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quinta-feira, 15 de outubro de 2015

SUTILEZAS DO “CÉREBRO DO COMPUTADOR”... (FINAL)

A RAÇA HUMANA É UMA EXPERIÊNCIA QUE NÃO DEU CERTO.

Como eu antecipei no post anterior, nem tudo são flores nos jardins dos processadores. É fato que a evolução da nanotecnologia vem propiciando uma redução expressiva no tamanho dos transistores e, consequentemente, um aumento bastante significativo na densidade dos chips. Todavia, bilhões de nanoscópicos interruptores abrindo e fechando (bilhões de vezes por segundo) dentro de uma pastilha de silício (menor do que um selo postal) geram uma quantidade monstruosa de calor, que, combinada com outras limitações físicas cujo detalhamento foge ao escopo desta postagem, tem obrigado os fabricantes de microchips a buscar alternativas para aumentar o poder de processamento de seus produtos sem elevar ainda mais sua frequência de operação.

Observação: A Intel levou 30 anos para quebrar a barreira do gigahertz, mas precisou de apenas 30 meses para triplicar essa velocidade. E se não fosse pelos “probleminhas” mencionados no parágrafo anterior, é provável que seus processadores já estivessem operando na casa das dezenas de gigahertz. No entanto, a coisa empacou em torno dos 3,5 GHz, embora testes realizados com o chip Intel Core i7-3770K, por exemplo, demonstram que ele é capaz de suportar um overclock de 100% (o que eleva sua frequência de operação a mais de 7 GHz!). E falando na Intel, parece que ela saiu vitoriosa da batalha que travou durante anos contra sua arqui-rival: hoje, a empresa encabeça a lista dos 20 maiores fabricantes de chips do mundo, enquanto a AMD aparece em 11º lugar. 

Voltando à vaca fria, diversos aprimoramentos tiveram enorme impacto no desempenho e na maneira como as CPUs passaram a decodificar e processar as instruções. Um bom exemplo é tecnologia Hiper-Threading, desenvolvida pela Intel lá pela virada do século, que leva um único processador físico a operar como dois processadores lógicos, cada qual com seu controlador de interrupção programável e conjunto de registradores, e proporciona ganhos de performance de até 30% (o XEON, voltado ao mercado de servidores, foi o primeiro modelo a se valer dessa tecnologia). Mais adiante, vieram os chips duais – como o Pentium D Core 2 Duo, por exemplo –, seguidos pelos multicoreCore 2 Quad, Core i3, i5 e i7, da Intel, e Athlon X2 e Phenon, da AMD, também por exemplo.

Observação: De certa forma, esses lançamentos acabaram complicando a vida dos usuários, que não sabiam se deviam escolher um chip de 2 núcleos rodando a 3 GHz ou um de quatro núcleos a 2,4 GHz, por exemplo. A resposta dependia principalmente das aplicações, até porque a maioria dos programas existentes à época não haviam sido desenvolvidos para rodar em PCs com chips multicore. E a despeito de os sistemas operacionais tentarem contornar essa limitação distribuindo as tarefas entre os vários núcleos, os resultados nem sempre eram satisfatórios. A título de paliativo, chips das primeiras gerações da família “Core i”, da Intel, eram capazes de manter apenas um núcleo funcionando, mas num regime de clock mais elevado, de maneira a proporcionar um desempenho superior ao executar programas que não tivessem sido escritos para processadores multicore (colocando a coisa de forma bastante elementar, para que os processadores de múltiplos núcleos utilizem todo o seu “poder de fogo”, os aplicativos devem ser projetados para executar as tarefas de forma paralela).

Hoje em dia, levando em conta somente modelos para desktops, a Intel disponibiliza CPUs com 4 e 6 núcleos, e a AMD, unidades de até 8 núcleos (a propósito, não deixe de ler esta postagem). Talvez em breve tenhamos modelos operando a 5 GHz ou 6 GHz, e se esse aumento na velocidade lhe parece de pouca monta, tenha em mente que os fabricantes continuarão investindo na quantidade de núcleos, em novas arquiteturas e numa redução ainda mais expressiva do tamanho dos componentes.

Observação: Em teoria, a adoção de materiais condutores que oferecessem resistência próxima de zero permitiria elevar a frequência dos chips a patamares inimagináveis - na casa do zetahertz, que, dando por corretos os cálculos do www.converter-unidades.info, corresponde a 1.000.000.000.000 de Gigahertz – levando a transferência de dados a uma velocidade próxima à da luz.  

Resumo da ópera: Se você pretende modernizar seu equipamento assim que os PCs com o Windows 10 chegarem ao mercado (e não tencionar economizar uns trocados optando por um chip da AMD), assegure-se de que a nova máquina traga um processador “Intel Core” (i3, i5 ou 17) de quinta geração. Ou então espere um pouco mais; com alguma sorte (e um bocado de paciência), você acabará levando para casa um computador quântico. Mas isso já é outra história e fica para outra vez.

Abraços a todos e até a próxima.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

PROCESSADOR: INTEL ou AMD?

AS PREVISÕES ECONÔMICAS SERVEM APENAS PARA EMPRESTAR CREDIBILIDADE À ASTROLOGIA.

