, aprimorados e distribuídos pelos próprios usuários (note que isso não implica em “domínio público”, mas sim em licenciamentos que, em maior ou menor grau, concedem essas liberdades). No segundo, eles são disponibilizados no modo binário, e sua utilização é regida por contratos de licença que estabelecem restrições à execução, cópia e modificação dos programas.
Observação: Nem todo software livre é gratuito e nem todo software gratuito é livre. Os “freewares”, por exemplo, são oferecidos gratuitamente – geralmente por conta de uma estratégia comercial que visa despertar o interesse dos usuários por suas versões pagas (e mais completas). No entanto, sua distribuição é feita apenas na forma binária, já que seus contratos de licença proíbem quaisquer modificações.

Vistos e compreendidos esses conceitos, podemos passar a algumas considerações de ordem prática para quem está pensando em “pular a cerca”:

1- Da mesma forma como o Windows é oferecido em diversos “sabores” (do Starter ao Ultimate), o Linux conta com um vasto leque de “distribuições” – dizem até que migrar para o Pingüim é fácil, difícil é escolher a distribuição mais adequada.

2- O Linux não é muito exigente em termos de hardware, de modo que não você não precisa de um computador poderoso para conseguir um desempenho satisfatório. Se seu PC é antigo, o Puppy Linux é uma boa escolha; para desktops com RAM e espaço e disco limitados, o Xubuntu e o Debian XFCE Edition podem ser mais interessantes.

3- Em máquinas mais modernas, os periféricos podem influenciar a escolha da distribuição (se você tenciona utilizar leitor de cartões de memória, modem 3G ou impressora multifuncional, por exemplo, não deixe de checar sua compatibilidade com a distribuição que pretende usar).

4- Segundo a maioria dos “entendidos” em Linux, o Ubuntu é a opção mais amigável para iniciantes, além de oferecer excelente compatibilidade de hardware. No entanto, o Fedora, o Linux Mint e o openSUSE não devam ser descartados sem uma análise cuidadosa.

5- As distribuições podem apresentar variações conforme a aplicação (EduBuntu para educação, por exemplo, ou UbuntuStudio para músicos, artistas gráficos assemelhados), mas cada qual conta com sua própria comunidade online, que oferece ajuda gratuita para a solução dos mais diversos problemas.

6- Também é possível optar por uma versão comercial, com suporte técnico oferecido pelo desenvolvedor ou revendedor (como o Red Hat Enterprise Linux e o SUSE Linux Enterprise Desktop, dentre outros).

7- Diante de eventuais dificuldades em decidir qual distribuição utilizar, você pode recorrer a “testes online” para guiá-lo em sua escolha (sugiro o Distro Chooser).

8- Seja qual for a sua escolha, não deixe de fazer um “test drive” a partir de um LiveCD ou LiveUSB (se a primeira distribuição que você escolher não lhe agradar, há muitas outras para experimentar). Caso resolva mesmo instalar o programa, faça-o em regime de “dual boot”, de modo a manter o Windows disponível (pelo menos por mais algum tempo).

Boa sorte.

Passemos agora à nossa tradicional piadinha:

O velhinho, mineiro de Berlandia, está no hospital, nas últimas, e o padre lhe diz ao ouvido:

- Antes de morrer, reafirme a sua fé em nosso Senhor Jesus Cristo e renegue o Demônio.
O velhinho fica quieto, e o padre insiste:
- Antes de morrer, reafirme a sua fé em nosso Senhor Jesus Cristo e renegue o Demônio.
E o velhinho... nada.
Então o padre pergunta:
- Por que é que o senhor não quer renegar o Demônio?
O velhinho responde:
- Enquanto eu num soubé pronde vou, num quero ficá de mar cum ninguém!

