Quem preside o Brasil, atualmente, não é o chefe do Executivo. Tampouco é o Congresso
quem legisla. O Judiciário absorveu
ambas essas atribuições e, através de um inusitado golpe institucional, vem restaurando o império da corrupção.
Como tudo que é ruim sempre pode piorar, a
situação tende a se agravar enquanto a sociedade não pressionar deputados
e senadores para que restaurem a prisão em segunda instância e alterem a composição
do STF e a forma como os ministros são
nomeados, bem como darem seguimento às dezenas de pedidos de impeachment contra os
togados que cometeram crimes de responsabilidade (mais de uma dezena dormita nos gavetas de Alcolumbre, a maoiria contra Gilmar Mendes e Dias Toffoli).
"O Supremo
se tornou o verdadeiro poder no Brasil, e o poder para o mal",
salientou o professor Modesto Carvalhosa
em entrevista concedida neste sábado ao Jornal
da Manhã da Rádio Jovem.
Segundo o jurista, a suprema jabuticaba podre da última quinta-feira culminou o trabalho que a Corte vinha desenvolvendo há tempos, concedendo habeas corpus em maça para corruptos, empurrando para as calendas o julgamento dos julgamento dos processos e blindando criminosos de investigações em andamento, como fez Toffoli ao atender o pedido da defesa do senador Flávio Bolsonaro (que paralisou todas as ações baseadas em dados obtidos junto ao Coaf e à Receita Federal), tudo com o propósito óbvio e ululante de restaurar, na cara dura, o governo populista de esquerda.
Segundo o jurista, a suprema jabuticaba podre da última quinta-feira culminou o trabalho que a Corte vinha desenvolvendo há tempos, concedendo habeas corpus em maça para corruptos, empurrando para as calendas o julgamento dos julgamento dos processos e blindando criminosos de investigações em andamento, como fez Toffoli ao atender o pedido da defesa do senador Flávio Bolsonaro (que paralisou todas as ações baseadas em dados obtidos junto ao Coaf e à Receita Federal), tudo com o propósito óbvio e ululante de restaurar, na cara dura, o governo populista de esquerda.
Como se viu ontem após a primeira torrente de solturas, a
sociedade brasileira está refém da bandidagem. Em nenhum país do mundo a prisão
do condenado depende do trânsito em julgado da sentença — entendimento
absurdo, mas defendido por magistrados inimigos do povo com base numa interpretação facciosa do inciso 57 do artigo 5º da Constituição, segundo o qual ninguém pode ser considerado culpado até o
trânsito em julgado da sentença condenatória.
Não é crível nem possível que um "canalha" (para usar a definição que Bolsonaro escolheu quando
finalmente resolveu comentar a libertação de Lula) não possa ser preso após ter sido condenado por um juiz de primeiro
grau, três desembargadores do TRF-4
e oito ministros do STJ. Exigir o trânsito em julgado após terceiro ou quarto graus de jurisdição para autorizar prisão do condenado afronta a Constituição e coloca em descrédito a
Justiça brasileira. Quando mais não seja porque é na segunda instância que se encerram a produção de provas e a
discussão sobre a materialidade do fato. Só não vê isso quem não quer.
Só para relembrar:
No STF,
que têm 1150 funcionários
concursados e cerca de 1700 terceirizados, cada ministro tem direito a até 40 assessores
e 3 juízes auxiliares. Manter esse dinossauro alimentado custa aos
contribuintes mais de R$ 1 bilhão por
ano. Some a isso os R$ 6 bilhões que
custam o STJ e o TST, os salários e mordomias de
senadores, deputados federais, governadores, deputados estaduais, prefeitos e
vereadores e os bilhões tragados pelo ralo da corrupção e veja porque você trabalha 153 dias por ano só para
pagar impostos (que consomem 41,80% da sua renda) e o Erário nunca tem dinheiro
para investir em Saúde, Educação, Segurança, etc.
Segundo J.R. Guzzo,
o Brasil da corrupção, do desprezo pelo império da lei e da impunidade perpétua
para os bandidos da elite ganhou de novo. Ganhou por pouco, e teve de ir aos
seus piores extremos, em matéria de mentira, falsificação da realidade e
prática avançada da trapaça para ganhar, mas garantiu um período de sobrevida
para a usina de lixo que processa o que existe de mais tóxico na vida pública e
privada deste país.
Os seis ministros que votaram contra a possibilidade de mandar para a cadeia criminosos que foram
condenados duas vezes seguidas, por juízes diferentes, vão ficar marcados, para
sempre, como os cúmplices do crime em modo extremo no Brasil. Sua decisão, que
assegurou aos criminosos o direito de ficarem em liberdade enquanto suas
sentenças de condenação não “transitarem em julgado”, não é uma interpretação
do que está escrito na Constituição, mas uma deformidade patológica — sem
paralelo na lei de nenhum país sério do mundo — cujo objetivo é ajudar um corrupto
condenado em duas instâncias, mais a manada de ladrões cevada em seus dois
mandatos como presidente e no mandato e meio de sua sucessora. Mais do que
tudo, pretende retardar ao máximo a eliminação das piores práticas que
envenenam a existência do Estado brasileiro.
