NÃO HÁ
VENTO FAVORÁVEL PARA AQUELE QUE NÃO SABE AONDE VAI.
Para concluir esta sequência, cumpre dedicar algumas linhas
ao UBUNTU, que, a meu ver, é a
distribuição GNU/Linux mais amigável
para quem ensaia seus primeiros passos nos domínios do Pinguim.
Observação: Numa tradução livre, o termo UBUNTU significa algo como “humanidade
para os outros” e designa uma filosofia africana que defende uma irmandade
universal.
Mesmo sem participação no preço de capa, eu recomendaria a
leitura do volume dedicado ao Linux Ubuntu na saudosa Coleção Guia Fácil Informática, mas como Robério e eu lançamos essa
edição em 2007, as possibilidades de encontrar um exemplar pedido por aí são
bastante remotas. Fuçando a Web atrás do dito-cujo, porém, eu encontrei uma
alternativa gratuita que você pode baixar clicando aqui.
Durante o período em que eu utilizei o Ubuntu para respaldar a elaboração do nosso livrinho, chamaram-me a
atenção sua praticidade, capacidade de rodar em PCs de configurações “pobres” e
ampla compatibilidade com dispositivos de hardware e periféricos, além do seu excelente
conjunto de aplicativos (navegador, cliente de e-mail, player de músicas e
vídeos, software para organização de imagens e suíte de produtividade
equivalente ao pacote MS Office). E
por se tratar de um software “open
source” gratuito, usuários
avançados podem também estudá-lo, aprimorá-lo e redistribuí-lo sem ônus algum e
dentro da mais completa legalidade.
Para baixar o arquivo de instalação diretamente do site da Comunidade Ubuntu Brasil, clique aqui
– caso seu hardware suporte, escolha a versão 64-bit. Enquanto espera a conclusão do download (são 883 MB),
clique em Faça um Tour online para
ir se familiarizando com o novo sistema.
Observação: O resultado do download será uma imagem de disco (um arquivo único com
as mesmas pastas, arquivos e propriedades do disco original), que você terá de
transportar para um DVD. Caso não disponha de alguma suíte de gravação de
terceiros, você poderá utilizar os recursos nativos do próprio Windows (para
saber como, clique aqui).
Na época da elaboração do livrinho, também era possível solicitar o envio da
mídia de instalação pelo correio, mas agora, quando eu fui checar, de não ser
mais gratuito (o preço atual é de £ 5,04
para uma unidade), o serviço estava temporariamente suspenso por falta de
material.
A instalação é intuitiva e dispensa intervenções – a não ser
quanto à escolha do idioma, layout de teclado e outros requisitos básicos –,
mas eu sugiro a você que não “queime as caravelas” logo de cara: teste primeiro o novo sistema diretamente
da mídia (que não é Bombril, mas tem diversas utilidades, como veremos em
outra oportunidade). Se gostar, faça uma instalação em dual boot (clique aqui
para acessar um tutorial detalhado a propósito) use o Ubuntu por alguns meses e, somente quando tiver certeza de que é o
certo a fazer, reparticione o disco para reaproveitar o espaço ocupado pelo
velho XP.
Note o leitor que as distribuições Linux também são tidas e havidas como blindadas contra malwares,
mas isso não é bem verdade. Volto a lembrar que a quantidade de usuários é um
fator determinante para colocar um software na mira da bandidagem digital, e
como a participação do Pinguim está em torno de 1,5% (contra quase 90% da Microsoft) a conclusão é óbvia.
A rigor, não existe
sistema operacional 100% seguro. É certo que a permissão do usuário ROOT
(com amplos poderes) é exigida antes de qualquer instalação ou modificação
ser procedida no sistema, mas os cibercriminosos, sempre muito criativos, já
encontraram meios de contornar esse obstáculo. A bola da vez é o “water hole”,
que consiste em infectar um site legítimo que, por sua vez, repassará a praga para seus
visitantes desprotegidos. Há também grupos que compram espaço publicitário em
sites de grande acesso e colocam anúncios aparentemente legítimos, mas cujos links redirecionam os incautos para um site destinado a disseminar o malware. Aliás, a própria comunidade Ubuntu reconhece a necessidade de manter o Pinguim protegido, como você pode conferir clicando aqui.
Um grande abraços a todos e até mais ler.