Bom f.d.s. a todos.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Pinguim

A despeito da indiscutível supremacia do Windows no mercado de sistemas operacionais (no 1º trimestre deste ano, ele marcou presença em 70% dos computadores vendidos no Brasil, contra módicos 22% do Linux e insignificantes 1.5% do Mac OS), existe vida inteligente fora do “Planeta Microsoft”. E considerando que estou em falta com o Pingüim – que mal foi citado nas quase 1.100 postagens já publicadas aqui no Blog –, resolvi aproveitar o feriadão (frio e úmido aqui em Sampa, depois de quase duas semanas de um calor senegalês atípico) para dedicar algumas linhas à criação de Linus Torvalds.
A propósito, por ocasião da abertura da feira LinuxCon, no início do mês passado, Torvalds disse que não fez fortuna com o Linux devido a uma “escolha pessoal”, e que, quando começou a desenvolver o sistema, “nem imaginava a importância que ele ganharia”. Mas deixemos de lado a sutil contradição que se infere dessa resposta e passemos ao que interessa.
O Linux tem fama de ser difícil, complicado, incompatível e, portanto, um sistema mais adequado a NERDS, GEEKS e Cia. No entanto, boa parte dessa conotação negativa advém de uma questão cultural estimulada pela concorrência. Ainda que os neófitos possam achá-lo “estranho” num primeiro momento, essa impressão tende a desaparecer diante das vantagens da interface gráfica opcional, do ambiente completamente personalizável e dos gerenciadores de pacotes que permitem ampliar o leque de funções com poucos cliques, sem exigir recursos enormes, software caro e vigilância constante contra malwares.
Os aplicativos nativos das distribuições Linux permitem fazer praticamente tudo o que se faz no Windows, mas de forma mais barata – e até mais simples: para tarefas comuns de produtividade, por exemplo, o BrOffice oferece programas similares aos do MS Office; para navegação na Web, o Firefox não é motivo de preocupações, até porque ele já é familiar a muita gente (uma possível exceção fica por conta do Shell Unix/Linux, conquanto o aprendizado dos comandos seja meramente optativo).
No âmbito corporativo, a adoção do Linux é particularmente atraente, já que a ausência de taxas de licença de software e a redução dos investimentos em hardware proporcionam uma economia considerável (aliás, sua participação no mercado de sistemas operacionais vem crescendo significativamente, inclusive com o apoio de gigantes do quilate da IBM, Hewlett-Packard, Intel, Novel e Oracle). No que diz respeito às “famigeradas incompatibilidades”, é certo que elas ainda ocorram – até porque muitos desenvolvedores escolheram manter seus codecs, softwares ou drivers fechados e proprietários –, mas sempre é possível encontrar alternativas funcionais, sem mencionar que pacotes como o Wine permitem rodar no Pingüim uma vasta gama de programas desenvolvidos nativamente para o Windows.
Como amanhã é aniversário do Blog, a gente retoma este assunto no post de sexta-feira.
Abraços e um ótimo dia a todos.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Segurança é um caso sério...

Pergunte a um “nerd” qual a melhor solução de segurança para seu PC, e ele lhe dirá: “mude para o Linux”.
Essa é apenas uma das muitas anedotas que correm no âmbito da TI, mas, convenhamos, a coisa faz sentido – até porque a enorme popularidade da Microsoft torna seus produtos um “prato cheio” para hackers, crackers e aparentados, daí o desfile sem fim de correções desenvolvidas pela empresa.
Bugs e falhas de segurança não são exclusividade do Windows, Office, Internet Explorer e outros programas da Gigante do Software: segundo a Secunia, os produtos da Apple apresentam mais vulnerabilidades do que quaisquer outros. No entanto, ainda que não sejam inexpugnáveis (até porque nenhum software é 100% seguro), as distribuições Linux costumam dar bem menos dor de cabeça a seus usuários.
Segundo Linus Torvalds – criador do Linux –, diante de uma quantidade suficiente de olhos, todos os bugs vêm à tona. E como todos os usuários do sistema têm acesso ao seu código-fonte, é natural que as falhas sejam descobertas e corrigidas mais rapidamente do que as dos produtos Microsoft, cuja equipe de desenvolvedores segue listas de prioridades e só divulga os problemas depois de descobrir a solução – propiciando, assim, a ação dos cybercriminosos. Demais disso, ainda que o bom senso recomende operar o Windows com uma conta limitada, a maioria dos usuários acessa o sistema como administrador, estendendo seus plenos poderes aos malwares que recebem. Já a turma do Pingüim, por sua vez, começa com contas de baixa prioridade, e mesmo que o sistema seja comprometido, a praga não terá o acesso “root” necessário para causar grandes estragos (sem mencionar que as nuances das diversas distribuições reduzem sensivelmente os riscos de disseminações virais em massa).

Observação: Vírus e worms normalmente se espalham mediante engenharia social – isto é, tentando levar os usuários a fazer algo que não deveriam. Basta receber um e-mail com um anexo malicioso e uma linha de assunto provocante ou pornográfico, por exemplo, para muita gente abrir sem pensar. No Linux, como a maioria dos usuários não tem acesso “root”, a possibilidade de danos reais é sensivelmente reduzida, já é preciso ler o e-mail, salvar o anexo, atribuir-lhe permissões e só então rodar o executável.

Para o Windows, o que não falta aqui no Blog são dicas de segurança, a começar pela tradicional recomendação no sentido de manter um antivírus responsável ativo, operante e atualizado. No entanto, segundo o Blog de segurança Krebs on Security, muitas dessas ferramentas não se valem do ASLR e do DEP (tecnologias criadas pela Microsoft para evitar que softwares maliciosos tenham acesso a seções estáticas da memória do sistema). É o caso do AVAST Home Edition, do AVG Internet Security 9.0, do BitDefender Internet Security 2010, do ESET Smart Security, do F-Secure Internet Security, do Norton Internet Security 2010, do Panda Internet Security 2010 e do Trend Micro Internet Security 2010. A exceção fica por conta do Microsoft Security Essentials, embora no McAfee Internet Security e nos antivírus Avira e Kaspersky as tecnologias em questão sejam utilizadas por alguns executáveis de seus executáveis.

Durma-se com um barulho desses!