Constituição? Direito de defesa? Soberania das provas? Que
piada. Eles mesmos, no STF, já
tinham decidido ao contrário do que acabam de decidir, deixando claro que
condenações em segunda instância são suficientes, sim, para se enviar um
criminoso para a penitenciária. Não há nada mais para ser provado a essa
altura, e ele pode continuar recorrendo para os tribunais superiores — desde
que o faça de dentro do xadrez.
O que a facção dos seis fez agora foi aplicar um golpe,
embrulhado em palavrório de vigarista jurídico — “sabença”, “ficto”, “convolar”
— para favorecer a sua clientela. Está todo mundo cansado de saber quem é ela:
as “criaturas do pântano”, que passam a vida cercadas de advogados e que não
entendem a noção, nem sequer a mera noção, de que a maioria das pessoas vive de
outra maneira.
Ou o Congresso
volta a ser um Poder, ou não haverá esperança para esta republiqueta de
bananas.
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Hoje é domingo, e domingo é dia de massa (a menos que,
ontem, você tenha jantado a pizza que eu sugeri no post do dia, porque aí não
há dieta que aguente). Preparar uma macarronada parece ser tão simples quanto
fritar um ovo, mas não se engane: em ambos os casos o resultado será bem melhor
se você seguir algumas dicas simples, mas fundamentais. No que concerne ao
macarrão, não basta tirar a massa do pacote, colocá-la para cozinhar, depois
escorrer, cobrir com o molho e correr para o abraço (ou para o prato, melhor
dizendo). Preparar esse prato como manda o figurino demanda alguns cuidados.
Confira:
Água: embora a
questão seja controversa, a maioria dos entendidos e palpiteiros de plantão
recomenda usar 1 litro para cada 100 gramas de massa. Isso porque, sem espaço
suficiente para "dançar" dentro da panela, o macarrão ficará
grudento. Adicionalmente, prefira cozinhar o alimento numa panela leve (isso facilita
na hora de escorrer), mas grande e bordas altas, no estilo caldeirão. Mesmo
para quantidades pequenas de massa, ferva pelo menos 3 litros de água. Sempre
adicione o sal (a medida indicada é de 1 e 1/2 colher de sopa de sal para
cada 1/2 quilo de massa) depois que a água ferver (ou ela demorará muito mais
tempo para entrar em ebulição), e só então coloque o macarrão na panela. Massas
longas, como o espaguete, não cabem inteiras em panelas pequenas, mas partir o
feixe ao meio é uma heresia. Em vez disso, coloque-o em pé e vá mexendo
delicadamente com uma colher de pau de cabo longo. A porção mergulhada na água
irá amolecer, e a que está seca imergirá automaticamente. Continue mexendo até
que os fios se "espalhem".
Azeite: o truque
do fio de azeite que sua avó usava para o macarrão não grudar é coisa do tempo
da sua avó. Hoje, adicionar gordura à água deixará a massa pesada e dificultará
a absorção do molho. Mas note que, com massas frescas recheadas, adicionar um
pouco de azeite na água evita o atrito e impede que elas abram.
Tempo: confira na
embalagem o tempo de cozimento recomendado pelo fabricante. O ideal é que a
massa fique "al dente", macia por fora mas levemente resistente por
dentro. Para alcançar esse ponto, retire o macarrão da água cerca de 3 minutos
antes do tempo indicado e termine o cozimento junto com o molho — que você deve
preparar concomitantemente em outra panela. Tenha em mente que massas
artesanais ou caseiras (como fettuccine)
jamais terão a mesma textura firme de massas industrializadas, demandando,
portanto, mais tempo de cozimento. Mas tome cuidado para evitar que fiquem
moles demais.
Escorra rapidamente:
quando a massa ficar "al dente", escorra-a imediatamente — ou ela
continuará cozinhando mesmo com o fogo desligado. Note que escorrer a massa não
é lavá-la. Só passe o macarrão em água fria se for usá-lo numa salada.
Adicionalmente: reserve
uma concha da água do cozimento (ela lhe será útil para encorpar o molho, devido
ao resíduo de trigo que a massa solta na água). Se não quiser terminar o
cozimento da massa no molho, providencie para que este fique pronto antes daquela
(do contrário o macarrão esfria, perde a textura e gruda). Assim que escorrer a
massa, junte-a ao molho, misture até que o caldo envolva todo o macarrão e sirva
em seguida. Caso prefira servir a macarrão separado do molho, acrescente a ele
um pouco de manteiga ou azeite.
Bom apetite.