Como ensina o mestre Morimoto, todo computador – seja um PC, um Mac ou servidor de grande porte – é composto por cinco componentes básicos: CPU, memória RAM, disco rígido, dispositivos de entrada e saída de dados e softwares.

A CPU é tida e havida como o cérebro do sistema computacional, mas como uma andorinha não faz verão, tanto sua performance quanto o desempenho global da máquina dependem da contrapartida dos demais componentes – para entender isso melhor, acesse as postagens do mestre Fernando (brincadeirinha; este que vos escreve não passa de um mero autodidata curioso) clicando aqui e aqui.

Observação: A arquitetura aberta foi um dos pilares do sucesso da plataforma PC, pois permitia (e ainda permite) montar as máquinas a partir de componentes de diversos fabricantes, impulsionando o mercado cinza, no qual integradores independentes vendiam seus Frankenstains por preços bem aquém dos praticados pelos fabricantes (ou montadores) de modelos de grife.

No alvorecer da computação pessoal, diversos fabricantes de processadores brigavam por um lugar ao sol, mas logo foram pulverizados pelas gigantes Intel e AMD, que passaram a disputar à tapa (ou a ciclo de clock, melhor dizendo) a preferência dos usuários. Depois de muitas idas e vindas, a Intel superou sua arqui-rival – que, diga-se, continua abastecendo o mercado com excelentes microchips a preços bem mais palatáveis.

De lá para cá, muita água rolou, e discutir as variáveis que concorreram para formar o contexto atual não é o mote desta postagem. A rigor, ambas as empresas demarcaram seus territórios, notadamente durante a acirrada disputa entre o Pentium e o Athlon.

Atualmente, a supremacia da Intel é inquestionável, e a família Core (i3, i5 e i7, já na quarta geração) é o que existe de mais avançado em CPUs, não só na opinião dos especialistas, mas também dos fabricantes de PCs e respectivos consumidores. Entretanto, conforme a aplicação, a AMD se mostra superior, e considerando, por exemplo, que seu Phenom II X6 de seis núcleos (que pouco fica devendo ao Core i7 980-X da Intel) custa cerca de 30% do preço do concorrente, talvez devamos rever nossos conceitos.

De uns tempos a esta parte, ambas as gigantes passaram a investir em chipsets (conjunto de circuitos integrados que constituem o “sistema venoso” da placa-mãe), abandonado parceiros tradicionais (como NVIDIA e VIA, dentre outros), o que se explica, ao menos em parte, pelo fato de chipsets e CPUs desenvolvidas pelo mesmo fabricante trabalharem mais harmoniosamente e proporcionarem melhor desempenho. E o mesmo vale para o subsistema de vídeo, ainda que aceleradoras gráficas offboard, com GPU e memória dedicada, continuem oferecendo resultados mais expressivos do que os dos sistemas onboard.

Ambas as empresas disponibilizam também processadores de excelente qualidade para notebooks, mas a estratégia de marketing da Intel parece ser mais eficaz, e como os fabricantes se curvam à imposição do seu público alvo, o selinho “Intel Inside” está em nove de cada dez laptops (força de expressão; não sei exatamente qual é a proporção, mas sei que a liderança da Intel é indiscutível, embora a HP e outras empresas de renome confiam na AMD e oferecem opções com preços palatáveis e desempenho além do esperado).

Em última análise, a escolha fica por conta de preferência de cada um, como, mal comparando, no caso dos carros da Ford e da GM. Eu, particularmente, já montei PCs com CPUs de ambas as grifes (inclusive no tempo do multiprocessamento lógico e dos então incipientes chips dual core) e usei notebooks idem, sem jamais ter do que me queixar, nem de Pedro, nem de Paulo.

Mas continuo preferindo os processadores da Intel e, com a possível exceção do Mustang, os carros da Chevrolet...
Fazer o quê?

Abraços e até mais ler.

quarta-feira, 16 de março de 2011

32 x 64 bits

Lançado menos de três anos depois do malfadado Vista, o “Seven” desfez a má impressão deixada pelo seu predecessor e aumentou a renda da Microsoft em 35% já no último trimestre de 2009.
Caso você esteja pensando em fazer o upgrade, vale lembrar que o Windows 7 é disponibilizado em várias versões, e algumas delas vêm com dois DVDs de instalação: um para sistemas de 32 Bits e outro para sistemas de 64 Bits.
Dentre outras vantagens, os sistemas de 64 bits são capazes de gerenciar uma quantidade de memória física muito superior aos de 32 bits, cujo limite utilizável fica entre 2,8 e 3,5 GB de RAM. E como PCs com 4, 6 ou mais Gigabytes de RAM já podem ser encontrados a preços relativamente acessíveis, tenha em mente que, para tirar proveito dessa fartura, além do sistema de 64 bits, você precisa contar com um processador compatível – como os Pentium D, Extreme Edition, Core 2, Core i3, Core i5 e Core i7, da Intel, e os AMD Athlon II X2, X3, X4 e XLT, Athlon 64, Opteron e Turion 64.
Bom dia a todos e até a próxima.